Agnaldo Timoteo – The Golden Voice Of Brazil (1967)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Fazendo jus ao nosso sempre variado cardápio musical, eu hoje apresento a vocês uma curiosidade, um disco do cantor Agnaldo Timóteo lançado na Inglaterra. Aliás, este está sendo o disco de estréia de Timóteo por aqui, pois infelizmente nunca postei nada dele em nosso Toque Musical. Este lp foi lançado pelo selo Parlophone, da EMI, que por sua vez era a Odeon aqui no Brasil. Assim como na Inglaterra, foram lançados discos, LPs e compactos, em outros países do continente europeu, como Portugal, Espanha e Itália. Esses discos eram na verdade copilação de seus dois primeiros álbuns pela Odeon, em 66 e 67. Um momento de glória para o artista que se confirmava como sendo uma das maiores vozes do canto popular brasileiro. Mais um presentinho do amigo Fáres para enriquecer esse nosso mosaico fonomusical 🙂 Não deixem de conferir em nosso GTM.

meu grito

livre

não pensa em mim

se tu não fosses tão linda

creio sim

junto a ti eu terei paz

mamãe estou tão feliz

não me deixe mais

os verdes campos da minha terra

l’amour toujours l’amour

obrigado querida

quando não me quiseres mais

Chico Anísio – Inaugura O Humor Dançante (1969)


Bom dia, amigos cultos e ocultos! Mais uma vez marcando presença em nosso espaço, o grande mestre do humor, Chico Anísio, em um disco de 1969, lançado pelo selo Philips. Um espetáculo gravado ao vivo e dessa vez musical, no qual o humorista vem acompanhado pelo Conjunto Tempo 5. Agradeço ao amigo Fáres, que generosamente tem nos enviado vários discos para postagens. Confiram…

tereza da praia
liguili quem quem
patrícia
caluda tamborim
paquera
nem vem que não tem
samba de uma nota só 
forró no caruarú
de como um garoto (lá vem ela)
só o ôme
fotografia
gata de amarelo
o bom rapaz
umpa dumpa 

Conjunto Tempo Novo – Juventude Em Embalo Vol. 2 (1973)


Olá amiguíssimos cultos e ocultos! Tenho hoje aqui para vocês uma boa curiosidade musical, uma coletânea de sucessos do início dos anos 70, lançado pelo selo AMC, da Beverly. Trata-se do volume 2 da coleção “Juventude em embalo”, produzida até a metade dessa década, apresentando sucessos do momento, através de regravações popularmente conhecidas como ‘covers’. Entre os discos dessa coleção, este talvez seja o que me chamou mais atenção, devido ao repertório e a qualidade dos artistas e arranjos. Realmente, muito competentes. Logo de cara jurei que fosse a turma dOs Carbonos, grupo musical que gravou diversos discos, sempre na linha do cover. Na verdade, pode até ser, embora a contracapa nos apresente uma pequena ficha técnica, onde ‘as bases’ são do obscuro Conjunto Tempo Novo. Seria um pseudônimo dos Carbonos? Talvez… Mas o que importa é realmente o repertório, no qual, chamo a atenção para a faixa “Só tem amor quem tem amor prá dar”, um velho jingles de sucesso da Pepsi Cola, criado por Sá & Guarabyra e aqui apresentado numa versão roqueira de chamar a atenção dos apreciadores do gênero tupiniquim. Muito legal, uma prova de que faltou verdadeiramente no rock nacional foi divulgação e incentivo pra moçada da época brilhar, retardo e censura nas informações que vinham de fora, infelizmente. Não deixem de conferir essa pérola no GTM 😉

sangue latino

só tem amor quem tem amor pra dar

eu só quero um xodó

felicidade

eu sei que vai chegar a hora

verônica

o homem de nazareth

o vira

minha namorada

te amo eternamente

lágrimas nos olhos

bye bye rose marie


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Seleção 73 (1973)

Após a “Seleção 70”, já oferecida pelo TM a seus amigos cultos e ocultos, a Fermata e o grupo Microlite uniram-se novamente em outras oportunidades para novas “seleções”, uma por ano. Sendo assim, nós apresentamos hoje a “Seleção 73”. A exemplo dos discos anteriores, este também não foi comercializado nas lojas, e foi usado como brinde aos clientes das empresas patrocinadoras.  Aqui, há espaço exclusivamente para músicas instrumentais. Um dos destaques fica por conta da “Danza siciliana”, do filme “O poderoso chefão”, regida pelo próprio autor, Carmine Coppola (pai do diretor do filme, Francis Ford Coppola), comsua orquestra. “Cabaret”, sucesso de Liza Minelli no filme homônimo, aqui vem executado pela pianista Jo Ann Castle, acompanhada de orquestra e coro. A orquestra do norte-americano Hugo Winterhalter executa “The impossibledream”, do musical teatral (depois filme) “O homem de la mancha”. “Uno”, clássico do tango argentino, vem aqui na execução de AndreLevatz e seus Musicats. O italiano Gianfranco Plenizio executa com sua orquestra “A cavallolungoilfiume”, da trilha sonora do primeiro filme da série “Trinity”. A valsa “Espanha”, do francês ÉmileWaldteufel, vem aqui na execução da National Opera Orchestra, de Viena, Áustria. O organista André Penazzi apresenta aqui dois sambas, “Tem pena de mim” e o clássico “Mas que nada”, de Jorge (então) Ben. Tudo isso e mais fazendo deste “Seleção 73” um bom disco para se ouvir e até mesmo relaxar. Confiram.

tem pena de mim – andré penazzi
a cavallo lungo il filme – g plenzio
cabaré – jo ann castle
the impossible dream – hugo winterhalter e sua orquestra
espanha – the national opera orchetra vienna
mia nichta stin athina – a minos producton
uno – andré levraz
danza siciliana – carmen coppola
raspaschoell – the peace birds orchestra
melaine – soundsational birds ‘n brass
mas que nada – andré penazzi
el toro y la luna – juan perez and charles parker

*Texto de Samuel Machado Filho

Carolina Cardoso De Menezes – Tapete Mágico (1960)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Temos hoje e mais uma vez abrilhantando nossas páginas a genial pianista Carolina Cardoso de Menezes. Neste lp lançado pela Odeon ela nos apresenta uma absurda lista de 60 músicas de sucesso, nacionais e internacionais. Na base do ‘pot pourri’ nossa artista toca sem pausas, direto e reto numa performance incansável que merece toda a nossa atenção. Este disco já foi postado em outros blog, mas nenhum deles resistiu. Cabe agora então ao TM eternizá-lo enquanto eterno for esse blog. 🙂

just one of those things
dancing in the dark
honeysuckle rose
oh lady be good
louise
broadway melody
you were meant for me
you do somenthing to me
mister sandman
three little words
dream
embraceable you
manhattan
i’m confessing that i love you
smoke gets in your eyes
once in a while
tea for two
because of you
sweet georgia brown
i’ll see you in my dreams
on the sunny side of the street
blue skies
poor buterfly
my melancholy baby
some of these days
margie
you are my lucky star
my blue heaven
liza
i can’t give you anything but love baby
mamãe eu quero
na baixa do sapateiro
delicado
baião
tico tico no fubá
não tenho lágrimas
cai cai
aurora
aquarela do brasil
maracangalha
vereda tropical
quizas, quizas, quizas
oh sole mio
nosotros tres palabras
solamente una vez
jalouise
amapola
anema e cuire
 olhos negros
la cucaracha
begin the beguine
frenesi
aquellos ojos verdes
la ultima noche
carioca
negra consentida
para vigo me vou
bim bam bum
el manisero

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Adilson Adriano – Nasce Um Novo Ídolo (1968)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu pensava em estar trazendo aqui um disco inédito e bem aos moldes do nosso blog. Acontece que depois de apresentar aqui mais de 3 mil títulos, as vezes, a gente se esquece e se engana, acaba postando de novo. Isso já aconteceu outras vezes, daí, desisto e parto para outro disco. Mas no caso aqui a coisa é diferente. Essa é quase uma re-postagem, na verdade estou postando o lançamento original. Temos aqui o obscuro cantor revelação, Adilson Adriano, promessa da Bemol/Paladium para aqueles tempos de Jovem Guarda. Aliás, na fase final do movimento, que já tendia para o brega romântico. Em seu repertório temos uma seleção que vai de versões internacionais a composições decadentes da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Luiz Ayrão e também composições próprias do artista, o que dá ao disco um ar mais personalizado. A direção artística é de Evaldo Gouveia e as regências e arranjos de Aécio Flávio e João Guimarães. Ao que se sabe, o disco foi lançado em 1968, porém, eu acredito que a versão pelo selo Paladium, que era vendida a domicílio, saiu como parte de um álbum com outros vários discos da gravadora. Adilson Adriano parece ter ficado apenas neste lp de dupla identidade e em compacto lançado também na mesma época. Mais uma curiosidade que só se encontra por aqui 🙂

canzone per te
quem será
canta menina
pavana para um amor enfermo
a meu filho
quem vai chorar sou eu
quando o sol aparecer
não me deixe mais
eu gosto tanto de você aleluia
balada para qualquer natal
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Saturnia SA (1966)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui temos uma outra coletânea feita por encomenda à CBD (Companhia Brasileira de Discos) para a Saturnia, fabricante de baterias para automóveis. Nos anos 60 era muito comum empresas oferecerem discos como brindes, geralmente em épocas de fim de ano. E esse deve ter sido o caso aqui, uma seleção de orquestras do cast da gravadora, entre essas uma nacional, a Orquestra Som-Bateau, que foi base para muita coisa gravada nessa época. Uma curiosidade que você só encontra aqui no Toque Musical. Confira…

a pescaria – orquestra som-bateau
luar de nápoles – bert kaempfert e sua orquestra
nem as paredes confesso – bert kaempfert e sua orquestra
inch’allah – conjunto cassino royale
modesty blaise – orquestra som-bateau
monsieue cannibale – orquestra som-bateau
the more i see you – orquestra som-bateau
sayonara – helmut zacharias e sua orquestra
music to watch girls by – orquestra som-bateau
gitana – helmut zacharias e sua orquestra
canção dos barqueiros do volga – helmut zacharias e sua orquestra
strangers in the night – bert kaempfert e sua orquestra

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Seleção 70 (1970)

Hoje, o TM oferece a seus amigos cultos e ocultos mais uma raríssima coletânea. Trata-se de “Seleção 70”, produzida pela Fermata sob encomenda do grupo Microlite, então fabricante das pilhas Rayovac (“as amarelinhas, tá?”), de várias marcas de baterias para automóveis, como Heliar e Saturno, e das linhas de costura Lipasa. É um disco que não foi lançado comercialmente nas lojas, e só foi distribuído aos clientes das empresas patrocinadoras. A seleção, obviamente, é composta de fonogramas que então faziam parte do arquivo da Fermata ou eram representados no Brasil pela gravadora. E aqui, já aparece uma curiosidade: Steve MacLean, um daqueles brasileiros que cantavam em inglês, pseudônimo de Hélio Costa Manso, interpretando “Ária para um grande amor (Air for a greatlove)”, adaptação feita por Cayon Gadia e Anthony, de uma peça de Bach (em inglês, “ofcourse”). Abrindo o disco, o organista André Penazzi nos brinda com “Carolina”, clássico de Chico Buarque. “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, é aqui executada pela orquestra do maestro e saxofonista norte-americano Woody Herman. A “chansonfrançaise” é aqui representada por Romuald (“Catherine”) e Nicole Croiselle (“Danslenuit, um piano”). O maestro Juarez Santana, que inclusive foi pianista de Cauby Peixoto, rege sua orquestra na execução do clássico espanhol “La virgen de la Macarena”. A banda britânica Neighbourhood (nada a ver com outra surgida recentemente) aqui comparece com “United we stand”. Manuel Marques executa à guitarra portuguesa duas faixas: “Valsa das pupilas” e “Tema de João Semana”, ambas da trilha sonora da novela “As pupilas do senhor reitor”, da antiga TV Record, baseada em romance do escritor Júlio Diniz, também português (houve um remake no SBT, nos anos 90). O italiano Sergio Endrigo nos brinda com dois de seus hits de então, “Lontanodagliocchi” e “L’ArcadiNoe”. E, para encerrar, o grupo The Clevers (nada a ver com o antigo, que mudou de nome para Os Incríveis) executa o clássico russo “Casatschock”. Tudo isso compondo este “Seleção 70”, mais uma joia rara que o TM oferece a vocês.

carolina – andré penazzi
ponteio – woody herman
catherine – romuald
dans la nuit, un piano – nicole croiselle
la virgen de la macarena – juarez sant’ana
ária para um grande amor – steve mclean
united we stand – neighbourhood
valsa da pupilas – manuel marques
lontano dagli occhi – sergio endrigo
l’arca di noé – sergio endrigo
casatschok – the clevers

*Texto de Samuel Machado Filho