Milton Nascimento & RPM – Milton RPM (1987) REPOST

Para amenizar um pouco o contraste do rock com a mpb neste momento, estou postando o bônus da semana. Na década de oitenta os disquinhos compactos estavam literalmente fora de circulação. A onda agora eram os ‘singles’ em formato de lp. Discos também conhecidos como ‘mix’, com apenas duas músicas de cada lado. Em 1987, no auge da popularidade e sucesso, o grupo RPM, liderado por Paulo Ricardo, uniu-se à Milton Nascimento para lançarem este luxuoso ‘single’ (de capa dupla!), pela CBS. As duas músicas do disco são composições em parceria de Paulo Ricardo e Milton. Essa união inusitada, acabou gerando um certo sucesso. As duas músicas foram bem tocadas nas rádios. Eu até pensei que dessa amostra sairia um disco completo, mas não sei porquê, ficou nisso mesmo…

feito nós
homo sapiens

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Luiz Melodia – Felino (1983)

Depois do Sérgio Sampaio, me lembrei que até hoje eu ainda não postei um disco do Luiz Melodia aqui no Toque Musical. Uma falta comigo mesmo, pois o Melodia é um artista genial, adoro o seu trabalho. Ano passado eu encontrei com ele, por acaso lá, no Vila Arábia. Ele entrou assim meio perdido, tinha saído do hotel Mercury e acho que procurava alguma coisa para comer lá na lanchonete. Mineiro é um tipo meio orgulhoso, não gosta de tietagem. Quando ele entrou, todo mundo notou. Aliás, nem tinha como não notar aquele ‘rasta’ com uma áurea que iluminou o ambiente. Mesmo assim todos se fizeram de indiferente (mas louquinhos para saudar o artista). Eu fui logo na maior intimidade lhe perguntando: “e aí Melô, vai ter show na cidade?” O cara foi super simpático, me disse que estaria fazendo shows no final de semana e até me convidou. Só não fui por que ele não me deu o ingresso (brincadeirinha…). Não fui porque não deu mesmo. Pena que o Melô desistiu de comer um quibe com Mate Couro. Eu juro que iria pagar a conta dele 🙂
Bom, mas só para não dizer que eu não falei do disco, “Felino” foi o quinto álbum do artista. Lançado em 1983, o lp traz nove faixas. Todas as músicas são de sua autoria ou parceria. O disco num geral é bom, mas destacam “O sangue não nega” e “Pássaro sem ninho”, em parceria com Ricardo Augusto e “Só”, com Perinho Santana. Confiram o negro gato!

o sangue não nega
divina criatura
um toque
neja
pássaro sem ninho
só sorri pra bahia
destino coração
felino

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

João Gilberto – The Boss Of Bossa Nova (1962) REPOST

Pronto! Fui votei e voltei 🙂 No caminho fiquei pensando na tremenda sacanagem que fiz com vocês postando jingles dos políticos. Isso para não falar do Tiririca, que nessa entrou de gaiato. Sinceramente, vamos falar de brasileiros de verdade. Gente que realmente fez e faz pelo Brasil. Prefiro falar de música e de João Gilberto. Acho que só ele é capaz de formatar o meu domingo.
Tenho aqui um presente, uma colaboração do amigo Chris. Na verdade, nem era exatamente para ser publicado no blog, mas como eu disse, hoje só mesmo o João para me tirar essa sensação de engano (será que eu votei bem?).
Vamos com o álbum internacional “The Boss Of Bossa Nova”, lançado em 1962. Este foi o segundo álbum gravado por João Gilberto nos Estados Unidos. Nele temos o artista acompanhado, em algumas faixas, por Walter Wanderley e seu conjunto. Da mesma forma temos os arranjos, feitos por Antonio Carlos Jobim. Este álbum, embora seja daqueles que nunca envelhecem, é de uma certa maneira difícil de se ver por aí. Discão!
Acho que com esta postagem eu salvei o dia. Meu melhor voto é para a sensibilidade 😉

bolinha de papel
samba da minha terra
saudade da bahia
o barquinho
a primeira vez
amor em paz
eu e você
insensatez
trenzinho
presente de natal
coisa mais linda
este seu olhar

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Leonel Azevedo – Ontem E Hoje – 40 Anos De MPB (1970)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Eu, sinceramente, não sei se rio ou se choro. Hoje eu recebi um comunicado do Mediafire avisando que diversos dos arquivos hospedados por lá estavam bloqueados. Aliás não são diversos, são centenas de toques que agora estão inativos. O Blogger, também se resguardando, retirou todas essas postagens até que eu regularize a situação com links para donwload. Será que precisa? O Mediafire já foi pressionado e cortou a hospedagem. Ficamos assim numa situação complicada. Ou eu republico as postagens sem os links, ou as deixo fora de uma vez. Sinceramente, não quero podar as postagens do meu blog, por isso irei realmente retirar os links e assim o farei sempre que tal situação se repetir. Mandou tirar, a gente tira, mas a postagem continua! Daí, passamos a traçar outros caminhos, que obviamente serão mais complicados e demorados para vocês. Mas o direito de compartilhar o que tenho e que é meu continua. Não estou vendendo nada e nem ganhando indiretamente com propagandas. O máximo que eu poderia estar fazendo era ofuscar a coisa enquanto ‘negócio’. Mas que negócio é esse que nem sabe bem qual é o seu produto? Nos proíbem de ouvir discos e músicas que nunca mais serão editados, outros que nem chegaram a ser discos ou publicados. Gravações caseiras como a do João Gilberto na casa do Chico Pereira, uma demo de um grupo punk que nunca chegou a gravar um disco e outras produções exclusivas e independentes do Toque Musical, foram incluídas na listagem dos ‘patrulheiros cibernéticos’ à serviço do DMCA. Seria triste se não fosse cômico.
Uma coisa curiosa que eu percebo é que o Toque Musical parece ser o único infestado pelo vírus da intolerância e do despeito. A inveja é mesmo uma merda (e se manifesta, podem aguardar!)
Para o momento eu vou deixar as coisas como estão. As postagens antigas irão voltando gradualmente, sem toques mediúnicos ou musicais. Para essas, o melhor mesmo é recorrer ao e-mail, fazer um pedido pessoal e aguardar pacientemente. É o máximo que posso fazer, sinto muito… Vamos aos poucos encontrando outras alternativas e nos adaptando. Como sempre digo, o que foi publicado, do público é!
Seguimos com o disco do dia. Tenho para vocês (e sejam rápidos) este ótimo e raro lp, lançado por um selo independente em 1970, trazendo a música de um dos nossos grandes compositores, Leonel Azevedo. Encontraremos no lp dois excelentes intérpretes, Alcides Gerardi e Lia de Carvalho, os quais dividem o discos, cantando coisas como:

lábios que beijei
não foi o tempo
por ti
estória junina
quero voltar aos braços teus
mágoas de caboclo
cantar
nada vezes nada
barqueiro do amor
razão do meu cantar
tá na hora de acabar
um juramento falso
maria
quando a saudade apertar
a primavera chegou
ter tudo e não ter nada
caminho de volta
quem é que não chora?
é de amargar 

Os Guaranis (1964)

Boa noite amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disquinho dos mais interessantes e raros. Totalmente esquecido, até mesmo em sites especializados em música popular brasileira. Não há nenhuma referência na rede a respeito deste trio vocal, chamado Os Guaranis.
Seguindo a linha do Trio Irakitan, este grupo surgiu no início dos anos 50, na Rádio Iracema, de Fortaleza. Chamavam-se “Trio Guarni”. Nesta década fizeram muito sucesso, sendo considerado o melhor conjunto vocal do Ceará. A partir de 1957 eles saíram em excursão, tanto por outras cidades do norte e nordeste, como também por vários países da América Latina e Estados Unidos. Em 1963, já de volta ao Brasil, o trio se apresenta no programa de tv da Hebe Camargo com o nome definido de “Os Guaranis”. Produzidos por Nazareno de Brito, eles gravam então este álbum, com um repertório que vai do samba ao rock italiano, entre outros estilos muito em voga naquela época. Até onde eu sei, Os Guaranis só gravaram este lp e um compacto, também pela Copacabana. Me parece também que eles acompanharam a Angela Maria e até gravaram com ela. Confiram aqui este albinho bacana 😉

baile do tijolo (il ballo del mattone)
não sou ninguém (uno dei tanti)
tô me gamando (pelelé)
jacarandosa
balada de quem volta
sabor a mim
os ciganos (les gitans)
triangulo
sonho louco
sabe deus
este amor
vingança