Olá amigos cultos, ocultos e associados! Eu ontem informei a vocês que estaria adiantando as minhas férias, devido ao tombo que levei. Tive uma fratura no joelho e o médico me mandou ficar de repouso absoluto. Nem precisava, pois a dor está de amargar. Agradeço desde já à todos as mensagens de solidariedade recebidas. Isso faz um bem que vocês não imaginam. Talvez por isso mesmo foi que eu resolvi voltar, pelo menos hoje, e fazer uma postagem que neste mês não poderia faltar. Todos os anos eu sempre postei um ou mais discos relacionados às festividades juninas. Seria uma grande falta se eu tivesse deixado passar em branco, não é mesmo? Assim sendo, está aqui o meu representante, “Caminho da Roça – Quadrilha Marcada” foi um lp lançado pela Odeon, através de seu selo Imperial em 1978. No álbum não consta créditos para os intérpretes, o que me faz pensar que sejam essas gravações mais antigas, ‘fonogramas de gaveta’ prontos para serem utilizados comercialmente nessas ocasiões. O que vale mesmo é o repertório, com músicas tradicionais e bastante conhecidas do público. O lado B do disco é feito mesmo para a quadrilha dançar, sem pausa e marcadinha, como manda o figurino 🙂
Agora eu posso fazer o meu repouso tranquilo e dar aquela parada necessária. Porém, estando eu aqui de molho, eventualmente, farei mais algumas postagens e repostagens (êta cachaça, sô!)
Em julho, o Toque Musical completa 5 anos! E eu não posso deixar essa data também passar em branco. Farei aqui algumas chamadas de celebração e também estarei reforçando o aviso da nossa mudança em agosto. Cinco anos já merece uma certa independência, não é mesmo? Fiquem ligados, a festa ainda vai começar 😉
Arquivo mensais:junho 2012
FÉRIAS ANTECIPADAS – PAUSA FORÇADA
Olá meus prezados amigos cultos, ocultos e associados! Como eu já venho informando e muitos de vocês já sabem, julho é o mês das minhas férias e eu queria aproveitar parte desse tempo livre para os preparativos de transferência e inauguração do novo Toque Musical. Penso em transferir nossas atividades para uma base mais independente, sem ter de ficar nas mãos do Blogger, sujeito à chuvas e trovoadas. Por essa razão, já está em fase de conclusão o novo site/blog do TM. Em agosto, com certeza, estaremos de casa nova. Os endereços antigos, as filiais, deverão permanecer temporariamente, mas nossas atividades ficarão concentradas no novo endereço. Logo que tudo estiver concluído, todos os associados ao GTM receberão o aviso da mudança, ok?
Mas o motivo maior desta atípica postagem é na verdade outro. Ontem, eu tive um acidente, num tropeço caminhando pela rua. Levei um belo tombo de bobeira e fui de joelho no chão. Resultado: trinquei um osso e fui parar no Pronto Socorro. O que parecia ser uma bobagem, acabou se transformando num problema mais sério. Estou eu agora aqui sem condições para me locomover, de repouso absoluto por uns 30 dias ou mais. Fui obrigado a usar um tutor para manter a minha perna reta. As dores vão sendo controladas a base de remédios, que também me deixam muito sonolentos. Diante a esse quadro de incapacidade, creio que terei que antecipar as minhas férias. Ou melhor dizendo, antecipar minha pausa no blog. Infelizmente eu não tenho condições de ficar preparando novos discos e postagens para vocês. Até que eu consiga voltar a rotina, vamos dar uma parada, ok? Se ao longo dos próximos dias eu me sentir melhor, talvez até arrisque me levantar da cama para preparar novos toques musicais.
Nessas horas, música é um dos melhores remédios, mas no meu caso eu só tenho condições mesmo de ouvir deitadinho e quieto em meu quarto. E por falar nisso, deixa eu voltar para a cama. Minha perna voltou a doer, ai, ai, ai…
Nestor Amaral And His Continentals – Holiday In Brazil (1958)
Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Depois de uma bela lua de mel no Brasil, os gringos voltam para as férias. Eis aqui mais um delicioso lp, lançado na terra do Tio Sam. Este disco também já deu seu ‘ar da graça’ em outros blogs, mas é no Toque Musical que ele oficializa sua presença.
Temos aqui Nestor Amaral, violonista brasileiro, hoje pouco lembrado. Foi integrante do grupo “Bando da Lua”, acompanhando Carmem Miranda nos Estados Unidos. É difícil achar na rede informações sobre este músico. Pelo que eu entendi, ele após passar belo Bando da Lua, acabou ficando na América onde teve uma promissora carreira. Gravou diversos discos e também trabalhou em Hollywood, em clássicos do cinema americano. Em 1958 a gravadora Tops Records lançou este disco, que trazia oito faixas já apresentadas num álbum também americano, do ano anterior, chamado “Brazil”, pelo selo Golden Tone. Ao que tudo indica, Nestor Amaral And His Continentals, gravaram também outros discos na mesma linha para a Tops Records. Álbuns como Holiday In Spain, France e Italy, são todos dele. Nestas gravações Nestor conta também com a participação de seu amigo, o violonista Laurindo Almeida. Taí, um belíssimo disco que não demora muito alguém solicitar no GTM. Estamos aí… 😉
Carolina Cardoso De Menezes E Orlando Silveira – Honeymoon In Rio (1956)
Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Hoje eu estou trazendo aqui um álbum o qual eu acreditava ser ainda inédito nas bocas. Eu estava certo de que seria uma boa surpresa, principalmente por ser um disco antigo, importado e lançado exclusivamente nos Estados Unidos. Mas, qual o quê… Também não é para menos, um lp bacana como esse, que chama a atenção logo pela capa, não passaria despercebido por muito tempo e seja lá onde tenha sido lançado. Sem dúvida, trata-se de um disco primoroso, tanto pelos artistas escolhidos e seus repertórios, como também pela capa e os cuidados na gravação. Trata-se de um ‘long play’ de 12 polegadas, gravado no Rio de Janeiro e prensado com super qualidade nos ‘States’. Disco de gringo e para gringo, coisa fina! Lançado por lá em 1956, quando por aqui ainda rodavam os 78 rpm e os 33 de 10 polegadas. O álbum chama-se, “Honeymoon In Rio”, com o subtítulo, “Authentic Brazilian Sambas and Baions”. Um álbum cujo o propósito é mostrar a música brasileira, mais especificamente, o samba e o baião, que eram os dois gêneros mais conhecidos fora daqui. Para tanto, escolheram dois artistas de expressiva atuação, a pianista Carolina Cardoso de Menezes e o acordeonista Orlando Silveira. Os dois se alternam nas faixas, cabendo à Carolina os sambas e ao Orlando os baiões.
Quem ainda não conhece, vale a pena dar uma conferida, bem porque a qualidade do disco e da digitalização superam em muito a que já foi apresentada no Loronix.
Sílvio Caldas – Seleção Grand Record Brazil – Vol. 26 (2012)
* TEXTO DE SAMUEL MACHADO FILHO.
Light Reflections – One Way (1973)
Boa noite, meus prezados! Acabo de chegar em casa e tenho ainda muita coisa para fazer. Assim, nos próximos dez minutos, me dedico exclusivamente à esta postagem. Para tanto, lanço mão de um ‘disco de gaveta’, um lp cujo o arquivo me foi enviado por um de nossos visitantes, em forma de uma contribuição. Hoje, finalmente, ele entra encerrando de vez o ciclo pop/rock. Eu havia dito que teria sido na postagem anterior, mas vamos considerar mais uma.
Vamos nessa com um dos mais expressivos conjuntos brasileiros que fizeram sucesso nos anos 70 cantando em inglês. Ao lado do Pholhas, o Light Reflections foi um dos grupos que melhor encarnou a onda, emplacando sucessos como “Tell me once again”, “That love” e “Send it for tomorrow”. O LR também encarava outros nomes e seus integrantes atuavam em outros projetos do selo Cash Box. Penso que, apesar do sucesso, esses grupos sofreram um certo preconceito, sendo encarados como grupos pop ligeiramente bregas. Mas que ouve com carinho e porque não dizer, com outros olhos, logo percebe as muitas qualidades dessa turma. Faziam um som bacana e com competência. Vale conferir…
Clip Independente – Volume 1
Beach Comberes – Ninguém Segura Os Beach Combers (2012)
Boa noite, meus caríssimos amigos cultos, ocultos e associados! Encerrando a semana, vou agora botar lenha na fogueira, engrossar mais o caldo e fazer valer a sexta feira. Vamos hoje com os Beach Combers, um super ‘power trio’ carioca de ‘Beat Music’, que é o termo mais indicado para uma banda que passeia como poucas pelos diferentes gêneros do rock, como o surf, o psicodélico, garagem e instrumental retrô.
Formado por Bernar Gomma na guitarra, Gustavo (Guzz The Fuzz) no baixo e Lucas Leão na batera, os caras dão um show de competência. Eu confesso que fiquei impressionado com o nível dessa moçada. Sem querer puxar o saco, achei o disco todo bom. Não há uma faixa a qual a gente deixa de ouvir. Quem gosta de rock, não tem como não apreciar o trabalho. À propósito, “Ninguém segura os Beach Combers” foi lançado apenas em vinil. Um luxo para poucos, aqueles que sabem como é bom curtir um som de um toca discos. Gostei tanto deste álbum que até entrei numa de promovê-los entre os amigos e lá na Feira do Vinil, onde vendi alguns exemplares. O que faz essa banda ter um disco tão bancana é uma certa lineariedade entre as faixas, o fato de ser totalmente rock básico e instrumental, que agrada o papai e o filhinho (aqui em casa foi assim, hehehe…)
Os Beach Combers estão com a bola toda. Onde quer que eles se apresentem, fazem um sucesso danado. Por isso, escutem este ‘web album’, comprem o lp e passando pela sua cidade, não deixe de conferir o show. Dizem que ao vivo os caras são ainda melhores 🙂
Quem estiver interessado na compra do lp, pode fazer contato… (eu recomendo!)
Aum Soham (2009)
Boa noite, meus prezados! Inicialmente, quero avisar a todos que a versão Toque Musical pelo WordPress está agora fechada ao público. Achei melhor fazer dessa forma, evitando deixar os desatentos ainda mais confusos. Tínhamos, até então, quatro versões do TM na rede. Uma fartura que tem lá suas razões. Porém, em julho, faremos uma pausa para as férias e também para as mudanças definitivas, como eu já havia comentando aqui. Completando 5 anos de atuação, o Toque Musical passará a ter o seu espaço próprio, sem mais sofrer ameaças de cortes como várias vezes já ocorreu. Continuaremos mantendo a mesma política de acesso, através do GTM. Fiquem ligados, leiam os toques para não se perderem.
Dando sequência à essa semana do alternativo independente, vamos com mais um artista que merece ser ouvido com outros olhos. Apresento a vocês Aum Soham, artista mineiro com uma formação multifacetada em artes plásticas, dança, literatura, fotografia e música. Sua atuação na música começa a partir dos anos 80, em São Paulo, na efervecência da chamada “Vanguarda Paulista”. Seu trabalho se iniciou no uso da tecnologia aplicada à música, explorando diferentes recursos vocais numa estética não muito convencional. Nessa época, se apresentou em diversos espaços culturais de Sampa, Como no Teatro Lira Paulistana, Sesc Anchieta, Centro Cultural de SP, entre outros…
Repleto de experimentalismo vocais e inovações sonoras, o EP “Aum Soham” nos apresenta um mix de elementos eletrônicos e acústicos em composições onde a voz transmutada e em incontáveis sonoridades e ruidos, alcança uma nova característica, com resultados surpreendentes. “É incrível perceber, por exemplo, que os sons de água pingando numa suposta caverna, no final da faixa “Douan”, tenha sido produzido pelo artista, apenas com ruídos de saliva, respiração e estalos de língua”
“Aum Soham” foi lançado primeiro no mercado americano, em 2008 e posteriormente em São Paulo e Belo Horizonte. Aqui vamos encontrar duas músicas, “Cânticos” e “Douan” e suas versões remixadas. Incluí também, em forma de bônus, uma nova versão de “Canticos”, feita pelo artista para um clipe com imagens de filmes do Zeitgeist. Quem quiser conferir, é só dar um toque. Tá na mão, tá no GTM 🙂
Eletrotauro (2007)
Boa noite, meus prezados amigos cultos, ocultos e associados! Aqui vou eu trazendo mais uma dose de música para se ouvir com outros olhos. Desta vez eu apresento o “Eletrotauro”, um projeto também criado por um músico e artista visual, o mineiro Sandro Medeiros. Segundo o artista, o Eletrotauro é um SER (Som Eletro Regional). Por aí já deu para se ter uma ideia do que vamos encontrar. Uma música que mistura elementos rítmicos extraídos da cultura regional e popular brasileira com batidas eletrônicas, samplers e outros efeitos sonoros. Para conhecer melhor o trabalho deste artista, convido vocês a conhecerem também o site. Vão daí que eu vou de cá…
Objeto Amarelo – Deus Da Pedrada (2003)
Muito bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Depois de haver postado “O Ápice” do Vzyadoq Moe, não resisti a tentação de fazer desta uma semana diferente, trazendo para o Toque Musical um pouco mais do experimentalismo, alternativo e porque não dizer, conceitual (humm…)
Vamos hoje conhecer, ou dar mais vazão, a um projeto criado no final dos anos 90 pelo músico e artista visual paulistano, Carlos Issa – o “Objeto Amarelo”. Há tempos atrás, quando este cd caiu nas minha mãos eu não dei muita bola, achando-o uma coisa meio tosca, artesanal e de um conteúdo até então duvidoso, visto que naquela época eu não encontrei nenhuma informação sobre quem era e o que era exatamente o Objeto Amarelo. Foi preciso que o seu autor se manifestasse através da criação de um site e seu trabalho ganhasse um maior espaço na mídia e consequentemente territorial, atingido um público além da capital paulista. Hoje a coisa está um pouco mais clara e eu já consigo ouvir esse trabalho com outros olhos. “Deus da Pedrada” é um híbrido conceitual. Como música nos traz em seu experimentalismo um misto de pop, punk, rock, industrial, eletrônico e sei lá mais o quê… Literalmente, um objeto sonoro e porque não dizer, um objeto de arte. A primeira série deste trabalho, lançada em 2003, era realmente um objeto de arte, com direito a numeração (o meu é o 087!). Cd artesanal, tosco (sem dúvidas), gravado e produzido em casa pelo próprio artista, porém com um conceito que envolve não apenas a música, mas também o seu suporte, o cd com sua forma bem peculiar de apresentação. Realmente um objeto (amarelo) de arte, que alguns anos depois viria a ser relançado pela Tratore Records. Obviamente, já nesta segunda leva, o trabalho adquiri uma identidade mais comercial, de disco simplesmente.
“Deus da pedrada” não foi a primeira e nem seria a última empreitada artística sonoroa de Carlos Issa. Antes deste cd o projeto “Objeto Amarelo” já existia através de outros dois lançamentos anteriores e seguiu posteriormente com outros lançamentos, sendo o último um cd gravado em 2009. No disco virtual desta postagem eu incluí também uma música bônus e três clips, afinal aqui no TM tem que ter um algo mais, não é mesmo?
Melhor do que eu ficar aqui tentando explicar o trabalho do cara é dar a dica da fonte, ou seja, para saber melhor sobre o Carlos Issa e seu Objeto Amarelo, visite o site.
Vocalistas Tropicais – Vol. 3 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical (2012)
E eis aqui a terceira edição (no geral, a de número 25) que o meu, o seu, o nosso Grand Record Brazil dedica a este grande conjunto vocal-instrumental que foram os Vocalistas Tropicais. Mais doze fonogramas raros que certamente irão parar nos arquivos de muitos colecionadores. Continuando nossa retrospectiva, ainda com originais Odeon, abrimos esta terceira parte com o samba “Como é que vai ser?”, de Marino Pinto e Mário Rossi, dupla respeitável da MPB, gravado em 3 de setembro de 1948 com lançamento em novembro seguinte sob número 12883-B, matriz 8410 (o outro lado de “Ester”, de nossa edição anterior). Em seguida, uma versão bastante conhecida: “Trevo de quatro folhas (I’m looking over a four leaf clover)”, de Harry Woods e Mort Dixon, fox composto em 1927 e sucesso na voz de Al Jolson, cantor americano que costumava pintar o rosto de preto, interpretado por Larry Parks em dois filmes da Columbia: “Sonhos dourados” e “O trovador inolvidável”, sendo a música reapresentada neste último. Nilo Sérgio fez a letra brasileira e a gravou na Continental em 1949, com grande sucesso. Logo em seguida, em 13 de maio desse ano, os Vocalistas Tropicais fizeram nosso registro desta edição, lançado pela “marca do templo” em julho seguinte com o número 12934-A, matriz 8493. No verso, matriz 8492, a faixa seguinte, “Irmão do samba”, de Nestor de Holanda (também escritor e jornalista, pernambucano de Vitória de Santo Antão) e Jorge Tavares. Eles também foram parceiros, vale ressaltar, no samba-canção “Quem foi?”, gravado por Aracy de Almeida exatamente com os Vocalistas Tropicais junto. A quarta faixa, que até eu queria ter na coleção, é o samba “A maior Maria”, de Waldemar Ressurreição e Gerôncio Cardoso, lado B do disco de “Minha terra”, de nossa edição anterior, o Odeon 12952, gravado em primeiro de agosto de 1949 e lançado em outubro seguinte, matriz 8540. Temos depois outro samba, agora para o carnaval de 1950: “Supremo poder”, de Fernando Martins e Victor Simon (este último autor dos clássicos “Bom dia, café” e “O vagabundo”), gravado pelos Vocalistas em 4 de novembro de 1949 e lançado um mês antes da folia, em janeiro, com o número 12979-B, matriz 8580 (é o verso de “Ela é falsa”, de nossa edição anterior). A faixa seguinte é o maracatu “Maracatucá”, de Geraldo Medeiros e Jorge Tavares. É o lado B do disco em que saiu a versão “Bebê (Baby face)”, apresentada em nossa edição anterior, o Odeon 12989, gravado em 16 de dezembro de 1949 e lançado bem depois do carnaval de 50, em março, matriz 8608. Depois tem o samba “Não devemos mais brigar”, do cantor Gilberto Milfont em parceria com Mílton de Oliveira, lado B do disco de outra faixa de nossa edição anterior, “Ilha dos amores”, o Odeon 13005, gravado em 13 de junho de 1949 mas só lançado em março de 50, matriz 8519. Continuando a completar os discos de nossa edição anterior, vem o samba “Trinta dinheiro” (assim mesmo, sem “s”!), também de Waldemar Ressurreição, agora em parceria com Amaro Gonçalves. É o lado B do 78 de “Diamante Negro”, o Odeon 13024, gravado em 20 de março de 1950 e lançado em julho seguinte, matriz 8656. Em seguida completamos o 78 de “Desculpa”, o Odeon 13042, apresentando o lado A, “Quem é que não sente?”, samba assinado pelo mestre Ataulfo Alves. Gravação de 3 de julho de 1950, lançada em setembro seguinte, matriz 8718. A próxima faixa é simplesmente um clássico de nosso cancioneiro carnavalesco: a famosa marchinha “Tomara que chova”, de Paquito e Romeu Gentil, da folia de 1951. Foi criada pelos Vocalistas Tropicais na Odeon em 6 de setembro de 1950, com lançamento ainda em dezembro sob número 13066-A, matriz 8792 (como se sabe, Emilinha Borba fez outro registro desta composição na Continental, também com sucesso, e a cantou no filme “Aviso aos navegantes”, da Atlântida). Apresentamos também o lado B de “Tomara que chova”, o samba “Já é noite”, de Fernando Lobo, Paulo Soledade e Nestor de Holanda, gravado dias depois, em 12 de outubro de 1950, matriz 8823. E, para encerrar esta terceira parte, completamos o disco da “Marcha da vizinhança” (de nossa edição anterior), o Odeon 13081, oferecendo o lado B, outra composição de Waldemar Ressurreição: o samba “Mulher de carnaval”, gravação de 12 de outubro de 1950, lançada em janeiro de 51, matriz 8822, e obviamente também destinada à folia daquele ano. Como vêem os amigos cultos e ocultos do Toque Musical e do GRB, mais doze preciosas gravações dos Vocalistas Tropicais, para enriquecer os acervos de tantos quantos apreciem a boa música brasileira. Imperdível!
*TEXTO DE SAMUEL MACHADO FILHO
Vzyadoq Moe – O Ápice (1987)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Para quebrar um pouco a rotina, hoje vamos apresentar um som para se ouvir com outros olhos. Estamos aqui acostumados a ouvir, de uma certa forma, o tradicional e convencional que as vezes é preciso pular a faixa. Sempre que eu faço uma ‘semana temática’ dedicada ao rock/pop nacional penso em postar este disco da banda paulista Vzyadoq Moe. Mas acaba ficando tão difícil quanto pronunciar esse nome. Isso porque o ‘aparente indigesto’ não fica só no nome. A música desta banda é também algo difícil de descer num primeiro momento. O que diria então naqueles anos 80! Essa turma fazia um som que ia além do que era proposto naquela época do pop/rock nacional. Sua música era calcada no rock, mas pode também fazer parte do grupo dos inclassificáveis ou experimentais. Um som influenciado por uma mescla de coisas variadas, algo que me lembra muito o ‘krautrock’ alemão, bandas como Can, Apple Silver, Einsturzende Neubauten, somados a aquela onda ‘new wave/pos punk que rolava na Europa. O trabalho do VM era pretensioso, tanto pelas letras do vocalista Fausto Marthe quanto no instrumental e na produção. Mas porém, a gente percebe que ao final faltou ali um elemento que amarrasse tudo isso. Mesmo assim, não deixa de ser um trabalho acima da média, fugindo do pop colorido que o rock naquela década virou.
Este disco foi gravado e mixado no Estúdio Eldorado e saiu pelo selo independente Wop Bop. Foi um fracasso de vendas, mas recebeu boas críticas da impressa especializada. O nome do grupo surgiu de um sorteio de letras. Gravaram apenas dois discos e participaram de outras duas coletâneas. Me parece que seus integrantes voltaram a ativa há uns anos atrás…
Jóia 25 – Seleção Instrumental Do Toque Musical (2012)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados de plantão! Pensei que meu feriadão fosse ser mais tranquilo e folgado. Qual nada! Compromisso atrás de compromisso. Mal tive tempo para entrar aqui no blog e fazer uma postagem descente. Embora tenha sido na base do ‘arrastão’, esta vai ser uma coletânea muito boa. Escolhi aqui alguns números instrumentais que eu acho ótimos, feitos para se ouvir em alto e bom som. Música de qualidade para quem sabe apreciar. Uma ótima seleção para se ouvir no carro, em casa e numa boa caminhada ou de bicicleta. Amanhã, já estarei ouvido no meu iPod, com certeza! E vocês, querem ouvir também?
Jóia 25 – Seleção Instrumental Do Toque Musical (2012)
Gilvan de Oliveira – Vinícius Nas Cordas De Gilvan (1990)
Olá amigos! Hoje é dia de artista/disco independente. Porém o disco que eu apresento não é exatamente algo assim, independente. Lançado em 1991 pela Karmim, uma produtora e editora mineira, este foi o segundo trabalho solo do violonista mineiro Gilvan de Oliveira. Neste álbum, como se pode ver logo pelo título, o instrumentista interpreta doze músicas de Vinícius de Moraes e seus parceiros. Um belíssimo disco que mereceu a atenção e aplausos da crítica especializada. Eu também gostei! 🙂 Querem conferir?
Les 4 Cadillacs – Doucement Novamente (1964)
Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Hoje eu estou trazendo um disco que há muito eu queria postar, só não fiz antes por uma questão particular, quando de uma certa vez, postando um disco dOs Românticos de Cuba, o Nilo Sérgio Filho solicitou a sua retirada, alegando que muitos dos títulos da Musidisc ainda se encontravam em catálogo, ou algo assim. Eu, prontamente atendi ao seu pedido e pensei mesmo em nunca mais postar coisas desse selo. Acontece que o que foi proibido aqui, continuava (e continua) rolando a solto por aí. Assim sendo, sem querer ser mais transgressor, escolhi para postar alguns álbuns que, tenho certeza, nunca mais serão relançados. Além do mais, são discos já bem divulgados em outos blogs, sites e redes sociais.
Temos então, “Les 4 Cadillacs – Novamente”, que foi o segundo álbum para um quarteto formado supostamente, por Durval Ferreira na guitarra, Ed Lincoln no piano, Luiz Marinho no contrabaixo e Wilson das Neves na bateria. Segundo uma pesquisa feita pelo nosso saudoso amigo Mauro Caldas, o Zecalouro, em seu ensaio “O Jogo dos Pseudônimos”, apenas no primeiro álbum é que com certeza eram esses mesmos os músicos. Embora não conste na capa, eu acredito que neste segundo lp a turma seja a mesma. Independente de qualquer coisa, o que nos importa de imediato é a música, um estilo e repertório que mantinha o mesmo formato do anterior, música para dançar. Aqui, abrindo um pouco mais o leque, o quarteto interpreta não apenas ‘standards’ da música americana, mas também grandes temas da música francesa, italiana, espanhola, portuguesa, até russsa e latinoamericana, sem se esquecer do Brasil (claro!), através de dois clássicos, “Chove lá fora”, de Tito Madi e “Se todos fossem iguais a você”, de Tom e Vinícius. Confiram no GTM 🙂
Os Novos Boemios – Choros E Chorões (198…)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados de plantão! Desculpem a expressão, mas hoje o dia foi foda! Véspera de feriado, com obras por toda a cidade, o trânsito ficou um horror. Só agora eu estou chegando em casa, mas felizmente ainda a tempo de bater o ponto. E vamos lá…
Hoje teremos um disco que está funcionando como ‘disco de gaveta’. Isso porque mais uma vez eu não tive tempo para preparar nada. Assim, lanço mão de uma colaboração, um disco enviado recentemente para mim, pela nossa amiga frequentadora Elaine. Eu confesso que não tive tempo de ouvir e conhecer um pouco sobre esse grupo, “Os Novos Boêmios”. A capa também não nos traz nenhuma informação e nem data de lançamento. O álbum foi lançado pelo selo Cartaz. Pelo estilão da capa e outros detalhes, eu diria que o disco foi lançado na década de 80. Contudo, do pouco que estou ouvindo agora, suponho que seja um grupo e uma gravação dos anos 60. Como se pode ver pela estampa, trata-se de um disco de chorinho. O repertório, muito bem pautado, nos traz pérolas de Pixinguinha, Garoto, Catulo da Paixão Cearense, Waldir Azevedo e outro mais… São verdadeiros clássicos do chôro, que sempre vale a pena ouvir de novo e principalmente com outros intérpretes. Vamos conferir?
Papete – Planador (1981)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Aqui estamos nós para mais uma postagem musical. Hoje trazendo o percussionista maranhense José Ribamar Viana, mais conhecido como Papete. Há pouco mais de um ano eu postei aqui o primeiro disco dele, “Berimbau e percussão”, lançado pelo selo Marcus Pereira em 1975. Ah, estou vendo aqui que já postei também o lp “Água de Côco”, também Marcus Pereira, em 1980. Desta vez, trago ele de volta em outro ótimo momento, com seu, “Planador”, disco lançado pela Continental um anos depois. Neste álbum vamos encontrar um repertório da melhor qualidade. Começando logo de entrada com o belíssimo instrumental, “Luzeiro”, de Almir Sater. Este, por sinal é participação especial no disco. Almir está presente em mais duas músicas. Porém, a música que eu mais gosto é sem dúvida “Esse mar vai dar na Bahia”, de Hilton Acioly. Tem mais… mas eu vou deixar para vocês 😉 Além do quê, já está na hora de dormir. Zzz…
Vocalistas Tropicais – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 24 (2012)
E aqui está a vigésima-quarta edição do meu, do seu, do nosso Grand Record Brazil, apresentando a segunda parte da antologia dedicada aos Vocalistas Tropicais, de cuja trajetória e carreira vocês já tomaram conhecimento na edição anterior. Começando a seleção desta semana, ainda pela Odeon, temos o samba “Ester”, de Haroldo Lobo e Mílton de Oliveira, gravação de 3 de setembro de 1948, lançada em novembro seguinte com o número 12883-A, matriz 8409, certamente visando ao carnaval de 1949, considerado pelos estudiosos um dos mais ricos em matéria de produção musical, e foi mesmo. Vem também a ser o caso do samba “Não vou dizer”, de João Corrêa da Silva e Walter de Oliveira, gravado na “marca do templo” em 21 de outubro de 1948 e lançado bem em cima da folia, em janeiro de 49, com o número 12893-B, matriz 8426, apresentando no lado A o hit “Jacarepaguá”, marchinha de Paquito, Romeu Gentil e Marino Pinto que já revivemos anteriormente nesta série. Temos em seguida o balanceio “Maricota é a tal”, composto por Aleardo Freitas e Danúbio, em gravação de 16 de dezembro de 1948, e prudentemente lançado em março de 49 com o número 12925-B, matriz 8469. Logo depois, uma regravação: a da canção “Minha terra”, de autoria do paraense Waldemar Henrique, nascido (1905) e falecido (1995) na capital do Pará, Belém. Originalmente esta música, composta por Waldemar na plenitude de seus 17 anos de idade, foi gravada em 1935 pelo cantor Jorge Fernandes, também na Odeon. Em 1946, novo registro, na voz do Rei Francisco Alves e, finalmente, este aqui, com os Vocalistas Tropicais, datado de primeiro de agosto de 1949 e lançado em outubro seguinte com o número 12952-A, matriz 8540. E tem mais música de carnaval, com o disco 12963-A, gravado em 30 de setembro de 1949 e lançado ainda em dezembro, visando, claro, à folia de 1950. No lado A, matriz 8561, um megahit, a marchinha “Daqui não saio”, de uma dupla colecionadora de êxitos carnavalescos, Paquito e Romeu Gentil, retratando o problema da moradia, já grave naquela época, quer dizer, mais atual impossível! No verso, matriz 8562, o samba “Remorso”, de Arnõ Canegal e Amaro do Espírito Santo. Também de Paquito e Romeu Gentil e para o mesmo carnaval é o samba “Ela é falsa”, gravado pelos Tropicais em 4 de novembro de 1949 com lançamento em janeiro de 50 sob número 12979-A, matriz 8579. A faixa seguinte é “Bebê”, versão do especialista Haroldo Barbosa para o fox “Baby face”, dos americanos Harry Akst e Benny Davis, composto em 1926 e lançado nesse mesmo ano pelo bandleader Jan Garber, sendo depois registrado por inúmeros outros artistas, entre eles Al Jolson e Bobby Darin. Os Vocalistas Tropicais gravaram esta versão na Odeon em 16 de dezembro de 1949, com lançamento em março de 50, disco 12989-A, matriz 8607 (o curioso é que há uma outra versão, de Fred Jorge, gravada em 1961 por Elis Regina em seu primeiro LP, “Viva a brotolândia”). A faixa seguinte, “Ilha dos amores”, samba de Waldemar Silva e Marino Pinto, foi gravada em 13 de junho de 1949, mas a Odeon a pôs na “geladeira” por quase um ano, sendo lançada somente em maio de 1950 com o número 13005-A, matriz 8518. Leônidas da Silva (Rio de Janeiro, 1913-Cotia, SP, 2004), um dos maiores jogadores de futebol de seu tempo, artilheiro da Copa do Mundo de 1938 (7 gols) e criador da pirueta conhecida como “bicicleta”, é homenageado em seguida com o samba de Marino Pinto e David Nasser muito apropriadamente intitulado “Diamante Negro”, apelido dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista “Paris Match”, que também deu a Leônidas o apelido de “homem-borracha”, por sua elasticidade (em sua homenagem, a Lacta lançou o chocolate Diamante Negro, que existe até hoje). Gravação Odeon de 20 de março de 1950, lançada em julho seguinte com o número 13024-A, matriz 8655. Em seguida, o samba “Desculpa”, de Waldemar Gomes, gravação de 3 de julho de 1950, lançada em setembro seguinte, disco 13042-B, matriz 8719. E encerramos esta segunda parte no maior alto astral, com a “Marcha da vizinhança”, dos então “hitmakers” carnavalescos Paquito e Romeu Gentil,visando à folia de 1951, lançada em janeiro desse ano com o número 13081-A, e gravada ainda em 6 de setembro de 50, matriz 8791 (nessa época eles também lançaram o clássico “Tomara que chova”, da mesma dupla, já revivido anteriormente em nossa série). Como os leitores-ouvintes já perceberam, todas estas gravações saíram pela Odeon, onde os Vocalistas Tropicais ficariam até 1954, quando se transferiram para a Continental. Assim, o GRB apresentou, somando-se estas duas partes, 23 fonogramas do grupo vocal nordestino para a “marca do templo”, além de “Jacarepaguá” e “Tomara que chova”, já anteriormente apresentadas, perfazendo um total de 25 gravações deles no nosso GRB. Creio que em, todos eles, está o que existe de mais representativo e histórico dos Vocalistas Tropicais na Odeon. Ouça e recorde com carinho!
*TEXTO DE SAMUEL MACHADO FILHO
Manezinho Araujo – Pra Onde Vai Valente? (1986)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Aqui vamos nos com a postagem do domingo. Queria ter apresentado este disco hoje, logo cedo. O dia estava ótimo e me inspirou a tal postagem. Infelizmente, acabei envolvido como outras tarefas de fim de semana. Só agora é que liberei…
Temos assim o Manezinho Araújo, mais um grande artista, vindo lá de Pernambuco. Um nordestino da melhor qualidade, talvez o primeiro com quem eu ouvi uma embolada. Cantor, compositor e pintor. Veio para o Rio de Janeiro nos anos 30. Gravou de 1933 a 56 diversos discos de embolada, e também frevos, côcos e sambas. Durante esse período lançou com sucesso músicas de sua autoria como “Quando eu vejo a Margarida”; “Cuma é o nome dele?”; “Pra onde vai Valente?” e outras mais… Gravou também e com sucesso outros autores nordestinos. Ficou conhecido como o “Rei da Embolada”. Ainda nos anos 50 decidiu abandonar a carreira de cantor. Segundo contam, seu show de despedida tinha quase 10 mil pessoas! Passou a se dedicar á culinária, abrindo um restaurante de comidas típicas nordestinas. Depois se enveredou para as artes plásticas, se transformando num pintor. Conseguiu também projeção e renome neste campo, tendo seus trabalhos expostos em dezenas de exposições e constando em catálogo das mais diversas galerias e museus, inclusive internacionais.
Este álbum, lançado em 1986, reúne alguns de seus maiores sucessos, todas as músicas sendo de sua autoria. Uma delícia que cairia bem no domingo, mas pode também se estender pela semana. Alegre e divertido. Quer conferir?
ESTAMOS CHEGANDO!
O Máximo De Sucesso Da Música Popular Brasileira (1968)
Boa noite, prezados! Ufa! Finalmente em casa e em tempo de postagem! Nem no fim de semana eu estou tendo folga. Também, quem mandou eu querer fazer deste blog um diário? Agora aguenta…
Para o nosso sábado de coletânea eu tenho aqui este álbum lançado pela Philips em 1968, trazendo alguns de seus artistas de destaque, nomes consagrados que fazem desta uma seleção de primeira qualidade. Nem é preciso falar muito, vem estampado no encarte o que vamos encontrar. Alguns desses fonogramas a gente pode até considerar como raridades. É o caso de Tuca interpretando “Verde”, de Mário de Castro e Antonio Carlos Ducan, ou “Madrugada (Caranval acabou)”, de Arthur Verocai e Paulinho Tapajós, na voz de Magda. Taí uma coletânea que a pena pedir e ouvir 😉
Clóvis Maciel – Sagrada Estrada (1985)
Muito bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Eu estava temeroso de que hoje não fosse encontrar aqui o nosso Toque Musical. Como disse, há um mês atrás, havia eu recebido uma mensagem do Blogger, dizendo que a partir de junho eu precisaria completar o meu cadastro, informando a eles alguns dados pessoais, além de endereço. Como eu sou um nômade e rebelde, além de já ter criado essa áurea de mistério em torno da minha figura (ou da figura do Augusto TM), dificilmente pensaria em me expor mais do que já fiz. Não se trata de receio, ou temor punitivo, bem porque, punição maior já me fizeram, desestabilizando o nome do Toque Musical. Mesmo assim, queimado e em cinzas, como a Fenix, o TM sempre irá ressuscitar, aqui ou em outro lugar (putz, até rimou!). O certo é que até o momento ainda estamos por aqui e vamos mandando ver… e ouvir, claro! Nosso porto seguro, ou nosso ponto de resistência é o GTM. Por isso, quem ainda não se associou, é bom fazê-lo! Bem porque, independente das investidas do Blogger e outros possíveis sensores, já estou preparando uma nova e definitiva casa para o Toque Musical.
Bom, agora falando do disco do dia, hoje temos um artista independente. Apresento a vocês o cantor e compositor mineiro, Clóvis Maciel, um nome que anda sumido aqui pelas ‘Geraes’. Vindo lá da região de Baependi, sul de Minas, Clóvis veio se destacando no início dos anos 80, quando participou de diversos festivais e em discos com outros artistas, com o Dércio Marques e Saulo Laranjeira. Em 1985 ele lançou este que foi o seu primeiro trabalho solo, “Sagrada Estrada”, álbum gravado no estúdio da Bemol, em Belo Horizonte. No repertório iremos encontrar composições próprias, parcerias e também de outros autores. Aqui ele também grava “Segredos Vegetais”, de Dércio Marques. Um bonito trabalho de estréia. Sei que Clóvis, depois deste disco partiu para novos vôos, indo morar no Rio e em São Paulo, gravou outros discos, mas eu ainda não tive a oportunidade de ouvi-los. Quem sabe uma hora dessas o nosso artista aparece por aqui e nos envia seus outros trabalhos, não é mesmo? 🙂
Super Erótica (1970)
Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Diante a imensa aprovação pela postagem do disco “Erotíssima”, achei por bem dar a vocês mais uma dose. Taí uma coisa que sempre desperta o interesse… Me lembro quando eu ainda era um menino, comprei esse disco achando que fosse a maior sacanagem e foi… uma decepção danada. Aqueles gemidos, ‘je t’aimes’ e outros breguetes mais, ainda não faziam parte do meu imaginário erótico, aliás eu nem sabia direito o que era o tal de ‘erótico’. Só sei que este disco foi ganhado seu ‘status’, as vezes, fazia sucesso em nossas festinhas e era motivo para muitos pais encerrarem nossa folia.
Este álbum, segundo contam, foi uma produção ‘paralela’ da turma dOs Carbonos, um grupo especializado em ‘covers’. Aliás, naqueles anos 60 (e 70), o que tinha de conjunto e artista metido a internacional não era normal. Uma boa sacada foi essa produção que buscou reunir uma seleção de músicas com aquele teor sensual, reforçado pelos forçados gemidos a la Jane Birkin. Taí um disquinho, no mínimo curioso. Quem sabe rola um clima? Hã??? 😉