Tito Madi – Quero-te Assim (1959)

Olá a todos! Hoje, como estou muito bem disposto, pretendo postar dois discos para embalar o sábado dos amigos. Começo atendendo a um pedido prá lá de especial e que por sorte estava na mão. Meu caro amigo Luizinho, a felicidade hoje é sua, pode matar saudades…
Temos então para iniciar, Tito Madi neste disco lançado pela Continental em 1959. Um álbum romântico e com muita classe. O repertório tem compositores variados e apenas a faixa título é de sua autoria. Eu, pessoalmente gosto mais e chamo a atenção para duas das faixas: “O nosso olhar” de Sergio Ricardo e “Além do céu” de Edson Borges e Sidney Morais. Gosto deste lp também pelo instrumental, os arranjos do maestro Radamés Gnattali que dão ao trabalho um toque de classe e riquesa musical. Muito boa pedida!
Quero-te assim (Tito Madi)
Neste mesmo lugar (Armando Cavalcanti – Klécius Caldas)
Caminhando na garoa (Dunga – Nazareno de Brito)
Minha canção do amor (Severino Filho – Alberto Paz)
O nosso olhar (Sergio Ricardo)
Seu nome não é Maria (Nestor de Holanda – Ismael Neto)
Pela rua (Dolores Duran – Ribamar)
Mal entendido (Ivon Cury)
Minha Maria morena (João de Barro – Alcyr Pires Vermelho)
Braços abertos (Norival Reis – Jair Amorim)
Não me condenem (Julio Nagib)
Além do céu (Edson Borges – Sidney Morais)

Orlando Silva – Quando A Saudade Apertar (1961)

Aproveitando os dez mega, vamos traçar nesta sexta-feira mais um vinil bacana. Para combinar com o Chico Alves, um Orlando Silva até que cai bem, né não? Principalmente se for um álbum de carreira. Este lp tem uma capa maravilhosa – a fotografia faz a diferença – uma visão do Rio original, pouco explorada. Aqui, ‘o cantor da multidões’ reafirma seu exito e nos brinda com canções como:

quando a saudade apertar
atira a primeira pedar
o que importa para nós dois a despedida
adeus
cancioneiro
lágrima de homem
espelho do destino
quero voltar aos braços teus
tenho amizade a você
voz do dever
eu sinto vontade de chorar
eu sei

Francisco Alves – O Cantor Eclético (1969)

Eis aí um astro de primeira grandeza. Este cara foi o primeiro e um dos poucos artistas a permanecer, durante toda a sua carreira, no topo do sucesso. Morreu num acidente (?) automobilístico quando ainda estava no auge… sua morte causou comoção nacional. Francisco Alves foi responsável pelo surgimento de diversos artistas, como Orlando Silva. Ajudou também a consagrar diversos sambistas como Cartola, Heitor dos Prazeres e Ismael Silva. Também era conhecido como Chico Viola, seu codinome fora da Odeon.
Neste álbum, lançado pela Odeon em 1961, temos uma seleção com músicas originalmente gravadas em bolachões de 78rpm, a partir de 1927, indo até 1942. Temos neste disco “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso, numa das versões mais bonitas que já ouvi. Em fevereiro eu havia postado um outro disco semelhante, mas só que eram com gravações pela RCA Victor.

malandrinha
a voz do violão
deusa
cai, cai, balão
feitio do coração
meu romance
que tem você
aquarela do brasil
cidade de são sebastião
esmagando rosas
carnaval da minha vida

Gilberto Alves – E As Valsas Voltaram Vol. 3 (1968)

Boa tarde, meus caros! Hoje eu adiantei o expediente porque estou com a noite ocupadíssima.
E mais uma vez tenho que recorrer a gaveta, pela total falta de tempo… Achei lá no fundão este disco do Gilberto Alves. O cantor já foi apresentado aqui no TM, em janeiro deste ano. Um álbum, como podemos ver, cheio de valsas. Um gênero um tanto envelhecido, mas que também tem sua história e suas qualidades. Eu, infelizmente, só tenho o volume 3. Mas vale a degustação.

a dama de vermelho
por um beijo (terna saudade)
a vida continua
tudo inútil
feliz trovador
mágoa
é sempre hora de amar
meu último luar
valsa para você
falsa felicidade
um sonho para dois
prelúdios de sonatas

Nelson Gonçalves – Noite De Saudade (1961)

Boa noite meus caríssimos. Quero iniciar este post comunicando sobre alguns links desativados. Temos, sem dúvida, alguns vinte e poucos links ‘caducos’. Já foram mais, quase 100, mas de pouco a pouco eles estão sendo renovados, graças aos artistas e amigos que gentilmente aparecem para nos enviar a dica dos ‘tesouros’. Espero que aqueles que ainda não foram atendidos, tenham um pouco mais de paciência e chequem sempre que possível na postagem se o link solicitado já foi reativado. Infelizmente me falta tempo para manter além das postagens diárias, reativação imediata de postagens antigas. Por favor, segurem a onda…
Diante à minha falta de tempo, recorro novamente aos álbuns de gaveta, aqueles reservados para os momentos críticos. Vamos mais uma vez de Nelson Gonçalves, eu sei que todo mundo gosta e aqui no TM já virou tradição. Deixo o complemento para nossos comentaristas. Eu por hoje, já deixei o principal… fiquem a vontade…

Flor do meu bairro (Adelino Moreira)
Maria Pureza (René Bittencourt – Nelson Gonçalves)
Timidez (Adelino Moreira)
Teu disfarce (Adelino Moreira)
Você chegou sorrindo (Luiz Bonfá)
Não quero mais sonhar (Nelson Gonçalves – Adelino Moreira)
Esquece coração (Rubens Soares – Nelson Gonçalves)
Noite de saudade (Adelino Moreira)
Olhos negros (Nelson Gonçalves)
Aquelas mãos (Aldacir Louro – Linda Rodrigues)
Que tolo sou eu (Nóbrega de Macedo – José Batista)
Moço (Adelino Moreira)

Carlos Nobre – Tudo É Paz (1964)

Vamos aqui com mais um toque musical… Hoje temos o cantor e compositor Carlos Nobre, “o seresteiro moderno”. Um nome, hoje, pouco lembrado. Iniciou sua carreira nos anos 50. Foi cantor de diversas rádios e gravou vários discos, até os anos 60. Este álbum é de sua fase madura, gravado em 1964. Traz um repertório de sucessos como “Ciclone”, “Amor proibido” e um destaque, “Rosas vermelhas”, um samba de Wilson Batista que aqui é pura bossa.
Infelizmente não consegui informações recentes sobre Carlos Nobre, mas sei que até nos anos 70 ele ainda tinha alguma atuação, depois acabou entrando no ostracismo. Em 2005 lançaram um cd em sua homenagem, intitulado “A voz do ciclone”.


Tempo perdido

(Jair AmorimEvaldo Gouveia)

Tudo é paz

(Marino PintoPernambuco)

Se depender de mim

(Haroldo Eiras)

E o céu desceu entre nós

(Jota SantosAlcyr Pires Vermelho)
Se eu tiver

(J. RibamarDolores Duran)

Pavana para um amor enfermo

(Jair AmorimEvaldo Gouveia)
Ciclone

(Adelino Moreira)

Amor proibido

(Benil SantosRaul Sampaio)
Rosas vermelhas

(Jorge de CastroWilson Batista)
Amor impossível

(Raul SampaioCarlos Nobre)
Ironia

(Adelino Moreira)
Prova de amor

(Benil SantosRaul Sampaio)


Caymmi Visita Tom – E Leva Seus Filhos Nana, Dori E Danilo (1964)

Extra! Extra! Olhem só a boa notícia chegando… Comprei hoje este disco pela incrível bagatela de 3 reais! Isso mesmo, 3 reais por um álbum original que nunca havia sido tocado por uma agulha. Não pude nem acreditar na hora que vi o disco naquele sebo, entre outros títulos pouco convidativos. Foi divertido, o dono do ‘topa-tudo’ achou que eu estava mais interessado nos discos surrados de funk que ele tinha por lá. Eu já de olho neste álbum da Elenco, dei uma de raposa com as uvas. No final, pedi a ele que separasse algumas daquelas suas ‘jóias’, com a desculpa de que iria ao banco buscar mais dinheiro para comprá-los. Por garantia e como prova da minha boa fé, paguei de imediato, três reais pelo Caymmi. Na hora, nem eu entendi bem essa minha proposta. Mas funcionou direitinho. Saí de lá vitorioso. Valeu o dia! E… qualquer dia eu volto por lá… Nesta, indiretamente vocês também saíram ganhado, não é mesmo?
Este álbum nasceu de um encontro articulado por Aloysio de Oliveira, entre Dorival Caymmi e Tom Jobim. Um encontro musical despretensioso, de uma rara e singela beleza. Nele participam também toda a família Caymmi, inclusive Stella, esposa de Dorival. O disco ainda conta com o apoio e participação de Sergio Barroso no contrabaixo e dos bateristas Dom Um Romão e Edison Machado. Um lp singular, um álbum histórico!

… das rosas
só tinha de ser com você
inútil paisagem
vai de vez
canção da noiva
saudades da bahia
tristeza de nós dois
berimbau
sem você

Elizeth Cardoso – Preciso Aprender A Ser Só (1972)

Com este álbum duplo da grande Elizeth Cardoso, eu dou por encerrada a semana dedicada às cantoras. Não tenho dúvida de que uma semana foi um período muito curto para listarmos o imenso número de ótimas intérpretes que temos por aqui. Mas vamos dar uma pausa, trazer outros artistas e outras propostas musicais. Fecho então a semana com uma da minhas prediletas, Elizeth, num álbum que merece… Este lp, um álbum duplo luxuoso com capa de Augusto Rodrigues – coisa rara na MPB mesmo para uma grande artista como Elizeth – foi produzido por Erlon Chaves e Moacyr Silva. Entre tantas, o disco traz a participação especial de Sérgio Bittencourt na faixa “Naquela mesa”, de sua autoria, cantada em dupla com Elizeth. Confiram mais essa jóia…

elizeth
meiga presença
o pranto deste mundo
preciso aprender a ser só
catimbó
abc da vida
olha quem chega
um pequeno nada
naquela mesa
partido baixo do partido alto
prá enganar solidão
herança
a volta
o amor acontece
preciso aprender a ser só
velho amor
samba da cabrocha bamba
primavera (we could be flying)
amor de carnaval
a agua e a pedra
nova raiz
vou por aí
última forma
preciso aprender a ser só

Lia Salgado – Interpretando Autores Brasileiros (1959)

Neste fim de semana, acabei ficando mais atarefado em consequência do feriado do dia 22. Quase não tive tempo para o Toque Musical, mas não deixei de fazer as postagem diária (pelo menos uma). Hoje, sábado, estou mais folgado e aproveito a manhã ensolarada para começar…
Fugindo um pouco da proposta da semana, estou trazendo aqui uma cantora lírica. Por certo, apesar do estilo, esta também não deixa de ser uma intérprete brasileira. Um dos maiores nomes na música de câmara, hoje lembrada apenas num pequeno círculo musical. Lia Salgado foi talvez o nome mais expressivo, como intérprete da música erudita nos anos 50 e 60. Solista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do RJ e da Sinfônica de Belo Horizonte, Lia também atuou nas mais importantes obras de gêneros camerístico, lírico e coral da época. Foi casada com o médico Clóvis Salgado, figura de destaque na medicina, artes e política mineira. Clóvis Salgado foi vice-governador, governador e ministro da Educação e Cultura na fase de Juscelino Kubitschek.
O disco que apresento desta cantora, vale a pena conferir não apenas por se tratar de um álbum antigo e raro, mas também pelo seu conteúdo musical. Neste, ela interpreta alguns dos maiores compositores brasileiros do gênero. Temos aqui obras de Villa Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandes, Alceu Bocchino e Camargo Guarnieri. Dos compositores apresentados nesta coletânea, temos ao piano, acompanhando a cantora – de um lado, Camargo Guarnieri e do outro Alceu Bocchino. Este é um álbum, no mínimo, histórico. Merece também um toque musical!

evocação (villa lobos e silvio salema)
vida formosa (villa lobos)
toada pra você (lorenzo fernandes e mario de andrade)
meu coração (lorenzo fernandes e j.b.mello souza)
cantigas de ninar (alceu bocchino e glauco de sá brito)
o doce nome de você (francisco mignone e joão guimarães)
cadê minha pomba rôla (amb. de camargo guarnieri)
viola quebrada (camargo guarnieri e mario de andrade)
eu gosto de você (camargo guarnieri e suzanna campos)
prelúdio n.2 (camamrgo guarnieri e guilherme de almeida)
meus pecados (camargo guarnieri e celso brant)
porque (camargo guarnieri)
não fales por favor (camargo guarnieri e suzanna campos)
quebra o côco menina (camargo guarnieri e juvenal galeno)
aceitei tua amizade (camargo guarnieri e suzanna campos)
porque estás sempre comigo(camargo guarnieri e suzanna campos)

Isaura Garcia – Sempre Personalíssima (1959)

Completando a ‘dobradinha’, tenho aqui mais um ‘mimo’, recompensando o mal entendido da primeira de hoje. Este é para ser perdoado. Tenho certeza que vocês irão apreciar. Temos aqui, Isaura Garcia, num disco importante de sua carreira. Gravado em 1959, este álbum conta com a participação do marido, Walter Wanderley e seu conjunto. O repertório é bem agradável com músicas de Ted Moreno, Haroldo Barbosa, Billy Blanco e Tom Jobim com “Meditação” – musica esta que viria meses depois a adquirir a versão definitiva na voz e violão de João Gilberto. Mas vamos deixa o João pra lá e ouvir o que mais a ‘Personalíssima’ tem a nos oferecer.

saia do meu caminho
se você viesse
de conversa em conversa
premio de consolação
mensagem
aperto de mão
e daí? (proibição inútil e ilegalP
podei ser eu
meditação
a banca dodistinto
sêde de amor
feiúra não é nada

Nora Ney – Ninguém Me Ama (1960)

Meus caríssimos, retomo esta postagem para corrigir e me desculpar pelo texto que havia anteriormente aqui. Ao apresentar a cantora Nora Ney, acabei sendo um pouco indelicado. Reconheço meu erro e, literalmente, retiro tudo que o disse. O blog é pessoal, mas o acesso é público. Além do mais, quem sou eu tão belo para falar assim?
Nora Ney, ao lado de Dolores Duran e Maysa, foi uma das precurssoras desse estilo “dor de cotovelo”. A música título “Ninguém me ama” de Antonio Maria e Fernando Lobo se tornou um clássico. Mas o disco não é só fossa, tem o samba “Telecoteco n.2” que dá uma levantada no astral. Ouça este toque!

ninguém me ama
felicidade
preconceito
bar da noite
de cigarro em cigarro
menino grande
você nasceu pro mal
saudade mentirosa
telecoteco n.2
contraste
imenso amor
mentira

Lila – A Madrugada Na Voz De Lila (1961)

…E continuando, para compensar o que eu havia dito antes sobre postagens iguais, escolhi este disco, que tenho certeza, ainda não ‘pintou nas bocas’. Quero dizer, ainda não foi postado por nenhum outro blog. E uma das razões para isso é o fato de ser este um disco raro, de uma cantora pouco conhecida. Alguém aqui já ouviu falar em Lila? Eu mesmo, nunca soube… nada além do que temos na contracapa. E o que temos lá não é muito além de uma apresentação da cantora ao público pelo Sylvio Cézar, o qual também contribui no disco como compositor em parceria com Ed Lincoln em três faixas. Descobri que Lila participou do conjunto de Djalma Ferreira, os “Milionários do Ritmo”, fazendo parte no coro feminino. Lila gravou apenas dois discos e sumiu do mapa. As informações sobre ela, com disse, se limitam ao texto da contracapa e se complementa no excelente blog de Domingos Junior, o Please, garçon!, do qual eu agradeço a ‘clareada’. Lá consta uma informação mais detalhada, confiram esses toques!

choro sim
nunca mais
amor perigoso
é gostoso
vai com deus
gota de orvalho
destino
vendaval
olhou pra mim
saudade intrusa
amor de mentirinha
boa noite saudade

Lana Bittencourt – Sambas do Rio (1960)

Boas… Mais uma vez estamos aqui batendo na mesma tecla. Separei alguns álbuns de cantoras dos anos 50 e 60 sem me atinar para o fato dos mesmo já terem sido postados em outros blogs. Se por um lado essa repetição pode ser boa para o público, por permitir alternativas de ‘download’, por outro fica ruim porque ficamos ‘nas mesmas’. Mas seja como for, as bolachas aqui já saíram do forno. Depois desse trabalhão todo, me desculpe, mas vocês vão ter que provar.
Assim, temos para iniciar, um álbum da Lana Bittencourt de 1960. Um disco onde a cantora interpreta composições de Tom Jobim e Luiz Antonio. Pessoalmente, dos álbuns da ‘Internacional’, este é o que eu mais aprecio. Se for do agrado de vocês, postarei outros álbuns dela. Aliás era isso que eu deveria ter feito para não ficarmos ‘nas mesmas’. Outro dia não há de faltar…

Amor amor
Longe é o céu
Poema das mãos
Corcovado
Eu e o Rio
Outra vez
Chorou chorou
Só em teus braços
Estrada do amor
Fotografia
Ri
Este seu olhar

Ellis Regina – Poema De Amor (1962)

Entre as musas, nossa querida “pimentinha” não poderia faltar. Escolhi este disco da Elis por ser o que tem mais a ver com o momento e com a época. Este foi o seu segundo lp, lançado em 62. Ela nesta época não havia completado nem 2o anos e já despontava como uma grande intérprete. Nesses primeiros álbuns a ‘baixinha’ pouco nos faz lembrar a grande cantora que o Brasil viria a conhecer. Hoje, quando escuto a Maria Rita, sinto ecoar a voz de Elis. Dá saudade…
Não faz muito, toda a discografia de Elis Regina foi relançada em cd. Acredito que, sem muito esforço, é possível encontrar este discos nas lojas.

poema
pororó popó
kiss me, kiss me
nos teus lábios
vou comprar um coração
meu pequeno mundo de ilusão
a secretaria
saudade é recordar
pizzicati pizzicato
canção de enganar despedida
confissão
podes voltar

Morgana (1960)

Olá amigos! Começamos a segunda-feira com mais um disco de cantoras. Nesta, temos para começar, Morgana Cintra ou simplesmente Morgana (a fada loira). Eu fiquei na dúvida se postaria ou não este disco, que infelizmente apresenta alguns estalos e chiados. Isso as vezes me incomoda muito. Mas considerando ser este um álbum com mais de 40 anos, somado ao fato de ter entre suas faixas composições de Dolores Duran, Tom Jobim, Cole Porter e a badalada versão para “Hymne a l’amour” de Edith Piaf, resolvi postá-lo.

Morgana foi uma cantora de formação lírica. Ingressou na música popular em 1958. Seu sucesso inicial foi a primeira gravação de “Serenata do Adeus”, música que a fez conhecida em todo o território nacional. “Hino ao Amor”, na voz de Morgana Cintra, também conquistou o público, fazendo muito sucesso. Apesar dos ‘estalinhos’, vale a pena ouvir a’fada loira’.

choro por você
este seu olhar
palavras ao vento
conoscerti
bem-te-vi
canção da tristeza
hymne a l’amour
se amor é isso
silêncio
fram this moment
o amor
de tanto acreditar

Dalva De Andrade – Eis Dalva De Andrade (1959)

Na sequência, venho com este álbum, que foi o primeiro lp da Dalva de Andrade, lançado pela Polydor em 1959. O disco traz entre novas uma seleção de músicas em discos de 78 rpm, gravados anteriormente. Não posso afirmar se são as mesmas gravações, acredito que sim. Os arranjos, orquestração e direção musical são do maestro Peruzzi. Os destaques ficam por conta da composições de Tom Jobim com Vinícius de Moraes e Aloysio de Oliveira. Dalva iniciou sua carreira no disco em 1955, já gravando dois bolachões. Seu disco mais famoso foi “Serenata Suburbana” de 1960. Sua carreira duraria apenas até os meados dos anos 60, quando por motivo de surdez foi obrigada a afastar-se da vida artística. Toque este toque…

Flamingo
Além do Céu
Brigas Nunca Mais
Sereno
Eu Sei Que Vou Te Amar
É Luxo Só
História
Balada Para Esquecer
Linda Espanha
Vou-me Embora de Ti
Sou Eu
Eu Preciso de Você

Rosana Toledo – Momento Novo (1964)

Começo hoje, no domingo, uma semana dedicada às cantoras. Farei o possível para trazer até vocês dois álbuns por dia (presentão, heim?). Tenho aqui algumas que selecionei e que por certo, entre essas, haverão aquelas que já foram postadas por outros blogs. Mas mesmo assim irei postá-las porque me deu um trabalhão todo o preparo, além de serem os discos que tenho à mão. Eu sinceramente me cansei de ficar checando se um determinado álbum já foi ou não apresentado em outros blogs. Não quero copiar ninguém, apenas colocar no meu blog os discos que gosto, quero ou os que me pedem. Acho que repetir, nessas condições, só faz reforçar a presença. Assim vou começar reforçando a presença de Rosana Toledo, neste álbum que como o título mesmo diz, traz um momento novo, a Bossa Nova. Rosana vem com um repertório recheado de composições finas, inclusive com composições da irmã Maria Helena e do cunhado Luiz Bonfá. Isso sem falar em Bôscoli, Menescal, Jobim e mais… Para fazer esse disco ficar ainda melhor, temos os arranjos e orquestração do maestro Gaya. Um disco realmente muito bom que vale a conferida, para aqueles que ainda não o ouviram.

hoje é dia de amor
inútil paisagem
recomeço
quanto custa amar
a tarde sorriu pra mim
adriana
momento novo
ama
pequeno olhar
mar à mar
encanto triste
só tinha de ser com você

André Penazzi – Orgão… Samba… Percussão (1963)

Para fecharmos o dia e encerramos a noite, vamos no embalo do André Penazzi e seu orgão a la Walter Wanderley (sem querer comparar, claro). Este é o primeiro de uma série de discos gravados por Penazzi entitulado ‘Orgão Samba Percussão’. Estou postando este volume porque acho que ele ainda não apareceu nas bicas. Pessoalmente, eu acho essa série à um passo do bizarro. Algo que me soa tão estranho quanto o Pepeu Gomes solando em sua guitarra o Hino Nacional. Porém, contudo, todavia… gosto não se descute – se comenta ou se lamenta. Hoje em dia eu até que gosto mais. Algumas coisas são como caco de vidro ao sol, quanto mais distante, menos pobre, mais brilhante (putz! essa nasceu agora, de minha lavra!). Eu, nessa altura do campeonato só quero mesmo é comentários. Até amanhã!

samba de madrugada
castiguei
tema do boneco de palha
levanta mangueira
você
e… você não diz nada
mulata assanhada
liberdade demais
samba da minha terra
só vou de mulher
chora pierrot
quero morrer no carnaval

Paulo Marquez – Doutor Em Samba (1959)

Aqui estou, ansiosamente esperado para trazer as novidades… E hoje, boas novas eu trago e espero que sejam inéditas. Tenho aqui este disco que, para quem não conhece, vai ser um toque mais que musical, especial! Podem comentar…
Paulo Marquez é um nome pouco lembrado (ou pouco falado?). Mineiro de Uberaba, este cantor começou sua carreira no final da década de 40 em sua cidade natal. Seu nome verdadeiro era José Marquez. Em Belo Horizonte, trabalhando na Rádio Guarani, adotou por sugestão do radialista Rômulo Paes o nome de Paulo Marquez. Sai do José e caí no Paulo, vai entender…? Seja como for, o cara acabou fazendo-se ouvir para além das montanhas de Minas. E como todo bom artista, acabou indo parar no Rio. Foi por lá, em 1956 que Paulo Marquez gravou seu primeiro disco, um bolachão de 78. Em 1958 grava o primeiro lp pela Columbia “Orgia de Samba”, acompanhado pelo Regional do Canhoto. O disco foi muito bem recebido pelo público e pela crítica. No ano seguinte gravou novamente pela Columbia este que foi o seu segundo e mais importante disco. Não é preciso dizer muito, basta ler na capa e já podemos ter idéia do nível deste trabalho. Composições de Billy Blanco com arranjos e orquestração de Radamés Gnattali.
À propósito, na capa de apresentação deste álbum, coloquei a logomarca do TM apenas para cobrir o selo da loja, que algum infeliz fez o (des)favor de colar. Propaganda aqui, só se for cultural, musical e sem fins lucrativos. Né não? 🙂
.
samba de doutor
obrigado excelencias
camelô
o amor é cego
minha vida com teresa
coringa
na janela do mundo
feiúra não é nada
viva meu samba
estatuto de boite
vaca de presépio

I Festival Nacional De MPB – O Brasil Canta No Rio (1968)

Para que esta sexta-feira não fique com cara de que foi em vão, resolvi incluir mais um álbum, que tenho (quase) certeza de que ainda não foi publicado em nehum outro blog. Espero que os amigos apreciem e também comentem.
Este é álbum oficial do I Festival Nacioanal de MPB – O Brasil canta no Rio – promovido pela TV Excelcior. Aqui estão reunidas as músicas que vieram a ser classificadas no festival, sendo “Modinha” de Sérgio Bittencourt a merecida vencedora. Esta música foi defendida pelo ‘papa-festivais’ Taiguara e depois disso veio a ser gravada por outros inúmeros cantores da MPB, se tornando um clássico desde então. Vale mais do que nunca conferir esta bolacha.
(esta eu peço que aguardem até amanhã, quando já terá saído do forno, ok?)

você passa eu acho graça – clara nunes
ultimatum – marcos valle e anamaria valle
a vez e a voz da paz – taiguara
presente de mãe d’agua – maria creuza
capoeira – joão dias
reza praiana – mary lauria e o grupo de ensaio
modinha – taiguara
berenice – beth carvalho
bloco do eu sozinho – marcos valle
salina – mary lauria e o grupo de ensaio
dia de alegria – pedrinho rodrigues
lema – mauro marcelo

Elizeth Cardoso & Zimbo Trio – De Manhã (1975)

Escolhi este disco com o maior cuidado, esperando estar trazendo alguma velha novidade… qual nada! Só agora me dei conta de que o mesmo já havia sido postado no Loronix. Tenho que ficar atento a isso para não cair na repetição e nem parecer que ando puxando algumas de suas postagens. Coincidentemente temos algumas coisas em comum. Mas procurarei evitar novo ‘remaker’. Hoje, inevitavelmente, irei então reforçar e reafirmar as qualidades deste álbum.
Este lp foi gravado ao vivo na boate Sucata em 1969, em show dirigido por Hermínio Bello de Carvalho num período em que Elizeth e o Trio estiveram juntos participando de diversas turnês pelo Brasil e países da America Latina.
Se você foi desatendo como eu e só agora se tocou da presença deste disco, aproveita então para conferir aqui, com a mesma qualidade e atenção que você encontra por lá…
de manhã
exaltação à bahia
ilusão atoa
travessia
eu disse adeus
zazueira
o conde
de onde vens
casa forte
faixa de cetim
morro
sei lá mangueira

Dick Farney – Copacabana (1969)

Completando o dia, tenho aqui outro Dick Farney e mais uma vez em Copacabana. Este é o título do álbum lançado em 1969 pelo selo MusiColor, uma coletânea que reúne alguns dos melhores momentos de Dick em 78 rpm. Uma oportunidade de ouvir faixas raras que a muito deixarm de tocar no prato. Toquem este toque!

copacabana
ser ou não ser
era ela
luar sobre a guanabara
somos dois
alguém como tu
barqueiro do são francisco
um cantinho e você
ela foi embora
fim de romance
sempre teu
tereza da praia

Dick Farney – Meia Noite Em Copacabana (1965)

Olha aí gente, estreando no Toque Musical, o grande Dick Farney! Temos aqui este disquinho, que espero, seja novidade nos blogs musicais. Eu, até então, ainda não o vi ‘nas bocas’.
Lançado em 1965 pela Elenco, de Aloysio de Oliveira, o álbum não tem título, mas todos o conhece por “Meia noite em Copacabana”. Fez muito sucesso, tendo em duas de suas faixas a participação da ‘sexy-simbol’ nacional Norma Benguell. Não sei se muito graças a Norma, mas eles acabaram lançando também uma versão em compacto com as duas músicas onde ela faz o dueto com Dick. Sem dúvida é um disco muito gostoso de ouvir. Uma bossa sensual…

Você
Vivo sonhando
Meu mundo é você
Pequeno olhar
Hoje é dia de amor
Historinha
Fotografia
Samba de duas notas
Vou por aí
Tristeza de nós dois
Inútil paisagem
One for my baby


Pery Ribeiro, Leny Andrade & Bossa 3 – Gemini V (1965) REPOST

Pronto, aqui vamos com a rapadura (ups!), quero dizer, com a postagem do dia (embora seja a noite). Este disco eu não ia postar, mas devido a falta de tempo, tive que apelar para os meus, já famosos, “álbuns de gaveta”. Quando se trata de Bossa Nova, fica difícil achar alguma coisa que nosso amigo Zeca Loro já não tenha nos apresentado. De qualquer forma, vai aqui a minha versão. Vamos nessa bossa para não ficar na fossa…
Um grande disco que registra ao vivo as performaces de Pery Ribeiro, Leny Andrade e o Bossa Três em show idealizado e dirigido por Ronaldo Boscoli e Carlos Mieli. O espetáculo foi um tremendo sucesso que entre outras rendeu este disco, verdadeiramente memorável. Quem ainda não conhece, sugiro fazê-lo. Gostoso como um torrão de rapadura. :)))

1- o astronauta / só tinha de ser com você / rio de sol maior / rio / coisas do dia /
estamos aí / feitinho pro poeta / garota de ipanema
2- você e eu / preciso aprender a ser só / consolação / amor em paz / a felicidade/
marcha da quarta-feira de cinzas / o sol nascerá
3- nanã
4- de manhã
5- deus brasileiro
6- só saudade
7- por quem morreu de amor
8- rio de sol maior / rio / coisas do dia / estamos aí /
feitinho pro poeta / garota de ipanema

Toques para quem se toca – Links dando erro

Tenho recebido inúmeros pedidos e reclamações quanto aos links dos álbuns postados. Gostaria de informar que todos aqueles hospedados no Rapidshare estão funcionando perfeitamente. Alguns poucos, após o terceiro mês sem procura, realmente acabam caducando. Mas medida do possível e quando solicitados, eu os tenho renovado. Há porém um pequeno problema que ultimamente vem acontecendo, que é essa questão do link que não abre. |Isso tem acontecido por duas principais razões: inexperiência ao usar o Rapidshare e desatenção ao copiar e colar o link. Alguns navegadores, como o Firefox limita a área do quadro de comentários e acaba cortando o link (quando este é muito grande). Se você não estiver atento, corre o risco de copiar apenas um trecho do link, que assim de nada vale e aparece o ‘error’. Para piorar a situação, o Rapidshare adotou um sistema de verificação da contra-senha que parece coisa de maluco. Você escreve no quadrinho as letras que aparecem a baixo, lembrando-se de que só irá digitar aquelas onde aparecem um desenho de gatinho. Isso realmente é um saco, mas faz parte da “brincadeira”. Do meu lado, tento fazer o possível para atendê-los da melhor maneira. Só não mudarei o meu sistema de postagem e nem penso em deixar o Rapidshare, que apesar de chato é o mais confiável. Moçada, como já dizia um amigo: rapadura é doce, mas não é mole não!

Simonetti – Bossa (1964)

Não sei exatamente o porquê deste disco se charmar “Simonetti – Bossa”. Certo é que se trata de um disco de Bossa Nova. Certa também a presença de Simonetti, maestro italiano que viveu um período aqui no Brasil, trabalhando em trilhas para o cinema nacional, etc… Digo isso, porque e curiosamente, este disco também se chama “Vagamente” e dele também participam Ely Arcoverde, organista famoso nos anos 60 e Manfredo Fest, outro importante pianista e compositor da época. Não se trata de um trabalho coletivo, eles apenas dividem as faixas do álbum. Este lp saiu pelo obscuro selo paranaense Atila. Um autêntico 3 em 1. É considerado uma preciosidade rara e super disputado por colecionadores, no Japão e América. Seu valor no mercado, para um vinil em bom estado, é na faixa de 300 dólares! (aí Edu, segura o seu!)

vagamente – ely arcoverde & seu conunto
mulata assanhada – simonetti & sua orquestra
minha saudade – manfredo fest & seu conjunto
saudades da bahia – simonetti & sua orquestra
batida diferente – manfredo fest & seu conjunto
bolinha de sabão – ely arcoverde & seu conjunto
ela é carioca – ely arcoverde & seu conjunto
bossa na praia – manfredofest & seu conjunto
favela – simonetti & sua orquestra
bossa no choro – manfredo fest & seu conjunto
fita amarela – simonetti e sua orqustra
mais que nada – ely arcoverde

Milton Banana (1975)

Completando a noite, tenho aqui mais um disco bacana. Um disco do Banana. Figura titular no time da Bossa Nova, Milton Banana foi um baterista que soube explorar a música, mais que seu próprio instrumento, a bateria. Tocou com os mais importantes artistas da bossa e do jazz, esteve presente em álbuns antológicos, deixando sua marca na história da música moderna brasileira. Este lp saiu em 1975 e traz um repertório instrumental para músicas que fizeram vez na MPB. Não é um dos meus favoritos do cacho, mas como já disse anteriormente, não vai ser por isso que ele deixa de merecer um toque musical. O que seria do arroz se todo mundo só gostasse de feijão, não é mesmo?

fato consumado
charlie brown
samba davolta
salve a mocidade
batendo a porta
até quem sabe
dona flor e seus dois maridos
tamanco malandrinho
maior é deus
flor de maracujá
quantas lágrimas
vamos dar as mão e cantar

Samba – Nova Concepção (1964)

Antes que este dia vire outro, deixa eu postar o disco da vez.
Lançado originalmente em 1964, este disco reúne um grupo de ‘feras’ que fazem de “Samba – Nova Concepção” um álbum sem igual. Muitos atribuem este trabalho à Eumir Deodato e erroneamente aos Catedráticos do Samba. Muitos se apóiam no fato deste álbum ter sido relançado em cd junto à discografia de Eumir. Acho um tanto injusta essa afirmação, considerando que na quinta e sexta faixa do lado B, Eumir Deodato deu lugar ao jovem Tenório Jr. Além do quê, quem mais se envolveu no projeto foi Daudeth de Azevedo (o Néco), violonista que cuidou de todos os arranjos e orientou os demais músicos durante as gravações. Este trabalho foi lançado, como diz no próprio texto de Myriam Conceição na contracapa, sem pretensões comerciais ou o intuito de projetar este ou aquele artista no cenário musical brasileiro. É acima de tudo um disco de gente grande, uma reunião de excelentes músicos, fazendo o que gostam, música de qualidade.
Se você ainda não ouviu ou ouviu por outras fontes, escute aqui a versão vinil. Extraia do sulco este som!

Samba Do Congo (Jorge Ferreira Da Silva)
Adriana (Roberto Menescal-Luiz Fernando Freire)
Estamos Aí (Durval Ferreira-Mauricio Einhorn)
Carnaval Triste (Sergio Carvalho-Paulo Bruce)
Nanã (Maocir Santos-Mario Telles)
Straits Of McCleallan (Don Elliot)
Capoeira (Jorge Ben)
Sonho De María (Marcos Valle-Paulo Sergio Valle)
Samba A (Durval Ferreira-Mauricio Einhorn)
Amor De Nada (Marcos Valle-Paulo Sergio Valle)
Coisa Nº 1 (Moacir Santos-Clóvis Mello)
A Morte De Um Deus De Sal (Roberto Menescal-Ronaldo Bóscoli)

Dalva De Oliveira – Nuvens Grossas De Amor (1974)

Hoje, excepcionalmente, faço esta postagem no horário matinal. Ainda nem tomei o meu café. Quero logo deixar pronto para os amigos este ‘presentinho’. Quem sabe tem alguém aí que ainda não achou o que dar para sua mãe neste dia. Quem sabe isso os faça lembrar da mãe que já partiu. Quem sabe isso não tenha nada a ver com sua mãe, mas mesmo assim depois de ter lido esta abertura fez você sair correndo para dar um grande abraço nela e dizer, obrigado, minha mãe! Eu, na verdade, não me lembro da minha mãe cantarolando ou comentando alguma coisa sobre a Dalva de Oliveira. Sei até de outros cantores do rádio dos quais ela falava. Mas a Dalva com seu olhar maternal, me fez lembrar da minha que a pouco mais de um ano se foi… Então, em homenagem ao Dia das Mães, a todas as mães o mundo, eu ofereço este maravilhoso disco.
Este álbum é mesmo especial, em todos os sentidos. A começar por ser da Dalva de Oliveira (sem comentários!). Por ter sido um disco produzido por Hermínio Bello de Carvalho. Um trabalho primoroso de recuperação e recomposição de antigos fonogramas, onde a instrumentação foi praticamente toda refeita com novas bases e executadas por músicos de uma outra geração. Transformaram as matrizes originais, gravadas em 1 ou 2 canais, em fitas de 8, dando a voz de Dalva um acompanhamento instrumental novo. Gente importante como o maestro Gaya, Wilson das Neves, Paulo Moura, entre outros; foram peças importantes na realização deste disco.
Não tenho certeza, mas parece que este lp chegou a ser relançado em cd pela EMI em 2006. Eu mesmo, nunca o vi nas estantes das lojas, mas vale dar uma conferida. Procurei não separar as faixas, embora elas existam, para não criar cortes ou pausas incômodas que, ao meu ver, comprometem na audição.
Fiquem então com Dalva de Oliveira e tenham um feliz Dia das Mães!

1. Pela Décima Vez
2. Que Será? / Tu Me Acostumaste ( Tu Me Acostumbraste)
3. Teus Ciúmes
4. Há Um Deus
5. Segredo/Aves Daninhas; 6. Dois Corações/ E A Vida Continua
7. Bandeira Branca/ Mãe Maria
8. Coqueiro Velho
9. Tudo Acabado/Não Tem Mais Fim
10. Saia Do Caminho
11. Tudo Foi Surpresa
12. Folhas No Ar
13. Onde Estas Coração (Donde Estas Corazon)

5º Aniversário Sinter (1956)

No ritmo do dia, tenho agora o prazer de apresentar um disco extremamente raro e muito bom. Um álbum histórico e especial pelos seguintes motivos. Este foi o primeiro ‘long play’ de 12 polegadas lançado no Brasil. Um álbum comemorativo que contempla 16 faixas, em formato de coletânea, dos primeiros e principais artistas do selo Sinter. Este álbum celebra os cinco anos da data de lançamento do, também primeiro, disco de 10 polegadas no formato 33rpm, lançado pela Sinter em 1951 no Brasil. Conforme o texto na contra-capa, com o lançamento de “Carnaval em Long Play”, o Brasil se tornaria o primeiro país na América do Sul e o quarto em todo o mundo a fabricar micro-sulco. Como se não bastasse este LP reúne obras muito raras que dificilmente podemos encontrar por aí. Assim, aproveite a ocasião e faça a feira. O toque tá dado…

valsa de uma cidade – orquestra melódica lyrio panicali
aí, que saudades da amélia – ataulfo alves e suas pastorinhas
cai, cai… – radamés gnattali
olha o grude formado – almirante
luar do sertão – paulo tapajós
peixe vivo – vanja orico
aruanda – jorge fernandes
flôr de abacate – a velha guarda
capitão francisco sena sobrinho – a lyra de xopotó
adeus – ismael silva
risque – jacques klein
churrasca – eduardo patané
pois é – britinho
linda morena – lamartine babo
prenda minha – mario azevedo
essa negra fulô – jorge fernandes