Arquivo mensais:julho 2011
Romeu Féres e Orquestra E Coro De Luiz Arruda Paes – Tardes Orientais (1957)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Finalmente estou de férias!!! Tô viajando no domingo, sem falta! Finalmente vocês poderão ficar livres de mim até o fim do mês. Só volto em agosto, se Deus quiser.
Como última postagem, vou trazendo para vocês um disco diferente. Nada de Samba, Bossa Nova, Baião ou Xaxado. Nada de MPB… Pode parecer estranho, afinal o Toque Musical é um blog voltado para a música brasileira. Mas, não podemos esquecer, é também um espaço para a produção internacional quando esta se faz pertinente, ou relacionada à temas e artistas brasileiros. É o caso desde disquinho de 10 polegadas, lançado em 1957 pelo Odeon.
Temos aqui o cantor de origem libanesa Romeu Féres, acompanhado de côro e a orquestra do Maestro Luiz Arruda Paes. Embora o repertório seja totalmente de música árabe, o disco foi gravado aqui no Brasil. “Tardes Orientais” nasceu em consequência do sucesso de um outro disco, “Jóias Árabes”, lançado pela mesma gravadora um ano antes e com o mesmo cantor. Muitos acreditam que Romeu Féres fosse também árabe, mas ele nasceu em São Paulo, em 1918. Com um descendente árabe, foi criado dentro das tradições de seus pais. Tocava alaúde, um dos mais antigos instrumentos de cordas do mundo. É considerado o primeiro cantor profissional da música árabe no Brasil. Iniciou a sua carreira nos anos 40, onde atuou no Cassino da Urca, ao lado de outros grandes nomes como Elvira Rios, Pedro Vargas e José Mojica. Cantava em sete idiomas, o que lhe dava um leque de um amplo repertório internacional. Suas primeiras gravações saíram pelo selo Continental. Gravou música brasileira, versões e outras em idiomas francês, inglês, italiano, alemão, espanhol e árabe. Atuou não apenas no Brasil, mas também na Europa e em países da América do Sul. Como a comunidade árabe no Brasil é muito grande, Féres fez sucesso com seu disco “Jóias árabes” e por conta disso, no ano seguinte lançou este “Tardes Orientais”, um álbum com oito belíssimas canções de autoria do próprio Romeu Féres em parceria com o poeta árabe Tanios Baaklini. Os arranjos e orquestração são de Luiz Arruda Paes, que procurou ser o mais fiel na aproximação com o estilo musical árabe. Um disco realmente interessante e curioso. Vale conferir!
Times Square – Trilha Sonora Do Melhor Show Musical Da Televisão (1964)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Continuo agarradão, cheio de serviço e doido para ir para casa. Na folga, antes do último ‘round’, enquanto como um pão de mel, vamos ao disco do dia.
Tenho aqui “Times Square”, trilha sonora original de um programa musical de televisão nos anos 60. Por certo, alguns de vocês irão lembrar. Este programa era apresentado na TV Excelsior, Canal 2, do Rio de Janeiro. Era produzido pelo Carlos Manga. Os textos de Haroldo Barbosa e Mario Meira Guimarães. A produção musical e as próprias músicas são de João Roberto Kelly. No elenco desse grandioso espetáculo participaram figuras como Daniel Filho, Dorinha Durval, Grande Otelo, Castrinho, Ema D’Avila e muitos outros. Deve ter sido realmente um musical dos mais interessantes. As músicas são ótimas, confiram…
Juca Mestre And His Brasileiros – Panorama Musical Do Brasil (1962)
Mais um muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! À medida em que vou me aproximando das férias os dias parecem ficar ainda mais bonitos. Que maravilha! Já estou com tudo pronto…
Na sequência da semana, vamos agora com outro disco, também uma raridade, objeto de desejo de muitos discófilos e colecionadores. Vale uma nota boa um exemplar como este. Disco gravado para gringo, ou seja, um trabalho feito no capricho. Gravações de alta qualidade, feitas em equipamento de ponta da época, coisa que ainda hoje muito estúdio digital nem chega perto. Este álbum, quando tocado em um bom aparelho, com uma boa agulha e boas caixas de som faz a gente sentir o que um mp3 jamais conseguiria nos dar. Estou dizendo isso, mas não sou do tipo que se preocupa tanto com a pureza do som a nível de incluirmos aqui uma versão em flac ou wave. Um mp3 de 320 kbps já tá de bom tamanho, pelo menos para mim.
Segue assim este álbum supimpa, um disco que agrada de cara a qualquer um, principalmente os estrangeiros. Temos aqui Juca Mestre e Seus Brasileiros, um nome fictício, que esconde, principalmente na versão brasileira do lp o verdadeiro mestre que direciona o conjunto, Severino Filho. Acredito que no álbum lançado no Brasil, no texto da contracapa, por questões contratuais, o nome de Severino não podia aparecer.
“Panorama Musical do Brasil” é mesmo um retrato pintado por gringos, que até então só conseguiam ouvir o que ecoava no Rio de Janeiro. Aliás, o disco deveria ter mesmo esse nome, “Panorama Musical Carioca”. Tem tudo a ver e a ouvir. Um disco só de samba, com o líder dOs Cariocas (embora seja paraense) e uma capa onde o Brasil é apenas um postal do Rio de Janeiro. Tá certo, foi por lá que se fez a porteira do Brasil.
Brazilian Jazz Quartet – Coffee & Jazz (1958)
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Finalmente está chegando as minhas merecidas férias. Espero até o fim da semana já estar com o pé na estrada, sem hora para chegar ou sair, sem lenço, mas com documentos! Vou levar comigo o computador e muita música na bagagem, mas isso não é garantia de que teremos postagens regulares. Pode ser que eventualmente, eu com saudades, dê um toque aqui, outro ali… vamos ver… 🙂
Nesta manhã linda de sol e céu azul me inspirou na escolha do disco do dia. Vamos ouvir jazz! “Coffee & Jazz” é uma dessas pérolas que todo amante de jazz e discófilo cuida com todo o carinho. Conheço pelo menos uns três tipos que são bem assim, apaixonados por Dick Farney e toda aquela turma dos antigos festivais de jazz de São Paulo. Esse disco em especial, do Brazilian Jazz Quartet então, nem se fala. Quem os tinha e eu pedi, me deixaram até hoje esperando, na promessa de me enviarem uma cópia em mp3, com suas respectivas capinhas e selo. Sei que não foi por esquecimento, mas sim um capricho. Quiseram esnobar, mas o que é do homem o bicho não come. Eu agora também tenho o meu exemplar e o que é o melhor, um álbum em perfeito estado. E para matar ainda mais nego de raiva estou postando o disco aqui. Música é para ouvir, tocar, cantar e compartilhar. De que me adianta ter uma infinita e rara coleção de discos se não compartilho essa emoção com os outros?
Pois é, temos aqui este quarteto genial lançado por Roberto Corte-Real nos dois festivais de jazz que aconteceu em São Paulo, nos anos 50. Formado pelo pianista Moacyr Peixoto, irmão do Cauby; Casé no saxofone; Rubens Barsotti na bateria e Luiz Chaves na guitarra. Depois de tocarem juntos, numa tremenda sintonia, nesses famosos festivais de jazz em Sampa, os quatro foram convidados pela Columbia para gravarem um autêntico disco de jazz. Sem se preocuparem muito com a escolha das músicas, o álbum foi nascendo de maneira natural. Como cabe ao jazz, muita improvisação e arranjos feitos na hora, de ouvido. Os caras chegam no estúdio, pegam seus instrumentos, sintonizam-se uns aos outros e mandam bala… Tocam o que gostam, jazz… com direito ao cafezinho 😉
Brasa 4 (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Tenho percebido que toda a postagem que faço no fim de noite, acaba entrando como se fosse do dia seguinte. E olha que muitas vezes são postagens que eu abro logo pela manhã, para garantir a vaga do dia. Mas, por alguma razão essa minha manobra não tem dado certo. Preciso ficar esperto e liberar tudo logo cedo. O que falta é tempo! Quando se trabalha no passado, as coisas tendem a andar sempre atrasadas, deve ser isso 🙂
Hoje eu vou postando aqui um disco que há muito eu vinha trabalhando, tentando extrair ao máximo suas músicas, que infelizmente neste exemplar estavam quase impossíveis de ouvir, devido ao seu mal estado de conservação. Me fez lembrar aquele disco do Germano Mathias que eu postei aqui no Toque Musical há algum tempo atrás. Tentei de todas as formas dar uma melhorada, mas não adiantou muito. Fiquei na esperança de que um outro, em melhor estado, aparecesse por aqui. Acontece que os velhos discos do Germano são mais difícieis de achar que nota de 100. No caso do Brasa 4 não é muito diferente. O álbum estava um lixo, tanto a capa como o vinil. Mas sabendo eu que este disco é pura raridade, com certeza outro igual e em melhores condições, tão cedo não irá aparecer por aqui (e nem por aí…). Daí, me debrucei sobre o disquinho e fiquei quase um mês dando um trato na ‘obra’. Para quem não conhece a história deste disco, ao baixá-lo e ouvi-lo há de pensar: “com tanto disco bom, o cara foi pegar logo esse para arrumar”. Isso porque o presente álbum é uma sucessão de ‘covers’, uma interpretação copiosa e bem amadora, (no geral), de hits dos anos 60 e sucessos da Jovem Guarda. A qualidade dos nossos artistas aqui, principalmente dos cantores, não é lá uma maravilha. Talvez por conta disso mesmo, ele tenha se limitado à um número de cópias suficiente apenas para os mais interessados, os próprios artistas, seus familiares e amigos. Mas não seria apenas por conta disso que eu me dispus a restaurá-lo e trazer para ser publicado no blog. Como todos sabem, o Toque Musical é um espaço para se ouvir com outros olhos. Este lp, embora limitado artísticamente, é uma obra rara que registra um momento musical da juventude belorizontina nos anos 60.
O Brasa 4 era um programa de auditório realizado aos sábados pela antiga TV Itacolomi, em Belo Horizonte. Produzido pelo, hoje já lendário, Dirceu Pereira, o nome Brasa 4 vem, obviamente da expressão usada pela turma do Roberto Carlos (é uma brasa, mora?) e o 4 vem do número da emissora, o velho canal 4. Eu nessa época também frequentava o auditório da TV Itacolomi, só que era para assistir o Gurilândia.
O programa Brasa 4 era uma espécie de versão mineirinha dos programas da Jovem Guarda. Se não me falha a memória, ele entrava no ar uma hora antes do oficial, apresentado pelo Roberto Carlos. Era um programa jovem e de calouros. Por lá passavam todos os aspirantes à Roberto, Erasmo, Wanderléa, Martinha, Ronnie Von, Os Incríveis… Apesar de todo o amadorismo de nossos artistas, a produção, ao contrário, buscava ser bem profissional. Contratavam músicos profissionais para manterem ‘a cozinha’ funcionando, convidavam artistas consagrados e também os conjuntos locais que já eram bem conhecidos por aqueles que frequentavam os bailes em clubes da cidade.
Este álbum foi gravado como uma espécie de estímulo à esses novos e pretensos artistas. Foram selecionados aqueles que melhor se apresentaram durante o ano. O disco foi gravado no estúdio Bemol, considerando o repertório, provavelmente em 1968. Além dos ‘hits internacionais do momento’ e da Jovem Guarda, há também uma versão (com certeza a primeira) de” Travessia”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Depois de ouvir o Milton cantar a sua “Travessia”, ouvir o Edinho é uma travessia em brasa (e descalço), mora?
Billy Blanco – Definitivamente (2011)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Mais uma vez eu estou chegando na última hora. Passei o dia na Feira do Vinil, ouvi de tudo um pouco. Só faltou mesmo dinheiro para comprar os incontáveis albuns que eu tive por lá. Mas eu não me esquento, eles, aos poucos vão chegando definitivamente para mim 😉
E por falar em ‘definitivamente’, este é o nome que dei a uma super coletânea do Billy Blanco. Ontem, infelizmente, ele faleceu. Uma grande perda para a Música Popular Brasileira. Mas como a maioria de nós ainda não atingiu o centenário, depois do 70, o negócio é ir para a fila…
Fiquei chateado com a morte do Billy Blanco e eu que nunca postei um disco dele aqui no Toque Musical. Desta vez, definitivamente, faço a minha postagem, em memória ao talento deste grande compositor brasileiro. Reuni nesta coletânea bem mais que algumas músicas consagradas. Temos uma seleção que contempla inteiramente dois de seus discos, apresentações e interpretações de diversos outros artistas de suas músicas.
Temos reunidas 58 músicas, algumas se repetem, mas em interpretações diferentes.
O arquivo desta coletânea vem compactado em 4 partes, de maneira que para abri-lo, basta apenas o primeiro.
Nilson Chaves – Dança De Tudo (1981)
Elza Laranjeira – A Noite Do Meu Bem (1960)
E as férias estão chegando. Humm… não vejo a hora de por o pé na estrada e sair da rotina. Ficar pelo menos uma semana sem ter nenhuma obrigação, apenas vontades… isso é bom demais!
Antes, porém, da nossa pausa eu quero deixar tudo em ordem. Já comecei a atualizar os toques solicitados e vamos em frente pois o ‘tsunami de discos’ não pode parar.
Para hoje eu reservei este disco nota 10 da Elza Laranjeira. Lançado pela RGE em 1960, “A noite do meu bem” foi o primeiro lp desta cantora e também o que lhe rendeu mais sucesso. No álbum ela interpreta além de Dolores Duran, as dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, Vinicius e Tom, Hervé Cordovil e Vicente Leporace e outros… Há também o samba ‘Podem falar” do seu marido, o também cantor Agostinho dos Santos.
Elza vem acompanhada de um côro masculino e orquestra da RGE, regida e com arranjos do mestre, o Maestro Simonetti. Um belo disco que merece ser lembrado 😉 Confiram o toque…
José Roberto – Trio (1966)
Olá, amiguinhos cultos e ocultos! Hoje o meu dia vai ser osso para mim. Por conta disso, separei uns três discos da melhor qualidade para ir ouvindo no Ipod ao longo das árduas horas de trabalho que terei pela frente. Entre os discos que vou ouvindo, escolhi este do José Roberto Bertrami como o toque do dia. Um álbum excelente de bossa jazz, raro, porém já bem divulgado na blogosfera. Quem ainda não o ouviu, não pode perder a oportunidade. Vale mesmo cada faixa.
José Roberto Bertrami vem acompanhado por Claudio Henrique Bertrami no contrabaixo e Jovito Coluna na bateria. Juntos eles dão um show de música instrumental entre temas autoriais e composições outras de Marcos Valle, Tom Jobim, Manfredo Fest, Baden e Vinicius, Adylson Godoy e Durval Ferreira.
Este álbum foi lançado pelo selo gaucho Farropilha em 1966, um dos primeiros disco do Zé Roberto. Ao longo de sua carreira ele ainda iria fazer parte do grupos A Turma da Pilantragem e o internacional Azymuth. Não deixem de conferir. Um discaço!
Lúcio Alves – Mulheres Vestidas – Por Chico De Moraes (1975)
Bom dia a todos! Hummm… Adoro manhãs de inverno ensolaradas. Hoje está pra mim 😉 E para que o dia fique ainda melhor, eu escolhi a dedo este disquinho maneiro do Lúcio Alves. Não sei se vocês conhecem, mas este álbum tem a peculiaridade de trazer em seu repertório somente músicas com nomes de mulheres. Estão reunidas aqui algumas das mais famosas melodias do nosso cancioneiro popular. Eu cheguei mesmo a pensar em fazer uma coletânea nesta linha. Quem sabe? Pode ser bacana, não é mesmo? Que tal então se vocês me ajudassem nessa tarefa? Vamos aproveitar esse mês de julho para irmos coletando músicas com nomes de mulheres. Eu vou ficar aguardando os amigos cultos e também os ocultos. Mandem para o e-mail do Toque Musical. Quando tivermos reunidas umas 100 músicas eu publico aqui no blog, ok?
Mas por enquanto, vamos saboreado a Ana Luíza, a Januária, a Ligia, a Izabela, a Risoleta, a Juaracy, a Florisbela, a Rosa, a Maria, a Dolores e a Helena, Helene, Helena… De quebra ainda vai a “Mulher” de Custódio Mesquita e Sady Cabral. Todas aqui cantadas (no bom sentido) pelo mestre Lúcio Alves.
Disco produzido por Aloysio de Oliveira, com arranjos e regências de Chico de Moraes. Confiram…
Portinho – Ritmo Das Américas (1958)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu ainda não atualizei algumas postagens que me foram solicitadas, mas prometo que ainda nesta semana o farei. Bem porque, na próxima eu já estarei de férias e espero, dar uma pausa aqui no Toque Musical por uns dias.
Hoje nós iremos como o saxofonista Antonio Porto Filho, mais conhecido como Portinho. Interessante, eu pensava que Portinho fosse um apelido, pelo fato deste instrumentista ter vindo do Rio Grande do Sul. Mas realmente não tem nada a ver. Contam que ele veio trabalhar no Rio e São Paulo através do cantor Nelson Gonçalves, que o descobriu. Na segunda metade da década de 40 ele foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Tupi – Tamoio. Depois mudou-se para São Paulo onde também tocou em rádios, gravou com diversos artistas da época, fez arranjos e regeu orquestras. Seus primeiros discos, como este “Ritmos das Américas”, são recheados de ‘standards’ da música internacional e sucessos nacionais. Mas há também espaço para as suas composições. Músicas como “Beijo nos olhos”, “Folhas soltas” e “Superstição”, “Cidade grande” e “Coração apaixonado”, que constam neste lp, são músicas suas que fizeram um relativo sucesso na época. Portinho trabalhou com os mais diferentes artistas e também ajudou a lançar outros, como Claudia Barroso. Foi uma arranjador e produtor muito atuante nos anos 60, principalmente com artistas da Jovem Guarda. Vários de seus arranjos se tornaram célebres, como a impagável “Eu não sou cachorro não”, de Waldick Soriano. Seu último grande momento foi ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica, onde foi regente convidado. Foram vários os discos gravados por ele, mesmo assim é mais fácil identificá-lo em trabalhos de outros artistas.
Como eu disse, “Ritmos das Américas” é um álbum onde ele nos apresenta uma série mista regada de samba, bolero, beguine e fox. Seu sax alto vem acompanhado de orquestra, com arranjos e direção do maestro Hector Lagna Fietta. Confiram… 🙂
Lord Astor E Seu Conjunto – É Dança (1961)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Não é de hoje que muitos vem me pedido para postar este disco do Lord Astor, a última postagem feita pelo Loronix. Teimei um pouco em fazê-lo, mas visto que os pedidos ainda são constantes, vou então postá-lo de uma vez e acabar com a novela. Além do mais, acho que este álbum vai cair bem no domingo. Todo mundo continua dançando.
Conforme foi dito pelo Zeca, esta capa também foi usada em outro disco do Selo Imperial. O que, aliás, era uma prática comum, visto que esses títulos eram na verdade relançamento. Não sei exatamente sobre o presente lp, na verdade nunca vi outro disco do Lord Astor com este mesmo repertório. Mas é bem provável que o álbum tenha saído com outra capa. Por outro lado, me lembrando aqui, o Selo Imperial, que era da Odeon, nasceu bem no início dos anos 60, criado para vendas a domicílio. Pelo exemplar que eu tenho em mãos é possível que tenha sido um lançamento de 1961.
O certo é que se trata de um disco muito bom, feito mesmo para dançar, tendo uma seleção musical de dar gosto. Traz em suas faixas músicas nacionais e internacionais, sucessos daquele momento, que hoje se tornaram clássicos. Lord Astor e seu conjunto é mesmo um show. Confiram…
Oliveira E Seus Black Boys Em Novas Travessuras Musicais (1962)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje, sábado, seria um dia dedicado à coletânea, mas foi tanta confusão neste fim de semana, que eu acabei mesmo esquecendo. Não deu nem tempo de preparar uma seleção interessante, com direito a capinha e tudo mais. Daí, hoje ficamos sem coletânea, ok?
Em compensação, estou trazendo aqui um disco bacana, bem apropriado para um sábado. Trata-se de “Oliveira e Seus Black Boys”, em novas travessuras musicais. Bem sugestivo, vocês não acham? Pois é, foi um conjunto singular e dos mais agradáveis, surgido no início dos anos 60. Liderado pelo saxofonista Antonio Oliveira de Souza, o grupo foi formado em 1961 exclusivamente com músicos negros e de alta qualidade. Se não estou enganado, Dom Salvador também fez parte dos “Black Boys”.
Neste álbum, o segundo, creio eu, temos a participação da cantora Mariá, que dá um tempero todo especial. Sua voz e seu estilo caí como uma luva no instrumental dos rapazes. O repertório é delicioso, explorando os ritmos quentes do samba, cha cha cha, twist, bolero e fox… Música para festa e para dança. Recomendadíssimo para um sábado a noite. Não deixem de conferir…
Grupo Musa – Coisas Nossas (1974)
Cesar De Paula – Sambeat (2007)
Bom dia a todos! Estamos começando aqui o nosso 5º ano de toques musicais e outros áudios mais… É bom a gente as vezes lembrar isso, ‘esses áudios a mais’, porque embora o blog se chame Toque Musical, foi concebido na ideia de trazer também, além da música, outros áudios interessante, curiosos, raros e até mesmo inusitados. Aqui há espaço para a música, poesia, novelas, audiobooks e tudo mais que podemos ouvir com outros olhos. As vezes a gente acaba ficando preso a um determinado assunto e quando vê já se ‘caracterizou’. Toque Musical, aqui, é uma expressão mais ampla…
Esta introdução não tem nada a ver com a postagem que agora segue. Mas como estamos partindo para um novo ano, quero deixar isso bem claro. Bem porque, em breve, penso também em postar outros discos e gravações que não são necessariamente de música.
Hoje é sexta feira, dia do artista/disco independente. Excepcionalmente, para começar, farei duas postagens. Na primeira, vamos com “Cesar de Paula & Projeto S.A.mbalance“, que acabou de chegar na madrugada. O artista nos enviou esse trabalho, chamado “Sambeat”, para a nossa apreciação. Como a maioria de vocês, eu também estou conhecendo agora. Do pouco que eu ouvi, achei legal. Música, como ele mesmo chama, “extemporânea brasileira”, do balanço samba-jazz, bossa nova, pop, soul, maracatú… à modernidade eletrônica. Trata-se, no entanto, de um EP produzido em 2007. Agora, neste ano, ele está lançando um DVD, onde constam algumas das músicas deste CD. Quem é de Brasília deve, talvez, conhecer melhor o seu trabalho. Ele vem de lá… Vamos conferir?