Bom dia! É curioso como algumas coisas passam despercebidas por nós. Até ontem eu não fazia ideia de que o político, Sr. José Fogaça, ex prefeito de Porto Alegre em dois mandatos e candidato derrotado na última eleição para o governo de seu Estado, fosse o mesmo Fogaça, compositor de mão cheia, que um dia eu conheci através dos discos da dupla gaúcha Kleiton & Kledir. Vejam só vocês… Nunca liguei uma coisa com outra, mas considerando e comparando os dois extremos, acho que ele teria tido menos dissabores se tivesse levado adiante sua carreira de compositor. Tô falando assim, mas confesso, não conheço muito o político e sua atuação. Aliás, eu de política sou um zero (que colocado do lado certo posso valer alguma coisa). Mas, pelo pouco que eu li, Fogaça sempre gostou de política, desde os tempos em que era líder estudantil. Teve também sua cota de participação na época das ‘Diretas Já’ ao lado de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves. Sendo um dos articuladores no sul.
Temos aqui, o que eu acredito ser seu único disco. Ou melhor dizendo, um disco com as suas composições. Este álbum foi produzido por Kleiton Ramil e lançado em 1982 pela Deck Produções através do selo Polyfar (Polygram). Nele temos reunidas doze músicas gravadas por diferentes e consagrados artistas nacionais, como vocês mesmo poderão constatar logo abaixo…
Arquivo mensais:novembro 2010
O Terço – Casa Encantada (1976)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ontem eu cheguei tão cansado em casa que mal dei conta de fazer a postagem. Só agora percebo que não cheguei a publicá-la, apenas havia salvado. Menos mal, pois hoje eu também tô corrido. Estou inclusive lançando mão de mais um ‘disco de gaveta’, aqueles prontos para momentos como o de agora.
Vamos hoje com mais um dois bons discos do Terço. Temos aqui “Casa Encantada”, álbum orinalmente lançado em 1976, relançado em 91 pelo selo Beverly e também em cd. Neste álbum o Terço ainda mantem o melhor de sua fase progressiva, eu diria até que este é o segundo melhor disco da banda, atrás apenas de “Criaturas da Noite“, lançado anteriormente. Acredito que todos por aqui conhecem bem a história da banda e suas diversas formações. Quem ainda não teve a curiosidade de ouvir este disco, faça-me o favor… Bão demais 😉
O Melhor Da MPB (1976)
Olá amigos cultos e ocultos. O domingo foi meio tumultuado, mas ainda assim cheguei a tempo de ‘bater o ponto’. Para compensar o atraso, estou trazendo aqui um álbum dúplo da gravadora Continental, lançado em 1976, com o melhor da MPB. Quer dizer, o melhor da música brasileira na gravadora. São vinte e oito músicas extraídas de seus diversos lps, numa seleção que procura reunir diferentes fases e artistas que passaram pelo selo. O interessante deste álbum na época de seu lançamento foi que ele trazia faixas de discos raros, já desde esse tempo fora de catálogo. Há inclusive faixas que não foram lançadas comercialmente, creio eu.
Desculpem, mas estou morrendo de sono. Fico por aqui e vocês com O Melhor da MPB, ok?
mensagem – isaura garcia
Som Ambiente (1972)
Deixa eu aproveitar a onda boa para fazer logo a minha postagem do dia. Hoje nós iremos com um disquinho dos mais interessantes. Embora já bem rodado em outras fontes, a daqui, podem acreditar, é mineral pura!
Som Ambiente foi um disco de destaque no catálogo da CID de Harry Zuckermann. Uma produção com a direção de Durval Ferreira e contando com os músicos do grupo Azymuth. O disco, lançado em 1972 e sem grandes pretenções, teve, após mais de vinte anos seu relançamento em formato cd, lá fora, claro! O álbum foi reeditado pelo selo inglês Whatmusic e faz muito sucesso. Um ‘lounge’ de primeira que só mesmo os gringos conseguem perceber e principalmente valorizar. Depois que recebe o aval estrangeiro, todo mundo por aqui passa então a tecer mil elogios, se torna um espécie de disco ‘cult’, todos querem ter. Mas só que dessa vez vão ter que pagar em dólar ou se contentar com nossas versões em mp3. O Som Ambiente é um disco com um repertório instrumental variado, contemplando em sua maioria temas internacionais bem conhecidos. É sem dúvida um disco ótimo de se ouvir. Apenas para tirar a dúvida, será que os loirinhos galãs das fotos na capa são mesmo Marcos e o Paulo Sérgio Valle? Pois bem que parecem…
Arthur Moreira Lima, Abel Ferreira E Conjunto Época De Ouro – Chorando Baixinho – Ao Vivo (1978)
Travessia – O Canto Dos Mineiros (1981)
Bom dia, amigos cultos e ocultos. A escolha do disco de hoje, além do fato de ser um álbum independente, tem muito a ver com o seu título, o nome do disco, “Travessia”. Pensei nele não por qualquer ligação com Milton Nascimento, Clube da Esquina ou outra ‘mineiridade’. “Travessia” veio em seu sentido literal, quer dizer, naquilo que a expressão realmente significa: transposição de um ponto ao outro. Nesse sentido, eu me refiro também à passagem. E hoje a “passagem” ou “travessia” poderá estar acontecendo. Talvez o dia amanhã seja mais triste. Se eu não aparecer por aqui, podem ter certeza que estarei nessa hora chorando, num misto de tristeza e de alívio por ter presenciado por tantos anos o sofrimento de uma pessoa querida. A dor do outro que também dói na gente chama-se sentimento. Desculpem por essa introdução, mas há momentos em que eu não consigo separar o Augusto TM, do autor do blog. As vezes aflora mais um lado do que o outro e eu acabo confundindo a cabeça dos meus leitores. O fato é que esta postagem eu dedico à minha tia-mãe querida, que já bem idosa e muito debilitada, hoje passará por um processo cirúrgico bastante complicado. Rezo para que Deus interceda e acompanhe a sua travessia.
Bom, deixa eu enxugar as lágrimas e buscar um alento. Falando um pouco do disco “Travessia – O canto dos mineiros”, este álbum nasceu de um projeto realizado no final dos anos 70, uma espécie de festival estadual de música, ou melhor, 430 músicas de várias regiões de Minas inscritas no projeto, das quais foram selecionadas 25 e dessas, 12 finalistas que vieram a ser apresentadas em show no Palácio das Artes e incluídas no presente lp. Ao que tudo indica, acabou acontecendo uma parceria da Fundação Clóvis Salgado (que foi quem promoveu a ação) com a Fiat Automóveis de Betim. O disco só saiu graças ao apoio promocional da Fiat e um ano depois quando a fábrica já completava cinco anos no Brasil. O álbum “Travessia” teve a direção artística de Célio Balona e a produção musical por conta do Nivaldo Ornelas. Participam do disco alguns dos nomes mais importantes da música mineira, tendo na cozinha o grupo de cordas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, gente como Marcus Viana, Marco Antonio Araújo, Yuri Popoff e outros não menos importantes. Este álbum, importantíssimo na história da música popular em Minas, até hoje não teve seu relançamento em versão digital. Trata-se por tanto de um disco raro. E também muito bonito, podem acreditar!
Conjunto Época De Ouro – Clube Do Choro (1976)
Há pouco mais de uma semana, recebi um e-mail da filha do percussionista Pedro (Sorongo) Santos comentando sobre a postagem de “Krisnanda”, que fiz em abril de 2008 e também me informando de que ela, havia criado um blog dedicado ao seu pai. Achei a ideia ótima, o formato de blog é legal porque dá mais visibilidade, aproximação e interação com o público. E mais ainda, teremos acesso às informações numa perspectiva de um familiar, que conhece bem o artista (pelo menos um lado dele, claro). Coincidentemente, há alguns dias atrás vendi o álbum que eu tinha. Estava quebrado, mas ainda assim aguentava uma ‘meia sola’ e a capa estava muito boa. No blog do Pedro Sorongo, a filha Lys reuniu a discografia do artista. Pelo que tudo indica ele só teve um álbum solo e um compacto, mas participou em disco de vários artistas ou como integrante de algum grupo. Entre as diversas participações, há este magnífico álbum do antológico conjunto Época de Ouro, de Jacob do Bandolim. O conjunto havia parado após a morte de Jacob, mas voltaram à pedido de Paulinho da Viola para fazerem um show e daí resolveram retomar. Pelo grupo, desde então, passaram diversos nomes. No álbum Clube do Choro, lançado em 1976, temos a seguinte formação: Dinho no violão de 7 cordas; Damásio no violão de 6 cordas; Deo Rian no bandolim; Jonas Silva no cavaquinho; Jorginho no pandeiro; Luna e Pedro Sorongo na percussão. A produção do disco é de Reginaldo Bessa. Taí outro disco que faltava na blogosfera. Confiram o toque 😉
Mário De Azevedo – Marcello Tupynambá Na Interpretação Do Pianista (1956)
Olá amigos cultos e ocultos! Vamos batendo com mais um raro disquinho, meio que atendendo a um pedido feito tempos atrás. Demorou, mas chegou…
Um dos maiores interpretes das obras de Ernesto Nazareth e Eduardo Souto, o pianista capixaba Mario de Azevedo, gravou pela Sinter em 1956 este lp de 10 polegadas com músicas de outro grande compositor, Marcello Tupynambá. Mário de Azevedo iniciou sua carreira na década de 20. Foi um pinaista de grande popularidade. Gravou mais de vinte discos em 78 rpm pelas gravadoras Continental, Columbia e Odeon e vários LPs pela gravadora Sinter. Neste álbum, Mário toca oito temas dos mais famosos de Tupynambá. Marcello Tupynambá foi um dos nossos primeiros compositores populares, seu estilo ajudou a consolidar a canção na música brasileira. Sua obra, conforme afirmou Mário de Andrade, tinha “um balanço pouco comum”. Ele recolhia temas populares e rurais, recriando versões mais elaboradas e estilizadas para serem cantadas ao piano. Ele não era moderninho, mas nessa fase agradava aos modernistas, que viam em sua música uma valorização do que era realmente brasileiro. Um de seus grandes feitos e pioneirismo foi criar o que ele chamou de “Canção Brasileira”, que eram adaptações musicais para versos dos poetas, principalmente os modernistas. Podemos dizer que Marcello Tupynambá ajudou a formatar o que hoje conhecemos como ‘canção popular brasileira’. Confiram o toque…
tristeza de caboclo
pierrot
Sexteto Prestige – Música E Festa Nº2 (1958)
Bom dia a todos! Há alguns meses atrás eu postei aqui o primeiro disco do selo Prestige (Prestige nacional, é bom lembrar. Nada a ver com o americano de jazz). Fiquei de postar os outros que eu tinha disponível, mas acabei me esquecendo. Este selo surgiu tendo como seu ‘carro chefe’ um sexteto com o mesmo nome. Vasculhei toda a rede à procura de informações sobre o selo e o grupo, mas continuei na mesma, apenas na suposição. Muitos acham que figuras como Britinho, Waldir Calmon, Moacyr Silva e tantos outros músicos instrumentistas da época passaram pelo sexteto. Seus nomes talvez não apareçam devido aos contratos com outras gravadoras, Sexteto Prestige talvez fosse melhor que pseudônimos. A série “Música e Festa” teve vários volumes, tentarei postá-los em sua ordem, embora não necessariamente nesta semana. “São tantas as emoções”.
O álbum Nº 2 segue na mesma linha do primeiro. Dividido em quatro faixas longas, em cada uma delas há uma espécie de ‘pot pourri’ dançante, mesclando temas de sucesso da época, tanto nacionais quanto internacionais. Confiram…
Aurora Miranda – Sucessos De Aurora Miranda (1956)
Olá amiguinhos cultos e ocultos, boa noite! Como eu já havia comentado outras vezes, meu tempo para o blog tem ficado cada dia mais curto. Não posso negar que adoro essa coisa de postar um disco todos os dias, mas está mesmo difícil conciliar a dedicação com a obrigação. Ser autor de blog não é mole não, principalmente quando ele é diário e possui um público cativo tão numeroso. A gente acaba saindo do pessoal e caindo no profissional. Sinceramente, não era bem isso que eu queria, mas o blog toma uma dimensão que as vezes me assusta. Há cobranças de todos os tipos e a exigência de uma postura mais equilibrada. Eu que sou doido varrido, fico ainda mais pirado. Pensei na possibilidade de ter uma pessoa que ficasse por conta do blog nos momentos em que eu estivesse ausente. É claro que isso muda um pouco nossa rotina, mas pelo menos teríamos garantida a postagem diária. Acredito que todos sabem como é difícil manter um blog, principalmente como o Toque Musical. É daí que andei pensando em rever alguns dos meus conceitos e condutas. Vou passar a aceitar doações, como muitos já me ofereceram. Sinceramente eu não acho muito certo isso, mas para manter um secretário e os serviços, só mesmo se for pagando. Acho chato fazer isso e muito mais falar sobre o assunto, mas não vejo outra solução.
Mas, vamos deixar esse assunto para quando rolar. Vamos falar de outro, da preciosidade que é este disquinho, que o Toque Musical tem o prazer de apresentar. Reservei para hoje este ‘long play’ de dez polegadas da cantora Aurora Miranda. Vejam vocês que bela capa, um cenário obviamente hollywoodiano, dos estúdios Disney. É, a moça não era apenas irmã da Carmen Miranda, ela era Aurora Miranda! Eu acredito que ela só não foi além devido ao fato de ser irmã de Carmem e também de ter se casado logo cedo. Isso a ofuscou e freou um pouco, sem falar na timidez. Para se ter uma ideia, Aurora foi a cantora que mais vendeu discos na década de 30, atrás apenas da irmã. Quando numa temporada morou com Carmem nos Estados Unidos, gravou discos e trabalhou em clássicos filmes de Walt Disney. Neste álbum, lançado pela Sinter em 1956, Aurora Miranda regrava alguns de seus maiores sucessos. Entre eles temos a marchinha “Cidade Maravilhosa”, que se tornou o hino oficial do Rio de Janeiro. Esta música ficou conhecida inicialmente na voz de Aurora, em dueto com o autor, André Filho, no concurso de carnaval de 1935. Há também outros sucessos gravados por ela em dueto com Francisco Alves como, “Você só… mente”, de Noel Rosa e “Cai, cai balão, de Assis Valente. Todas as demais foram gravadas anteriormente em discos de 78 rpm. “Sucessos de Aurora Miranda” é exatamente isso, um disco reunindo antigos sucessos, regavados aqui com os arranjos e orquestração de Lyrio Panicali. Diquinho nota 10! Confiram o toque…
Trio Esperança – Compacto Duplo (1972)
Doris Monteiro – Confidências de Doris Monteiro (1956)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! De volta ao lar, tenho novamente um número infinito de títulos a publicar. De uma certa forma isso é até ruim porque aumenta a minha indecisão, fico sem saber o que postar.
Escolhi para hoje a Doris Monteiro em um raro álbum de 1956. Este foi o seu segundo lp de dez polegadas, um álbum onde ela canta exclusivamente músicas do compositor Fernando Cesar, na época, uma grande revelação. Algumas faixas foram extraídas de bolachas de 78 rpm gravadas anteriormente pela cantora. Entre os destaques, temos “Vento soprando”, “Cigarro sem baton” e “Dó, ré mi”. Não tenho certeza, mas acredito que essas músicas contaram com a orquestração e os arranjos de Antonio Carlos Jobim.
Se eu hoje ainda tiver um tempinho, volto para fechar com mais um compacto, ok? Divirtam-se aí…
Zé Beto Corrêa – Cine Metropole (1992)
Belo Horizonte… êta saudade… tô voltando… E para tanto, nada melhor que sintonizar as minhas ondas com as boas lembranças da cidade. Como hoje é dia de artista/disco independente, não encontrei melhor escolha para nossa postagem que este belo trabalho do cantor, compositor e instrumentista mineiro, Zé Beto Corrêa, ou Zebeto Corrêa, como ele assina hoje. Começou a carreira musical como integrante da banda Fogo no Circo, quando gravou o primeiro disco. Pouco tempo depois partiu para a carreira solo, lançando um primeiro álbum em 1986. Pela qualidade de seu trabalho, sempre teve boas críticas, mas como bom (ou mal?) (do) mineiro, prefere trabalhar em silêncio, ou por outra, buscando outros caminhos. Zebeto, pelo que li em seu site, já tem uma dezena de álbuns lançados ao longo da carreira. Ele produz e apresenta um programa na Radio Nacional do Rio, chamado “Sotaque Brasileiro”, que vai ao ar duas vezes por semana.
“Cine Metrópole” foi seu segundo álbum e é o que podemos chamar de um autêntico disco de mineiro, a começar pelas evidências que temos logo na capa, com a fotografia do extinto e saudoso cinema da cidade. Zebeto usa esta referência para falar de uma Belo Horizonte que a cada dia vai ficando apenas na fotografia e na lembrança daqueles que a viveram. Mas mesmo com tanto regionalismo, o disco não perde sua dimensão musical e agrada com facilidade. As composições de Zebeto não são apenas para ouvir, mas também para cantar e em qualquer lugar.
casa vazia
Djalma Dias – Compacto Duplo (1971)
Como no dia de ontem, as coisas se repetem… Faltou tempo e uma Internet de verdade no hotel, isso aqui só serve mesmo para ler e-mail e olhe lá…
Para hoje, ainda do pacote, temos este raro compacto duplo do Djalma Dias. Vocês se lembram dele? Porque se procurarem na rede, não irão encontrar muita coisa. Aliás ao digitar o seu nome encontraremos apenas referências ao grande jogador de futebol dos anos 60 (Galooo!!!). Mas foi também nesta década que surgiu o cantor. Djalma foi cantor de boate, intérprete vitorioso em festivais e de trilhas de novelas da Rede Globo. Gravou diversos sucessos, entre os mais famosos temos “Capitão de Indústria”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle para a novela “Selva de Pedra”. Aliás, é bom dizer, Djalma gravou diversas músicas dos irmãos Valle. Isso muito se deve ao fato de que Marcos Valle tinha contrato com a Som Livre, era um dos principais compositores para os programas da Globo e Djalma Dias era também contratado, principalmente como cantor e atuando em coros de trilhas e especiais da emissora. Ele gravou vários discos, os quais ainda hoje são difíceis de ver (e ouvir) na blogosfera. Aqui no Toque Musical vocês poderão encontrar a participação do cantor no raríssimo disco “Uma noite no Beco” e neste compacto duplo, da Som Livre. Reparem que o disquinho traz duas músicas dos Valle, “Rosto barbado e Burguês fino trato”, essa última em parceria com João Donato. Tem também o samba “Ninguém tasca”, que se tornou um grande sucesso popular e outro, “Maria José”. De quebra, incluí como bônus, mais uma extra… “Nada sei de preconceito”, de Leci Brandão. Confiram…
Tamba Trio – Tempo (1964)
Bom dia! Ontem eu cheguei cansado e babando de sono. Tentei postar o compacto prometido, usando o computador do hotel, mas a conexão estava tão lenta que acabei desistindo. Só consegui um contato mediúnico para o toque hoje cedo.
Vamos desta vez com Tamba Trio em seu delicioso álbum “Tempo”. Taí um disco que eu sempre quis postar aqui no blog, mas ele acabou se perdendo entre tantos outros também na mesma situação. Acabou vindo para no gavetão, virou uma postagem de gaveta, esperando a hora exata para entrar.
“Tempo” foi o terceiro álbum do grupo e também o último formado por Luiz Eça, Bebeto Castilho e Hélcio Milito. No lugar de Hélcio entraria em seguida o Rubens Ohana. Milito só voltaria nos anos 70. Pessoalmente, eu gosto mais dessa primeira fase e dos discos onde a uma forte presença vocal. “Tempo” é assim, um lp com um repertório belíssimo para tocar e cantar. Quem ainda não o ouviu por aí, tem agora a chance de ouví-lo aqui. Confiram…
Antonio Adolfo & Brazuca – Compacto Duplo (1970)
Na sequência da nossa rodada dupla, vamos agora com o Antonio Adolfo e a sua Brazuca, conjunto formado originalmente por Luiz Claudio Ramos (guitarra), Luizão Maia (baixo), Victor Manga (bateria), Julie (voz) e Bimba (voz). Outro disquinho que o colecionador não levou. Lançado em 1970, este compacto traz quatro músicas que só vieram a ser incluídas como bônus, na versão cd do primeiro disco do Brazuca. Não chega a ser uma super raridade, mas já tem colecionador de olho no meu pacote 🙂
Orquestra Som Bateau – Som Bateau Ataca Novamente (1971)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Enquanto tomo o café, tomo emprestado o computador do meu colega aqui. Coisa rapidinha, só para fazer esta postagem. Lanço mão hoje dos meus ‘arquivos de gaveta’, pois o tempo é curto. Vamos com o Som Bateau, vocês se lembram desses discos? Fizeram muito sucesso nos anos 70. O Som Bateau foi uma armação criada pela Phonogram para faturar um dinheirinho a mais. O nome surgiu inspirado numa famosa boate que havia no Rio nos anos 60. Uma orquestra que a cada novo disco trazia músicos, arranjos e ideias diferentes. Voltados, obviamente para o gosto popular, com repertórios que vão do rock ao brega, do samba ao pop. Uma verdadeira salada mista que muito agradava a quem estava mais interessado na música do que na originalidade de interpretação. Discos ótimos para se colocar em festas de reveillon de empresas, naquela altura em que o camarada já tomou seu Activa e umas boas doses de Johnny Walker, estando literalmente cagando e andando para o que está tocando. É por aí… 🙂 Som ambiente para festa sem anfitrião. Apesar dos pesares, não há como negar a qualidade, principalmente se comparado ao que seria o Som Bateau nos dias de hoje. Taí um disco para realmente se ouvir com outros olhos. Em cada faixa, duas músicas para atingir ao máximo as suas expectativas. Confiram…
Golden Boys – Compacto Duplo (1970)
Olha aí mais um compacto do pacote. Ainda bem mesmo que eles não foram embora. Pelo menos não antes que eu pudesse ouví-los novamente e também trazê-los até vocês. Segue aqui um Golden Boys em sua melhor fase. Espero que apreciem… porque eu vou é dormir. Chapei no fumacê 😉
André Penazzi – 2º Orgão Samba Percussão (1963)
Bom dia a todos! Esta é a primeira vez que eu faço uma postagem em trânsito, quer dizer, durante uma viagem. Nada como a comodidade de um computador portátil. Um dia eu ainda compro um para mim. Só não o fiz antes porque sei que aí ele vai ficar literalmente grudado em mim, e eu nele. Por enquanto eu não estou querendo ficar ‘on line’ o tempo todo. Não é atoa que eu odeio celular. Sem dúvida, um ‘notebook’ como esse Mac é uma tentação, mas por enquanto quero-o apenas emprestado por alguns minutos. Já preparei os títulos para as postagens da semana, sem esquecer dos compactos, claro! Basta agora eu achar tempo e a camaradagem aqui do colega de me emprestar seu ‘MacBook Air’ para publicar as postagens.
Segue aqui o volume 2 que faltava da série “Orgão – Samba – Percussão”, postada no Toque Musical. Não muito diferente dos dois outros volumes, temos no lp um repertório de ótimos sambas. E por incrível que pareça, depois de tanto ouví-los, mudei o meu conceito. Realmente é verdade, ‘nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais’.
Marcos Valle – Compacto Duplo (1971)
A partir de amanhã eu estarei viajando, sem saber ao certo se terei tempo para nossas postagens. Há algum tempo atrás havia uma ferramenta no Blogger que permitia fazermos postagens programadas. Vi isso uma vez, mas nunca coloquei em prática. Se for mesmo possível, acho que farei algumas para a semana. Na pior das hipóteses, tentarei pelo menos a forma mais fácil: Ctrl+C, Ctrl+V. Vamos ver se rola…
Segue aqui outro compacto do pacote. Outro disquinho que vai fazer os amigos dar pulinhos de alegria. Afinal, quem não gosta de Marcos Valle? Eis aqui um compacto duplo que a gente pode comparar com as versões em lps de 70 e 71. Seriam as mesmas? Já a faixa “Berenice”, foi trilha do filme “Lua de mel e amendoim”, de Fernando de Barros e Pedro Carlos Rovai. Acredito que esta música seja exclusiva, me parece ter sido lançada apenas neste compacto. Confiram a raridade em primeira mão 😉
Mutantes – Ao Vivo Em Ribeirão Preto (1978)
Atendendo ao pedido de um dos nossos visitantes, estou postando aqui hoje este ‘bootleg’ de um grupo que insistiu em ser Mutantes, muito por conta de seu guitarrista, Sérgio Dias Baptista. Esta gravação registra o último show do grupo, em 1978, na cidade de Ribeirão Preto. Segundo contam, um tremendo fracasso de público. Era uma época onde as viajadas progressivas da banda já estavam ultrapassadas. Naquela época os Mutantes só conseguiriam sobreviver se escolhessem entre o punk, o metal ou a disco music, pois voltar ao que foram no passado seria ainda mais improvável. Sérgio percebeu que já era hora dele largar as velhas muletas e partir para o vôo solo. Ele foi, mas nunca abandonou a ideia de ressuscitar a velha banda, coisa que aconteceu em 2006 com o show em Londres. Depois, eles continuaram, quer dizer, o Sérgio continuou e mantém acessa a chama com o último discos lançado em 2009, “Haih Or Amortecedor”.
Como eu disse, atendendo à pedidos, dei uma melhorada no som (melhorou?) e criei a capinha, que é o que ficou melhor. Ainda hoje eu postarei algum compacto, como prometido. Aguardem…
Os Pequenos Cantores da Guanabara – Vozes Da Cidade Maravilhosa (1962)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! A ideia de postarmos mais alguns compactos parece ser bem apreciada. Vamos ver se na próxima semana eu consigo preparar outros do pacote que comentei. Por enquanto, deixa eu por em dia algumas pendências, que por certo agradarão da mesma forma.
Tenho aqui um lp dOs Pequenos Cantores da Guanabara, um vocal formado por alunos, meninos de 9 a 14 anos, do Colégio Salesiano, do Rio de Janeiro. O coral nasceu em 1958, fundado pelo padre da escola, João Bedeschi. O grupo se tornou muito popular, fazendo apresentações por diversas cidades do Brasil, na televisão e no rádio. Influenciaram diversos outro grupos musicais estudantis. Gravaram diversos discos ao longo dos anos, mantendo sempre renovada as suas vozes com a entrada de novos alunos cantores. Em “Vozes da Cidade Maravilhosa” temos doze temas inspirados. Músicas escolhidas a dedo e interpretadas com um profissionalismo, hoje em dia difícil de comparar. No repertório, além de grandes sucessos da nossa música popular, destaco as composições do Padre Ralfy Mendes, são geniais. Gostaria até de saber um pouco mais sobre ele. Será que tem outras composições? E os meninos, heim? Vejam só que beleza… cantam muito bem 🙂
Johnny Alf – Compacto (1972)
Olás! Olha só o que eu achei aqui… Nem me lembrava mais desse disquinho. Na verdade nem me dei conta de um envelope escondido na estante, atrás dos lps. Eram alguns compactos daqueles em embalagens chamadas de ‘sanduiches’, onde a capa vem envolvida por um plástico. Eram muito comuns nos anos 60, principalmente nos lps. Me parece até que era patenteada, uma exclusividade da Odeon, embora existam discos assim de outras gravadoras, como a Som Livre. Fiquei rindo atoa com esse achado. Eu havia separado os disquinhos para um colecionador. Como o cara não me procurou mais, acabei deixando o embrulho no limbo.
Esse compacto do Johnny Alf eu ainda não tive tempo de ouvir e comparar as músicas com as gravadas em lps. Geralmente sempre encontramos uma gravação diferente, uma versão para os compactos. Por vezes até músicas que não chegaram a entrar nos álbuns. Seria o caso desse? Eu acho que sim 😉 Mas vamos conferir juntos…
Zimbo Trio – Fianca (1981)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui estamos em mais uma sexta feira, dia do disco/artista independente. Como ando cada vez mais sem tempo, ainda não tive como preparar os discos de artistas independentes que me são enviados. Estou lançando mão do que já tenho pronto, na ponta da agulha. Hoje, por exemplo, iremos com este álbum do Zimbo Trio, criado especialmente como brinde de fim de ano pela Fiança, na época das ‘vacas gordas’, quando eles podiam se dar ao luxo de presentear seus clientes e parceiros com álbuns exclusivos. O que eu não sei ao certo é se essas gravações do Zimbo foram feitas com a mesma exclusividade. Normalmente, para discos promocionais e de brindes como este, o que temos são coletâneas, faixas extraídas de outros álbuns. Aqui, eu não saberia confirmar, embora no texto do encarte, como vocês poderão ler, nos passe essa ideia. Independente de qualquer coisa, temos aqui um disco de música instrumental da melhor qualidade. Estou vendo aqui agora que o mesmo disco já foi postado no Loronix. Se soubesse disso antes teria escolhido outro. Mas baixei e vi que o meu está mais completo. Duvidam? Então confiram… 😉
Victor Assis Brasil Quarteto – Pedrinho (1979)
O dia hoje é chuva só. Bom para ficar em casa, tomando um vinho e ouvindo um jazz. No que depender de mim, vou logo providenciando a trilha musical e de quebra atendendo aos pedidos. Vamos com o Victor Assis Brasil Quarteto, disco do saxofonista acompanhado pelo piano e vibrafone de Jota Moraes, Paulo Russo no contrabaixo e o americano Ted Moore na bateria. Este é mais um desses álbuns que eu sinto não ser duplo, ou tripo. Bom demais…
II Festival Internacional Da Canção Popular (1967)
Olá amigos cultos e ocultos! Como nesta semana eu já andei postando um disco de Festival, acho que vou mandar outro para vocês. Segue aqui um raríssimo e esperado exemplar do II Festival Internacional da Canção Popular, edição Rio, de 1967. Este álbum, com certeza, vai fazer muita gente dar pulinhos da alegria. Temos aqui momentos realmente memoráveis que jamais voltaram a ser vistos e principalmente ouvido pela grande maioria. Eu mesmo, que tenho o disco a tanto tempo, já faz um tempão que não o ouço. As vezes a gente precisa dar uma geral nas estantes de discos. Fico aqui matutando, tem discos que eu não escuto faz tempo. É, mas mesmo que eu quisesse… nem que eu tivesse mais 100 anos de vida, acho que não daria tempo de ouvir tudo. Por isso eu vivo numa constante overdose musical. No dia em que eu acabar de digitalizar todos os meus discos (hoje por volta de 6 terabites, com backup!), acho que não saberei o que fazer depois. Mas tenho a certeza de uma coisa, terei uma tremenda discoteca digital, capaz de suprir os mais variados gostos. Se um dia a música no mundo desaparecer, podem me procurar, eu tenho tudo guardado 😉 Como eu disse uma vez ao Zecaloro, eu não tenho só os meus, tenho também os seus 😉 e os de outros blogs que fazem um bom serviço completo. Meu alvo principal é sempre a música/disco fora de catálogo. São dos esquecidos é que precisamos nos lembrar e preservar. O novo terá o seu amanhã.
Bom, mas falando do álbum do dia, confesso estar um pouco confuso. Me lembrei agora que já havia postado um outro disco deste II Festival em maio do ano passado. Essas histórias de festivais bagunçam a minha cabeça, principalmente porque há discos que foram lançados com músicas de um determinado festival, mas necessariamente não são as representativas ou as que chegaram à final. No caso específico deste lp, as músicas e artistas não correspondem aos apontados com finalistas ou vencedores. Há, por exemplo, quatro faixas com a Gracinha Leporace. Será que ela defendeu essas quatro músicas no festival? Não estou bem certo e nem quero procurar agora essa informação. Vou deixar essa questão em aberto para ver se algum dos amigos cultos e ocultos esclarecem as coisas. As vezes é bom ter comentários que vão além, pertinentes ao disco postado e que complementam a informação. Me sinto mais motivado quando percebo esse interesse. Falem, Zuzas!
Tavinho Moura (1980)
Bom dia! Há três anos atrás eu postei aqui um disco do Tavinho Moura, na verdade o seu primeiro lp. Naquele início do blog eu ainda não estava muito certo se o levaria a diante ou não, as coisas seguiam meio sem propósito e o meu envolvimento era apenas superficial. Acabei deixando de falar um pouco sobre esse artista mineiro que eu gosto tanto.
Tavinho, para os que não o conhece, é um compositor mineiro, nascido lá em Juiz de Fora, mas criado em Belo Horizonte. É um artista da geração do pessoal do Clube da Esquina. Aliás, um membro do grupo, pois na adolescência ele já corria com sua bicicleta pelos lados de Santa Tereza e o Horto. Conheceu nessa época Toninho Horta, Nelson Angelo, Milton e os irmãos Borges. Dessa convivência só podia mesmo render frutos musicais. Tavinho já arranhava o violão e fazia lá as suas composições. Trabalhou inicialmente fazendo trilhas sonoras. Da convivência com o Clube da Esquina nasceu muita música e parcerias. Só veio a gravar seu primeiro disco no final dos anos 70 pela RCA. Um disco com cara de estréia, muito bem feito e que lhe rendeu boas críticas. Em seguida veio este, sem um título, apenas com o seu nome estampado. Eu, sinceramente, não sei qual é o melhor, gosto de todos os dois. Acho até que são muito parecidos, uma sequência do primeiro trabalho. Neste álbum praticamente quase todas as faixas são de sua autoria ou parcerias com Fernando Brant, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, além do ótimo poema musicado de Carlos Drummond de Andrade, “Cabaré mineiro”. De quebra, ainda temos sua interpretação de “A página do relâmpago elétrico”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Taí, um disco que um trem bão demais. Não deixem de conferir… 😉
IV Festival De Música Popular Brasileira Vol. 1 (1968)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Começamos a semana bem, relembrando a ‘Era dos Festivais’. Há algum tempo atrás eu pensei em juntar todos os discos relativos aos Festivais, da década de 60 a 80 e postá-los no Toque Musical. Acontece que sempre falta um ou outro e além do mais se eu fosse entrar nessa, ficaria um mês inteiro só falando sobre o assunto. Por outro lado, já existe um blog especializado no assunto. Daí, prefiro ir de vez em quando postando os meus sem necessariamente ter que seguir uma ordem.
Tenho aqui o volume 1 do IV Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Record de São Paulo em 1968. Como disse bem Zuza Homem de Mello em seu livro “A Era dos Festivais”, o ano de 1968 foi marcado por uma fase de transição, “a Era dos Festivais entrava em sua curva descendente”. Os militares no poder, a Tropicália, o AI-5, Gil e Caetano presos, a perseguição política, os exilados… Era um momento político conturbado onde este 4º festival aconteceu. Terminaria aí a sua fase contestadora. Os Festivais que viriam depois já não teriam esse perfil.
No presente álbum temos relacionadas doze músicas classificadas…