Arquivo mensais:dezembro 2013
Massafeira Livre (1980)
Olá amigos cultos e ocultos! Como já deu para perceber, nos últimos dias eu não postei nada. Depois do Natal me deu uma preguiça daquelas. Aliás, vou ser sincero, ando meio cansado de tudo isso aqui. As postagens diárias já não me despertam interesse. Embora eu tenha aqui uma infinidade de discos ainda para apresentar, ando meio desanimado. Deve ser o ano que vai chegando ao fim, assim como a minha energia. Sinceramente, os dias já não são mais os mesmos e essa onda de blog musical está ficando aborrecida e obsoleta. Parece que poucos são aqueles ainda interessados em música editada. Discos, naturalmente. Como os livros. Só mesmo os apaixonados… Tô meio cansado.
Eis aqui um álbum o qual eu há tempos venho querendo postar, bem antes de seu relançamento, em 2010, na versão digital. “Massafeira Livre” é um daqueles álbuns que todo bom amante-colecionador de MPB em discos tem que ter. Eu entendo que existem músicas, projetos e até mesmo artistas/bandas que foram feitos para existirem no mundo fonográfico, coisa de uma época que parece já não mais existir. “Massafeira” me passa essa ideia de uma verdadeira produção fonográfica. Talvez pela sua variedade e riqueza musical, felizmente apresentada em dois discos, um álbum duplo. “Massafeira Livre”, em disco, é uma produção de Ednardo. Uma síntese do que ocorreu no histórico evento cultural, em março de 1979. Ctrl+C, Ctrl V:
Durante quatro dias de março de 79, o Teatro José de Alencar foi envolvido por uma magia que despertou os habitantes da pacata cidade de Fortaleza. Artistas das mais variadas formas de expressão cultural se juntaram numa grande festa de interação. Um projeto comunitário de manifestações artísticas tomou corpo, vida, brilho próprio e registrou a energia criadora da sensibilidade humana numa feira livre de artes. Englobando música, cinema, teatro, literatura, dança, pintura, escultura, fotografia, artesanato, cultura popular, usos e costumes da terra, a massa, em massa, digeriu esse acontecimento como força atuante, geradora de impulso. E Fortaleza foi seduzida por esse movimento, por essa explosão de anos. E aconteceu a MassaFeira Livre.
Em julho de 79, mais de cem pessoas, entre músicos, instrumentistas, cantores e compositores cearenses foram levados ao Rio de Janeiro, para a gravação do álbum duplo Massafeira Livre. Uma verdadeira algazarra ocorria nos estúdios da CBS. Um fato inédito estava sendo prensado por aquela gravadora: a feira livre de manifestação artística, liderada pela música, que ocorreu na cidade de Fortaleza-Ce., nos dias 15, 16, 17, 18 de março / 79. A feira livre em massa. Quinze meses passaram e “por razões de força maior” * o álbum ficou retido nas gavetas da CBS. As razões não foram esclarecidas, cresciam as expectativas em torno deste lançamento, os artistas presentes no disco reivindicavam o acordo feito com a gravadora.
Ednardo, como produtor do álbum, como artista e como cabeça pensante que iniciou o projeto Massafeira, veio ao Rio; realizaram-se as conversações e o disco Massafeira Livre foi finalmente anistiado. De volta a Fortaleza, e aproveitando o lançamento de seu lp “Imã”, Ednardo impulsiona a II Massafeira, outra grande festa comunitária artística, que aconteceu de 16 à 19 de outubro de 1980, onde o álbum duplo é finalmente lançado.
Feliz Natal!
Especial De Natal Parte 2 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 83 (2013)
Nesta que é a semana do Natal, o Grand Record Brasil apresenta a segunda parte de sua seleção de músicas do gênero, gravadas na era das 78 rotações por minuto, feita a partir de uma compilação realizada em 2006 por nosso amigo e colega Thiago Mello, para seu blog Bossa Brasileira (http://bossa-brasileira.blogspot.com). São as últimas onze gravações de nosso retrospecto, perfazendo um total de vinte.
Orlando Silva (1915-1978), o sempre querido e lembrado “cantor das multidões”, abre esta segunda parte com o fox-canção “Noite de Natal”, de Maugéri Neto e Maugéri Sobrinho, lançado pela Copacabana em outubro-novembro de 1952 sob n.o 5010-B, matriz M-260. Nessa época, Orlando retornara ao convívio do grande público, após um período marcado por problemas de ordem pessoal, inclusive amorosa, e substituiu Francisco Alves, morto em acidente rodoviário naquele ano, em seu programa de domingo na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Em seguida, as duas partes de “Cantigas de Natal”, pot-pourri de conhecidas músicas do gênero (“Noite feliz”, “Tannenbaum”, “Jingle bells”, “Amanhã vem o Papai Noel”, etc.), com arranjo de Radamés Gnattali e Paulo Tapajós, e interpretadas pelos trios Melodia (do qual Tapajós fazia parte, junto com Albertinho Fortuna e Nuno Roland) e Madrigal (Edda Cardoso, Magda Marialba e Lolita Koch Freire). Esta seleção saiu pela Continental em 1951 com o número 20106, matrizes 2720 e 2721. Já que falamos em Francisco Alves (1898-1952), o eterno Rei da Voz aqui comparece com duas faixas. A primeira é a marchinha “Meu Natal”, parceria sua com Ary Barroso, em gravação Victor de 19 de outubro de 1934, lançada em dezembro seguinte sob n.o 33857-A, matriz 79762. No acompanhamento a orquestra Diabos do Céu, do mestre Pixinguinha. A outra é a canção-marcha “Natal”, de Herivelto Martins e Rogério Nascimento, gravação Odeon de 23 de outubro de 1945, lançada em dezembro seguinte com o n.o 12650-B, matriz 7926. Junto com ele está o Trio de Ouro em sua primeira formação, com Herivelto, Dalva de Oliveira e Nilo Chagas, todos acompanhados plea orquestra de Fon-Fon (Otaviano Romero Monteiro). Carlos Galhardo, “o cantor que dispensa adjetivos”, vem com outras duas faixas, em gravações RCA Victor. A primeira é a singela canção “Feliz Natal”, de Peterpan (cunhado da cantora Emilinha Borba, que regravaria a música um ano mais tarde) e Giuseppe Ghiaroni, gravada por Galhardo em 4 de agosto de 1950 e lançada em outubro do mesmo ano sob n.o 80-0697-A, matriz S-092728 (na verdade a música fora lançada um ano antes, na Star, pelo coral da Rádio Nacional do Rio). O registro de Galhardo, curiosamente, seria reeditado com o n.o 80-1061-A, em dezembro de 1952. A outra faixa dele aqui é exatamente a música que inaugurou entre nós o gênero natalino: a marcha “Boas festas”, de Assis Valente, aqui em seu registro original, de 17 de outubro de 1933, lançado em dezembro seguinte pela então Victor com o n.o 33723-A, matriz 65864. Foi, aliás, o primeiro grande hit nacional do cantor, que a gravaria mais duas vezes. Em seguida, vem o grande Blecaute (Otávio Henrique de Oliveira, Espírito Santo do Pinhal, SP, 1919-Rio de Janeiro, 1983), com a conhecidíssima “Natal das crianças”, de sua autoria, lançada pela Copacabana em dezembro de 1955 sob n.o 5502-A, matriz M-1273, Blecaute rotulou a música, modestamente, como “valsinha de roda”, sem ao certo imaginar que seria um dos maiores hits do cancioneiro natalino brasileiro em todos os tempos! Temos depois outra “Noite de Natal”, desta vez uma valsa de Newton Teixeira em parceria com (Murilo) Alvarenga, que a gravou na Odeon com Ranchinho (Diésis dos Anjos Gaya) em 30 de outubro de 1941 com lançamento em dezembro seguinte, disco 12079-A, matriz 6826. Para encerrar, temos Dick Farney (Farnésio Dutra e Silva, Rio de Janeiro, 1921-São Paulo, 1987), interpretando “Feliz Natal”, singela canção da festejada dupla Armando Cavalcanti-Klécius Caldas, lançada pela Continental entre outubro e dezembro de 1949 sob n.o 16123-A, matriz 2173, com acompanhamento da orquestra do também compositor José Maria de Abreu. Curiosamente, este registro teve reedição em 1955, sob n.o 17230-B. A todos os amigos cultos, ocultos e associados do Toque Musical , os nossos mais sinceros votos de um Natal maravilhoso e um ano novo de 2014 repleto de alegria, paz, saúde e realizações positivas!
* Texto de SAMUEL MACHADO FILHO
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Coleção Momentos De Ternura – Coledisc (1966)
Carioca & Devas – Mistérios Da Amazônia (1980)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não esquecermos que as sextas feiras por aqui já foram mais independentes, eu hoje vou postar um legítimo disco de produção paralela. Temos aqui um disco, o primeiro de Ronaldo Freitas, o “Carioca” e seu grupo Devas. Quem não conhece e vê de relance este disco há de pensar que se trata de uma produção regional e pelo título, “Mistérios da Amazônia”, deve pensar que é algo bem distante, soando como o carimbó. Mas não, não se trata de música regional. O papo aqui é instrumental. Música de qualidade, bem construida e trabalhada. Composiçoes e arranjos do proprio Ronaldo Carioca, que aqui faz uma incurssão quase progressiva. Música instrumental inspirada em elementos ambientais das regiões norte e nordeste. Por se tratar de música instrumental com um desenvolvimento progressivo, muitas pessoas colocam este disco no hall do rock progressivo nacional, mas sinceramente, creio que não era essa a postura dos músicos envolvidos. Carioca e o Grupo Devas trilharam por outros caminhos, prova disso são seus outros discos, pautados numa música insturmental muito própria, com influencias jazzisticas e experimental. Eles vem ainda acompanhados por outros músicos da cena de vanguarda paulista, como é o caso de Zé Eduardo Nazário.
Orquestra Sonora La Habanera – Jingle Bells (1969)
Boa noite amigos cultos e ocultos. Confesso que hoje o astral por aqui não está nada bem. O Galão fez a proeza de perder logo de cara, afastando de vez o sonho atleticano de ser campeão. A cidade está tão arrazada que até abafou a gozação das ‘marias’. Eu, por aqui, quase desisti de fazer esta postagem, mas por fim achei melhor me focar naquilo que realmente é um grande prazer, música e discos. Bola pra frente!
Continuando as postagens natalinas, aqui vai mais um… Orquestra Sonora La Habanera. Eis aí uma orquestra sobre a qual eu não achei nenhuma referência e a julgar pelos detalhes da capa e também pelo seu repertório, presumo que seja alguma daquelas orquestras famosas da época, que aqui se traveste de Papai Noel para brindar seus ouvintes com temas natalinos. O álbum foi lançado em 1969 pela RCA e traz em seu diferencial os arranjos que dão às músicas, geralmente melancólicas, um tom mais alegre e vibrante. Xô, tristeza! 2014 já está chegando aí!
Helena De Lima – Vale A Pena Ouvir Helena (1969)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, trazendo hoje este ótimo disco da cantora (e compositora) Helena de Lima. Álbum este que, creio eu, deve ser um relançamento. Não tive tempo de confirmar, mas creio que seja uma coletânea da Continental, através de seu selo Disco Lar. Uma seleção muito boa de sambas e para os quais eu destacaria “Ave Maria no morro”, de Herivelto Martins; “Por causa de você”, de Jobim e “Bom dia tristeza”, samba canção de Adoniran Barbosa e Vinícius de Moraes. Destaco de maneira bem pessoal, considerando apenas o meu próprio gosto. Mas, é claro que temos outras jóias aqui. E na voz poderosa da cantora tudo fica mais bonito. Confiram…
Especial De Natal Parte 1 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 82 (2013)
Terreno Baldio (1976)
Olá amigos cultos e ocultos! O fnal de semana foi corrido, deixei o sábado passar batido e se não me atendo, hoje também ficaria sem postagem. Mas enquanto faço a minha digestão pós almoço, vamos aqui postando um disquinho para esse domingo. O dia está nublado e o astral está ótimo para ouvir uns rock progressivo. É, eu também gosto e nessa altura já passaram por aqui Yes, Genesis, Pink Floyd, um time de bandas italianas e alguns krautrocks. Diante de um domingo progressivo e frente a eminência de uma nova postagem, escolhi para hoje o Terreno Baldio, uma super banda de rock dos anos 70, referência importantíssima do ‘progue’ nacional. O Terreno Baldio é uma banda surgida no início dos anos 70 e fez a sua estréia em disco a partir de 1975, quando gravaram este álbum homônimo, de capa dupla. O disco só viria ser lançado em 76 pelo selo Pirata, em uma tiragem de 3000 cópias. A banda, depois deste disco gravou um segundo, “Além das lendas brasileiras”, já com outra formação e seguindo já um outro rumo onde o instrumental se aproximava mais da música brasileira. Deram por encerrada as produções a partir de 1978, mas, uma década e meia se passou e eles acabariam voltando para regravar este primeiro disco em inglês, com direito a faixas extras. Há tempos este disco e sua lenda correm soltos pela rede, mas nunca ninguém se prontificou em apresentá-lo na íntegra, principalmente para aqueles que sempre ouviram falar, chegaram até a ouvir em mp3, mas não conhecem nem a capa direito. Assim, aqui vai o Augusto, fazendo direito, principalmente para pessoas exigentes, que não se contentam apenas em ouvir o mp3. A propósito, este lp que eu estou apresentando, originalíssimo, raro e em prefeitas condições está a venda. Quem se interessar, basta me dar um toque por e-mail. Estou vendendo por 200 pratas, descobrindo um santo para cobrir outro… Fazer o quê? Estou precisando de dinheiro para comprar mais presentes para os meus amigos cultos e ocultos 🙂 Quando a situação aperta, me vejo obrigado a defazer das minhas jóias. Nessas lá se foram meus Novos Baianos, Mutantes, Som Nosso, o compacto original dO’Seis, Pedro Santos e tantas outras raridades que agora só existem como lembranças no Toque Musical.
Joelho De Porco (1978)
Olá amigos cultos e ocultos! Já quase terminando a sexta feira, eu ainda encontro uma brecha para carimbar aqui mais um álbum raro. Estou trazendo aqui, mais uma vez o conjunto metido a punk, Joelho de Porco. Este grupo nasceu no início dos anos 70, apresentando uma proposta de rock bem original para a época e com boas pitadas de humor. Ao longo de sua existência oscilante, passou por diferentes formações o que lhe garantiu uma produção musical diversificada. O álbum que eu hoje apresento foi o segundo lp gravado por eles, ainda nos anos 70 e traz um repertório com releituras de duas músicas do primeiro disco. A formação aqui é outra, sendo que apenas Tico Terpins integrante da fase inicial. É dele praticamente todas as músicas. Pessoalmente, eu prefiro o primeiro disco, mas este também é ótimo e vale dar uma conferida 😉
Carlos José – Uma Noite De Sereta Vol. 5 (1970)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Tem dias, como hoje, em que eu estou bem disposto e com tempo para nossas postagens. Porém, como um pinto no lixo, me afogando em discos e músicas, fico aqui perdido, sem saber o que melhor postar. Nessas horas, o melhor a fazer é partir para um sorteio. Enfio a mão no meu baú digital, ou melhor dizendo, no HD dos últimos mil discos digitalizados e escolho à sorte o primeiro que o cursor me apontar. Esse processo é bem parecido, ou quase a mesma coisa que os meus já habituais ‘discos de gaveta’. E nessa escolha aleatória, o disco sorteado para hoje é “Uma noite de seresta”, com o cantor Carlos José. Para contrariar a ordem, este é o volume 5. Mas não se preocupem, outros dias virão e por certo os quatro primeiros volumes logo serão também disponibilizados.
Temos então este lp, trazendo na interpretação de Carlos José doze temas bem conhecidos do público seresteiro. Músicas, algumas que até se repetem através de outros artistas e discos postados aqui. Mas o que vale é também a interpretação, os arranjos e preferências. Carlos José vem acompanhado pelo regional de Canhoto, o que garante ainda mais a qualidade dessa produção. Que tal ouvirmos…
Osmar Navarro – Este É Osmar Navarro (1960)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Pela milésima nona vez volto a informar ao visitantes: os links para baixar os discos postados aqui estão no GTM (Grupo do Toque Musical). Para ter acesso aos links é preciso estar associado. A associação se faz no próprio site do grupo e deve ser aguardada a sua aprovação. Após aprovada a participação o ‘amigo’ passa a ter acesso a todo o acervo disponível. Como já disse também, os links tem prazos limitados (geralmente 6 meses). Após estarem vencidos eles não mais terão reposição. Quem procura por títulos já vencidos eu poderei até atendê-los, mas será fora do ambiente do Toque Musical, através de solicitação pessoal, por e-mail. Aviso também que para isso, estarei cobrando por um serviço extra, ok?
Dando sequência as nossas postagens eu trago hoje este raro compacto duplo do cantor e compositor Osmar Navarro. Este foi o primeiro disco em 33 rpm gravado pelo artista. Na verdade, este compacto reúne as quatro primeiras músicas gravadas por ele no final dos anos 50, ainda na versão 78 rpm. Neste disquinho, lançado em 1960, um dos primeiros compactos fabricados no Brasil, Navarro nos apresenta quatro sucessos, sendo “Quem é”, a canção mais expressiva e que veio a ser seu ‘carro chefe’. Curioso, existe muita gente que acha que quem canta essa música é o Agostinho dos Santos. Tem a ver com o timbre da voz, certamente…
Altamiro Carrilho E Sua Bandinha – Natal (1959)
A Música De Geraldo Pereira – Parte 2 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 81 (2013)
Avena E Primo – Som Ambiente Vol. 3 (1979)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje vai um lp e desta vez trazendo dois importantes instrumentistas, músicos e compositores, o citarista Avena de Castro tocando ao lado do pianista João Peixoto Primo em mais um disco da série “Som Ambiente”, lançada nos anos 70 pela CID. Este é o terceiro volume, lançado em 1979. O volume 2 saiu em 1975. Porém, definitivamente para mim, parace não existir o primeiro volume, pelo menos com os dois artistas. Lembro que em 1972 a CID havia lançado um lp com este título e conforme consta ‘nos altos’, quem toca neste disco são os membros do grupo instrumental Azimuth. Daí, suponho eu que o Volume 1 seja esse, inclusive um disco já postado aqui no Toque Musical.
Neste terceiro volume, a dupla Avena e Primo dá sequência a um repertório de músicas variadas, nacionais e internacionais, sucessos populares que aqui ganhão uma interpretação de toques suaves, bem apropriados a um som ambiente, música para se ouvir em elevador (nos anos 70, claro!)
Osvaldo Nunes & The Pop’s – Compacto (1967)
Olá amigos cultos e ocultos! Eu havia pensado em dar uma pausa nos compactos, mas é que foram aparecendo mais, inclusive vindos através dos meus mais prezados colaboradores. Melhor mesmo é continuar, mas vou mesclando também com alguns lps, ok?
Temos aqui então este compacto simples, do selo Equipe, trazendo o cantor Osvaldo Nunes e o grupo The Pop’s, em disco lançado em 1967. Segundo as informações contidas no site Jovem Guarda, o presente compacto faz parte de uma série de três disquinhos lançados naquele ano. A produção, ao reunir os artistas, criou uma boa química ao gosto popular. Os discos fizeram sucesso e entre as músicas, a que mais se destacou foi “Segura Esse Samba Ogunhê”, muito tocada nas rádios de todo o país e ainda hoje desperta muito interesse. Em 1969 a gravadora decidiu então fazer um lp, o “Tá tudo aí”, com esses artistas, que também foi um disco de sucesso, inclusive ele já até foi postado aqui. O compacto que temos aqui traz duas composições de Osvaldo:
Os Santos – Natal Jovem (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! E o tempo passa e eu nem me dei conta de que já estamos no mês de Natal. Tradicionalmente, nesta época, o Toque Musical sempre apresenta aqui aqueles discos que fizeram a trilha natalina, seja dos anos 50, 60, 70 e quem sabe, até dos anos mais recentes, muito embora esses tipos de discos e músicas, nos dias atuais, parece não despertar mais interesse de produtore$ e muito menos de gravadora$. O público, por certo, continuará amando e relembrando velhos natais. Ainda bem que nessas horas existe o Toque Musical e por trás dele, aqui, o velho Augusto TM, que mesmo cansado da indiferença e de uma participação mais efetiva (e afetiva) dos prezados amigos cultos e ocultos, continua dando os seus toques musicais.
Neste mês natalino eu vou procurar fazer diferente, antecipando as trilhas para não ficarem para a última hora. Senão, nem dá tempo de curtir o Natal dentro do seu tempo. Farei assim algumas postagens ao longo do mês, fechando tudo no Natal, ok?
Segue então o primeiro… Temos aqui o conjunto Os Santos, um grupo pop da época da Jovem Guarda. Semelhantes ao grupo, também da mesma época, o The Pop’s, Os Santos também colaboraram fonograficamente para trilharem o Natal. Este disco foi lançado para o Natal de 68, uma produção de Oswaldo Cadaxo, através de seu selo Equipe. Diferente de outros lançamentos natalinos, este álbum se propunha a mostrar uma versão mais moderna, ditada pelos jovens da época. De uma certa forma, um disco de natal para jovens :), tocado por um conjunto pop-rock-jovem-guarda-mora!. Contudo, ainda temos um repertório muito legal, onde Os Santos não ficam apenas no mesmo ‘arroz com feijão’, com aquelas musiquinhas já bem manjadas. Eles procuraram também valorizar a composição nacional, artistas e criadores como Assis Valente, Blecaute, Orlan Divo, René Bittencourt e outros mais, são alguns dos autores dessas músicas que já se tornaram verdadeiros clássicos do Natal.
The Jordans, The Jet Black’s E Ronnie Cord – 3 Compactos (2013)
A Música De Geraldo Pereira – Parte 1 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 80 (2013)
Wanderly Regina – Compacto (1963) e (1966)
Muito boa tarde, amigos cultos e ocultos! ‘Desovando’ mais um compacto raro por aqui (na verdade dois), vamos desta vez com a cantora Wanderly Regina. Alguém aí se lembra dela? Eu confesso que, para mim, ela passou meio que despercebida. Creio que para muitos. Foi uma cantora que atuou durante os anos 60, embora tenha gravado seu primeiro disco, um 78 rotaçoes, ainda nos anos 50. Está certamente vinculada à Jovem Guarda, ou ao seu início. Como eu pouco sabia da carreira desta cantora, fui consultar o ‘Mr. Google’ e por sorte, além de informações, encontrei também outro disquinho gravado por ela, no blog do amigo Chico, o Sintonia Musikal. Assim, temos aqui uma postagem para dois compactos. O primeiro é de 1963 e foi lançado pela Musidisc, o outro (do Sintonia Musikal) é de 1966. E eu para facilitar a vida, vou replicar também o texto de apresentação da cantora feito pelo Chico. Vamos lá:
Hamilton Di Giorgio – Compacto (1966)
Olha aí, amiguinhos cultos e ocultos… Aqui vai mais um disquinho ‘esperto’, pura raridade extraida lá do fundo do baú. Bem guardadinho que até mofou. A capa praticamente se desintegrou, mas ainda assim eu consegui restaurá-la digitalmente.
Temos aqui Hamilton Di Giorgio, lembram dele? Pergunto isso porque este é um artista muito pouco comentado e lembrado, claro. Quando se fala nos promórdios do rock no Brasil, Hamilton Di Giorgio é um nome que ninguém fala, talvez porque não se lembre que ele foi cantor, compositor e autor de inúmeras versões. Um bom exemplo do seu talento, frente a tantos outros artistas da época, é este compacto, lançado pela RCA Victor em 1966. Aqui temos dois sucessos, “O Bolha” e “O Mar”, todas as duas composições próprias de Hamilton e seu irmão Eduardo Di Giogio. Para mim, este é um dos melhores compactos da fase Jovem Guarda. É inocente mas não é bobinho.