Vitrine Odeon – Vários (1958)

Para esta noite de sábado estou trazendo mais algumas coisas raras e muito interessantes. Temos aqui um álbum promocional da Odeon. Uma coletânea com alguns de seus artistas num raro exemplar, onde são mostradas as qualidades da recém-chegada Hi-Fi (Alta Fidelidade) no Brasil. O disquinho tem de um lado faixas de alguns de seus discos com a nova tecnologia e do outro uma apresentação narrada por Aloysio de Oliveira, comparando e mostrando as vantagens desse sistema. No pacote vem incluído (como de praxe) os encartes e selo. A data deste álbum foi colocada com 1958, mas eu não posso garantir. Não encontrei nenhuma informação a esse respeito. Mas deve ser mesmo por aí…
Lado A
adeus maria fulô – léo peracchi & sua orquestra
chatanooga choo choo – aloysio de oliveira e seu bando da lua
rouxinol alegre – steve bernard e seu conjunto
X-9 – conjunto brasil sonoro
Lado B
uma breve história em alta fidelidade – aloysio de oliveira:
flor do mal
se você jurar
rato, rato…
aquarela do brasil

Carmen Miranda – A Nossa Carmem Miranda (1965)

Volto agora para o segundo tempo da noite. Desta vez com a própria estrela, a nossa Carmen Miranda. Neste lp lançado em 1965, temos uma coletânea de gravações originais de 1935 à 1941. Praticamente, temos aqui condensados os seus melhores momentos no Brasil. Este é mais um discão que eu recomendo…
adeus batucada
recenseamento
escrevi um bilhetinho
cabaret no morro
minha terra tem palmeiras
o samba e o tango
voltei pro morro
uva de caminhão
casaquinho de tricot
quando eu penso na bahia (com Silvio Caldas)
polichinelo
imperador do samba

Carolina Cardoso de Menezes – Lembrando Carmen Miranda (1957)

Acho que com este disco da Carolina Cardoso de Menezes eu encerro minhas homenagens à esta exemplar pianista. Confesso que até pouco tempo eu não me interessava por esta artista, até o dia em que pude ouvir com calma “Sucessos em desfile”, Vol. 1 e 2, ambos postados aqui. Não sou um ‘entendedor’ de técnicas musicais, mas a maneira como Carolina toca me impressionou. Para aqueles como eu que também não se tocaram… recomendo! Falando em homenagens, vamos a mais uma… Que tal uma Carmen Miranda instrumental? Disquinho bacana recheado de clássicos do repertório da ‘pequena notável’. Este não podia faltar, confiram este toque!
alô, alô…
adeus batucada
boneca de pixe
o que é que a baiana tem
diz que tem
bamboleô
cachorro vira-lata
uva de caminhão

Leny Eversong – A Voz de Leny Eversong (1957)

Para completar a noite, temos aqui um disquinho, que embora cheio de estalos, como é comum em discos com mais de 50 anos, vale a pena ouvir e conferir na voz versátil e poderosa desta cantora e compositora. Leny, por muitos anos fez parte de um seleto grupo de intérpretes com passaporte internacional. Ela cantava em diversos idiomas o que lhe garantia a atenção e o respeito inclusive fora do país.
Estou sentido que começo a variar. O sono chegou com força e meu raciocínio foi a nocaute. Antes que eu apague de vez, encerro por aqui. Quem quizer saber mais sobre este lp, sugiro que leiao verso do mesmo. Eu por hoje cansei… Zzz…
.
lamento tupi
canto afro-cubano
na baixa do sapateiro
mâe de ouro
jezebel
otinderê
canta brasil, aquarela do brasil

Dilermando Reis – Solista De Violão (1956)

Um dos contadores de acesso mais completos e interessantes que conheço é o NeoCounter. Instalei ele em agosto do ano passado e até então eu não havia tido problemas. Mas como sempre, tudo que é ‘free’, acaba se tornando um investimento inseguro. Meu velho contador NeoCounter, acho que foi pro saco (que saco!). Dessa foram me vi obrigado a recorrer a um contador alternativo. Vamos ver no que dá…
Hoje temos aqui um outro instrumentista, desta vez das cordas, o violonista e compositor Dilermando Reis. Neste álbum, de 56 ele, temos um repertório rico em suas oito faixas, que por certo irá agradar não apenas os ‘tocadores de violão’, mas todo um publico que sabe dar o valor à um dos nossos melhores artista do violão. Espero que todos apreciem este mini-lp como o fizeram com a mesma sêde em um outro postado aqui.

sons de carrilhões
abismo de rosas
magoado
noites de lua
adelita
tristesse
sonata ao luar
ruas de hespanha

Carolina Cardoso de Menezes – Interpreta Ernesto Nazareth (1955)

Para fechar, principalmente os meus olhos que já estão ardendo de sono, vamos com mais uma maravilha da discografia de Carolina. Não preciso me extender, a capa fala por si. Um trabalho primoroso, que com certeza Ernesto Nazareth aprovou lá do céu.
Como estou num semi-sono não vou nem falar sobre o Ernesto Nazerth. Fica para uma próxima ou quem sabe amanhã eu completo… Zzz…
odeon
tenebroso
escorregando
garoto
brejeiro
turbilhão de beijos
escovado
coração que sente

Carolina Cardoso de Menezes – Sucessos Em Desfile N. 2 (1955)

Definitivamente, não consigo achar um horário mais cedo para fazer as minhas postagens. Acabo sempre fazendo tudo no último momento. E como sempre, caíndo pelas tabelas de tanto sono.
Mas antes que eu me perca os braços de Morfeu ou sobre o teclado, vamos à dobradinha da noite. Como eu já havia postado “Sucessos em desfile n. 1”, agora é a vez do número 2. Também um excelente disco desta pianista e compositora, que ao meu ver, continua atualíssima. Sua música não soa como alguma coisa antiga. Se jeito no piano é cheio de personalidade, reparem…
na pavuna
pomba gira
me leva seu rafael
cabelos brancos
camisa listada
atire a primeira pedra
com que roupa
é com esse que eu vou

Silvio Caldas (1956) REPOST

Olha aí Sílvio, na ‘calda’ deste cometa, segue agora um 10 polegadas também bacanão. Este foi o seu primeiro lp pela Columbia, reunindo alguns de seus, para época, recentes trabalhos lançados em 78rpm. Silvio Caldas foi um artista singular. Um homem de pés no chão e uma cabeça que voava por muitos céus. Em sua vida, sempre soube lidar com o lado artístico-profissional e o pessoal. Durante sua jornada de vida, esteve envolvido em diversos projetos pessoais, se afastando as vezes da vida artística. Mas nunca deixou o barco à deriva, voltando sempre e encantando com sua arte. Foi um dos poucos cantores sem rival e um compositor sempre muito ativo. O que fez dele um dos mais queridos e lembrados artistas da música brasileira. Não é atoa que o Toque Musical tem trazido alguns de seus discos.
são francisco
turca do meu brasil
se eu pudesse
perfil de são paulo
pierrot
mágua
jangada
vivo em paz

Silvio Caldas – Serenata (1957)

Estou precisando começar essas postagens mais cedo. Normalmente as tenho feito na útima hora do dia e quase sempre ‘babando’ de sono. Isto afeta o meu raciocínio e eu acabo ‘trocando as bolas’. Ontem foi bem assim… Felizmente fui alertado do erro e de imediato fiz a correção. Assim, em gratidão ao um Silvio, vou trazendo outros dois 🙂
Para esta noite e pela semana vamos como mais alguns microgrooves interessantes. Começo com este lp de 12, gravado pela Columbia em 57. Este disco é bem bancana, com um repertório recheado de sucessos. Na capa ele aparece tocando o violão que recebeu de JK. Na contra-capa há também outras fotos, inclusive uma com o ‘presidente bossa nova’ (ou presidente seresteiro?), recebendo o tal violão.

serenata
viva meu samba
há um segredo em teus cabelos
a única rima
poema dos olhos da amada
porto dos casais
feitio do coração
maringá
meu segredo
quase que eu disse
fita amarela
dona da minha vontade

Zilá Fonseca (1956)

Aproveitando a ‘dobradinha’ com Cauby, nada melhor do que Zilá Fonseca, afinal os dois intérpretes já haviam atuado juntos em 1954, no bolero “Vaya com Dios”, de Russel, James e Pepper, com versão de Joubert de Carvalho. Embora pouco lembrada, Zilá foi uma cantora do rádio tão popular quanto as que hoje ainda lembramos e nesta época fazia muito sucesso, chegando a ser a segunda cantora mais votada como a Rainha do Rádio em 1957. Acredito que ela foi perdendo o seu carisma, quando ainda na primeira medade dos anos 60, deixou de gravar, limitando também suas apresentações. Foi aos poucos caindo no esquecimento. Seu nome verdadeiro era Iolanda Ribeiro Angarano.
contigo
dois estranhos
conflito
desamparada
se valsarmos outra vez
sonhei
dissimuladamente
sob o cèu de paris

Cauby Peixoto – Ouvindo Cauby (1957)

Ontem postei dois discos do Cauby, mas depois me lembrei que havia um terceiro. Justamente o que mais gosto dos três e por essa mesma razão, ficou especialmente para hoje, numa dobradinha que vem logo em seguida…
Este lp de 10 polegadas foi seu primeiro pela RCA, reunindo clássicos que fizeram sucesso em seus bolachões de 78rpm. Na época do lançamento do disquinho, “A Voz” estava se transferindo da Rádio Nacional para a Tupi. Gravou um 78 com a música “Nono mandamento”, de René Bittencourt e Raul Sampaio que se tornou um novo sucesso em sua carreira. Ainda em 57 ele participou de alguns filmes, interpretando canções que também se tornaram sucesso. Vamos então, mais uma vez, ouvir Cauby Peixoto. … e tá dado o toque! (com a devida correção)
Obrigado Silvio!
nada além
chora cavaquinho
deusa da minha rua
serenata
as três lágrimas
flor do asfalto
na aldeia
pastorinhas

Cauby Peixoto – O Show Vai Começar (1956)

O segundo Cauby da noite é também um lp de 1956. “O show vai começar” é um disquinho bem variado em suas oito faixas. Temos samba, fox, bolero… Herivelton Martins, Haroldo de Almeida, René Bittencourt e até o Ibrain Suede. Quer mais?
Este lp, me parece, foi o primeiro com repertório gravado exclusivamente no modelo 33rpm. A partir dos meados da década de 50 os ‘microgrooves’ de 10 polegadas começaram a tomar conta do pedaço. Estava chegando ao fim a era dos bolações pesados. Entrava em cena um outro valor agregado ao disco, a capa e a arte desta, que se tornou um fator importantíssimo na conquista do ouvinte. Não é atoa que nosso lema aqui no TM é ouvir os discos com outros olhos.
Bom, vamos parar por aqui, pois o show vai começar…

volta ao passado
acaso
abandonado
amor não é brinquedo
se adormeço
piano velho
apenas um sonho
prece de amor

Cauby Peixoto – Canção Do Rouxinol (1956)

Entre alguns diversos títulos que estou tendo a oportunidade de postar, escolhi para esta noite de domingo um dos cantores mais querido e atuante da música brasileira, o impagável Cauby Peixoto. Farei como ontem, postarei dois disco hoje. Acho que ninguém vai se importar, não é mesmo? Afinal ninguém comentou nada nas últimas 24 horas. Quem cala concente, diz o ditado.
Aqui temos o segundo lp de Cauby pela Columbia, reunindo alguns de seus sucessos gravados no bolochão de 78rpm entre os anos de 54 e 55. Eu, pessoalmente, acho muito boa a faixa “Mambo do galinho”, formidável!

ci-ciu-ci, canção do rouxinol
tarde fria
esperei por você
tu, só tu
amor cigano
só desejo você
superstição
mambo do galinho

Solistas Populares (1957)

Na dobradinha da noite, aqui vai mais um disquinho bacana. Uma seleção da Odeon para seus artistas instrumentistas. Uma pequena coletânea para adoçar a boca, lançada possivelmente em 1957. Fazem parte deste lp os seguintes artistas e músicas na ordem das faixas:
Carolina Cardoso de Menezes (piano) – uma farra em campo grande
Roberto Ferri (solovox) – ho!
Mário Gennari Filho (acordeon) – baía com h
Portinho (sax alto) – folhas soltas
Garoto (banjo) – polquinha sapeca
Raul de Barros (trombone) – amanhecendo
Garoto (guitarra) – choro triste
Aimê Vereck (ocarina) – maquininha

Os Copacabana Orquestra – Os Copacabana (1953)

No embalo dos disquinhos de 10 polegadas, vou nesta noite trazendo dois álbuns para a alegria de vocês. Começarei com “Os Copacabana Orquestra”, um grupo criado em 1947 por músicos integrantes da orquestra que atuava na boate “Meia Noite” do Copacabana Palace. Este grupo, formado por oito músicos, esteve presente em diversas casas noturnas do Rio e SP. Também acompanharam diversos e famosos cantores da época em estúdio e rádio.
Uma curiosidade que me chamou a atenção: entre seus componentes (no disco só consta o primeiro nome dos músicos) temos ao piano um tal Vadico. Seria este o lendário Vadico, compositor e parceiro de Noel Rosa? Respeitado instrumentista brasileiro, convidado por Walt Disney para compor a trilha do desenho do Zé Carioca? Fiquei na dúvida e fui checar em sua biografia. Estranho… não constava nada à respeito dOs Copacabana. Nem mesmo uma única referência. Seria o mesmo? Acredito que sim, mas deixo em aberto esta questão. Alguém quer comentar?

está chegando a hora
choro n. 3
chorinho na gafieira
sonâmbulo
a little more of your amor
baseado
jura
se acaso você chegasse

Elizete Cardoso – Cançôes Á Meia Luz (1955)

Eu estava pronto, quase saíndo para uma festa quando me lembrei do blog. Antes que eu não chegue a tempo ou em condições para esta postagem da dia, vamos a ela rapidinho.
Aos apreciadores da grande Elizeth Cardoso como eu, trago nesta noite um álbum de 1955, com poucas e boas. São oito faixas românticas, num repertório que entre outros tem composições de Dorival Caymmi, Antonio Maria e Radamés Gnattali… Divirtam-se daí que eu irei me divertir do lado de cá. Boa festa para mim! Tchau!

canção da volta
nunca mais
memórias
só você… mais nada
linda flor
se o tempo entendesse
caminha
pra que me iludir

Waldir Calmon – Para Ouvir Amando (1955)

Ainda empolgado com a beleza das capas dos discos da década de 50, estou trazendo agora este do Waldir Calmon. Olhem só essa arte, simplesmente outra maravilha! Tudo a ver com uma época de ouro. Me faz lembrar aquelas, também antigas, revistas de romance-policial e coisas do gênero. Eu não sou dessa época, mas trago uma forte simpatia por esses tempos. Herdei muitas visões através de livros, discos, revistas e outras estórias que mesmo hoje continuam presentes. Se não fosse por esta bela capa, com certeza, este álbum eu não teria postado. Visualmente o vinil me pareceu intocável, devido a uma infinidade de arranhões. Por sorte um amigo me fez o favor de tratá-lo, conseguindo bons resultados através do Sound Forge, um programa básico para edição sonora. Nessa brincadeira ele resolveu dar um toque musical particular muito curioso, incluindo de bônus um outro lado B (alternativo), temperado com gemidos ao fundo. Segundo ele, se é para ouvir amando, um incentivozinho pode até ajudar (hehehe…).
O Waldir Calmon foi um dos precursores no Brasil dos álbuns em faixas únicas, ininterruptas, eternizando nos acetatos o som que produzia nas boates de então e também adequados a animar festas, sem paradas constantes. Isso também faz sentido para os momentos de amor – para não se perder o pique… (ups!)
ruby
if i give my heart to you
contigo enla distancia
este amor selvaje
quase
coisas do amor
there goes my heart
three coins in the fountain
sinceridad
no other love
ocultei
brigas de amor