Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje é sexta feira, dia da nossa postagem dedicada ao artista/disco independente. Preparei este álbum com muito carinho, pensando nos amigos paraenses que eu muito prezo. Égua, esses são dois grandes artista do Pará! Dois grandes artista entre os que mais gosto, da região. Nilson Chaves já é uma figura bem conhecida aqui no Toque Musical, já postei dele dois excelentes discos. Vital aparece aqui pela primeira vez, mas seu lugar no nosso blog estará sempre garantido. Mais para frente a gente publica algum álbum solo dele.
Arquivo mensais:setembro 2011
Peruzzi E Sua Orquestra – Páginas Inesquecíveis (1963)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Uma coisa que eu tenho percebido, depois da faxina que a turma do Blogger começou a fazer, é o receio das pessoas frente a repressão que vemos crescer cada dia mais no mundo digital. É impressionante e mesmo temeroso os rumos que toma a Internet. Cada vez mais ela deixa de ser um território livre para ser ocupado pelos mesmos latifundiários do mundo real e concreto. Querem aplicar as mesmas leis caducas, uma adaptação forçada que nos leva à mesma situação. Ou por outra, a ideia é manter tudo do mesmo jeito que sempre foi. Qualquer entendimento, reconhecimento ou ação isolada nesta ‘revolução digital’ pode ser considerado como uma conspiração contra o Sistema. Acontece que o Sistema, nos moldes atuais, está falido. Uma nova onda está por vir e nessa, quem ainda não aprendeu a surfar vai ser engolido pelas águas. O que me preocupa mais é pensar no tamanho dessa onda e até onde ela nos levará. A verdade é que as pessoas estão temerosas, estão sendo (veladamente) ameaçadas e sufocadas. Se não reagirmos, tenho certeza, cairemos todos, o mundo inteiro, numa ditadura mundial. Vivemos hoje um paradoxo, num mundo que para continuar existindo depende do coletivo, do compartilhamento, da fusão do individual no todo. Porém, essa ‘necessidade’ vai contra o formato anterior, o da sociedade industrializada e capitalista. Estamos vivendo um momento crítico, de transformações e cabe a cada individuo reconhecer seu coletivo. Somente assim nós não nos tornaremos os escravos do futuro. A união faz a força.
cano na praia
ave maria
caçador de esmeraldas
evocaçõa
chão de estrelas
o vagabundo
chuá chuá
pastorinhas
história antiga
Morgana Com Renato De Oliveira E Sua Orquestra (1960)
Boa tarde a todos! Aviso aos amigos cultos, parceiros e colegas blogueiros que devido as alterações aqui no Toque Musical, os links para os blogs e sites estão sendo recolocados aos poucos e na medida em que eu vou me lembrando. É bem possível que eu esqueça de alguns, por isso, peço a vocês que me envie seus respectivos endereços.
Para encher de água a boca de muitos por aqui, hoje estou trazendo mais um disco da cantora Morgana. Taí um álbum que eu ainda não vi ‘nas bocas’. Que eu saiba ou tenha visto, nenhum outro blog ainda o postou. Tá pra nós então… Lançado em 1960 pela Copacabana, este disco foi gravado numa sentada só. Quer dizer, depois de tudo pronto (repertório, arranjos e músicos da orquestra) o Maestro Renato de Oliveira só precisou esperar algumas horas a chegada da cantora que se atrasou porque tinha de dar de mamar ao filhote recém nascido. Segundo nos conta a jornalista Lenita Miranda, no texto de contracapa, eles passaram toda a noite e madrugada gravando, até amanhecer o dia.
Neste álbum podemos encontrar um repertório fino, com músicas de Dolores Duran, Fernando Cezar, Tito Madi, Edson Borges, Vera Brasil e outros. Realmente muito bacana. Para embelezar ainda mais a coisa, temos esta belíssima capa, onde a fada loira parece mais ser uma morena. Bela foto (e sem crédito!). Na verdade, a Morgana era loira, mas a Isolda morena.
Morgana se chamava, na verdade, Isolda Corrêa Dias. Não sei se já comentei isso em outras postagens de discos da cantora (e nem vou verificar), mas a Morgana era antes uma cantora lírica. Como cantora de música popular ela foi sucesso e contam também que ela abandonou a carreira quando estava no auge, trocando a música por uma pizzaria. O fim desta cantora foi muito triste. Com um tiro na boca, tentou tirar a própria vida. Foi socorrida, mas ainda no hospital, num momento de consciência, arrancou todos os tubos e fios que a mantinha viva. Faleceu ali mesmo no hospital.
encontrei o amor
a rosa
carinho e amor
leva-me contigo
sonata sem luar
menina moça
falar por falar
segredo para dois
só falta aqui você
a flor
elegia ao violão
Mestres Do Barroco Mineiro (196?)
Boa tarde, amigos clássicos e eruditos! Ah, viu só? Hoje eu mudei a chamada, afinal as terças feiras tem sido de interesse mais daqueles que apreciam a música erudita, creio eu. Acho importante valorizarmos também a música dos grandes mestres, trazer à luz nomes e obras de autores que muitas vezes ficam limitados a pequenos concertos ou direcionado a um público específico. Tenho para mim, como teoria, que não é o povão quem não gosta de música clássica/erutita. No meu entendimento, o que faltou foi a educação musical. Infelizmente, no Brasil, não existe essa preocupação no ensino da música. Quando falo assim, me refiro não à necessidade de que todos aprendam a tocar instrumentos musicais e saiam tocando por aí, mas sim de que fosse dado ao povo subsídios para um conhecimento musical básico e histórico. A Música deveria ser uma matéria tão importante quanto a Matemática ou o Português. Bem porquê, através da música também se aprende matemática ou se afina o português. A música e as artes, num geral, precisam ser (mais) inseridas no contexto educacional, da mesma forma que no social. “Rock In Rio” é um espetáculo, mas não oferece nada além do que foi proposto, diversão… Acho que ainda falta a arte. E arte não é só diversão, é também coisa séria e pensada. Acho que nos falta é isso, uma coisa mais pensada. Voltada não para nichos específicos, mas aberto e a todos. Enquanto houver a crença de que o poder se faz com controle e retenção do conhecimento, a sociedade humana continuará em conflitos. Os carentes, embrutecidos, continuarão revoltados e rebelados contra aquilo que os limita e sem saberem realmente como e o que lhes faltam.
credo – ignácio parreira neves
maria mater gratiae – marcos coelho neto
Cinderela 77 – Trilha Original Da Novela (1977)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! A ‘segundona’ começou puxada, por isso, deixa eu aproveitar a folga para um café e mandar brasa aqui, na postagem de hoje.
Vamos com a trilha de uma novela, que eu nem me lembrava, “Cinderela 77”, uma história baseada no clássico conto de Charles Perrault, que trazia como seus protagonistas os cantores, Vanusa e Ronnie Von. A novela foi uma produção da extinta TV Tupi e segundo contam, chegou a fazer um certo sucesso. A trilha é quase toda de músicas originais, feitas mesmo para a novela, com excessão das cantadas por Ronnie Von e Vanusa, que são músicas de seus discos individuais. Pessoalmente, nada me chama mais atenção no lp que sua própria capa. Mas não deixa de ser uma boa curiosidade fonomusical para fazer jus ao nosso lema: ouvir com outros olhos 😉
dia de folga – ronnie von
sonho encantado – quarteto maior
quero você – vanusa
tempo de acordar – ronnie von
cinderela e o anjo (dois amores) – vera lúcia e marcos
apocalipse – neuber
o rei das abóboras – quarteto maior
quem é você – joão luiz
o mago pornois – vanusa
eu era humano e não sabia – ronnie von
dia feliz (canção da cinderela) – vera lúcia
Vera Lúcia – Confidências… (1959)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! As vezes eu fico achando que não estou dando a devida atenção às nossas cantoras, compositoras e instrumentistas. Por certo não é a falta dessas artistas, que muito pelo contrário, tem até demais. Eu é que acabo me esquecendo delas na hora de escolher qual disco postar. Para tirar essa cisma, vou aqui postando neste domingo o disco de uma grande artista, que por acaso era portuguesa, a cantora Vera Lúcia. Ela surgiu no cenário musical brasileiro no final dos anos 40. Fazia parte do ‘cast’ da Rádio Nacional. Gravou diversos discos de 78 rpm, pela Odeon e outros selos. Vera era uma ótima cantora e não trazia em sua voz qualquer sotaque português. Isso talvez conferisse a ela uma maior identificação com o público brasileiro. Chegou a ser a Rainha do Rádio em 1955, desbancando a popular Angela Maria. Recebeu a coroação de outra portuguesa/brasileira, a nossa Carmem Miranda, que estava de passagem pelo Brasil. Vera Lúcia fez sucesso com músicas como, “Amendoim torradinho”, “Molambo”, “Cansei de ilusões”, entre outras… Em 1958 ela assinou contrato com a gravadora Sinter, onde lançou, no ano seguinte, este que o seu primeiro ‘long play’. Um álbum realmente muito bom, com um repertório fino, praticamente todo de sambas, que já apontava para a Bossa Nova. Há inclusive, na faixa de abertura, “Janela do mundo”, música de Billy Blanco, uma referência à Bossa Nova. O termo, em 59, ainda era uma gíria, que naquele momento começava a ganhar força. Reforçando ainda mais o lance da bossa, no repertório encontramos composições famosas de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, Dolores Duran e Ribamar, Djalma Ferreira, Cyro Monteiro e Radamés. Vera Lúcia vem acompanhada por côro e orquestra, sob a regência do Maestro Carlos Monteiro de Souza e participação do violonista Zé Menezes, em várias faixas do disco. Sem dúvida, um excelente e raro lp que vai agradar a muitos por aqui.
Falam De Mim – 4 Versões (2011)
Na sequência da dobradinha, aqui vai meu desabafo em forma de canção. Quatro versões de um samba de Aníbal Silva, Éden Silva e Noel Rosa de Oliveira: “Falam de mim”. Uma delícia musical interpretada por Zé da Gilda, Nana Caymmi, Jards Macalé e Elza Soares. Gosto de todas as quatro versões. Maravilha de samba, que representa aqui o meu momento.
Coletânea Selo Velas – Audio News Collection Gold (1995)
Olá fiéis amigos cultos e ocultos! No nosso sábado, que continua até o fim do ano na onda das coletâneas, eu hoje quero fazer duas postagens. Nesta primeira eu trago uma seleção musical do memorável e extinto selo Velas, criado por Ivan Lins, Victor Martins e Paulinho Albuquerque. Esta coletânea promocional saiu exclusivamente para a revista Áudio News, uma publicação muito boa que também existiu nos anos 90. A gravadora independente lançou e revelou talentos com o Chico César, Lenine, Guinga, Vânia Abreu, Rosa Passos, Edvaldo Santana e muitos outros. Também apostou em artistas já conhecidos e consagrados como Flávio Venturini, Boca Livre, Almir Sater, Pena Branca & Xavantinho… O próprio Ivan Lins também lançou discos pela gravadora, claro… São alguns desses artistas que aparecem neste “Momento MPB”. Disquinho bem bão 🙂 Vale a pena conhecer 😉
Radamés Gnattali – Ao Vivo (1984)
Elton Medeiros (1980)
Carlinhos Vergueiro – Pelas Ruas (1977)
Música Na Corte Brasileira Vol. 5 – A Ópera No Antigo Teatro Imperial (1966)
Olá amigos! Pois é, as denúncias e perseguições continuam… Estou vendo a hora em que o tolo mata a galinha dos ovos de ouro só para ver o que tem dentro. Infelizmente é assim… Enquanto isso não acontece a gente vai se segurando, desviando das mordidas e tocando sempre.
Mais uma vez, para abrilhantar a nossa ‘terça erudita’ temos aqui outro volume da “Série Brasiliana – Música na Côrte Brasileira”, lançada nos anos de 65 e 66 pelo selo Angel, da Odeon. Na verdade, este é o quinto e último volume (pelo menos eu acho que é).
Neste álbum, como podemos ver, o destaque é a Ópera, na época do Império. O disco nos apresenta uma seleção (como nos volumes anteriores) de algumas das mais representativas e raras obras produzidas no período, principalmente de D. Pedro I, que por sinal e como vimos, também se destaca na música erudita. Bacana, não? Antes desta série, grande parte dessas obras musicais eram totalmente desconhecidas do público (e olha que eu me refiro ao público de música erudita, clássica).
Acredito que os amigos, ao longo das outras postagens já sabem o que os esperam. Um belíssimo trabalho da Orquestra Sinfonica Nacional da Rádio MEC, regida pelo Maestro Alceo Bocchino, pelos cantores Maria Helena Buzelin, soprano; Fernando Teixeira, barítono e Juan Thibault, tenor. A produção é de Milton Miranda e Maurício Quadrio, com direção musical de Lyrio Panicali e assistência de Marlos Nobre. Como se vê, um trabalho feito por mestres, da música e da indústria fonográfica.
O Julgamento – Trilha Sonora Original Da Novela (1977)
Clementina de Jesus – Clementina & Convidados (1979) REPOST
Ney Matogrosso – Destino De Aventureiro (1984) REPOST
Por que a gente é assim
Êta nóis
Retrato marrom
Namor
Tão perto
O rei das selvas
Bate-boca
Vereda tropical
Aracy De Almeida – Samba É Aracy De Almeida (1966) REPOST
As Melhores Mulheres – Cantadas Por Um Homem Qualquer Ou Qualquer Homem (1957)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste domingo é vou me dedicar às solicitações e reposição de alguns ‘toques’ que a turma, há tempos vem esperando por aqui. Infelizmente este é um trabalho solitário e amador, o que pede aos que o seguem uma certa paciência. Posso demorar a atender um pedido, mas se estiver ao meu alcance, tá na mão 🙂
Estou trazendo aqui um disco que vale por dois, ou, um disco que teve dois momentos na indústria fonográfica. Lançado inicialmente em 1957, este interessantíssimo lp, cujo o título e subtítulo já dizem tudo, “As melhores mulheres – cantadas por um homem qualquer ou por qualquer homem”. Sim, uma seleção de canções clássicas do nosso repertório popular, com nomes de mulheres. Algo bem parecido com outros discos que eu já postei aqui, como o especial “Há sempre um nome de mulher” e o Lúcio Alves no lp com arranjos de Chico Moraes. Este último foi uma produção do Aloysio de Oliveira, o qual, eu suspeito é também o produtor deste álbum de 57. Aliás, não só o produtor, ele também participa do côro masculino, embora não conste em nenhum momento o seu nome no disco. Este belíssimo lp nos traz apenas as informações de que foram Antonio Carlos Jobim e Orlando Silveira os responsáveis pelos arranjos, músicos e intérpretes não são citados. Curiosamente, já na década de 60, possivelmente entre 62 ou 63, essas mesmas gravações foram relançadas, através do selo Imperial, da Odeon, como o nome de “Dançando com as garotas”. Já neste relançamento, com uma capa de César Vilela, o disco assume uma outra identidade e passa a ser “Os Guanabara Boys”. Eis aí uma prática comum na Odeon daqueles tempos, que relançava seus velhos álbuns com nova roupagem através do estilismo da Imperial.
Bom, mas seja como for, este trabalho, com nome, sobrenome e apelido é acima de tudo um disco imperdível. Quem ainda não o ouviu, faça-me o favor…
II Festival De Música Das Rádios MEC E Nacional (2010)
Mais uma vez estou eu aqui de volta neste sábado, tentando preenchê-lo com outra postagem. Afinal, a Nara Rara é boa, mas já estava meio batida, sei lá… Fiquei pensando que ainda caberia mais uma postagem de bônus. Daí me lembrei desta coletânea, reunindo as músicas classificadas no II Festival de Música das Rádios MEC e Nacional. Temos aqui 21 músicas, todas muito boas, que mereceram a classificação. Não sei se neste Festival houve vencedores (primeiro, segundo e terceiros lugares). Não encontrei na rede nenhuma informação a este respeito. Estranho… O fato é que temos aqui músicas de qualidade, interpretadas também por gente de gabarito, compositores e intérpretes.
“O Festival visa revelar e divvulgar gravações de obras musicais inéditas, abrindo espaço na programação das Rádios MEC e Nacional par cantores, compositores, instrumentistas e arranjadores, valorizandoa produção dos artistas do Rio de Janeiro.”
Agora em 2011 teremos a terceira versão do Festival, novas músicas, novos compositores e interpretes. Entre no site para saber mais sobre esse Festival e também para votar, escolhendo a música que mais agrada.
Nara Leão – Nara Rara – Coletânea Toque Musical (2011)
Olá amigos cultos e ocultos! Hoje, sábado, dia de coletânea, estou trazendo de volta esta coletânea da Nara Leão que eu havia feito e postado há pouco mais de um mês e que misteriosamente foi (totalmente) removida do blog. Essa eu não consegui resgatar nem no rascunho. Pelo jeito que as coisas vão, pelas nuvens cinzas que pairam no nosso céu musical, não demora muito as ‘eminências pardas’ bloquearem o nosso Toque Musical de vez. Felizmente eu já fiz uns três clones dele, prontos para entrar no ar assim que o bicho começar a pegar por aqui.
Estou postando novamente essa minha coletânea, que com certeza corre o risco de ser novamente deletada. Mas desta vez o papo aqui continua no Grupo do Toque Musical. Quem quiser baixar e ouvir essa coletânea, vai ter ser através desse novo canal de comunicação. Quem ainda não se inscreveu, basta fazê-lo usando a caixa do Grupos Google que se encontra na barra lateral do blog.
Segue então a Nara Leão com uma seleção de 26 momentos raros. Músicas e gravações que não se encontram juntas facilmente. Um tipo de compilação musical que teria sido um ótimo projeto fonográfico para se lançar por aí. Talvez, por isso mesmo, é que ‘eles’ o retiraram do mapa. Modéstia a parte, ficou mesmo muito boa. Quem quiser conferir, já sabe… só lá no GTM (Grupo Toque Musical).
Jean Claude Moulin – Tête Au Brésil – A Procura (1997)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Batendo na mesma tecla mais uma vez, informo aos que ainda não se tocaram que eu criei uma outra alternativa para aquelas postagens que haviam sido retiradas para o rascunho e depois voltaram como REPOST. Eu, anteriormente, havia informado que os interessados nessas postagens deveriam entrar em contato comigo por e-mail. Mas percebi que dessa forma eu teria muito trabalho, tendo que dar atenção individual a cada um dos solicitantes. Para facilitar a minha vida e a de vocês também, eu criei um grupo de discussão, um espaço onde todos podem participar e de maneira mais ativa. Por lá eu colocarei ‘os toques’ dos REPOSTs, sem preocupações ou neuras. Para participar do grupo, basta se inscrever no quadrinho lateral aqui do blog. A partir de inscritos vocês receberão por e-mail todas as nossas atualizações das postagens no grupo. Neste espaço todos podem participar, compartilhando comentários, músicas e tudo aquilo que se fizer pertinente ao nosso assunto fonomusical. Neste final de semana procurarei atualizar algumas postagens, atendendo às solicitações pendentes, que infelizmente eu ainda não tive como corrigir. Paciência…
E por falar em procura, aqui está uma que encontraram e enviaram para mim 🙂 Me refiro a este disco, uma produção independente, lançada na França em 1997. O que temos aqui é um cd, enviado por um amigo culto (que insistiu em aparecer como oculto). As informações que tenho sobre o disco e seus artistas são poucas. Limitam-se ao que me foi passado pelo meu amigo e pela ficha técnica do disco. Quem encabeça o trabalho é o músico e professor de violão, Jean Claude Moulin. As músicas são todas de sua autoria ou parceria. Todas tem um ar de brasilidade, músicas certamente inspiradas no cenário tropical e no ritmo, entre outras bossas… Pessoalmente, achei as músicas muito boas e bem arranjadas. Jean Claude vem acompanhado por bons músicos que conferem ao álbum ainda mais qualidade. Acredito que os amigos, ao ouvir, também irão gostar. Segundo o meu informante, as músicas de Moulin cantadas em português pela cantora francesa Anne-Marie Truffier, são versões feitas por uma brasileira, Joanas Esteves. Jean Claude tem uma página no MySpace, onde os interessados poderão fazer contato com ele e ouvir outras de suas músicas. Confiram aí este independente e internacional artista com seu tempero brasileiro 😉
Betinho E Seu Conjunto – O Rei Da Noite (1962)
Olá, amigos cultos e ocultos! Há pouco mais de um mês temos enfrentado aqui alguns problemas quanto às nossas postagens. Só agora em setembro foram retirados quase cem postagens, removidas para o rascunho, pela ‘equipe do Blogger’. Eles são pressionados por entidades internacionais que se dizem de proteção aos ‘direitos autorais’. O que me deixa intrigado é o fato de que esta ação de retalhamento parte de grupos e interesses estrangeiros. Balela dizerem que estão defendendo o direito dos artistas nacionais. Por certo nossos artistas estão tendo mais destaque e respeito nas divulgações pelos blogs do que pelas gravadoras e jabás pagos por fora. O que acontece é aquela coisa, semelhante a uma criança cheia de brinquedos, que só dá atenção para aqueles que acaba de ganhar, mas se alguém põe a mão naquele antigo, que nem se ligava mais, ela corre e toma de volta. Os discos postados aqui são antigos, raros e, sem dúvida, muito importantes para a história da música popular brasileira e também, é bom lembrar, para a história da indústria fonográfica no Brasil. Todavia, são obras que já não impulsionam um investimento de produção comercial, ou seja, não compensam serem relançadas. Por outro lado, ninguém mais está interessado em comprar cds e muito menos pagar por arquivos digitais. Há tempos eu venho repetindo, disco, no mundo de hoje é apenas um portifólio, um cartão de visitas. O fetiche, que era o maior valor agregado a um disco (me refiro ao lp), a (in)sensibilidade empresarial e de negócios das gravadoras fez o favor de destruir. Deram um tiro no próprio pé. Ao invés da indústria fonográfica investir em empresários e funcionários que gostam e entendem de música, preferiram recrutar economistas que gostam de dinheiro e seus funcionários que juram que foi Roberto Carlos o criador da Bossa Nova. Repito, nossa arte musical foi sucateada, levaram tudo de bom e agora querem também apagar nossa memória. Sinceramente, o que seria da nossa produção fonográfica de valor, não fossem aqueles milhares de consumidores, colecionadores, amantes do disco, que mantiveram ao longo de anos, guardados em suas estantes, essas ‘relíquias sonoras’? Podem acreditar, nenhuma gravadora, editora ou coisa parecida fez questão de guardar fita master ou exemplares extras de suas produções. Quando vemos aí algum relançamento, principalmente produções dos anos 60, em geral, foram prensados fora do Brasil e o áudio extraído de um vinil da época. Os discos saem lá fora com toda a pompa e bem valorizados, edição pequena, mas o suficiente para atender a um tipo de público que aqui no Brasil foi deixando de existir, na medida em que a música passou a ser tratada apenas como um mero produto de consumo. Acho que o que leva uma DMCA da vida a patrulhar e pedir o bloqueio de postagens, como as do Toque Musical, é simplesmente pelo receio de que os mp3 compartilhado venham a ofuscar o ‘negócinho’ deles lá fora. Gente burra e sem visão. Para acabar com o compartilhamento (seja lá do que for) só mesmo pisando fundo no freio da Revolução Digital. Vai ser difícil parar…
Por conta de toda essa situação de cortes e remoção de postagens (além dos sacanas de plantão), foi que eu resolvi criar um outro espaço, onde os ‘toques’ antes bloqueados poderão agora ser acessados livremente por todos. Através do Google Grupos, temos agora um fórum de debates, trocas de informações, ideias e muita música. Já comecei a enviar os convites para vocês, os amigos cultos. Os ocultos também participam, mas só que nessa modalidade terão que assumir uma identidade. Espero que até o final da semana todos vocês já tenham sido convidados. Aqueles que por desventura não receberem convites, poderão por iniciativa própria se inscreverem na caixinha lateral do Googles Grupo, aqui no TM. Vamos ver se essa alternativa vai vingar. Seja todos bem vindos!
Putz! Eu já ia me esquecendo do disco do dia. Olha aí… Hoje temos outra raridade que certamente ir chamar a atenção de vocês. Tenho aqui este álbum do Betinho, o Rei da Noite. Figura muito popular da noite paulista na década de 50. Iniciou sua carreira tocando com o pai, Josué de Barros, ao lado da cantora Carmem Miranda. Tocou na orquestra de Carlos Machado na década de 40. Com seu conjunto se apresentava na Rádio Nacional paulista e em boates da capital. Flertou com o rock, sendo considerado um dos pioneiros do gênero no Brasil. Foi também um dos primeiros guitarristas brasileiros a empunhar uma Fender. Acho que o seu maior sucesso foi a música “Neurastênico”, que até hoje, ainda, as vezes escuto algum maluco cantar. Betinho chegou a gravar vários discos, mas a partir dos anos 60 ele se converteu em um músico religioso. Nos anos 70 se tornaria um missionário e pastor protestante.
Neste lp encontramos um repertório basicamente instrumental, trazendo composições próprias, do seu pai, de Noel Rosa, Maysa, Humberto Teixeira e também sucessos internacionais. Bem divertido…
Wilson Simonal – Se Dependesse De Mim (1972) REPOST
Chocolate Da Bahia – Barraca Do Chocolate (1977) REPOST
Paulinho Da Viola – A Dança Da Solidão (1972) REPOST
Jorge Mautner – Bomba De Estrelas (1981) REPOST
The Rebels – Rua Augusta Zero Hora (1963)
Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou trazendo aqui um disquinho que já vale pela capa. Vejam vocês que maravilha, uma típica ‘festa para brotos’. Acredito, com certeza, que esta capa conquistou muitos jovens daquele início dos anos 60. Geralmente discos dessa época, voltados ao público infantil e juvenil, quando a gente os encontra, estão sempre muito surrados. Eu penso também que isso, em parte, acontece devido aos (des)cuidados no manuseio e condições em que eram utilizados. As crianças, por exemplo, com seus discos coloridos de estórinhas, quando pouco, desenhavam com lápis de cêra na capa e superfície do vinil (eu mesmo já fiz muito). Os adolescentes com suas festas, ‘hora dançante’, no troca-troca alucinado de discos, regados a muita ‘cuba libre’ e ‘fogo paulista’, lá pelas tantas deixavam os discos soltos no chão, atrás do sofá e até servindo de bandeja (meus primos mais velhos faziam muito). Não tinha disco que durasse muito a tal provação. O certo é que raramente temos o prazer de encontrar esses discos em bom estado e quando o encontramos, podem ter certeza, valem uma boa nota na mão de colecionadores.
Eis que agora cai na minha mão, mais precisamente no meu tocadiscos, este raro ‘long play’ do The Rebels. Não se trata, naturalmente, de uma raridade no mundo virtual da blogosfera. Pelo menos uns dois blogs, em outros momentos, já o divulgaram em suas postagens. Mesmo assim não custa nada dar o meu ‘toque musical’, afinal, “Rua Augusta, Zero Hora” é bem a cara desse nosso espaço.
Para aqueles que não conhecem, The Rebels foi um grupo de rock/twist, formado no final dos anos 50. Em alguns sites informam que eles surgiram no Rio de Janeiro e depois mudaram-se para São Paulo. Eu, porém, me apoio em outras fontes* que dizem que o grupo é mesmo paulista. Formado inicialmente por José Gagilardi Jr (guitarra base e vocal); Romeu Benvenutti (guitarra solo); Lídio Benvenutti, o Nene (bateria); José Carlos Camargo (baixo) e Gaspar (piano). Em 1960 José Gagilardi Jr sai do conjunto para se tornar o Prini Lorez, lembram dele? Os rebeldes dão uma pausa, mas retornam em 62 com uma formação diferente. No lugar de Gagilardi entra Constantino, Nene se transfere para o baixo, entra Nino na bateria e José Carlos Camargo assume a guitarra solo, além de se tornar o principal compositor. Sim, além dos ‘covers’ eles também compunham (pelo menos neste disco). Com esta formação eles gravaram ainda mais dois discos, cada um em gravadoras diferentes. Gravaram também um disco com um cantor americano chamado Dave Gordon (King Dave And The Rebels), mas este, acho, já com outra formação. Antes de “Rua Augusta…” eles também já haviam gravado compacto e 78 rpm.
“Rua Augusta, Zero Hora” é um álbum de rock-twist que também pode ser entendido como um velho álbum de ‘surf music’ instrumental. Nele iremos encontrar temas bem badalados desta música americana (ou com o seu tempero) e outras com o toque criativo do guitarrista solo, JC Camargos.
Quem ainda não saboreou a bolacha, taí mais uma chance… Aproveitem antes que acabe…
Alcione – Morte De Um Poeta (1976) REPOST
Música Na Côrte Brasileira Vol. 4 – Na Côrte De D. Pedro II (1965)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos nesta terça feira (de clássicos e eruditos) com mais um volume desta bela e rara coleção intitulada “Música na Côrte Brasileira”. Como eu já havia comentando, esta série é composta de cinco volumes, mostrando um panorama da música no período do Brasil Império. Quem, por desventura, não percebeu os outros volumes, pode voltar algumas páginas, as três últimas terças feiras, nas quais eles foram postados.
Neste quarto volume, como se pode ver na capa, encontraremos a música na Côrte de D. Pedro II, quando este ainda vivia a sua fase juvenil. Conforme o texto de contracapa de Andrade Muricy, “o período de incertezas e agitação política, em que transcorreram a menoridade do Imperador menino, D. Pedro II, filho de musicista, fez estudos musicais muito menos acurados do que os seus pais. Ainda assim criou condições para a formação de peronalidades como Carlos Gomes e Pedro Américo. Assistia aos espetáculos de ópera e aos concertos dos Clubes Mozart e Beethoven, que fazia questão de prestigiar.“
Temos assim, neste lp, obras do paulista Elias Álvares Lôbo (1834-1901) – autor da primeira ópera composta e representada no Brasil; do carioca Henrique Alves de Mesquita (1838-1906); dos portugueses Pedro Teixeira Seixas e Luiz Inácio Pereira; de Eleutério Feliciano de Senna e finalmente Louis Moreau Gottschalk (1829-1869), compositor americando que por aqui viveu, autor da belíssima “Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro”. Putz, estava me esquecendo… tem também o italiano Saverio Mercadante (1795-1870) com a sua “Exulta, Oh Brasil”.
Como nos outros volumes, temos à frente a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a batuta do Maestro Alceo Bocchino.
Ídolo De Pano – Trilha Original Da Novela (1975)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vai a postagem do dia… Bem rapidinho porque eu só tenho dez minutos de pausa. Segue aqui um providencial ‘disco de gaveta’ para essas horas incertas e curtas.
Tenho hoje para vocês a trilha sonora nacional da novela Ídolo de Pano, que foi ao ar no ano de 1975, através da Rede Tupi de Televisão. Confesso a vocês que este disco e suas músicas eu não cheguei a escutar direito, mas sei que tem algumas coisinhas interessantes, entre outras que prefiro chamar de ‘curiosas’. Um disco bem a cara do Toque Musical. Vão conferindo aí, que eu aqui já vou nessa… té +!
Wilson Simonal – Vou Deixar Cair (1966) REPOST
Bom dia a todos! Aqui vamos nós para a última semana de 2009. E para completar o ano, tenho ainda alguns discos que gostaria muito de ver no Toque Musical. Vamos assim iniciando a semana com o Wilson Simonal. Acredito que quase toda a discografia do cantor já foi disponibilizada na rede. Se procurar na blogosfera, certamente encontrarão todos, inclusive este. Mesmo assim, eu vou deixar cair 😉