Levanta Poeira (1977)

Olá, amigos cultos e ocultos! Aproveitando os meus 15 minutos de fama, quero dizer, de fome (hora do lanche), vou logo fazendo aqui a minha postagem, pois além do tempo curto, tem também a energia elétrica, que será interrompida daqui a pouco. Vamos correr…

Tenho aqui este disco cujo o título nos remete a ideia de ser uma coletânea de forrós. Foi o que eu pensei ao bater o olho nele. Mas, após verificar a contracapa, descobri que se tratava da trilha de um programa especial, produzido pela Rede Globo. Segundo o texto da contracapa, foi uma ideia do Boni, ele queria um musical bem brasileiro, mas que não tivesse nenhum apelo ou conotação além de uma simples reflexão sobre a música e o compositor brasileiro. Eu não me lembro desse especial da TV Globo, deve ter sido muito bom, afinal foi um momento gravado ao vivo (na Quadra da Mangueira). Uma verdadeira antologia do samba, cheio de grandes nomes. Um encontro memorável… e pensar que em 1977 muita gente nessa turma ainda estava viva…
Putz, olha a Cemig chegando aí… Deixa eu parar por aqui antes que a postagem também fique interrompida. Vão conferindo aí…
pré abertura – mario lago
levanta poeira – marlui miranda
pot-pourri de choros:
canarinho teimoso – altamiro carrilho
na glória – raul de barros
pedacinho do céu – waldir azevedo
saxofone, porque choras? – abel ferreira
ecos – joel nascimento
promessa ao gantois – os tincoãs
a noite do meu bem – marisa gata mansa
suas mãos – tito madi
demais – elizeth cardoso
antologia do samba:
a flor e o espinho – nelson cavaquinho
as rosas não falam – cartola
ave maria no morro -herivelto martins
se você jurar – ismael silva
trem das onze – adoniran barbosa
aí que saudades da amélia – mario lago
viva meu samba – billy blanco
exaltação a tiradentes – mano décio
bloco do sujo – luiz reis
praça onze – grande otelo
acreditar – clementina de jesus
minha verdade – dona yvone lara
nó na madeira – joão nogueira
recordações de um batuqueiro – xangô da mangueira
o pequeno burguês – martinho da vila
brasil, berço dos imigrantes – roberto ribeiro
tristeza – sargentelli com o povo

Quinteto Villa Lobos – Airton Lima Barbosa (1981)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Para esta última semana onde ainda mantemos a terça feira dedicada aos eruditos, eu escolhi um disco mais pela capa. Muito bonita, não é mesmo? Confesso que eu mesmo, até então, nunca cheguei a ouvir este disco. Foi uma surpresa boa. Eu já conhecia alguns trabalhos do Quinteto Villa Lobos, mas este disco, por ser também uma produção independente e limitada, só agora chegou às minhas mãos. O Quinteto Villa Lobos surgiu no início dos anos 60, um grupo musical exclusivo de instrumentos de sopro. Criado pelo compositor, arranjador e fagotista pernambucano Airton Lima Barbosa. Durante quase duas décadas este quinteto esteve à frente como um dos mais importantes grupos da Música de Câmara no Brasil. O grande diferencial do QVL foi saber dosar peças eruditas e populares.

Este álbum, lançado em 1981 de maneira independente, foi uma espécie de homenagem póstuma à Airton que faleceu no ano anterior. O Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro) decidiu bancar a produção do álbum, que é na verdade uma gravação caseira. Trata-se de uma apresentação ao vivo realizada para um grupo pequeno de pessoas, em 1977.
Embora o disco seja dividido em faixas, pela própria natureza da gravação, não se percebe ao ouvido essas passagens. Daí, achei por bem manter a gravação por inteira, sem cortes ou separação de músicas. A audição é linear, sem pausas, ok?
divertimento em si bemol maior, em três movimentos: allegro, andante e rondó (haydn)
três peças breves – allegro (jacques ibert)
quarteto (villa-lobos)
odeon (ernesto nazareth e ubaldo)
naquele tempo (pixinguinha e benedito lacerda)
segura ele (pixinguinha e benedito lacerda)
choro negro (paulinho da viola e fernando costa)
sempre (k-ximbinho)
quinteto em forma de choro (villa-lobos)
divertimento nº 1: campo de flores (fernando sandroni)

Opera Do Malandro – Trilha Original Do Filme (1987)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como eu já havia dito anteriormente, estamos tendo a segunda e terça feira dedicados às postagens, respectivamente, de trilhas e música erudita por um tempo determinado. Seria até o fim deste ano ou enquanto durasse o estoque. O ano ainda não acabou e o estoque também não, porém outras publicações clamam por seu espaço. Agora mesmo estou nessa onda de digitalizar e postar bolachas de 78 rpm. Há também outros tantos discos que eu não vejo a hora de postar aqui no Toque Musical. Em sumo e em resumo, a partir de dezembro, novas mudanças: segunda feira será para postagens do GRB (Grand Record Brazil), o selo exclusivo do TM. A terça volta a ser livre. Os clássicos, eruditos e também as trilhas, continuam sendo publicados, mas sem dia certo.

Para hoje, vamos com a trilha do filme de Ruy Guerra, “Opera do Malandro”, um musical baseado em outro, “A opera dos três vinténs”, de Bertold Brecht e Kurt Weill. O roteiro do filme é de Chico Buarque, Ruy Guerra e Orlando Senna. As músicas são todas de Chico Buarque, com arranjos do Maestro Francisco de Morais.
Eu, na verdade, preferia postar o disco da Opera do Malandro, do Chico, mas esse, além de já bem explorado em outros blogs, fatalmente acabaria se tornando um REPOST e limitado aos membros do Grupo Toque Musical. Melhor mesmo é ficarmos na trilha do filme 😉

a volta do malandro – a gang
la muchachas de copacabana – elba ramalho
tema da geni (instrumental)
hino da repressão – ney latorraca
aquela mulher – edson celulari
viver do amor – as mariposas
sentimental – claudia ohana
desafio do malandro – edsomn celulari e aquiles
o último blues – claudia ohana
palavra de mulher – elba ramalho
o meu amor – elba ramalho e claudia ohana
tango do covil – os muchachos
uma canção desnaturada – suely costa
rio 42 – as mariposas
pedaço de mim – elba ramalho e edson celulari


Paulinho Nogueira – Sambas De Ontem E De Hoje (1961)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para um domingo frio e chuvoso, uma boa opção é tomar um vinho e ouvir uma boa música. Segue aqui a minha indicação para o dia de hoje, o violão de Paulinho Nogueira. Tenho para vocês este disco bancana, lançado em 1961 pelo selo RGE. “Sambas de ontem e de hoje” foi o segundo álbum do Paulinho pela gravadora. Ele ainda viria a gravar na sequência, pela RGE, mais dois discos: “Outros sambas de ontem e de hoje”, de 62 e “Mais sambas de ontem e de hoje”, de 63. Neste álbum temos um sugestivo subtítulo entre parênteses: “Music for turist”. Realmente, um disco para encantar qualquer turista. Doze faixas de primeiríssimas, contemplando dois momentos dos samba. O lado A é dedicado ao samba novo, aquele que passaram a chamar de Bossa Nova. O lado B são velhos clássicos, sambas que marcaram uma época. Paulinho vem acompanhado pelo Conjunto RGE, o qual eu não consegui identificar quem eram os seus elementos. Os arranjos e direção musical são de Pocho (Maestro Rubens Perez)

Gente, desculpe… hoje tá foda. O vinho ao invés de me inspirar, me deu foi sono. Fico por aqui (glup!).

barquinho
só vou de mulher
quem quiser encontrar o amor
tema do boneco de palha
menino desce daí
coisa mais linda
morena boca de ouro
odeon
se acaso você chegasse
dora
cabelos brancos
linda flor (ai yoyô)


Zaccarias E Sua Orquestra – Seleção 78 RPM Do Toque Musical (2011)

Olá amigos cultos e ocultos! Hoje, sábado, é dia de coletâneas e também é um dia em que eu trago novidades. Estou inaugurando a inspirada coleção “Grand Record Brazil”, mais uma produção do Toque Musical. Gostaram do nome? Bacana, não é mesmo? Trata-se de uma série de discos em 78 rpm, de várias gravadoras, que eu agora estou recuperando. Vocês não fazem ideia de quanta coisa boa e rara estar por vir. Estarei relançando semanalmente esses discos em blocos ou separadamente, como fazia o selo Revivendo.

Inaugurando nossa série/selo, eu trago para vocês o Maestro Zaccarias e sua Orquestra em gravações feitas pela RCA Victor na década de 40. Acredito que essas gravações foram relançadas posteriormente, na década seguinte, quando o vinil de 33 rpm surgiu no mercado. O Maestro Zaccarias, também, tem diversos de seus discos publicados em blogs, inclusive aqui no TM. Mesmo assim, vale a pena ouvir os quatro discos de 78 rpm que no toque se transformaram no primeiro lançamento da ‘Grand Record Brazil’. Coincidentemente, temos aqui uma faixa, “Você faz que não sabe”, interpretada pelo Francisco Carlos (olha ele aí de volta!)
A qualidade dessas gravações não fogem muito do padrão, são boas e eu ainda mantive duas versões de cada faixa para a escolha do freguês. Apreciem e continuem comentando. Comentários são os melhores aditivos para fazerem o Augusto criar 😉
atraente
peguei um ita no norte
enquanto descanso carrego pedras
gaúcho
gostosinho
você faz que não sabe
flor de laranjeira
parabéns para você

Francisco Carlos (1959)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nesta semana, sem querer, eu troquei os dias. Postei ontem o que seria para hoje. Assim sendo, o que era para ontem eu posto hoje. Antes, porém, quero deixar aqui um recado. Depois de algumas confusões no nosso GTM, com a invasão de oportunistas e a saída de alguns membros insatisfeitos, resolvi dar uma geral na situação. Fiz uma nova configuração para o Grupo, o que, com certeza, eliminará todos os problemas. Agora, para fazer parte desse seleto grupo vai ter que solicitar. As portas não estão mais tão abertas e o controle ficou mais apurado. Aqueles que não conseguiram sair do Grupo por conta própria e fizeram a solicitação, eu mesmo os retirei. Se quiserem voltar a trás, agora, só com outro e-mail. Para os que continuam, maravilha! Só quero mesmo gente fina, que tenha o que falar e acrescentar ao Grupo. Gente de bom senso, que entende qual é a do Toque Musical. Neste grupo circula assuntos (discos e músicas) que aqui no blog não são viáveis. Podemos chamar o GTM também de ‘o lado B’ do Toque Musical 😉

Seguindo em frente, vamos hoje, então, com este disco do Francisco Carlos. Já postei aqui um outro disco dele no qual eu comentava a surpresa de até hoje ninguém mencionar ou pedir algo sobre o cantor. Fiquei surpreso também ao constatar que na postagem do disco anterior não houve comentários. Será que a turma por aqui tem algum dissabor pelo artista? Curioso… Por essas e por outras é que eu estou novamente aplicando os amigos com mais um Francisco Carlos.
Neste álbum, lançado em 1959, teremos a chance de ouvir um repertório com algumas músicas bem interessantes. Eu destacaria “O que me prende a você”, de Alcyr Pires Vermelho e Luiz Peixoto e a “Flor amorosa”, de Joaquim Antonio Calado e Catulo da Paixão Cearense. Outro curiosidade que me chamou a atenção foi a capa. Não exatamente a sua composição, mas a fotografia do nosso artista. Aqui ele aparece como um galã do cinema. A fotografia tem algo de incomum, diferente na ótica e isso me chamou a atenção. Na contracapa constatei a razão. A imagem que temos do artista é do Luiz Carlos Barreto (provavelmente capturada numa Leica). Não precisa dizer mais nada…

difícil é amar
o que me prende a você?
tenderly
madrugada
serenata
egoísta
sinal da cruz
funcionária
última taça
flor amorosa
eu tive que te beijar
ladeira do amor


VII FAMPOP (1989)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para variar, eu hoje, ainda agororinha, fiz uma baita confusão. Não sei bem porque motivo, achei que fosse sexta feira. Como eu ainda não havia preparado nada para o dia dos independentes, achei de postar este disco, que entrou agora a pouco na minha gaveta. Este, por certo, não ficaria mesmo na reserva esperando oportunidades. O que temos aqui é a sétima edição da Feira Avareense da Música Popular, um dos mais importante festivais de música do Estado de São Paulo. Acontecia anualmente na cidade de Avaré, não sei se ainda mantém a tradição.

Reproduzindo o texto do encarte, “este disco traz o registro das doze composições que alcançaram a final do festival. Gravado ao vivo, e obviamente com as imperfeições naturais deste tipo de reprodução, mesmo assim demonstra que muitas coisas boas (canções e intérpretes) se escondem à margem da mídia institucionalizada, perdidos entre centenas de festivais por este Brasil imenso…”
Temos assim, um disco de festival, no qual participaram nomes importantes da nossa música. Nesta edição, quem papou o primeiro lugar (merecidamente) foi o então desconhecido Lenine, com a belíssima “Samba do Quilombo”. O segundo lugar ficou para a música “Luzes”, do mineiro Gladston Galizza. Já o terceiro foi para “Oração ao mar”, dos paulistas Sérgio Augusto, Eudes Fraga e Murilo Fonseca. As premiações foram até o quinto lugar, além de prêmios para melhor intérprete, arranjo, letra, instrumentista, música instrumental, aclamação popular e prêmio especial. Em resumo, todos saíram ganhando. Bom, pelo menos essa turma dos selecionados. Um belo disco, que vale a pena ouvir 😉
samba do quilombo – lenine
oração ao mar – sergio augusto, eudes fraga, murilo fonseca
quem foi – cau favaretto
zen – katia regina
grilos nos campos – geraldo vianna
água e azeite – joão ayres e sérgio mizan
luzes – gladston galizza
só de passagem – lucila novaes
leilão – carlota marques
olhar do menino – nilson chaves
lima rima – grupo orghu
princezinha do mangue – alecyr de antonina e edmundo santos

Milton Banana Trio – Samba É Isso Vol. 3 – Ao Meu Amigo Chico (1979)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu tenho andado meio negligente com o nosso GTM (Grupo de ‘DISCOssão’ do Toque Musical), deixado a porta muito aberta e sem porteiro. Acaba que qualquer um vai entrando (o que era esperado), mas há limites. Os oportunistas eu já começei a banir. O interesse desse grupo é apenas musical. Por certo, com o tempo, as discussões e afinidades, acabam levando e gerando outros assuntos. Cabe a cada membro o uso do bom senso, para não ultrapassar os limites, enchendo a caixa postal do grupo com pencas de links. O GTM foi criado, inicialmente, como uma alternativa para tudo aqui que estava (ou venha a estar) ‘censurado’ pelos controladores e patrulheiros de plantão. Mas, como eu disse o espaço é de ‘feedback’, interativo. Já somos mais de 200 e a cada dia, naturalmente, passamos a ser mais seletivos. O GTM é um grupo exclusivo para os amigos cultos 😉 Para incrementar o ‘clube’ estarei, esporadicamente, levando ao grupo, também, excelentes discos que, infelizmente, não cabem no perfil do Toque Musical.

Bom, tá dado o recado. Agora vamos ao disco do dia… Vamos com o baterista Milton Banana e seu “Samba é isso”, volume 3, disco este dedicado ao Chico Buarque de Hollanda. Ele já havia feito um outro com músicas o Tom Jobim e posterior a este do Chico, um dedicado ao Vinícius de Moraes. No presente álbum encontramos Milton Banana ao lado do trio formado por José Alves nos arranjos e piano, Claudio Bertrami no contrabaixo e Edson Alves na guitarra. O disco trás 29 músicas de Chico Buarque, sendo apresentadas em bloco de duas por faixa. Neste álbum Milton não apenas toca bateria, mas também canta. Um bom disco, sem dúvida. Pessoalmente, tenho a criticar apenas a capa, putz! Onde estava o departamento de criação da RCA nessa época. Foram deixar na mão do Teobaldo, deu nisso… hehehe…
(um dia desses ainda vou fazer aqui um festival de capas esdrúxulas, incluindo as minhas)
cálice – quando o carnaval chegar
gente humilde – vai trabalhar vagabundo
a rita – meu refrão
apesar de você – cara a cara
até segunda feira – bom tempo
homenagem ao malandro – olhos nos olhos
atrás da porta – tatuagem – a banda
pivete – feijoada completa
vai levando – partido alto
noite dos mascarados – com açucar com afeto
carolina – januária
até o fim – meu caro amigo
gota d’agua – retrato em preto e branco
quem te viu, quem te vê – roda viva

Milton Banana Trio – Samba É Isso – Vol. 3 – Ao Meu Amigo Chico (1979) REPOST

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu tenho andado meio negligente com o nosso GTM (Grupo de ‘DISCOssão’ do Toque Musical), deixado a porta muito aberta e sem porteiro. Acaba que qualquer um vai entrando (o que era esperado), mas há limites. Os oportunistas eu já começei a banir. O interesse desse grupo é apenas musical. Por certo, com o tempo, as discussões e afinidades, acabam levando e gerando outros assuntos. Cabe a cada membro o uso do bom senso, para não ultrapassar os limites, enchendo a caixa postal do grupo com pencas de links. O GTM foi criado, inicialmente, como uma alternativa para tudo aqui que estava (ou venha a estar) ‘censurado’ pelos controladores e patrulheiros de plantão. Mas, como eu disse o espaço é de ‘feedback’, interativo. Já somos mais de 200 e a cada dia, naturalmente, passamos a ser mais seletivos. O GTM é um grupo exclusivo para os amigos cultos 😉 Para incrementar o ‘clube’ estarei, esporadicamente, levando ao grupo, também, excelentes discos que, infelizmente, não cabem no perfil do Toque Musical.

Bom, tá dado o recado. Agora vamos ao disco do dia… Vamos com o baterista Milton Banana e seu “Samba é isso”, volume 3, disco este dedicado ao Chico Buarque de Hollanda. Ele já havia feito um outro com músicas o Tom Jobim e posterior a este do Chico, um dedicado ao Vinícius de Moraes. No presente álbum encontramos Milton Banana ao lado do trio formado por José Alves nos arranjos e piano, Claudio Bertrami no contrabaixo e Edson Alves na guitarra. O disco trás 29 músicas de Chico Buarque, sendo apresentadas em bloco de duas por faixa. Neste álbum Milton não apenas toca bateria, mas também canta. Um bom disco, sem dúvida. Pessoalmente, tenho a criticar apenas a capa, putz! Onde estava o departamento de criação da RCA nessa época. Foram deixar na mão do Teobaldo, deu nisso… hehehe…
(um dia desses ainda vou fazer aqui um festival de capas esdrúxulas, incluindo as minhas)
cálice – quando o carnaval chegar
gente humilde – vai trabalhar vagabundo
a rita – meu refrão
apesar de você – cara a cara
até segunda feira – bom tempo
homenagem ao malandro – olhos nos olhos
atrás da porta – tatuagem – a banda
pivete – feijoada completa
vai levando – partido alto
noite dos mascarados – com açucar com afeto
carolina – januária
até o fim – meu caro amigo
gota d’agua – retrato em preto e branco
quem te viu, quem te vê – roda viva

Jorge Antunes – No Se Mata La Justiica (1981)

Olá amigos cultos e ocultos! Há muito que eu venho ensaiando uma semana ‘toquemusical’ dedicada a um tipo de música que não é feita para tocar no rádio. Até então, o máximo que tenho feito é postar música que as rádios não gostam de tocar. O Toque Musical, como todos já sabem, se interessa por tudo. Tudo que possa gerar algum intercâmbio e uma discussão inteligente, muito embora poucas foram as vezes em que nos dispusemos a discutir com maestria assuntos dessa natureza. Eu faço a minha parte, jogando na roda, todos os dias, um assunto novo e diferente. Mas é justamente algo diferente que eu queria fazer por uma semana, pelo menos. Acho que fico protelando por ter a convicção de que uma dose maciça de experimentalismo possa acabar comprometendo o interesse de uma grande maioria. Por isso, acabo diluindo o que é difícil de engolir puro. Por outra, tem também a questão dos dias dedicados a isso ou aquilo (eruditos, trilhas e coletâneas). Querendo ou não, acabo voltando para a salada mista. Assim sendo, viva a variedade! Vamos à ela…

Tenho aqui para vocês um disco do singular compositor Jorge Antunes. Digo ‘singular’ no sentido de ser ele um tipo raro de músico, ou, de ser este um músico envolvido em situações musicais diferentes. Jorge Antunes é um nome pioneiro. Foi o primeiro músico brasileiro a trabalhar com instrumentos eletrônicos, tipo o Teremin, um instrumento musical totalmente eletrônico, inventado no início do século passado por um russo, chamado Lev Sergeyevich Termen. No início dos anos 60 Jorge Antunes se destacou como um precursor da música eletroacústica no país. Foi sempre um pesquisador, desenvolvendo uma técnica de composição utilizando-se das cores em correspondência ao som, que ele chamou de “música cromomfônica”. É um músico respeitadíssimo mundo a fora, mestre e doutor no assunto. Desde de 1973 é professor da UnB, onde desenvolve suas pesquisas no Laboratório de Música Eletroacústica e ensina Composição e Acústica Musical. Sua obra, talvez, mais conhecida seja a ópera “Olga”, inspirada na vida da alemã Olga Benário, militante do Partido Comunista e companheira de Luis Carlos Prestes. Outra particularidade de Jorge Antunes é o fato de ser um músico engajado politicamente. Socialista de carteirinha e um dos mais importantes membros do PSOL. Foi candidato pelo partido da Heloisa Helena ao Senado. Como eu disse, uma figura singular e não só na sua música.
“No se mata la justicia” foi um álbum lançado em 1981, no qual Jorge Antunes reúne três de suas obras, realizadas em épocas distintas, todas fora do Brasil. “Cromorfonética” é uma gravação de 1969, trabalho realizado durante seu curso de pós graduação, numa bolsa de estudos na Argentina. “Proudhonia” é de 72, composto e gravado na França. E finalmente “Elegia violeta para Monsenhor Romero”, produzido em 1980, durante quatro meses que o compositor passou em Israel. Em 2003 o disco foi relançado, na versão cd, pelas Edições Paulinas. Desta vez Jorge Antunes resolveu incluir outros trabalhos: “Rimbaudiannisia MCMXVC” e o “Rituel Violet”.
Eu talvez devesse aqui explicar melhor este disco, mas felizmente o álbum, de capa dupla, nos traz todas as informações necessárias. No arquivo estão reunidas as duas versões, lp e cd. Tudo bem mastigadinho 🙂
elegia violeta para monsenhor romero
cromorfonética
proudhonia
rimbaudiannisia MCMXCV – expiation pour cumiqoh
rimbaudiannisia MCMXCV – voyelles
rimbaudiannisia MCMXCV – ditirambus
rituel violet

Quincas Berro Dágua – Trilha Sonora Original (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Acordei já meio no atraso. Segunda feira é barra… e eu não aprendo a deixar alguma coisa pronta no fim de semana. Acabo tendo que recorrer aos meus essenciais ‘discos de gaveta’. Esses sim, estão sempre prontos para uma emergência.

Como hoje é dia de trilhas, aqui vai um disquinho raro que me foi enviando há algum tempo atrás e eu já nem me lembro que foi o colaborador (são tantas emoções). O fato é que eu não cheguei a postar esse disco antes porque ainda faltavam os selos. Deixei-o na gaveta dos incompletos, mas mais incompleto está o meu tempo de ficar aqui digitalizando algo novo. Vai ser mesmo esse disco, sem os selos infelizmente.
O que temos aqui é um compacto duplo, de cinco faixas, lançado pela Philips. Trata-se da trilha sonora de uma peça teatral de João Augusto, adaptada do livro “Morte e a morte de Quincas Berro D’Agua” de Jorge Amado, publicado originalmente em 1959. A peça “Quincas Berro D’Agua” estreou no Teatro Vila Velha, de Salvador, em 1972 e trazia uma trilha original, composta exclusivamente para o trabalho. Temos aqui composições de Dorival Caymmi, Fernando Lona, Edil Pacheco e João Augusto, Gereba e Patinhas. Músicas interpretadas pelo MPB-4, Nara Leão, Fernando Lona, Edil Pacheco e Gereba. Os arranjos são de Luiz Claudio e Magro Waghabi. A direção musical foi de Roberto Menescal, Mazola e Paulo Tapajós. Com podemos ver, um grande trabalho, embora resumido a um compacto. Capinha bacana também, vocês não acham? 🙂 Confiram aí…
canto de nanã – mpb-4
beira mágoa – nara leão
baião de quincas – gereba
ensinaça – edil pacheco
venha – fernando lona

Os Carbonos (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Estou trazendo mais uma vez para vocês o grupo Os Carbonos. Este conjunto, como todos já devem saber e pelo seu próprio nome, se dedicava ao que hoje conhecemos como ‘cover’. Eram mesmo especialistas no assunto. Quem já ouviu os discos dessa turma por aqui, sabe que vale a pena trazermos mais um de seus ‘originais’ trabalhos 😉 Este disco, entre os muitos, é um dos que eu mais gosto, cheio de ‘covers’ e versões do que era o ‘pop’ daquela época.

o cabeção
maria izabel
quero voltar prá bahia
rio amarelo (yellow river)
não pense mal de mim
no verão (in the summertime)
refletindo sobre a vida ( reflections of my life)
não vou ligar (the lover)
meu bem gosta de amar (my baby loves lovin’)
todo mundo está falando (everybody’s talkin’)

O Rock Do Augusto – 60 Pedras Escolhidas A Dedo (2011)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Putz, como o dia de hoje passou rápido! Quando dei por mim, já tinha anoitecido. No último sábado passado eu iniciei a postagem de uma caixa promocional da Fontana/Phonogram, com seis lps. Postei apenas o primeiro, prometendo para os próximos sábados a continuação dos outros discos. Minha intensão era, inclusive, de publicar hoje dois desses disco. Infelizmente surgiu um imprevisto, estou sem condições de fazer essas postagens hoje. Daí, fui obrigado a colocar em prática o plano B, e olha que dessa vez eu não tive nem como recorrer aos meus ‘arquivos de gaveta’. Fiz então uma seleção dos rocks e músicas com essa pegada, alguns dos que sempre me acompanharam, seja no Ipod ou no computador. Escolhi a dedo 60 músicas entre as que eu mais gosto no rock nacional, principalmente dos anos 70. Talvez, alguns dos amigos apreciadores do rock tupiniquim possam achar meio incompleta ou questionável essa minha escolha. Sem dúvida que é. Se fosse selecionar tudo o que é mesmo legal, passaria dos 600. Procurei me pautar apenas no meu gosto pessoal, independente de terem sidos, qualquer das músicas, uma maravilha musical ou um grande sucesso. São, com eu disse, músicas que me acompanham…, há mais de 35 anos!!! Putz, como o tempo passa rápido. Isso ainda está tão fresco na minha cabela 🙂

chuck berry fields forever – doces bárbaros
de ponta a cabeça – a chave do sol
casa do rock – casa das máquinas
seráque eu vou virar bolor – arnaldo baptista
sinal da paranóia – som nosso de cada dia
flores astrais – secos e molhados
não pare na pista – raul seixas
super god – som imaginário
é como teria que ser – bixo da seda
1990 projeto salva a terra – erasmo carlos
os pilares da cultura – a barca do sol
se o rádio não toca – raul seixas
marta, zeca, o prefeito, o padre, o doutor e eu – bango
eu quero essa mulher assim mesmo – caetano veloso
sujeito de sorte – belchior
que loucura – tutti frutti
hey amigo – o terço
prá cabeça (jogue tudo prá cabeça) – casa das máquinas
bicho do mato – som nosso de cada dia
tecnicolor – mutantes
os pingos da chuva o os novos baianos
noite e dia – blow up
ando jururú – rita lee e tutti frutti
trem – bixo da seda
baby – erasmo carlos
jardim elétrico – mutantes
uma banda made in brazil – made in brazil
os hemadecons cantavam em côro – a bolha
eu não tô nem aí – arnaldo baptista
saravá – mutantes
lagoa das lontras – o terço
a hora e a vez do cabelo crescer – mutantes
posso contar comigo – rita lee e tutti frutti
porta das maravilhas – rick ferreira
essa menina tá ficando moça – dom e ravel
toada & rock & mambo & tango & etc – secos e molhados
luz de vela – o terço
cabeça feita – guilherme lamounier
água limpa p som nosso de cada dia
sociedade alternativa – raul seixas
sou louco por você – peso
minha fama de mau – cilibrinas do éden
delírio – secos e molhados
coração paulista – guilherme arantes
ainda vou transar com você – mutantes
a paulicéia pirou – made in brazil
ilusão e brisa – tutti frutti
beijo exagerado – mutantes
como vovó já dizia – raul seixas
essa éa vida – casa das máquinas
e você ainda duvida – cilibrinas do éden
mudança de tempo – o terço
send it for tomorrow – torbuk
análise descontraída – erasmo carlos
make believe waltz – som imaginário
departamento de criação – rita lee e tutti frutti
stress – casa das máquinas
é como teria que ser – bixo da seda (repetido, vacilão!)
caroço de manga – raul seixas
sempre brilhará – celso blues boy

Clube Do Camelo (1995)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos a mais uma sexta independente, dia onde apresentamos aqui os artistas/discos independentes, aqueles que lançam seus trabalhos de forma alternativa, longe do julgo comercial imposto pelas grandes e decadentes gravadoras.

Meus amigos, aproveito essa introdução para também me desculpar por ainda não ter renovado os velhos toques solicitados. Infelizmente, meu tempo para o blog tem se limitado aos 10 minutos de publicação e uma horinha para a digitalização. Mas vou achar um jeito de ir repondo o que está desatualizado. Enquanto isso, vão conferindo as novidades. Essas nunca faltam, enquanto houver atenção do público, claro!
Hoje eu tenho para vocês o disco do conjunto “Clube do Camelo”. Fiquei conhecendo essa agremiação há poucas semanas atrás. Chamo agremiação, porque o grupo musical aqui é algo assim parecido. Formado no final dos anos 80 por uma turma de amigos paraenses, todos profissionais de outras áreas, mas com um propósito comum, se reunirem para juntos tocar e fazer música. Segundo relata Almir Morisson, um dos fundadores do clube, o nome surgiu por conta de um convidado que veio participar de um dos encontros musicais. Há um certa altura, morto de sêde, perguntou com humor se não havia ali algo para se beber (até mesmo água). Completou na gozação dizendo que o encontro parecia festa de camelos, não tinha nem água. Foi daí que se formalizou o Clube do Camelo. Pelo que eu entendi, ao longo desses vinte anos essa turma tem se encontrado regularmente para a festa e dessas foram surgindo as criações musicais. Composições inspiradas e de qualidade, consequentemente acabaram gerando frutos, os discos e as apresentações. Almir me enviou os dois primeiros discos gravados por eles. Eu queria até postar de uma só vez os dois trabalhos, mas faltou a capinha e encartes do segundo disco. Deixemos então este para uma próxima postagem. Com certeza, após ouvir o primeiro, vocês irão também querer conhecer o segundo 🙂 Temos aqui uma sequência de sambas, baião, fado, bolero, marcha, canção… puxa, essa turma é bem eclética! 🙂
hino do clube do camelo
silêncio
na dança do boi
uísque com mel
fado antigo
vou me queixar de quê
estrela guia
grudado no coração
ramas samar
por essa e outras
ausência
tudo bem
saudade caiapó
bom dia
foi adeus
fogo de palha
choro bom

Maria Creuza – De Onde Vens (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje vamos ligeirinho… estou cheio de costura, como dizia a minha tia. Muito serviço e pouco tempo livre. Enquanto saí o café, vamos ao disco do dia 🙂
Hoje eu tenho para vocês a Maria Creuza, grande cantora baiana, em um álbum lançado originalmente na Argentina. Aliás, me parece (salvo o engano), a gravação também foi feita por lá, lançado através do selo Trova. A capa, inclusive, era outra (a da imagem pequena). No Brasil o disco saiu no mesmo ano de lançamento na Argentina, 1972, mas com outra capa. Me parece também que no seu relançamento em cd a capa já surge com o título “De onde vens”, coisa que não constava no vinil nacional. Um outro fato que reforça a minha suposição do disco ter sido mesmo gravado na Argentina é a participação especial de Sebastião Tapajós e Pedro (Sorongo) Santos, que naquela época também estavam por lá fazendo gravações e apresentações.

O álbum de Maria Creuza é belíssimo, bem produzido e trazendo um repertório refinado com músicas de Dorival Caymmi; Johnny Alf; Antonio Carlos e Jocafi; Dori Caymmi e Nelson Motta; Toquinho e Vinicius, Jobim e Newton Mendonça; Pixinguinha e Braguinha… Putz, só jóia rara! Quem ainda não ouviu este disco, eu recomendo…
de onde vens
você já foi à bahia?
eu e a brisa
queixas
joão valentão
mas que doidice
ossain
foi a noite
morena flor
carinhoso
insensatez
você abusou

Quarteto Em Cy (1966)

Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Logo após o almoço, nada melhor que uma boa sobremesa. Vou aproveitando a brecha, entre garfos e facas, para fazer a postagem do dia. Há tempos eu venho pensando em postar este disco do Quarteto em Cy. Acabou ficando aqui parado no meu computador, limitado aos meus ouvidos. Como eu hoje estou fora do ‘QG’ e não sei bem a que horas estarei de volta, melhor juntar o útil ao agradável e fazer logo a postagem do disco das baianinhas.

Temos aqui o lp do Quarteto em Cy gravado pelo selo Elenco, de Aloysio de Oliveira, em 1966. O álbum foi lançado, inicialmente com as tradicionais doze faixas. Era, na verdade, fonogramas extraídos do disco lançado por elas nos “States”, para o selo Warner. Numa segunda prensagem do lp, Aloysio resolveu incluir mais uma música, “A Banda”, de Chico Buarque, que naquele mesmo ano havia vencido o Festival da Canção da TV Record, com interpretação de Nara Leão.

Na versão do Quarteto em Cy a música adquiri um tom mais alegre e circense, com arranjos que nos remetem sempre à ideia de uma bandinha tocando na praça. As demais músicas, não preciso nem dizer, são impecáveis, um repertório fino, tipo exportação. Um belíssimo disco 😉
a banda
vamos pranchar
espere um pouco
canto de ossanha
samba torto
caminho do mar
segredinho
amaralina
morrer de amor
pedro pedreiro
inútil paisagem
até londres
último canto

Orquestra Sinfônica Do Rio De Janeiro – Baptista Siqueira (196…)

Boa noite! O dia hoje foi longo, cheio de vistos e imprevistos. Finalmente cheguei aqui. Ainda nos últimos minutos do dia, acho que vou conseguir publicar esta postagem. Ufa! 🙂

Dentro da sequência semanal, eu hoje quero mais uma vez trazer um pouco da obra de Baptista Siqueira. Há pouco mais de um mês eu postei aqui um raro e interessantíssimo álbum, “Catimbó e Melodias para Canto e Piano“, obra deste artista. Vou mais uma vez insistir no toque, bem porque vai me facilitar as coisas. Já é tarde, o disco tá pronto e as informações são básicas. Temos aqui a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro executando as peças “Nordeste – Sinfonia com solo para piano” e o poema sinfônico “Jandaia”. Dois belíssimos momentos sob a batuta do Maestro Henrique Morelenbaum (pai do violoncelista Jaques Morelenbaum).
Eis assim um disco fácil de ouvir, sem grandes restrições. Mesmo para aqueles que não são muito chegados à música em sua essencia erudita. Não deixem de conferir 😉
nordeste – sinfonia para piano e orquestra – introdução e 1º movimento
nordeste – sinfonia para piano e orquestra – modinha
nordeste – sinfonia para piano e orquestra – côco cajueiro
jandaia – poema sinfônico

Verão Vermelho – Trilha Original Da Novela (1970)

Olá amigos cultos e ocultos! Com o feriadão de terça feira, acabei conseguindo ganhar a segunda feira também. Que felicidade! Agora terei tempo de atender aos que ainda estavam na pendência. Vamos ver se consigo colocar em dia as velhas postagens, ou pelo menos aquelas que me foram solicitadas.

Para hoje, dia de trilhas, vamos com a da novela global e setentona, “Verão Vermelho”. Escrita por Dias Gomes, esta novela traz uma trilha totalmente original, feita de encomenda para a trama. Como sempre, em se tratando de boas produções musicais, temos o Nelson Motta, que como poucos, soube escolher bem os temas e artistas que fazem parte do disco. Esta é uma das trilhas de novela, cujo o disco se tornou uma raridade. Se não me engano, acho que ela nunca chegou a ser relançada em formato cd, como aconteceu com tantas outras trilhas de novelas da Rede Globo. Vale uma conferida, muito boa!
verão vermelho – elis regina
vitória, vitória, vitória (tema de raul) – nonato buzar
ela (tema de patrícia) – regininha
jornada (tema de selma) – wilson das neves
onde você mora? (tema de flávio) – luiz eça
baião do sol (tema de geralda) – nelson angelo
the time of noon (tema de amor) – erlon chaves
ela (tema de patrícia) – antonio adolfo
vitória, vitória, vitória (tema de raul) – erlon chaves
assim é a bahia – roberto menescal
onde você mora? (tema de flavio) – ruy felipe
verão vermelho – luiz eça

Primo Quintet – Um Homem E Uma Mulher (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Segue aqui a nossa postagem do domingo. Uma trilha musical que vem bem a calhar, combinando com a suavidade do dia (pelo menos o meu foi). Temos aqui um disco raro de ser ver por aí (e ouvir também, com certeza). Vamos com o Primo Quintet e seu álbum “Um homem e uma mulher”. Disquinho bacana trazendo uma série de temas internacionais de sucesso, numa interpretação perfeita e arranjos jazzísticos que valorizam as músicas ainda mais. Há no disco uma única faixa nacional: “Te amo, te amo, te amo”, de Roberto e Erasmo Carlos. Sinceramente, esta foi a melhor interpretação instrumental de uma música da dupla que ouvi até hoje. Primo e seu quinteto conseguem recriar encima de uma melodia marcada. Transformaram a música num jazz. Achei perfeito… O álbum num todo é ótimo. Acabei mesmo foi quase esquecendo de falar do Primo Quintet, um grupo liderado pelo pianista João Peixoto Primo. Este instrumentista veio do Rio Grande do Sul. No final dos anos 50 e início dos 60 ele tinha um conjunto, o Flamingo, o qual trazia como cantora a adolescente Elis Regina. Outro fato curioso e marcante foi a sua transferência para a cidade de Brasília, onde passou a ser uma espécie de músico oficial do governo. Durante muitos anos e alguns presidentes, foi o responsável pelo entretenimento musical das festas e bailes da Capital Federal.

Confiram logo este toque 🙂
um homem e uma mulher
call me – fly me to the moon
the guy’s in love with you
tenderly
free again
over in the rainbow
yellow oays
love is blue
the shadow of your smile
te amo, te amo, te amo
laura
midnight sun

FM Stéreo – Disco 1 (1983)

Boa noite, meus prezados! Hoje o meu sábado foi meio puxado, daí, só agora venho bater o ponto. Ou melhor dizendo, o toque musical do dia 🙂 E o dia de hoje é de coletânea!

Trago para vocês o ‘box’ promocional de Polygram com seis lp’s, lançado em 1983, reunindo os seus mais expressivos artistas, lançados em discos pelo selo Fontana. O grande barato desta coletânea, além do fato de serem seis discos, é mesmo o variado ‘cast’, que reúne grandes nomes da MPB. Ouvindo mais atentamente (ou não), algumas faixas parecem ser gravações diferentes das originais. Outro fato curioso é que a caixa não apresenta maiores informações além da capa (tampa) e um folheto com a relação das músicas. Me deu a impressão que esta caixa foi criada para ser vendida à empresas, que ofereciam lp’s como brinde no Natal.
Mas, resumindo (em todos os sentidos), irei postando esta caixa por etapas. Hoje vai apenas o primeiro disco, mas quem sabe no próximo sábado eu resolva ser mais camarada e postar tudo de uma só vez (hehehe…) É isso aí… É aguardar para ver 😉
até quem sabe – gal costa
preciso aprender a só ser – gilberto gil
ao amigo tom – claudette soares
também, quem mandou – os cariocas
por causa de você / ternura antiga – quarteto em cy
viola enluarada – jair rodrigues
a saudade mata a gente – nara leão
pra dizer adeus – edu lobo e maria bethania
a volta – márcia
medo – cesar costa filho
oh! meu imenso amor – regina duarte
ana luiza – tom jobim
mano caetano – jorge ben e maria bethania
tatuagem – chico buarque de hollanda

Camiranga – Da Afonso Pena À Paulista (2011)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos a mais uma sexta feira independente e como na semana passada, nesta também temos um lançamento, disco novo no pedaço 😉 Hoje iremos com o novo disco do grupo mineiro Camiranga, chamado “Da Afonso Pena à Paulista”. Eles estarão lançando o álbum em São Paulo, no auditório do SESC Pinheiros, no próximo dia 24 de novembro. Tenho certeza que depois de ouví-los, através do disco que eles generosamente nos enviaram, quem estiver em Sampa, não irá perder. Além de um ingresso barato, quem estiver por lá vai presenciar o que há de melhor na criatividade musical mineira. Eu ouvi o disco e aprovo (e sem bairrismo, eles são ótimos).

O Camiranga surgiu em Belo Horizonte, um projeto idealizado pelos músicos Léo Nascimento e Fernanda de Paula, que antes eram integrantes dos grupos Sagarana e Madeira de Lei. Foi a partir de 2007 que eles adotaram o nome de Camiranga e chegaram a lançar um cd, o qual, infelizmente, não chegou a tempo em minhas mãos. Para compensar, estou incluíndo também esse primeiro trabalho. Assim, quem ainda não teve a oportunidade de conhecê-lo, vai também poder ouví-lo juntamente com o novo.
“Da Afonso Pena à Paulista”, se refere às duas principais avenidas das cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Uma certa migração do grupo, um vôo mais alto em busca de novas oportunidades, uma transição natural para quem quer crescer. E nesse sentido, o nosso urubú está cada vez voando mais alto e bonito.
A música do Camiranga, eu diria, não é fácil de classificar, mas é fácil de identificar. A sonoridade mineira continua presente, talvez até mais neste segundo disco, por consequência da própria necessidade de afirmação do grupo, que agora se encontra trabalhando em São Paulo. Há aqui uma busca de fusão, um estranhamento inicial, mas que se amálgama perfeitamente nesta paulicéia desvairada. Confiram os discos e estando em Sampa, não percam o show. Vale a pena 😉
banzo brabo
curral
palavra
raça
desacordo
mar de morros
libercanto
peixe tolo
rei galanga
boto
boca miúda
da afonso pena à paulista
espiral do caminho

Silvio Caldas – A Estória Da Música Popular Brasileira Vol. 1 (1987)

Se vocês pensaram que o disco anterior foi o álbum do dia, se enganaram. Para hoje, vamos mesmo é de Silvio Caldas. Temos aqui um disco interessante, gravado ao vivo no restaurante Inverno & Verão, o mesmo onde outros grandes artistas como Dick Farney, Tito Madi e Raul de Souza se apresentaram e tiveram lançados em disco esses shows. Da mesma forma, este show de Silvio Caldas virou disco. É interessante notar que o álbum segue o mesmo caminho de um outro disco do artista, gravado ao vivo em 1973, também chamado “Histórias da Música Popular Brasileira”. Silvio Caldas, de uma certa forma, não deixava de ser uma enciclopedia musical, testemunha viva dessa história, quando não, também seu protagonista. O disco é um encontro com o artista, uma conversa musical bem agradável. No álbum informam ser este o primeiro volume. Sinceramente, eu desconheço a existência de um segundo volume. Talvez até exista mesmo, eu é que não fui procurar. Segue assim o nosso ‘post’ musical da quinta feira. Divirtam-se!

aquarela do brasil
onde o céu azul é mais azul
viva meu samba
maria
risque
vou andando
sarambá
goodbye
cinema falado
lenço no pescoço
rapaz folgado
palpite infeliz
dá nela
rancho fundo
serra da boa esperança
nunca mais
as rosas não falam
perfil de são paulo

A Gonfie Vele (196…)

Olá amiguíssimos! Ontem eu acabei furando com vocês. Na verdade, acho que furei comigo mesmo. Havia prometido uma postagem extra, mas acabei não fazendo. Felizmente, não houve reclamação, o que me leva a crer que isso é mesmo uma preocupação só minha. Melhor é eu relaxar e entrar na dança…
Estou postando aqui este álbum lançado pela Fermata na década de 60. Não achei informações sobre o dito cujo, mas até onde importa, “A Gonfie Vele” é uma coletânea lançada originalmente pelo selo italiano Style. Saiu no Brasil através da Fermata e fez muito sucesso. Aliás, as músicas dessa coletânea é que foram sucesso. Temos aqui John Foster cantando “Amore Scusami”, Leo Sardo com “Tu vivevi per me”, Vanna Scotti no tema de Godfinger e outras belas… Mas peraí, vocês devem estar se perguntando o que este disco tem a ver como as postagens do Toque Musical, não é mesmo? De uma certa forma não há nada, além do fato de em uma das faixas termos o Juca Chaves cantando em italiano “Piccola Marcia per un grande amore”. Esta gravação deve ter sido feita na época em que ele morou na Itália. Achei interessante postar este disco, pois além do Juca, temos aqui um belíssima seleção, capisci? Controllare il tocco 😉

arriverderci amore mio – john foster
stasera partiro – nelia bellero
piccola marcia per un grande amore – juca chaves
meritero il tuo amore – robert giamba
amore scusami – john foster
tu vivevi per me – leo sardo
a gonfie vele – john foster
i giorni miei – nelia bellero
se tornerai – robert giamba
ho visto pregare il mio amore – vittorio bellani
goldfinger – vanna scotti
bistecche e spinaci – i mimmo’s

Juca Chaves – Personalidade (1961)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Coisa mais curiosa, ao longo desse mês de outubro que passou umas quatro pessoas, em momentos diferentes, me perguntaram sobre o Juca Chaves e este seu disco, o “Personalidade”. Eu tinha por certo que já havia postado o álbum. Diante a confusão e atendendo aos pedidos, aqui vai o tal disco.

“Personalidade” foi seu segundo lp, lançado em 1961, pela RGE, com orquestração e regência do maestro italiano Simonetti. O álbum nos traz algumas de suas personalissimas composições, músicas que marcaram uma época. Algumas, inclusive, vieram a ser relançadas em outra edições e coletâneas, constam inclusive em disco já postados aqui no Toque Musical.
Hoje, se ainda me sobrar algum tempo, vou fazer mais um agrado, uma postagem extra para quebrar o ritmo. Vamos ver se rola…
verinha
que saudade
segurei seus dúbios passos
quando partiste
os teus olhos
verde olhar encantado
mudança de destino
caixinha, obrigado
chapéu de palha com peninha preta
auto retrato
por teu sorriso
se tu soubesses

Gilberto Tinetti – Trio 1960 – H. Villa Lobos E Brenno Blauth (1960)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Na brecha do tempo, lá vou eu…

Para esta terça feira dedicada à música clássica, eu hoje estou trazendo Heitor Villa Lobos e sua “Bachianas Nº 4”, interpretado aqui em piano solo por competente Gilberto Tinetti. Do outro lado do disco temos um raro momento com obras do compositor gaúcho Brenno Blauth, interpretado pelo Trio 1960 (Trio Juventude Musical Brasileira), formado por Luiz Carlos Castro (piano), Wilhelm Martin (violino) e Antonio Guerra Vicente (violoncelo). Confesso que eu não conheço nenhum outro disco com trabalhos deste compositor, o que me leva a acreditar que suas composições estão limitadas a um pequeno círculo de entendidos e estudiosos. Mesmo não tendo muito conhecimento da música erudita no Brasil, sei que Brenno Blauth é coisa rara de se ouvir por aí em discos ou mesmo em apresentações. Sua obra, do pouco que conheço, acho instigante. Já tive o prazer de assistir concertos com a sua música. Ótima para se ouvir depois de um chocolate (salve Tim Maia!). Não deixem de conferir 😉 (o disco também) hehehe…
Villa-Lobos
prelúdio (introdução)
coral (canto do sertão)
ária (cantiga)
dança (miudinho)
Brenno Blauth
chôro
noturno
galhofa

A Fábrica – Trilha Original Da Novela (1971)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ainda na estrada, sem saber direito a que horas eu estarei de volta, vou aproveitar enquanto tomo o café para fazer esta postagem. Hoje iremos com outra trilha de novela, a única que eu tinha à mão, ou melhor, no meu computador.

Vamos com a trilha de “A Fábrica”, novela levada ao ar em 1971. Escrita e dirigida por Geraldo Vietri, teve uma trilha preparada especialmente para o drama e contou para isso com a Grande Orquestra Copacabana e alguns de seus regentes/arranjadores. A trilha é totalmente orquestral com alguns temas criados a partir da música erudita, clássica e outras em arranjos criados pelos maestros Portinho, Leo Peracchi, Renato de Oliveira, Edmundo Vilani, Salinas e Moacyr Portes. Para quem gosta de orquestra, taí um prato cheio. Vão conferindo aí, porque eu aqui já estou de saída.
canção da alegria (baseado no último movimento da 9ª sinfonia, de beethoven
tema da sinfonia nº 40 em sol menor, de mozart
concert for a lover’s ending
cinismo
tema de izabel
nosso primeiro amor
opus nº 3
opus nº 4
a força do amor
or-nan
a canção anti tóxico

Vera Lúcia – Leva-me Contigo (1960)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Para um domingo bonito e de sol como o de hoje, eu trago mais uma vez ao Toque Musical a cantora Vera Lúcia. Há pouco mais de um mês eu havia postado aqui o álbum “Confidências…” desta cantora, lançado pela Sinter em 1959. No ano seguinte ela voltaria em disco, desta vez através da Companhia Brasileira de Discos, que se transformava naqueles anos na gravadora Philips. O álbum foi muito bem produzido, afirmando a qualidade da nova gravadora. Vera Lúcia não entrou nessa por acaso, foi sim uma escolha bem pensada, assim como o repertório, músicos e direção musical (regência e orquestração) que ficou a cargo do Maestro Carlos Monteiro de Souza. Mais uma vez Vera Lúcia se supera, fazendo um disco perfeito, segundo o cronista Ary Vasconcelos no texto de contracapa. Pessoalmente, ainda fico com o primeiro, mas isso é questão de gosto. Independente disso, temos aqui mais um belo trabalho desta, hoje, esquecida cantora. Quem ainda não o ouviu por outras fontes, aproveita agora. “Quem sabe faz a hora, não espera aconteder…”

dói, dói, dói…
só deus
chora tua tristeza
canção de sorrir, de chorar
quando a esperança vai embora
esquecendo você
discussão
leva-me contigo
pela rua
sou feliz
meditação
se eu pudesse ir embora

Instrumental Vol. 1 – Ao Gosto Do Augusto (2011)

Olá amigos cultos e ocultos! Quando a gente está fora de casa, longe da discoteca e surpreendido por algumas eventualidades que nos afastam da rotina produtiva musical, o jeito é apelar para o que se tem à mão. Como hoje é dia de coletânea, o jeito foi eu recorrer ao que eu tinha no meu ‘notebook’. Por precaução, eu sempre trago no meu portátil um pouco dos meus ‘arquivos de gaveta’. Daí, foi só ir selecionando as músicas instrumentais que mais gosto. Obviamente, minha seleção não se limita à vinte e poucas músicas. Por isso foi que eu dei o nome a essa coletânea de Instrumental Vol. 1. Quem sabe, mas adiante, eu resolva criar aqui mais uma seleta instrumental, não é mesmo?

Mais uma vez, criei também a capinha (com direito a contracapa), desta vez utilizando um detalhe de um desenho da minha amiga, a artista plástica e professora Conceição Bicalho. Ficou bacana, vocês não acham?

Pois bem, segue aqui então 23 músicas que eu gosto muito. Temas variados, mas procurando sempre manter entre esses uma unidade, além do fato de serem músicas simplesmente sem vocal. Espero que os amigos apreciem e comentem se estou ou não agradando. Isso faz bem e reanima (ou não), hehehe…
maria fumaça – banda black rio
papasong – azymuth
folk song – marco antonio araújo
metrópole – cesar mariano e cia
azymuth – marcos valle
maracanã – grupo ponte aérea
nordestina – grupo medusa
fábrica – cesar mariano e cia
dear limmertz – azymuth
correnteza – grupo d’alma
metrô – cesar mariano e cia
mr. funky samba – banda black rio
bananal – grupo ponte aérea
o bofe – som ambiente
promessas do sol – oficina instrumental uakti
viver de amor – toninho horta
palhaço – egberto gismonti
latin flute – eumir deodato
cascavel – antonio adolfo
do it again – eumir deodato
viralata – antonio adolfo
freio aerodinâmico – marcos valle
rocking with mocotó – trio mocotó e dizzy gillespie

Dani Turcheto – Madeira Torta (2011)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Vez por outra (e mesmo sem tempo) eu procuro dar uma mexida no blog, inserir alguma coisa, implementar com alguma novidade e por aí a fora… O importante é estar sempre nessa mutação. Aqui, a única coisa que não muda é o visual do avatar Augusto TM. Esse é marca registrada, hehehe…

No sentido de manter a popularidade do Toque Musical eu estou sinalizando para as minhas contas no Facebook e Orkut. Embora eu não tenha a menor paciência com esses sites de relacionamento, sei que são ferramentas importantes e necessárias nesse nosso mundo globalizado. Não sei se terei saco para abrir esses portais do social, mas vou tentar. O Orkut eu já tinha a mais tempo, agora surgiu o primo rico, o Facebook, que para mim, é a mesma geléia. Enfim, estamos aí, sintonizados também com esse público. Por favor, me adicionem… hehehe…
Bom, ainda no pique das novidades, eu tenho outra que vai agradar. Estou fazendo aqui uma promoção e quem vai sair ganhado são vocês, quer dizer, alguns, os mais sortudos 🙂
Há quase dois meses atrás eu postei aqui o primeiro disco do cantor, compositor e sambista Dani Turcheto, que desde então tem feito muito sucesso no Toque Musical, pelo menos no número de acesso ao ‘download’ do seu “Sobremesa”. Como eu havia dito, Dani é um músico que busca uma relação diferente com o público. Eu entendo que o valor de sua arte está nele próprio e que os discos são mais uma consequencia, um produto promocional de sua música e um registro do seu feito. Na sua concepção, o público paga pelo que acha que vale. Considerando essa sua ideia, acho que ele foi muito espertinho, pois só mesmo na ignorância, pãodurísmo ou teimosia alguém diria que sua obra é ruim. Muito pelo contrário, o cara é muito bom. Sua música tem originalidade, qualidade e está acima de qualquer suspeita. Eu, sinceramente, chego a estranhar o fato dele ainda não ter alcançado um maior destaque na mídia. Onde estão os nossos críticos especializados que ainda não ouviram o Dani Turcheto? Será que foi preciso ele lançar mais um excelente álbum para se confirmar o seu talento? Se for isso, então vamos lá… vamos conhecer melhor esse artista da nova geração da MPB. Tenho certeza que vocês não irão se decepcionar, muito pelo contrário. “Madeira Torta” é mesmo uma confirmação de que bom gosto não surge por acaso. Um disco disco ainda mais bem produzido que o primeiro. Gravado em Sampa e em Nova York pelo músico e produtor João Erbetta. As mixagens e masterização também foram feitas nos “States’. Por aí já se vê o cuidado na elaboração desse projeto. Dani também contou com um time de músicos de primeira. Me chamou a atenção também os arranjos, finos! Ele teve a feliz ideia de colocar um Harmmod floreado os seus sambas. Convidou o fera, Jon Cowhert, para tocar o Fender Rhodes e o B3. Putz, como eu gosto do som daquele orgão! Deu um aspecto de nobreza, um misto oscilando entre o moderno e o antigo. Como ele mesmo diz, fazendo samba novo com cara de antigo. Em resumo, temos aqui um discaço! “Madeira Torta” foi lançado em formato CD e vinil (importado!) E é com muito prazer e honra que eu estou divulgado este trabalho, o qual, como disse anteriormente, alguns sortudos poderão ganhar o disco de verdade. Para isso, basta apenas que os interessados entrem para curtir a ‘fan page‘ do artista, no Facebook, comentem que conheceram o trabalho aqui no Toque Musical e que querem receber gratuitamente um exemplar. Agora, para ganhar, o cabra tem que dizer porque prefere o vinil ao invés do cd, ou vice versa. Os autores das melhores frases ganharão os discos. Corram, pois o prazo é limitado! Mas, independente de sorteio, acho que vale a pena adquirir os discos.

madeira torta
um samba em cada esquina
deu zoeira
amor de lágrima
enchente
amanhã ninguém sabe
coração de gato
atol
tempo de voar
festa de reis
você acha que eu gosto?

Tito Madi – De Amor Se Fala (1964)

Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Aproveitando a brecha do pós almoço, vamos nós…
Hoje eu trago para vocês, e mais uma vez, o excelente Tito Madi. Tenho aqui um de seus melhores álbuns, lançado em 1964. Foi o disco de estréia do cantor e compositor na Odeon. Um lp dos mais bacanas, que contou com a direção musical, orquestração e regência de Lyrio Panicalli, que por sua vez teve a assistência o então jovem Eumir Deodato. Eumir também participa do disco tocando orgão. No lp encontramos algumas músicas que marcaram a carreira de Tito Madi. Ele regrava seu maior clássico “Chove lá fora”. Ficou mesmo muito boa a versão, mas, pessoalmente, prefiro a gravação e o arranjo da original. Outro destaque é “Balanço Zona Sul”, que viria a ser mais um de seus grandes sucessos.

ah! eu não sei
se meu coração pedir
balanço zona sul
final sem adeus
canção praieira
chove lá fora
vai dizer adeus
garota paulista
rio triste
meu mar
de amor se fala
rio moço