Eles & Elas Cantam Vinhetas E Jingles (2011)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Chegamos a mais um sábado, cheio de sol e alegria (pelo menos por aqui). Sábado é, sem dúvida, o melhor dia da semana, não é mesmo? É também o dia dedicado às coletâneas especiais. Tenho recebido diversas coletâneas e na medida e ordem em que vão chegando, a cada sábado eu vou postando.
Hoje tenho aqui uma interessantíssima seleção de jingles e vinhetas elaboradas especificamente para o Toque Musical, pelo nosso amigo Chico Fukushima. Ele coletou 60 jingles e vinhetas cantados por grandes nomes da MPB e também do FPB (Futebol Pobre Brasileiro) representado aqui pela figura do Romário (faltou o Pelé, o Junior e o Sócrates hehehe…). Brincadeira a parte, esta seleção musical ficou ótima. O Chico teve ainda o cuidado e a criatividade para fazer um serviço completo, confeccionando uma bela capa, contracapa e selo. Perfeito! Agora é só chamar os nossos comerciais, por favor!

Tom Jobim & Vinicius de Moraes – Brahma Chopp – 1992
João Gilberto – Brahma Chopp – 1991
Ivete Sangalo – Nova Schin – 2007
Daniela Mercury & Ray Charles – Cerveja Antarctica – 1994
Zeca Pagodinho – Amor de verão – Brahma – 2004
Chitãozinho – Xororó – Zezé – Luciano – Leandro e Leonardo – Bavária – 1998
Demônios da Garoa e Adoniran Barbosa – Cerveja Antarctica – 1974
Funk Como Le Gusta – Kaiser – 2004
Wilson Simonal – Formicida Shell – 1970
Guilherme Arantes – Rádio Jovem Pan – anos 80
Fernanda Abreu – Ray-O-Vac – 1998
Roupa Nova – Hollywood – 1985
Rita Lee – Telefônica – 2001
Toni Garrido – Coca-Cola – 2002
Cavalera – Sprite – 1998
Luka – Chevrolet – 2004
Luiz Melodia – Lojas Marisa – 2002
Daniela Mercury – Ministério da Saúde – 2005
Fernanda Montenegro & João Gilberto – Vale do Rio Doce – 2008
Toquinho – Waffer São Luis – 1995
Cauby Peixoto – Esplanada Grill
Vânia Bastos – Ultragaz – 2004
Zé Rodrix – Chevrolet – 1987
Rosa Miyake – Varig – 1988
Carlinhos Brown – Governo da Bahia contra a dengue – 2008
Eduardo Araújo – Silverado – GM – 1997
Wanderléa – Sopas Knorr – 2009
Fábio Jr – Magazine Luiza – 2009
João Bosco – HSBC – SP 450 anos – 2004
Ivete Sangalo – GM – 2004
Daniela Mercury – Antartica – 1992
Zeca Pagodinho – Brahma – 2008
Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Ivete Sangalo – Vá na paz – 2009
Romário – Sprite – 1998
Ivete Sangalo – Refrescos Maratá – 2009
Vânia Bastos – Ultragaz – 2004
Cláudia Leitte – Guaraná Antarctica – 2009
Cauby Peixoto & Wanessa Camargo – Uniban – 2007
Os Mutantes – Shell – 1968
Rosa Miyake – Urashima Taru – Osaka – 1970
Celly Campello e Carlos José – Colírio Moura Brasil – 1960
Roberto Carlos – Shell – anos 60
Juca Chaves – Esso – anos 60
Elza Soares – Casa Esplanada – 1962
Ângela Maria – Pond’s – anos 50
Marisa Orth – Sprite – 1998
Maria Alcina – Brastel – sem data
Jorge Benjor – Varig – 2005
Fábio – Vinheta Rádio Globo AM – Rádio Globooo – anos 70
Reginaldo Rossi – Jingle Pitu 70 Anos – 2008
Pena Branca e Xavantinho – Magazine Luiza – 2004
Leandro e Leonardo – Jingle dos Caldos Maggi – 1993
Cláudia Leitte e Toni Garrido – Guaraná Antarctica
Sandy – Grendene – 2008
Sergio Reis – Sprite – 1998
Sandra de Sá – Natura – 2005
Dominguinhos – Natura – 2005
Gal Costa – Natura – 2005
Milton Nascimento – A canção que vem – Natura – 2005
Bônus – Gilberto Gil – O que é precisar de alguém – Comunidade Solidária – 1995

Amadeu Cavalcante – Estrela Do Cabo Norte (1991)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ontem, por alguma razão que eu desconheço, não foi possível manter o habitual contato mediúnico com meus amigos artistas, lá do céu. Eles não tiveram como acessar aos comentários do blog para nos trazer o ‘toque musical’ do dia. Sinceramente, pensei que fosse mais um ataque de algum furibundo invejoso. Sabem como é, gato escaldado fica mais esperto… Felizmente, hoje, parece que tudo voltou ao normal. Bom para todo nós 🙂
Hoje, sexta feira, é dia de disco/artista independente. Estou trazendo para vocês um artista pouco conhecido aqui para as bandas do sul, o amapaense Amadeu Cavalcante. Eu mesmo, só vim a conhecê-lo há pouco tempo atrás, através do Quarteto Senzalas, do qual ele é um integrante. Amadeu iniciou sua trajetória musical cantando em bares de Macapá, na década de 80. Gravou seu primeiro disco, “Sentinela Nortente” em 1989, numa parceria com outro compositor da terra, Osmar Junior. O álbum “Estrela do Cabo Norte”, foi seu segundo disco. Gravado no Rio de Janeiro em 1991, teve desta vez uma produção primorosa através do selo independente Outros Brasis, de Belém do Pará. Participam do álbum diversos artistas, como os músicos Fernando Carvalho, Osmar Junior, Jacques Morelenbaum, Nilson Chaves, Val Milhomem e outros…
O repertório de “Estrela do Cabo do Norte” é formado por composições, em sua maioria, do amigo e parceiro Osmar Junior, mas também há espaço para outras parcerias e composições de artistas da região Norte. As músicas são mesmo muito boas, tanto na composição como na interpretação. Música brasileira autêntica, sem influências estrangeiras e que vai muito além do regional. Um belo disco, podem conferir…

jardim infame
da paixão
mortas paixões
samaúma
dessas lançantes
de bubuia
fruto teu
pérola
estrela do cabo norte
dos quintais do brasil
abrigo para um violeiro andante
caminhos do coração

Leo Peracchi E Suas Cordas Carioca – Sambas E Violinos (1958)

Bom dia a todos! Nesta semana eu tenho andado meio travado, trabalhando meio que no automático. Daí as postagens vão saindo muito iguais e sem sabor. Desculpem, ando com a cabeça em outro mundo. Como já disse, abril é um mês complicado para mim.
Temos  hoje e novamente o Maestro Leo Peracchi com suas ‘Cordas Cariocas’, em “Sambas e Violinos”. O disco, lançado no final dos anos 50, se caracteriza bem aos moldes de tantos outros lançados nessa época, ou seja, uma orquestra sinfônica a serviço da música popular, no caso aqui, o samba. Temos no lp as doze convêncionais faixas, reunindo uma série de sambas clássicos, em belos arranjos, onde se destacam (obviamente) os instrumentos de corda. Ao contrário de tantos outros discos orquestrais (na minha modesta opinião), este não me soa chato. Talvez por trazer na essência um tipo de música familiar e popular, o samba. Os violinos e outras cordas cariocas dão o tom de suavidade. As músicas começam e terminam como um sopro de brisa, entrando pelas janelas do apartamento, acalmando possíveis repiques, batuques e batucadas que ecoam dos morros mais próximos. 
conceição
se você jurar
saia do meu caminho
na batucada da vida
canção da volta
falta de consciência
aí que saudade da amélia
ai yoyo (linda flor)
agora é cinza
canção de amor
sentinela alerta
maria boa

Marília Pêra – Elas Por Ela (1990)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Sempre correndo, aqui vou eu, aproveitando a brecha…
Hoje eu estou trazendo um disco que há muito já devia estar postado aqui. Comprei este álbum (duplo!) numa banca de saldão, em Sampa, logo que foi lançado. Acho que na época, o vendedor nem percebeu isso e liberou a bolacha por uma bagatela. Mas, assim como veio barato para mim, também acabei o vendendo nas mesmas condições. Só me arrependi de não ter feito uma cópia. Porém, mais uma vez, ele volta às minhas mãos, graças à colaboração de um amigo. 
“Elas Por Ela” foi um musical idealizado, dirigido e interpretado por Marília Pêra, no início dos anos 90. Fez muito sucesso na época, a ponto de merecer o registro em disco da EMI e depois ainda, inspirar uma nova versão num especial da Rede Globo. Neste trabalho, Marília Pêra não interpreta canções, mas sim os cantores, ou melhor dizendo, as cantoras. Sempre muito afinada, ela encarna algumas de nossas maiores cantoras, em temas consagrados. O espetáculo é bem ‘família’, inclusive para a Marília que conta com a participação de boa parte da sua. Filhos, sobrinha, irmão, maridos… todos empenhados e com muita responsabilidade.
Eu havia pensado em separar cada uma das músicas do álbum, mas preguiçosamente achei melhor manter a sequência linear, conforme nos é apresentado, sem pausas. Talvez num outro momento eu faça a separação. Por hora, eu quero mesmo é chocolate! Vão daí que eu vou daqui… 😉
a louca chegou
tem francesa no morro
texto de aracy cortes e j, maia
linda flor
pedacinhos do céu
século do progresso
camisa amarela
chica chica bum chica
mulher exigente
loura ou morena
texto de dalva de oliveira
mensagem
orgulho
que será (abajur lilás)
teus ciúmes
parabéns pra você
aves daninhas
vingança
duro nega!
beija-me
texto de eneida
ô abre alas
primeira bateria
o teu cabelo não nega
funga funga
pó de mico
evocação
coisinha do pai
lata dágua
vai com jeito
perigosa
a flor e o espinho
se queres saber
onde está você
demais
morrer de amor
fim de caso
vai, vai mesmo
amendoim torradinho
casaco marrom
túnel do amor
pare o casamento
opinião
mamãe coragem
texto caetano veloso
sonho meu
clementina, cadeê você
marinheiro só
juízo final
aquarela do brasil
texto andré valle 
seguidilla
têmpera

Abel Ferreira – No Tempo Do Cabaré (1975)

 
Enquanto faço o meu lanche da tarde, aproveito também para fazer a postagem do dia. Reservei para hoje um disco bacana, que certamente irá agradar à cultos e ocultos. Temos aqui Abel Ferreira e seu conjunto trazendo de volta os bons tempos dos cabarés.
Lançado em 1975, este álbum veio numa onda de ‘revival’, quando os cabarés dos anos 30 e 40 tornaram-se pano de fundo e temas recorrentes para muitas produções, principalmente as televisivas. A CID – Companhia Industrial de Discos não perdeu tempo e logo veio com este excelente álbum. Temos aqui o clarinetista Abel Ferreira com seu grupo, numa formação típica e ao estilo dos conjuntos que tocavam em cabarés. O repertório, cheio de clássicos é bem apropriado, fiel inclusive nos arranjos criados por Abel. Ele toca clarinete, saxofone e também canta. Taí, um disquinho gostoso de ouvir… 
gosto que me enrosco
corta jaca
tatú subiu no pau
polquinha mineira
rato, rato…
brejeiro
seu rafael
limpa banco
cristo nasceu na bahia
o pé de anjo – taí! (pra você gostar de mim)
dá nela – segura esta mulher
pelo telefone
tango da meia noite
PS: Putz! esqueci de publicar…

Silvio Caldas Canta (1955)

Muito bom dia a todos! A caravana passou, mas a festa continua e eu como sempre, na produção. O trabalho por aqui não pára. Como o Toque Musical que também não dá folga.
Para começarmos a semana, tenho para hoje mais um disquinho da série adquirida de um catador de papel. Vamos com o Silvio Caldas num lp de 10 polegadas, lançado pela Continental em 1955. Este álbum procura reunir gravações feitas pelo artista na primeira metade dos anos 50, em discos de 78 rpm. Como todos já devem saber, com o surgimento dos discos conhecidos como ‘microsulcos’, de 33 rpm e em 10 polegadas, diversas gravadoras tiveram os seus artistas relançado no novo formato. Muito do que foi produzido originalmente em bolachas de 78 rpm, com apenas duas músicas, passaram neste momento a ser relançados nas novas versões, agora com até oito músicas. Era o início de uma época de ouro para a indústria fonográfica. Confiram mais esta raridade.

cabelos cor de prata
minha casa
não me pergunte
boa noite amor
pastora dos olhos castanhos
você voltou
nunca soubeste amar
violões em funeral

Coral De Ouro Preto (1962)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Acabo de chegar do domingo e ele foi ótimo. Um dia ensolarado, tranquilo e potencialmente fotografável. Vocês sabiam que hoje foi comemorado, no mundo inteiro, o dia da fotografia com câmera de orifício, o “Pinhole Day“? Foram mais de oitenta países, num encontro simultâneo, todo mundo fotografando, até eu! Quer saber o que é ‘Pinhole’? Visite o site. Bacana demais essa técnica de fotografia, eu recomendo…
Para o resto do domingo continuar numa boa, aqui vai um disco que eu também recomendo. Coral de Ouro Preto, segundo disco gravado pelo grupo. Lançado em 1962, desta vez pela Odeon, o Coral grava um disco super moderno para a época, pautado na bossa nova. A direção artística é de Ismael Corrêa, que foi também o descobridor do coral, formado por então jovens estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto.
Conforme nos informa o texto da contracapa, o disco foi gravado em apenas dois dias, entre o natal e o fim do ano de 1961, nos estúdios da Odeon, Rio de Janeiro. O coral tem o acompanhamento de seu regente , o pianista e compositor Ubirajara Cabral e um grupo de músicos da casa (Vidal – contrabaixo; Geraldo – violão; Juquinha – bateria; Ary e Jairo – trompas; Cópia – flauta e Cláudio – vibrafone). Com essa turma ao fundo, o Coral de Ouro Preto grava o que veio a ser o seu melhor e mais importante lp.
Confiram aí porque eu aqui já vou dormir. Desculpem, mas eu estou morrendo de sono. Zzzz…..

o vento não sabe
zelão
fim de noite
lamento no morro
amo-te muito
balada das ladeiras de ouro preto
feitio do oração
samba de uma nota só
olhos feiticeiros
duas contas
pouca duração
gina

Coletânea Bolachão (2011)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! O dia hoje foi longo e bastante atarefado, mas ainda assim cheguei a tempo de marcar o ponto. Como hoje é (ainda) dia de coletânea, aqui vai uma seleção extraída de gravações das décadas de 20, 30 e 40. Esta coletânea já estava pronta há algum tempo atrás. Ficou na reserva, mas acabou sendo aproveitada hoje por já estar prontinha para a publicação.
Como podemos ver na lista a baixo, temos aqui um time variado de artistas em gravações raras, reunidas em 26 músicas, que equivalem à 13 bolachas de 78 rpm, que juntas dão um bolachão.
Desculpem, mas amanhã (hoje) vai ser um dia duro. É domingo de Páscoa, mas eu vou trabalhar. Trabalho bom, com certeza, senão eu não estaria nessa… Boa Páscoa a todos!

adeus estácio
azulão – olga praguer coelho
agora é cinza – mario reis
morena cor de canela – elise houston
você nõa gosta de mim – carlos galhardo
yaya linda flor – aracy cortes
quatro horas – dupla preto e braco
mulata – olga praguer coelho
mulher enigma – francisco alves
você… você – laura suarez
cadê vira-mundo? – conjunto tupy
ritmo do coração – alzira camargo
eu vivo sem destino -silvio caldas
cecy e pery – trio de ouro
que fim levou você – neide martins
nada além – orlando silva
ciúme de cabocla -elsinha coelho
meiga flor – vicente celestino
pirata – dircinha batista
por causa desta cabocla – silvio caldas
jura – aracy cortes
eu não posso perder pra você – gstão formenti
estrela do céu – olga praguer coelho
dor de cabeça – fernando jazz band sul americano
sem você – aurora mirada
maricota saí da chuva – trio madrigal e trio melodia

Eduardo Delgado – Fábrica de Música (1992)

Olás! Pensei, hoje, em postar aqui alguma coisa relacionada à Sexta Feira da Paixão e ao mesmo tempo que fosse uma produção independente. Não me lembrei de nada muito específico e nessas condições. Daí, resolvi fazer melhor, trazer um disco de música instrumental, calmo e contemplativo. Me lembrei deste álbum do compositor, flautista e saxofonista Eduardo Delgado. Até na capa, sua figura de barba, nos remete a outra, de um Cristo flautista (ou seria um Ian Anderson disfarçado?) Talvez, nenhum, nem outro, ou mais ainda…
Eduardo Delgado é um instrumentista mineiro que faz parte da nata gorda dos músicos de Belo Horizonte. Já tocou com os mais diversos artistas da música, passeando pelo rock progressivo, jazz, música instrumental mineira (que é algo ainda a ser classificado), chorinho e tudo mais onde cabe uma boa flauta ou sax.
“Fábrica de Música” foi o primeiro disco deste excelente músico, lançado de forma independente, no início dos anos 90. Apresenta um repertório com nove músicas suas e de artistas mineiros como Juarez Moreira, Beto Lopes, Tavinho Moura com Milton Nascimento e Paulinho Pedra Azul. Tocam com ele na banda Kiko Mitre no baixo, Ricardo Fiuza no teclado, Nenen na bateria e Amaury Angelo na guitarra. Como convidados, participam ainda, de uma forma ou de outra, Tavinho Moura, Juarez Moreira, Mauro Rodrigues, Beto Lopes, Chico Amaral, Gilson Queiroz e Victor Santos.
Taí um bom disco para se ouvir num dia como o de hoje (e no de amanhã, depois e depois…)

reencontro
balada para luciana
meus amigos
em poucas palavras
valsa do desencanto
canto das águas
fernanda
brisa
peguei a reta

Os Saxsambistas Brasileiros – Percussão Em Festa (1962)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estive aproveitando a folga do feriado para curtir os dois briquedinhos que chegaram ontem para mim, meu novo computador e também a nova bike. Passei o dia em lua de mel, passeando pela cidade num modelinho clássico da Dahon, que chama mais atenção que muita Harley-Davidson por aí. Agora, a noite, estou aqui fazendo minha primeira postagem, tranquilão, deitado na cama, usando meu MacBook Pro. Uau, que felicidade! Meu sonho de consumo para 2011 está completo. Desculpem a ostentação, mas não resisti… A alegria só fica completa depois de contar aos amigos.
Para um dia tão especial, nada melhor que um disco também especial. Eu trago aqui um álbum que é, sem dúvida, uma jóia rara, bonito em todos os sentidos, da capa ao repertório, dos músicos aos arranjos. Temos Os Saxsambistas Brasileiros em seu segundo disco, pelo obscuro selo Plaza. Estou verificando aqui que os dois discos já foram postados no saudoso Loronix (esse Zeca tava em todas!). Todavia, acho que o meu deve estar melhor que o do Loro, até na capa 😉
“Percussão em festa” segue aquela linha de álbuns gravados em Hi Fi, no final dos anos 50 e início dos 60, onde a música de destaca por uma sonoridade rica e variada, explorando as então, novas técnicas de gravação. Para tanto, nada melhor que um repertório pautado no samba e um grupo como Os Saxsambistas Brasileiros. Formado por Zé Bodega, Lourival de Souza, Jayme Araújo, Netinho e Aderbal Moreira, eles ainda contam, neste disco, com a participação de outros  grandes músicos. Estão todos listados na contracapa, mas vale adiantar: Manoel Araújo no trombone; Copinha na flauta; Zé Cláudio no vibrafone; José Menezes na guitarra; Bill Earl no contrabaixo; Trinca e Hugo Tagnin na bateria. Completando o time, tem também o grupo de ritmistas formado por figuras como Heitor dos Prazes, Boca de Ouro, Marçal e outras feras do samba, que em geral são apresentados apenas pelo primeiro nome. Juntar tanta gente boa e diferente assim, não se faz por acaso. O resultado vale o peso da soma desses músicos. Um disco perfeito e delicioso de se ouvir.
Esse negócio de ficar deitado na cama fazendo postagem, dá uma preguiça danada. Acho que eu vou ficando por aqui. Deixo os complementos e comentários para os amigos. A correção por conta daqueles que se sentirem mais incomodados (com direito às crititicas habituais). Fiquem a vontade, pois eu de cá, hoje, sou só alegria 🙂

tico tico no fubá
samba fantástico
aquarela do brasil
flying down to rio
olhos negros
south american way
na baixa do sapateiro
a felicidade
carioca
não tenho lágrimas
copacabana 
santa lúcia

Noel Rosa – RCA Camden (1967)

Bom dia! Hoje eu acordei com vontade de ouvir músicas de Noel Rosa. Já faz um bom tempo que não escuto nada dele, desde a semana passada 🙂 Vou colocando para fora (no bom sentido, claro) alguns álbuns que ficaram lá no fundão da gaveta, esperando uma hora, assim como essa, em que eu estou mais corrido e automatizado que o Charles Chaplin em “Tempos Modernos”. Hoje eu juntei a fome com a vontade de comer. Então vamos saborear…
Temos aqui um álbum lançado em 1967, pelo selo RCA Camden. Segundo o texto da contracapa, ‘associado às comemorações do 30º aniversário da morte de Noel Rosa…’. Sinceramente, eu preferia dizer ‘relembrando’, pois ‘comemoração’ sempre me soou mais como uma situação alegria, e em ‘aniversário da morte’ fica então como um trocadilho infame. Mas quem sou para corrigir o proposto. Tomo isso apenas como uma observação curiosa. O importante é que temos aqui uma seleção bem bacana, já conhecida por todos. Uuma coleção musical extraída de antigos discos e gravações da RCA Victor, com alguns dos seus mais importantes artistas, como se pode ver na capa ou logo a baixo na lista das faixas. Possivelmente, acho que quase todas essas gravações podem ser encontradas em outros discos postados aqui. Mas uma coletaneazinha sempre caí bem , não é mesmo. Por tanto, vamos a ela…

menina dos olhos – orlando silva
feitiço da vila – nelson gonçalves
rapaz folgado – aracy de almeida
pra que mentir – sílvio caldas
cidade mulher – orlando silva
último desejo – isaura garcia
quando o samba acabou – nelson gonçalves
silêncio de um minuto – marília batista
pela primeira vez – orlando silva
com que roupa – nelson gonçalves
queixumes – carlos galhardo
a e i o u – lamartine babo
século do progresso – aracy  de almeida
palpite infeliz – nelson gonçalves

Roberto Carlos – Canta A La Juventud (1965) REPOST

Olá, amiguinhos cultos e ocultos, bom dia! Agorinha, logo quando abri o meu e-mail, recebi um lembrete, acompanhado desta colaboração da minha amiga e mana, Gleice (grande garota!), informando do aniversário do Roberto Carlos, que hoje completa 70 anos! Eu nem havia me tocado para este fato. Tô com a cabeça em outro mundo.
Parabéns ao Rei! Muita saúde e paz, que é o que ele anda precisando. No ano passado perdeu a mãe e agora neste ano, também bem próximo de seu aniversário, a enteada. Coisa muito chata de se passar, eu bem sei. Vai aqui também os meus pesares. Roberto Carlos é uma pessoa marcada por fortes sentimentos e emoções. Um cara assim tem mesmo algo de especial.
O albinho de colaboração, que eu ainda não tinha, traz o nosso ídolo cantando em espanhol. Se não me engano, acho que este foi o primeiro de uma série que o artista gravou para o público latino americano (pero, la edición es brasileña). Aqui encontramos a fase mais gostosa de Roberto Carlos, a Jovem Guarda. Os arranjos e a interpretação é tal qual às originais, gravadas em português. Disquinho bacana para fazer o toque do dia. Vamos lá…

es prohibido fumar
un león se escapó
rosa, rosita
la chica del gorro
júrame
mi gran amor
mi cacharrito
mi historia de amor
naci para llorar
amapola
loco no soy más
desamarra mi corazón
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Ivan Lins – Agora (1971)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Tentei começar  esta postagem na folga do café da tarde, Começar e terminar, claro. Mas foi totalmente impossível. O bicho tá pegando! Muito serviço e pouco dinheiro.
Abril é um mês complicado para mim., principalmente na segunda quinzena. Mas eu vou segurando a peteca e mandando ver…
Temos aqui, para marcar o dia, o pai da Madalena, o grande Ivan Lins. Para quem não conhece ou nem lembrava mais, este foi o primeiro álbum dele, lançado em 1971, através do selo Forma. “Agora” é um dos discos que eu mais gosto, um trabalho com garra, jovem, bem a cara daquele começo dos anos 70, longe do internacional Ivan Lins de hoje. Obviamente, não estou querendo com isso provocar alguma comparação, apenas constando as transformações, ou evolução de um artista brasileiro de talento. O álbum foi produzido por Paulinho Tapajós e conta com os arranjos de Arthur Verocai. Temos em “Agora” uma série de múiscas que fizeram sucesso e ainda fazem, com certeza. Quem há de esquecer “Madalena”, “Salve, salve”, “O amor é o meu país” e “Agora”? São as primeiras composições ao lado do então parceiro, Ronaldo Monteiro de Souza. Aproveitando que estou com a mão na massa, incluí o compacto, também da Forma, lançado um ano antes, 1970. Confiram aí porque eu daqui já estou dormindo. Zzzz… (Se houver algum erro criminoso, reclamem com o Morfeu)

salve, salve
agora 
emy
minha história
a próxima atração
novamente nós
corpo-folha
o amor é o meu país
madalena
baby blue
hei, você   
tanauê ou se o índio fosse consumido pela civilização moderna

Brazilian Hits (1959)

Boa tarde a todos (mas com algumas exceções). Eu aqui, com a minha boca doendo e cheia de pontos, sinceramente, não estou para aguentar sapos, muito menos tamanduás e outros ‘bichinhos’ silvestres. Peço aos amigos que me perdoem (além dos habituais erros de português) os excessos em discussões bobas que alguns indivíduos me levam a travar. Infelizmente é assim, merda, quanto mais se mexe, mais fede. Só mesmo dando descarga para a coisa descer. Mas vamos deixar essa conversa para os bastidores, que aqui se transformou no Comentários.
Vamos hoje como outra coletânea, desta vez oficial, lançada pela Odeon no final dos anos 50. “Brazilian Hits” é um disco que reúne em suas doze faixas uma seleção interessante. Temos aqui Luiz Paes Arruda, Léo Peracchi, Trio Irakitan, Brasíla Ritmos e Os Brasileiros. Não posso afirmar com certeza, mas acredito que essas músicas foram retiradas de outros álbuns lançados na época, por isso chamo o disco de coletânea. O repertório é clássico, doze músicas bem conhecidas do público, verdadeiros ‘brazilian hits’. Léo Peracchi e Luiz Paes Arruda, com suas orquestras e côro, praticamente dominam as faixas. O que sobra fica por conta dos outros, ou seja, uma faixa por cada. Contudo, ou mesmo assim, “Brazilian Hits” é um disco bem bacana que a gente ouve do início ao fim. Podem conferir… 😉
na baixa do sapateiro – léo peracchi e sua orquestra
não tenho lágrimas – trio irakitan
carinhoso luiz arruda paes e sua orquestra
baião – léo peracchi e sua orquestra
delicado – brasília rítmos
kalú – léo peracchi e suas orquestra
tico tico no fuba – léo peracchi e sua orquestra
maracangalha – os brasileiros
aquazrela do brasil – léo peracchi e sua orquestra
mulhé rendeira – luiz arruda paes e sua orquestra

Coletânea Do Lindenor – Hipopótamo Zeno (2007)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos. Infelizmente, para alguns ocultos (metidos a cultos), o dia vai ser babando e roncando na cama (e sozinho), recompensando a noite amarga que passaram como raposas desprezando as uvas. É foda, a inveja é mesmo uma merda! Por certo, não há desculpas para erros, pelo menos para aqueles que conseguem ver uma espinha no rosto na Gisele Bundchen. Depois que inventaram um corretor automático de textos, tem nêgo aí se achando… Eu, não tenho nem como negar, sou um analfabeto buscando aprender a escrever. Mas nessa ‘escolinha’, que mais parece a do professor Raimundo Canabrava (digo, Canavieira), o que tem de aluno ‘colando’ os meus exercícios, não é pouco. Outros, invejando o meu progresso, vão jogando pedras. Mas fazem isso de maneira covarde, ocultos em seus anonimatos. Fazem críticas dessa natureza porque não sabem nada além da espinha na Gisele Bundchen. Mesmo sendo ‘crititica’, não deixam de estar me prestando um favor. Vão aí apontando os meus erros, que eu de cá irei corrigindo. No final, quem fica mesmo ‘bem na fita’ sou eu 😉
Mas, mudando de pau para cacete (ou vice versa), eu quero mesmo é chocolate! Levanto, sacudo a poeira e dou a volta por cima…
Hoje, nosso encontro é com as coletâneas e convidados. Como eu já havia informado anteriormente, os sábados por aqui (até segunda ordem) passaram a ser dedicados às coletâneas, minhas e dos meus convidados. Estou, aos poucos, convidando os parceiros de blogs musicais para nos brindarem com suas seleções. Acho essa ideia bem legal, pois abre um diálogo maior com os colegas, uma forma de interação do grupo e compartilhamento das nossas afinidades. Se você, amigo blogueiro, ainda não recebeu o meu convite, aguarde… eu chego já 😉
Estou trazendo para vocês uma seleção musical feita pelo amigo DJ Mandacarú, do site Hipopótamo Zeno. Ao convidá-lo, por sorte, de imediato ele já tinha uma coletânea prontinha, que fez em homenagem ao seu   falecido pai. Ele até já a havia postado no HZ e fez muito sucesso. Pelas circunstâncias e mais ainda pelo repertório, bem ao gosto do Toque Musical, eu não tive a menor dúvida. Tomei a liberdade de criar essa capinha, usando o nome do Seu Lindenor. É esta mesma a postagem do dia. Reproduzo a baixo a lista das músicas relacionadas conforme a maneira bem original feita pelo nosso amigo. 
1 – Coqueiro Velho, mega sucesso de Orlando Silva em 1940.
2 – Camisola do Dia, ouvida em primeira mão uns seis meses antes de ser gravada, com o próprio Nelson Gonçalves no Clube Recreativo Iguatuense.
3 – Aqueles Olhos Verdes, boleraço com o Trio Irakitan.
4 – You’ll Never Know, com o invejadíssimo Dick Haymes – pela voz e por ter sido marido da Rita Hayworth.
5 – September Song e 6 – Days of Wine and Roses, com o preferido acima de todos Frank Sinatra.
7 – Basin Street Blues, com a preferida acima de todas Ella Fitzgerald.
8 – Canção da Mulher Amada, do único disco do rádio-ator Roberto Faissal, acompanhado pelo Evaldo Gouveia.
9 – Eu e o Rio, com o Miltinho acompanhado apenas pelo violão do Baden Powell.
10 – Canção de Amor, da paixão da vida toda, Elizeth Cardoso.
11 – Go Down Moses, com o Louis Armstrong largando o hot jazz e caindo de cabeça em hinos religiosos.
12 – Devagar Com a Louça, com Os Cariocas, dando roupa nova aos sambas da antiga.
13 – Desafinado, com o Tamba Trio entortando mais ainda a bossa nova.
14 – Saudade do Brazil, pela beleza atemporal da música de Tom Jobim.


Cau Pimentel – Alem Do Litoral (2004)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou aqui meio que ‘de molho’, em casa, depois de ter passado por uma pequena cirurgia para extrair os meus dois últimos sisos indecisos, que ficaram para o final. Agora, podem acreditar, não vou ‘rancar’ mais nada. Deixo o ato de ‘arrancar’ para aqueles que põe a mão na cabeça, pasmos com meus erros ortográficos. Podem continuar arrancando os cabelos de raiva ou de dó, eu de cá, vou tomando meu Johnny Walker com Danone Active…
Bom, deixa de bobagem e vamos falar sério… Hoje eu estou trazendo para vocês um compositor que me foi apresentado pelo amigo Chris Rousseau. Trata-se de Cau Pimentel, um nome que, por certo, poucos devem conhecer, eu mesmo nunca tinha ouvido falar dele. Mas nunca é tarde para se ter contato com um artista de qualidade, mesmo quando ele se apresenta mais como compositor do que intérprete, tendo a música com um paralelo. Pelo que o Chris me relatou, Cau é um advogado. Pesquisando mais, um pouquinho daqui e dalí, descobri que ele já havia gravado um compacto lá pelos anos 70. Deve ter sido mais um artista que, diante às dificuldades da profissão, preferiu seguir outra que lhe desse mais estabilidade. Pelo que eu entendi, Cau Pimentel é um advogado que atua na área de direitos autorais. Possilvemente, defende os direitos de muitos dos nossos artistas. Confesso que fiquei um pouco receioso em postar esse seu trabalho, mas o Chris me garantiu que o cara, embora advogado, tem a sensibilidade de um poeta. Ele comentou com Cau sobre o Toque Musical. Ele autorizou que eu fizesse a postagem e até me permitiu compor uma nova capa para este trabalho, lançado originalmente em 1983 com o título de “Amigos”, pelo selo independente Pointer. Em 2004, Cau relançou o trabalho em formato de cd, incluindo outras músicas. Desta vez o disco não apresentava um nome, mas veio como se chamando “Além do Litoral”, título de uma das faixas. Ao compor a capinha, optei por esse título, dando assim, ao trabalho, um novo fôlego. 
A música de Cau Pimentel, embora essencialmente popular, não é, ou foi, sucesso de rádio. Mas como muitos outros artistas, se mantém num nível de excelência e qualidade que dispensa essas firulas e tal popularidade. Uma prova disso são os amigos e parceiros aqui convidados, que participam do disco. Figuras como Ivan Lins, Zé Luiz Mazziotti, Alaide Costa, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Natan Marques, Dori Caymmi, Filó Machado, Gilson Peranzzetta, Conjunto Placa Luminosa… vixiii…tem gente demais, só mesmo conferindo nos créditos do disco.
fim de festa
verso novo
tempos
jura quebrada
ausência
calvário
mascavo
confissão de amor
aldeia
pé na jaca
san fernando
beira mar
clave de fá
promenade
brilho
fim de festa
além do litoral
os habitantes do cais
rainha por um dia
yemanjá

Saraiva – Saxsoprando Pelo Brasil (1965)

Olá a todos! Ontem nós tivemos aqui o Raul de Barros e seu trombone. Hoje vamos continuar no sopro, porém desta vez o instrumento é o saxofone de Luiz Saraiva dos Santos, ou simplesmente Saraiva. Instrumentista e compositor nascido em Alagoas, iniciou sua carreira de músico profissional na Rádio Clube de Santos, cidade onde viveu boa parte de sua vida. Seu grande diferencial é ter colocado o sax soprando, um instrumento tido como difícil para solos, numa posição de destaque como solista e ele o fazia com maestria. Seu estilo de tocar o tornava inconfundível. Gravou dezenas de discos e participou de outras dezenas. Tocou nos mais diferentes lugares e assim como Raul de Barros, foi um rei na gafieira.
O álbum “Saxsoprando pelo Brasil”, lançado pela Continental em 1965 reúne doze temas entre choros, sambas, baião, bolero e valsa. Essas músicas, em sua maioria são de autoria do próprio Saraiva, que como compositor assinava Luiz dos Santos.
Este álbum eu recebi há poucos dias atrás, numa doação feita pelo amigo Rogério, lá do norte de Minas (obrigadão!). O lp, após digitalizado, vai para a Discoteca Pública e seu arquivo vem para a postagem aqui no Toque Musical. Não deixem de conferir, um raro prazer 😉

milagre de deus
coração sem amor
gigante mosqueteiro
mambo da bahia
serenata paulista
bodas de ouro
um passeio em petrópolis
noites em olinda
reconciliação
peixeiro no choro
homenagem a paulo afonso
saudade do ceará

Raul de Barros – Com Seu Trombone Romântico (1955)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Bem rapidinho, pois quem sabe faz a hora e não espera acontecer.
Hoje vamos com o Raul de Barros, considerado o mais brasileiro dos nossos trombonistas, autor do célebre samba choro “Na Glória”. Foi um dos mais impotantes no seu instrumento. Gravou dezenas de discos e participou de mais uma centena. Seu trombone tocou alto na gafieira, a ponto de se tornar um instrumento fundamental em qualquer casa de baile do gênero. Gafieira sem trombone, não era mais gafieira.
Tenho aqui este álbum de dez polegadas. Mais um dos que eu comprei na mão do catador de papelão. Lançado em 1955 pelo selo Odeon, Raul nos apresenta um repertório com oito temas românticos e populares. De um lado músicas nacionais, choros e samba, incluíndo de sua autoria a faixa “Melodia Celestial”. Do outro lado dedicado ao internacional em ritmo de fox. Confiram…

ai yoyo (linda flor)
melodia celestial
vamos com calma
voltei ao meu lugar
poema (de fibisch)
please
i’d never forgive myself
intermezzo (de provost)

Tavinho Moura – Cabaret Mineiro (1981)

Bom dia, moçada culta e oculta! Tenho percebido que muita gente (outros blogs) estão pegando carona nas minhas postagens. Vez por outra ando encontrando ‘links alienígenas’ colocados logo a baixo de algum post. Confesso que não sei bem como tudo isso funciona, se são os próprios blogueiros que o fazem ou se automaticamente esses links vão brotando no meu blog. O certo é que ontem a coisa foi  exagerada, havia uma lista com mais de trinta links e dos mais diversos blogs. Decidi então dar uma boa faxina, investigar e entender como tudo acontece. Acabei, por falta de paciência e de tempo mudando algumas configurações do blog, o que alterou inclusive na parte de diagramação, fontes e formatos. Estou agora fazendo esta postagem e ainda nem vi o resultado. Espero não precisar mudar mais nada.
Na postagem teste, temos então o compositor mineiro, Tavinho Moura e seu premiado trabalho para o filme de Carlos Alberto Prates Correia, “Cabaret Mineiro”. Aliás, diga-se obrigatoriamente de passagem, premiado não só a música, mas o filme num todo. Prêmios de melhor filme, trilha, diretor, ator, atriz, fotografia e montagem. Quem ainda não viu o filme, vale a pena procurar e assistir. A trilha é impecável, ótima, da primeira à última faixa. As composições e adaptações são de Tavinho Moura, assim como os arranjos e orquestração. Há também duas músicas de Noel Rosa, “Nunca… jamais” e “Prá esquecer”. Participam do disco a mesma a turma do filme, atores e músicos. Não vou nem listá-los aqui, pois esta é grande se encontra nos créditos do encarte (em anexo). Mesmo assim é bom destacar a participação de grupos e artistas como Flávio Venturini e boa parte do seu 14 Bis, Conjunto Naquele Tempo, Grupo Tacuabé, Uakti Oficina Instrumental, Marujada de Montes Claros e a sensualíssima atriz e cantora Tânia Alves (êta morena boa!).

cabaret mineiro
nunca… jamais
o sonho
a rua de baixo
dona mariana
tema de salinas
maria manteiga – bunda virada
suite do quelemeu
prá esquecer
o aventureiro do são francisco
serenata das virgens
te pega te pica
meu semblante é teu sentido
onça
chirimia das loucas
o trem das loucas
paixão come pequi
adeus adeus

Baden Powell & Stephane Grappelli – La Grande Reunion (1974)

Bom dia amigos cultos e ocultos! A semana aqui para o meu lado continua quente e em todos os sentidos. Muita coisa boa para postar, mas também muitas outras com que me preocupar. Abril, normalmente é um mês atarefado e eu peno para não ficar para trás. Mas sem música diária eu não aguento, preciso dela para adoçar a vida e acalmar meu espírito.

Por falar em adoçar e acalmar, eis aqui um bom paliativo como poucos. Um lp auto astral, com todas as qualidades necessárias para fazer da segunda feira um dia feliz. Vamos hoje conferir outro disco com o nosso grande Baden Powell. Desta vez ele vem acompanhado pelo violinista franco italiano Stephane Grappelli, um dos grandes nomes do jazz europeu. “La Grande Reunion” foi gravado em Paris, em 1974 e lançado pelo selo francês, Festival. No Brasil o disco foi editado, masi ou menos na mesma época, pelo selo Imagem, de Jonas Silva, um dos ‘garoto da lua’ que veio a ser substituído por João Gilberto (um dia ainda quero falar sobre o Jonas e suas aventuras fonográficas). O certo é que este álbum marca o encontro de Baden com Grappelli, num trabalho de gravação feito em apenas dois dias. O disco traz um repertório essencialmente de Bossa Nova, ou exclusivamente de música brasileira. O violino e o estilo de Grappelli são muito próprios e de uma certa forma, domina toda a gravação. Bem porque, ele aqui é quem ‘entra de sola’, Baden fica mais na marcação. Mas sem ele para abrir o caminho, dificilmente Grappelli e sua turma -formada por Guy Pedersen no contrabaixo, Pierre Alain Dahan na bateria e Clément de Waleyne na percussão – chegariam a esse resultado. Ah, é bom lembrar também da participação de Jorge Rezende, que ao lado do grupo, ajuda no tempero da percussão brasileira. Taí um álbum muito bom de se ouvir. Bem tocado em outros blogs e agora também no nosso Toque Musical 😉
eu vim da bahia
meditação
berimbau
desafinado
samba de uma nota só
isaura
amor em paz
brazil

Morte E Vida Severina (1966)

Muito boa noite, amigos cultos e ocultos! Vez por outra eu trombo com a postagem do disco “Morte e Vida Severina”, com a mesma estampa que vemos logo acima. Vocês, por certo, também já devem tê-la visto e até mesmo baixado, como eu fiz muitas vezes. Acontece que até hoje ninguém postou de verdade o tal disco. O que encontramos, além da capinha, é uma outra gravação, a trilha do filme de Zelito Viana, que não corresponde ao proposto. Cansado de levar gato por lebre, eu vou aqui postar o verdadeiro álbum da peça, lançado originalmente em 1966.

“Morte e Vida Severina – Auto de Natal Pernambucano” é um poema cênico, escrito por João Cabral de Melo Neto em 1956, a pedido de Maria Clara Machado, para o Grupo Tablado encenar no natal, mas que não chegou a acontecer ( ou foi?). Em 1965 ele voltou adaptado, musicado pelo então jovem compositor, Chico Buarque de Holanda. A peça foi levada ao palco através do Teatro da Universidade Católica de São Paulo, o ‘Tuca”, no dia de sua inauguração. No auge da ditadura, pelo cunho social, logo na estreia o grupo teve problemas com os milicos. A polícia militar e toda má sorte de repressores baixaram no local. Houve prisões e tumulto. Este álbum foi gravado (supostamente) nesse dia. Ao contrário do disco dar trilha do filme, neste temos editado o áudio de toda a encenação, ou seja, a poesia interpretada ao vivo. A gravação histórica foi lançada pela Companhia Brasileira de Discos, com selo Philips, em 1966. No mesmo ano saiu também um compacto duplo, gravado em estúdio e lançado pelo selo Caritas com o mesmo grupo do Tuca.
Me lembro deste disquinho, eu ainda menino, não parava de ouvi-lo na radiola Philco, na casa da minha tia. Acho que ainda sei de cor toda a faixa “Mulher na janela”. Eu cantava direto esse trecho, brincando com os amigos. Como eu não gosto de ‘café pequeno’, tô incluindo no pacote o compacto também. Espero que vocês gostem.

Tim Maia – Coletânea Especial TM (2011)

Olá amiguinhos cultos e ocultos! Aqui vou eu com mais uma da minhas coletâneas, enquanto aguardo os convidados que também estão preparando um presentinho aqui para nós. Não sei que cheguei a comentar, mas estou convidando alguns amigos blogueiros para apresentarem aqui suas coletâneas. Me inspirei na ideia do Milan Filipovic, em seu blog Parallel Realities Studio, que também convida os amigos para fazerem coletâneas. Por sinal, ele também é um dos convidados e em breve deve mandar a sua seleção aqui para o Toque Musical. Esses convites eu tenho feito aos poucos, para não chegar tudo de uma vez só, afinal essas postagens aconterão sempre nos sábados. Temos muitas semanas, muitos outros blogs parceiros e gradualmente ele irão entrando, ok? Achei essa ideia ótima, pois cria um maior intercâmbio entre nós.

Segue aqui, então, a coletânea da semana, Tim Maia! Quem não gosta? Bom demais, né não?
Selecionei o equivalente a um disco duplo, 24 músicas das que eu mais gosto do Tim. Fiz também a capinha, pois sem encarte é duro de roer. Espero que esteja no agrado 😉
dance enquanto é tempo
o caminho do bem
rodésia
canário do rei
eu amo você
guiné bissau, moçambique e angola racional
o que importa
azul da cor do mar
sofre
batata frita, o ladrão de bicicleta
ela partiu
não vou ficar
rational culture
ride twist and roll
the dance is over
let’s have a ball tonight
where is my other half
over again
brother, father, sister and mother
i don’t care
to fall in love
nobody can live for ever
jurema

Dick Farney – Solo (1997)

Muito bom dia a todos! Começamos logo cedo, porque hoje eu terei um dia cheio. Para começar, daqui a pouco eu vou ao dentista fazer a extração dos meus dois dentes sisos, que indecisos, até hoje não nasceram. Sinceramente, não estavam me incomodando em nada, mas a minha médica cismou que preciso ‘rancá-los’. Será que vou aguentar a extração de dois numa mesma sessão? Putz! Vai ser uma sexta feira anestésica, ou senão, dolorosa. Aí de mim…

Por falar em sexta feira, hoje também é dia de discos independentes (indepenDENTES… ai, ai, ai…, olha eu de novo…).
Hoje temos uma postagem super especial. Uma colaboração do amigo Renato, que muito atenciosamente me enviou este registro raro do grande Dick Farney, todo completinho.
Trata-se de um cd duplo, lançado de forma independente, através da Fiesp, numa homenagem póstuma, dez anos após a morte do ‘jazz man’. Este é um ‘album’ que talvez, jamais venha a ser lançado de maneira comercial, até porque ele foi concebido no sentido de ser apenas um brinde promocional. Por outro lado, existem também as implicações no que se refere à direitos autorais. Talvez, por isso mesmo, editoras como a ‘fominha’ Biscoito Fino, nunca irão lançar essa jóia. Acredito que sua melhor forma de divulgação seja mesmo os blogs musicais.
O que temos aqui são mais de 40 músicas, grande parte do repertório do artista, mas principalmente clássicos da música americana. No ‘álbum’, um cd duplo, temos um registro intimista, solo e despretencioso, somente Dick e seu piano. São ‘gravações caseiras’ feitas por dois de seus amigos, Arnaldo de Azevedo Silva Junior e José Mário Paranhos do Rio Branco. Gravado em fitas cassete, nos anos 90, passaram por uma boa remasterização, dando origem a este belo cd, que vocês só irão encontrar nos ‘ebays’ da vida digital ou aqui no nosso Toque Musical.
Taí uma postagem que merece muitos comentários, vocês não acham? 😉
georgia on my mind
moon river
satin doll
i’ll be seeing you
what are you doing the rest of you life
are my dreams real
angel eyes
this love of mine
please be kind
lullaby of birdland
moonglow
perdido
here’s that rainy day
i’ll remember april
santin doll
all the things you are
if i should lose you
in the wee small hours of the morning
emily
but beautiful
it could happen to you
the one i love
tangerine
these foolish things
young and foolish
round midnight
swanee river
one for my baby
santim doll
brandenburg gate
what are you doing the rest of your life
but beautiful
our love is here to say
estrelita
improviso em jazz
waltz for debby
here’s that rainy day
blues improvisado
i fall in love too easily
you go to my head
i cover the waterfront
thank you
but beautiful

Rosário de Cária – Uma Flauta No Sereno (1961)

Olá! Um bom dia a todos (e sem excessão!). Nada como começarmos o dia com uma saudação positiva, elevando nosso espírito para coisas boas, não é mesmo?

Nesta semana eu procurei focar nossas postagens na música instrumental e mais especificamente nos discos de instrumentistas solistas. Eu cheguei até a separar alguns violonistas, que é o que mais se destaca, geralmente, na música popular brasileira. Mas daí eu me lembrei de um dos primeiros discos que recolhi de uma das minhas ricas fontes, o lp “Uma flauta no sereno”. Este disco foge um pouco da linha, ao contrário dos demais, trazendo o músico solista com acompanhamento. Mas independente de qualquer coisa, não deixa de ser um álbum solo, bonito, raro e com toda certeza de interesse dos amigos cultos e ocultos 🙂
Temos assim Rosário de Cária, um flautista italiano que veio para o Brasil no final dos anos 40. Pelo pouco que achei sobre sua trajetória, na rede fala-se que ele veio como um imigrante. O que demonstra que músico veio para ficar definitivamente. Mesmo assim, sobre a sua vida no país e que fim levou, eu não sei nada. De concreto eu sei apenas ele tocou em diversas orquestras, grupos de choro e seresta. Também está presente em diversas gravações e discos de diferentes artistas. Sua atuação por aqui, pelo que pude verificar, vai dos anos 50 aos 70. Ao que tudo indica, ele era um músico bastante considerado, requisitado e de alta qualidade, como podemos verificar neste seu álbum, lançado pela Chantecler em 1961. Aqui encontramos um repertório interessante, contemplando composições brasileiras e italianas. São todas belíssimas valsas, algumas, clássicos inesquecíveis da nossa música popular. Rosário de Cária vem acompanhado por um regional. Embora não conste nos créditos do lp, acredito que o acompanhamento é feito pelo Regional do Canhoto. Este álbum chegou a ser relançado nos anos 80, com outra capa. Consta também que ele gravou um outro disco, chamado “Uma flauta em serenata”, com edição de 1975. Se este for também do agrado de vocês, irei procurar para uma futura postagem, ok?
Então, toque logo esse toque!
rapaziada do bráz
tesoro mio
sobre as ondas
primeiro amor
lia
viajando pela itália
raio de sol
gladis
arrependida
saudade de iguape
boneca
lágrimas de virgem

Nonato Luiz & Pedro Soler – Diálogo (1982)

Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Nossa semana está maravilhosamente instrumental e agradando à gregos e também aos troianos. É bom saber que o Toque Musical tem se tornado um espaço de consulta importante, de relevância cultural mesmo na contramão da confusa ‘legalidade’ que vivemos nesses tempos. Sei também que o TM, assim como muitos outros blogs, sobrevive na condição de ‘tolerância vigiada’. Por certo, os patrulheiros cibernéticos estão de olhos bem abertos, não apenas para tentarem coibir ações, mas também para tirarem proveitos da situação. Blogs como o Toque Musical tem servido de ‘termômetro’ para muitos produtores e editoras, que percebendo o interesse do público, procuram reinventar ‘o produto’. Estão fabricando biscoito de araruta e vendendo como ‘cookies’. O foda é que em alguns casos, a gente leva para casa o mesmo produto encontrado nos blogs (as vezes até com uma qualidade inferior). Bom, mas pelo menos tem uma vantagem… (eu só não descobri ainda se é para quem compra ou para quem vende. Acho que é mais para quem produz).
Putz, nem sei porque eu estou tocando nesse assunto… acho que perdi o gancho (o gancho e o tapa olho, hehehe…)
Vamos ao disco do dia. Continuando com os mestres do instrumental, tenho aqui o violonista cearense Nonato Luiz numa dobradinha com o guitarrista flamenco Pedro Soler. O lp é um registro gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, do Rio de Janeiro, em junho de 1982. De um lado temos o brasileiro e do outro o espanhol (ou catalão? sei não). Na época os dois instrumentistas faziam uma turnê pela Europa. Um trabalho que procurava mostrar as afinidades sonoras entre a música flamenca e a nordestina. Ao final das apresentações europeias eles vieram mostrar também no Brasil esse show.
Este é um disco que embora eu já conhecesse, nunca o ouvi com a devida atenção. Foi só agora, preparando o toque musical que pude percebe-lo na íntegra. Estranhei o fato de que o número das músicas não corresponde aos das faixas. Como não conhecia bem todas as músicas, ficou difícil entender quem é quem. Pelo que eu pude entender, em algumas faixas contam mais de uma música. Fiz então a denominação conforme me parecia a lógica. Como sei que pode haver erros, decidi incluir também no arquivo a digitalização bruta, por inteiro. Daí, aqueles que sabem poderão separar corretamente as faixas. O importante é que está tudo aqui. Disco bonito, músicos excepcionais! Confiram…

malagueñas – pedro soler
granaina – pedro soler
nana – pedro soler
seguirias – pedro soler
qui nem giló
viola violada
dança do ventre
quatro prantos
reflexões nordestinas
o sonho

Eudóxia De Barros – Gotas De Ouro (1965)

Muito bom dia a todos! Depois de ouvir ontem as músicas de Garoto, na interpretação magistral de Geraldo Ribeiro, me deu vontade de seguir no instrumental. Daí achei este disco da pianista Eudóxia de Barros, tocando Ernesto Nazareth. Me lembro que a primeira vez que ouvi falar em Eudóxia de Barros, foi participando do famoso programa de perguntas e respostas, criado pela Rede Globo, o “8 ou 800”. O programa era apresentado pelo ator Paulo Gracindo e Eudóxia participou respondendo sobre a obra de Ernesto Nazareth. Curiosamente, este foi o momento de maior popularidade da pianista. Embora ela já fosse bastante festejada no círculo musical erudito, desde o final dos anos 50, ainda para a grande maioria, como eu, era uma total desconhecida.

Eudóxia é uma pianista paulista. Iniciou seus estudos musicais ainda criança. Já na mocidade ela se tornaria uma instrumentista respeitável, dominando totalmente a técnica do piano. Inúmeras são as boas críticas e comentários de outros mestres da música à seu respeito. Ao longo de todo esse tempo, em sua trajetória artística, há muito o que contar, mas vou me limitar no alcance do feixe da minha lanterna, iluminando apenas a sua produção fonográfica. Na época do (só) vinil ela gravou mais de 30 discos, muitos pelo selo Chantecler. Na fase do cd passou de uma dezena e se procurar já deve ter até dvd. Acho interessante salientar, uma produção fonográfica desse porte para a música clássica/erudita no Brasil. É um fato que nos chama a atenção. Mas acho que isso se deve muito à preocupação da musicista em estar sempre divulgando a obra brasileira. Eudóxia preferiu trocar a promissora carreira internacional por um trabalho em seu país, seja como concertista ou como professora. Levando a obra de grandes mestres da música erudita aos inúmeros cantos do Brasil. Eudóxia é casada como um dos maiores compositores brasileiro da música clássica, Osvaldo Lacerda e dele também, obviamente, ela é uma divulgadora intensa.
Que eu conheça, Eudóxia gravou uns três lps com obras exclusivamente de Ernesto Nazareth. “Gotas de ouro” veio no vácuo primeiro, “Ouro sobre o azul”, que foi lançado pela Chantecler em 1963, ocasião em que se comemorava o centenário de Nazareth. Com o sucesso deste primeiro, com vários prêmios e a consagração de Eudóxia como “a melhor intérprete da música brasileira”, a gravadora decidiu repetir a dose. Lançou então em 65 um segundo volume, o “Gotas de ouro”, com 14 temas em suas versões originais. Um terceiro disco veio (acho eu) nos anos 70 (em breve postarei).
Pessoalmente, gosto de Ernesto Nazareth em interpretações solo, como esta da grande Eudóxia de Barros. Simples mente comovente 🙂
gotas de ouro
nenê
travesso
dirce
talismã
atrevido
sustenta… a nota
espalhafatoso
você bem sabe
meigo
dora
digo
floraux
expansiva
turuna

Geraldo Ribeiro – Interpreta Garoto (1984)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Segunda feira é sempre aquele diazinho cheio. Cheio de coisas para fazer. Cheio de preguiça para fazê-lo. Por sorte, ontem, eu já deixei alguma coisa preparada para a semana.
Para começar, que tal um bom disco de violão? Taí um trabalho que irá agradar aos amantes do ‘pinho’. Vamos com Geraldo Ribeiro, um dos maiores violonista brasileiros, desses que só mesmo os entendidos conhecem, interpretando outro gênio, o lendário Garoto. Geraldo não é um artista, ele é um instrumentista, um músico como poucos. Eu até pensei em escrever um pouco sobre ele, principalmente para aqueles que ainda não o conhecem, mas achei algo bem melhor e muito mais interessante. Por consequência da postagem, me lembrei de outro grande violonista brasileiro, da nova geração, Fábio Zanon. Ele tinha (ou tem) um programa na Rádio Cultura de São Paulo, onde apresentava o melhor do violão clássico. Para a nossa felicidade, ele abriu um blog e andou postando por lá todos os arquivos de áudio desses programas. Uma maravilha que até eu tenho também copiado para a minha ‘fonoteca digital’. Entre esses, tem um exclusivo, dedicado ao Geraldo Ribeiro, onde ele o entrevista e nos apresenta momentos raros e históricos do concertista.
No álbum dedicado à Anibal Augusto Sardinha, o Garoto, ele toca 14 temas exatamente como o autor os deixou gravado. Respeitando rigorosamente originais, que até então, sequer haviam sido editados. Temos entre essas faixas, duas que eu chamaria a atenção: a belíssima “Duas contas”, talvez a única música com letra feita por Garoto. Aqui, Geraldo apresenta apenas a versão instrumental. Outra música que destaco é, sem dúvida, a melancólica “Gente Humilde”, na sua forma original, sem a letra de Chico e Vinícius.
Então é isso aí… um toque 100% de violão, como há muito vem sendo pedido. Confiram…

gente humilde
lamento do morro
debussyana
nosso choro
voltarei
um rosto de mulher
jorge do fusa
duas contas
quinze de julho
improviso
choro triste n. 2
meditação
naqueles velhos tempos
sinal dos tempos

Coletânea Compactos Do Toque Musical – Volume 1 (2011)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu me atrasei devido a falta de energia elétrica durante a tarde. Caiu um pé dágua por aqui, um verdadeiro vendaval. O meu computador apagou justo na hora em que eu preparava uma capinha para a coletânea de hoje. Perdi tudo o que já tinha feito, daí resolvi criar outra totalmente diferente. Para um trabalho de 10 minutos até que não ficou tão mal assim, não é mesmo? Mas o que vai agradar mesmo é o conteúdo dessa minha seleção. Reuni aqui alguns compactos da melhor qualidade. Como vocês podem ver, a coletânea traz também algumas raridades, como é comum em disquinhos compactos. Temos, por exemplo um compacto duplo do Caetano Veloso, gravado em Londres, em 1971. Este disco é realmente ótimo e raro. Caetano gravou essas músicas, com certeza, pensando no carnaval que viria, de 1972. Temos ele aqui acompanhado por Jards Macalé, Moacir Albuquerque, Tutti Moreno e Áureo de Souza. O mesmo time que o acompanhou no álbum “Transa”. No embalo do baiano, vamos também com as músicas um compacto de 1978, trazendo duas músicas, trilhas dos filmes “Na boca do mundo” e “A dama do lotação”. Outros compactos interessantes são os de Chico Buarque, de 1967. Taiguara 1970, Abilio Manoel de 73, Gonzaguinha de 70 e 72, Ivan Lins em seu primeiro sucesso, MPB 4 e Quarteto em Cy. Todos da melhor safra, reunidos aqui como daquela outra vez. Compactos sempre fazem sucesso.

Xiii… O temporal voltou, com raios e trovoadas. Deixa eu finalizar a resenha, vamos direto à lista…
chuva suor e cerveja – caetano veloso
a televisão – chico buarque
carolina – chico buarque
salto de sapato – caetano veloso
la barca – caetano veloso
partido alto – mpb4
roda viva – chico buarque
badalação – mpb4
barão beleza – caetano veloso
expresso 2222 – mpb4
qual é a baiana? – caetano veloso
última forma – mpb4
um chorinho – chico buarque
amaralinda – quarteto em cy
bom dia, amigo – abilio manoel
um abraço terno em você, viu mãe? – gonzaguinha
hoje – taiguara
o amor é o meu país – ivan lins
pedro pedreiro – quarteto em cy
se eu fosse rei – abilio manoel
tributo à jacob do bandolim – taiguara
um sorriso nos lábios – gonzaguinha
pecado original – caetano veloso
você merece – gonzaguinha
amado amante – caetano veloso

Cida Moreyra – Summertime (1981)

Bom dia a todos! É, como vimos e ouvimos, acabei fazendo uma semana de cantoras. Hoje, sexta, não seria diferente. Me lembrei deste outro disco emprestado, do meu amigo Carlos Moraes, lá de Tiradentes, que vai cair como uma luva. Trata-se do primeiro álbum da cantora, atriz e pianista Cida Moreyra. No início dos anos 80 ela estreou o espetáculo cênico musical “Summertime, uma homenagem à cantora americana Janis Joplin, dirigido por José Possi Neto. O show solo de Cida Moreyra teve uma boa aceitação da crítica e fez muito sucesso, a ponto de se transformar em seu primeiro registro fonográfico. No disco ela canta, claro, músicas do repertório de Janis – mas também inclui outras, que vai de Billie Holiday, Mamas And The Papas, passando também por Chico Buarque, Macalé e Angela Roro – num mesmo tom característico, só piano e voz. Disquinho bacana, eu recomendo…

summertime
stardust
all fo me
dream a little dream of me
california dreamin’
she’s leaving home
gota de sangue
geni e o zepelin
good morning heartache
my man
vapor barato
mercedez benz
kozmic blues
summertime