Taiguara – Carne E Osso (1971)

Bom dia, boa tarde, boa noite… Hoje o nosso encontro é com o Taiguara. É a terceira vez que posto um disco dele no Toque Musical. Estou trazendo este álbum porque é outro que fez parte de bons momentos da minha vida.
Um dos artistas mais visados pela repressão do governo militar, foi sem dúvida o Taiguara. “Carne e Osso”, seu primeiro álbum barrado pela censura, trazia entre outras a faixa “A ilha”, condenada por tratar-se de uma referência à ilha de Fidel, Cuba. O disco antes de ser lançado foi todo picotado, retalhado pelos censores. O que mais deixava os milicos putos da vida era a forma como Taiguara compunha suas letras, mesclando o romântico com o revolucionário, criando analogias que muitas vezes eram feitas pelos próprios censores ou outros artistas que interpretavam suas músicas. Podemos perceber isso na faixa final “Sarro de 30 segundos”. Um sarro mesmo – que ele tira da cara da censura e dos diretores da Odeon. São trinta segundos onde nos é apresentado um tema instrumental, um balanço intencionalmente agradável que nos 30 segundos é cortado abruptamente. Fica na gente aquela sensação ruim, provavelmente semelhante a que ele sentiu quando suas composições passaram pela tesoura.
Este disco foi relançado em cd e me parece que até já foi postado em outros blogs. Independente disso, vou postando o meu também. Podem chegar porque está completo, com direito inclusive de um bônus final.

berço de marcela
virgem dos olhos de vidro
momento do amor
bicicletas
carne e osso
no colo da nuvem
amanda
a ilha
sarro de 30″
sarro de 30″ + 30″ finais

Geraldo Vandré – Canto Geral (1968)

Indo e vindo, aqui vamos nós começando a semana. Vocês não podem imaginar como isso aqui é terapêutico. Tenho nos últimos dias andado meio deprimido e a única coisa que me põe pra cima é este blog. O Toque Musical é minha redenção. E olha que nem é só pela interação que ele me proporciona junto a vocês, meus visitantes. É também pelo prazer de ver e fazer o que eu gosto. De ressuscitar o meu passado, relembrar bons momentos. De estar comigo mesmo. De chorar ou sorrir se me convém, sem ter que dar satisfação aos outros. As vezes eu fico meio assim, melancólico e deprimido, mas não vou deixar a peteca cair! Desculpem-me o desabafo…
O disco de hoje é dedicado aos setembrinos como eu e como o Geraldo Vandré. Na verdade eu havia pensado em postar este álbum no dia 12, aniversário deste grande artista, mas como não sei o que vai ser do dia de amanhã, vou logo curar minha ânsia.
Então, temos pra já o maravilhoso “Canto Geral”, que eu considero com um de seus melhores trabalhos. Este disco é mais conhecido por outra capa, a segunda de relançamento. Por sinal, muito mais significativa que esta, onde vemos nas cores verde e amarelo, respectivamente, o gado e o povo entre o título “Canto Geral” em vermelho. Mas mesmo com toda a representação, eu ainda prefiro a orignal. É muito mais bonita, né não? 🙂 Salve Babaya!

terra plana
companheira
maria rita
de serra de terra e de mar
cantiga brava
ventania
o plantador
joão e maria
arueira
guerrilheira