Marku Ribas – Barrankeiro (1978)

Este é um artista que eu conheço bem. Um talento nato que ao longo se sua carreira nunca teve o merecido reconhecimento. Talvez, em parte, isso acontece porque o cara é meio avesso a modismo e normas estabelicidas por produtores e gravadoras. Isso faz dele um rebelde, um ser autônomo no mundo da música. Ele está em todas, mas não entra em nada. Já tocou com deuses (Stones) e o mundo. Tem emprestado seu talento para dezenas de artistas e de um tempo prá cá, graças principalmente a rede, tornou-se cultuado pelas novas gerações. Embora esteja na estrada a muito tempo, de seus foram poucos discos. Mas em todos, esbanjando um brutal talento. Não entrarei em detalhes sobre este disco, deixo para que vocês o descubram. Aos poucos, irei postando seus outros discos. Toque este toque…
01 – colcha de retalho
02 – quem sou eu
03 – barrankeiro
04 – cruzero do sol
05 – maleme
06 – a lua e o rio
07 – com o apito do vapor
08 – nessa ela me amarrou
09 – kelé
10 – ô mulher x
11 – delícia de damasco
12 – kalenda

Banda De Pau E Corda – Assim… Amém (1976)

Vamos deixar de lado a quantidade e cuidar da qualidade. Porém, sem esquecer a variedade. Seguindo este lema, procurarei de agora para frente ser mais seletivo. Criei uma enquete no mês passado para avaliar o gosto musical dos meus visitantes. Digo isso em relação aos que frequentam e eu não conheço, pois os sócios de carteirinha têm seus próprios telefones vermelhos em ligação direta comigo. O resultado foi satisfatório e dentro desse quadro, procurarei pautar meus títulos, mas dando sempre prioridade ao sócios, ‘chegados’, desesperados e a mim mesmo. Assim sendo, posto agora um pedido de sócio, embora este pudesse muito bem pegar o disco aqui comigo (né?). Mas vamos abrir para todos, afinal o toque é musical e democrático. Vamos como esse grupo vocal que veio lá de Pernambuco, no começo dos anos 70. A Banda de Pau & Cordas naquela década fez muito sucesso, assim como outros grupos que vieram do Nordeste, como o Quinteto Violado e o Quinteto Armorial. Leiam o complemento do jornalista Aramis Millarch: “O que nos parece de maior validade neste terceiro lp da Banda de Pau & Corda é o despojamento dos arranjos, com o grupo valorizando os instrumentos simples – belíssimos os solos de flauta de Beto Johnsson e de viola de Nelsinho – conscientes de que na autenticidade regional, estão sendo mais universais do que com todas as concessões e piruetas que tanto as fazem.” Tá dado o toque…

1 Areia (Sergio Andrade – Waltinho)
2 Me diga homem (Sergio Andrade – Waltinho)
3 Atrás da morte (Sergio Andrade – Waltinho)
4 Réis com réis (Waltinho – Roberto Andrade)
5 Festa da Apartação (Pazita – Bubuska)
6 Ceticismo (Paulo Rezende – Waltinho)
7 Telha nua (Waltinho – Roberto Andrade)
8 Homenagem aos Sobas (Maracatu) (Waltinho – A.Sacramento)
9 Ciranda Azul (José Generino – Luiz Otávio)
10 Praça de esmola (Sergio Andrade – Waltinho)
11 Amanhecendo (Rosa Maria – Luiz Queiroga)
12 Assim… Amém (Sergio Andrade – Waltinho)

Bené Fonteles – Aê

Mais um dos meus favoritos. Sempre presente na minhas ‘cantaroladas’. Bené Fonteles é uma figura muito especial, mas pouco conhecida do grande público. Um artista que está em todas, das artes visuais e performáticas, passando pela fotografia, vídeos e naturalmente a música. Sua trajetória artística começa no inicio dos anos 70, como agitador cultural. Sempre esteve envolvido em questões ambientais, na realidade sócio-cultural, ecológica e espiritual do povo brasileiro; motivo e inspiração de sua obra artística. Para se ter uma idéia da visão artística de Bené Fonteles, em 1987 ele lança com recital no SESC-Pompéia (SP) e show no Auditório do MASP, o disco “Silencioso” onde só existe a capa e cuja proposta é ouvir o silêncio.
Descobri este disco meio por acaso a uns 10 anos atrás numa banca de saldos de uma loja de discos populares. É por isso que prefiro comprar discos nesse tipo de loja e bancas de usados – sempre há pérolas por lá esquecidas e quase de graça.
O álbum “Aê” que estou postando aqui, foi lançado em 1992, em um show no vão livre do MASP com com a participação especial dos amigos, Egberto Gismonti, Tetê Espíndola, Duofel e Ney Matogrosso. Este disco é tudo de bom. Uma fusão de MPB com alguma coisa assim meio New Age. Tem que ouvir esse toque.

Amar (Bené Fonteles & Tetê Espíndola)
Onde navega o ser (Bené Fonteles & Nonato Luiz)
Só.li.dão (Bené Fonteles & Edu Helou)
Nômade Tarqui (Bené Fonteles)
Tudo um todo (Bené Fonteles)
Um novo dia (Bené Fonteles)
Azul (Bené Fonteles)
Sem olhar (Bené Fonteles)
Mergulhador (Bené Fonteles)
Aê (Bené Fonteles)

Danilo Caymmi – Cheiro Verde (1977)

Dorival Caymmi é mesmo genial. Se não bastasse ser um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos, fez também três filhos maravilhosos, Dori, Nana e Danilo. Artistas que souberam seguir os passos do pai. Cada um a seu modo, mas hoje em dia tão importantes quanto o progenitor. Aqui temos o Danilo, o mais novo dos três, em seu álbum de estréia. Uma pérola rara de se ver por aí. Neste seu primeiro disco ele até canta, coisa que não viria a fazer nos subsequentes. Danilo é acima de tudo um compositor instrumentista. Flautista presente em discos de diversos artistas. Salve o Jethro Tull que um dia serviu de inspiração para transformar a cabeça dessa geração!

Mineiro (Danilo Caymmi-Ronaldo Bastos)
Pé Sem Cabeça (Danilo Caymmi-Ana Terra)
Codajás (Danilo Caymmi-Ronaldo Bastos)
Juliana (Danilo Caymmi-Ana Terra)
Aperta Outro (Danilo Caymmi-Ana Terra)
Racha Cartola (Danilo Caymmi-João Carlos Pádua)
Botina (Danilo Caymmi-Nélson Ângelo)
Lua Do Meio-Dia (Danilo Caymmi-Ana Terra)
Vivo Ou Morto (DaniloCaymmi-João Carlos Pádua)
Cheiro-Verde (Danilo Caymmi-Ana Terra)

Jorge Ben (1969)

Aqui outro álbum que me acompanha de longas datas. Jorge Ben na fase tropicalista, pelo menos na capa, com um desenho do artista plástico Albery e arranjos de Rogério Duprat. Um disco dos mais festejados e para mim, um dos melhores. Vamos com o “Flamengão” no país tropical enquanto seu lobo não vem. Toque este toque…

1- Criola
2- Domingas
3- Cadê Tereza
4- Barbarella
5- País Tropical
6- Take It Easy My Brother Charles
7- Descobri Que Sou Um Anjo
8- Bebete Vãobora
9- Quem Foi Que Roubou a Sopeira de Porcelana Chinesa Que a Vovó Ganhou da Baronesa
10- Que Pena
11- Charles 45

Rosana Toledo – A Voz Acariciante De Rosana Toledo (1960)

Achei de postar este disco porque ontem, conversando com meu primo, ele me falava que a Rosana Toledo era nossa vizinha e que foi a minha tia quem fez o primeiro vestido para ela se apresentar na antiga TV Itacolomi. Assim, em homenagem aos bons tempos, às boas lembranças e à minha querida tia Zizinha, vamos ouvir um pouco a Rosana Toledo.
Mineira de Belo Horizonte, nascida em 1934, iniciou sua carreira junto com a irmã Maria Helena Toledo (que casaria com Luiz Bonfá). Na década de 50 seguiu carreira solo, consagrando-se com a Sonata Sem Luar. Apesar de cantora romântica, seu estilo de cantar e sua voz tornaram natural sua participação na bossa nova. Em 1975 participou do Projeto Minerva “100 Anos de Música Popular Brasileira”. Em 1986 recriou, num tributo à Custódio Mesquita, pela Funarte, Noturno em Tempo de Samba e Saia do Caminho.

01-Sonata sem luar (Freddy Chateaubriand/Vinicius de Carvalho)
02-Poema Azul (Sergio Ricardo)
03-Samba triste (Baden Powell e Billly Blanco)
04-Noite triste sem ninguém (Freddy Chateaubriand/Vinicius de Carvalho)
05-Canção simples ( Adolfo MacLevervsky)
06-Elegia ao violão (Freddy Chateaubriand/Vinicius de Carvalho)
07-Tete (Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli)
08-Canção que morre no ar (Carlos Lyra e Ronaldo Boscoli)
09-A canção é você (Freddy Chateaubriand/Vinicius de Carvalho)
10-Relógio da saudade (Sergio Ricardo)
11-Canção de ninar gente grande (Antonio Maria e Evaldo Gouveia)
12-Solidão a dois (Freddy Chateaubriand/Vinicius de Carvalho)

Heraldo Do Monte E Seu Conjunto – Dançando Com O Sucesso N. 2 (1962)

Ao abrir o baú onde encontrei a Rosana Toledo, achei também este disco do Heraldo do Monte. O cara toca tudo que é de corda, multinstrumentista famoso e super premiado. Já tocou com os mais diversos artistas nacionais e internacionais. Fez parte do lendário Quarteto Novo, ao lado de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Téo de Barros. O disco que temos aqui é seu terceiro álbum, lançado em 1962. Um disco para fans.
01- Cinderela (Paul Anka)
02- Castiguei (Jorge Cosata – Venâncio)
03- Cavaleiros do céu “Ridere in The shy” (Stan Jones)
04- Fiz o bobão (Haroldo Barbosa – Luiz Reis)
05- Hernando’s hideaway (Richard Adler – Jerry Ross)
06- Brigitte Bardot (Miguel Gustavo)
07- Samba que eu quero ver (Djalma Ferreira – Juvenal Fernandes)
08- Nena nenita (Joaquin Prieto)
09- Chora, coração (Danie Brean – O.Guilherme)
10- Lady of Spain (Tolchard Evans – Erell Reaves)

Baby Consuelo – Ao Vivo No 14th Montreux Jazz Festival (1980)

Agora, temos o registro do show de Baby Consuelo em Montreux, na mesma temporada onde se apresentou Pepeu. Aliás, o grupo que acompanha a cantora é exatamente o mesmo de Pepeu Gomes. É quase como se fosse uma continuação do disco anterior, só que aqui quem toma a frente é Baby. Mais um registro imperdível, onde esses ‘velhos-novos baianos’ mostram do que são capazes. A capa que temos aqui é a do cd, relançado em 2001. Baby Consuelo está impecável. Grande álbum!

01 Brasileirinho (Pereira da Costa – Waldir Azevedo)
02 Se Acaso Você Chegasse (Felisberto Martins – Lupicínio Rodrigues)
03 Eu E A Brisa (Johnny Alf)
04 Toda Donzela (Baby do Brasil-Jorginho Gomes-Pepeu Gomes)
05 Minha Oração (Baby do Brasil-Oswaldinho do Acordeon-Pepeu Gomes)
06 Sebastiana (Rosil Cavalcanti)
07 Vale Do Bonocô (Charles Negrita-Paulinho Camafeu-Pepeu Gomes)
08 Menino Do Rio (Caetano Veloso)

Som Nosso De Cada Dia – Sabado/Domingo (1977)

Outro disco e banda para quem eu tiro o chapéu é o Som Nosso. Tenho boas e loucas recordações dessa que foi, para mim, a banda que fez o melhor disco de rock progressivo brasileiro (falo de Snegs). Depois, com a saída de Manito (ex-Incríveis), veio este segundo álbum, o ‘meia-lua’, quer dizer, um disco para sábados e domingos. Ou seja, sábado é funk e domingo é progressivo. Um álbum que mesmo sem a presença do incrível Manito, se manteve no agrado de fans como eu. Infelizmente os caras não investiram na banda e ficaram apenas em dois álbuns de estúdio. A pouco mais de dois anos foi lançado um álbum duplo com registros ao vivo feitos naquela época. Com certeza meus assovios também estão lá gravados. Mas essa é uma outra estória que eu conto quando postar o Snegs. Vamos nessa que é legal a bessa!
PS.: Inclui duas faixas bonus que não fazem parte do álbum original.

01-Pra Swingar
02-Levante a Cabeça
03-François
04-Pra Segurar
05-Estação da Luz
06-Vida de Artista
07-Bem no Fim
08-Montanhas
09-Neblina
10-Água Limpa
11-Rara Confluência
12-Black Rio (Bonus)
13-Identificação (Bonus)

Guilherme Lamounier (1973)

Nesta semana quero estar postando alguns discos que sempre me acompanharam ao longo da minha vida musical. São álbuns e músicas que sempre fiz questão de estar ouvindo. Guilherme Lamounier é um deles. Esse cara era genial, um grande fazedor de hits. Aqui ao lado de outra grande figura, Tibério Gaspar, parceiro também de Antonio Adolfo. Suas músicas, assim como as do Zé Rodrix, são de colar no ouvido. Depois de uma segunda dose já se sai cantarolando. Música pop para mim é isso – tem que ter retorno. Por falar em retorno, o Guilherme é um dos grandes artistas que nunca mais foi visto na mídia. O cara sumiu completamente, um mistério que nem pesquisando a fundo pela web se consegue informação. Por outro lado, sua música continua sempre nas bocas e nos ouvidos de quem sabe escutar. Com a cabeça feita não marca bobeira…

01. Mini Neila
02. GB em Alto Relevo
03. Patrícia
04. Telhados do Mundo
05. Freedom
06. Capitão de Papel
07. Amanha Não Sei
08. Será que Eu Pus um Grilo na sua Cabeça?
09. Passam Anos, Passam Anas
10. Cabeça Feita

Pepeu Gomes – Ao Vivo Em Montreux (1980)

Nos últimos 20 anos, muitos e destacados artistas brasileiros têm participado de um dos mais importantes festivais de música da Europa, o Montreux Jazz Festival. Criado e dirigido por Claude Nobs, este evento inicialmente era voltado exclusivamente para o jazz, mas ao longo dos tempos muitos estilos e variados artistas passaram pelo palco do festival. O sucesso dos brasileiros é tamanho que para tal foi criada a “noite brasileira”. Entre esses tantos artistas figura o grande guitarrista Pepeu Gomes. Este disco trás o registro de alguns de seus melhores momentos em Montreux. Um álbum imperdível onde Pepeu toca de tudo. Vale a pena conferir.

1 Lamento (Pixinguinha)…
• Noites cariocas (Jacob do Bandolim) …
• Chuvisco no samba (Pepeu Gomes-Moraes Moreira) …
• Riroca swing branco (Pepeu Gomes)
2 Luz de Guadalupe (Pepeu Gomes)
3 O mal é o que sai da boca do homem (Baby Consuelo-Galvão-Pepeu Gomes)
4 América tropical (Pepeu Gomes – Moraes Moreira)
5 Todo amor ao Jimi (Baby Consuelo – Pepeu Gomes)
6 Afoxé do Garcia (Paulinho Camafeu – Charles Negrita – Pepeu Gomes)
7 Rei do baião (Baby Consuelo – Pepeu Gomes)
8 Blue wind (J. Hammer)

Eduardo Toledo – Navegador (1996)

Eduardo Toledo é um artista mineiro. Cantor, compositor, instrumentista e produtor musical. Foi o criador da banda Agencia Tass, muito conhecida do público mineiro e também fez parte da banda Nepal. Acredito que hoje em dia ele esteja morando no Rio, envolvido com produção musical. A um tempo atrás ele criou juntamente com Valéria Tinoco e Wagner Carone a Navegador Música, um selo que tem lançado muita coisa nova e boa. Neste seu disco solo, o segundo por uma grande gravadora – a BMG/Ariola – temos um trabalho muito agradável. Suas composições bem trabalhadas e pop, me faz lembrar o Claudio Zolli. Mas, longe de comparações, Eduardo Toledo é um artista muito original que merece o meu toque musical.

01-navegador
02-o proximo amor
03-livre para amar
04-só posso tocar voce agora
05-coisas mais simples
06-mulher sem nome
07-até que anoiteça
08-afaga, afoga
09-não vou te dar replay
10-nenhuma palavra
11-onde todos estão

Elis Regina – Elis (1977)

Esta dispensa comentários. Falar de Elis Regina, como sempre digo, é chover no molhado. Não há o que dizer que ainda não tenha sido dito. Melhor resumir tudo em uma só palavra: Maravilhosa. Os anos 70 foi uma década muito rica na produção musical brasileira, em especial o ano de 1977, muita coisa boa nasceu nesse ano. Eu sou meio suspeito para falar de Elis, mas na minha modesta opinião, este dico é insuperável. É com certeza o disco que mais aprecio, com dez músicas escolhidas a dedo. Um trabalho encantador com arranjos belissímos de Cesar Camargo Mariano no alge da genialidade. Tudo isso sem falar nos músicos participantes e convidados (veja na ficha técnica incluída). Uma jóia imperdível!

1. Caxangá (Milton Nascimento – Fernando Brant)
2. Colagem (Cláudio Lucci)
3. Vecchio novo (José Márcio Pereira – Cláudio Lucci)
4. Morro velho (Milton Nascimento)
5. Qualquer dia (Vitor Martins – Ivan Lins)
6. Romaria (Renato Teixeira)
7. A dama do apocalipse (Crispin – Nathan Marques)
8. Cartomante (Vitor Martins – Ivan Lins)
9. Sentimental eu fico (Renato Teixeira)
10. Transversal do tempo (Aldir Blanc – João Bosco)

Nelson Gonçalves – Coisas Minhas (1966)

Mais um disquinho do grande Nelson Gonçalves. O álbum se chama “Coisas minhas” e não é atoa. Aqui ele também mostra seu lado compositor, todas as faixas são de sua autoria e parceria com diversos outros compositores. Este é um disco que merece atenção. Obra rara do cantor (e compositor).

Procissão Sem Andor – (Nelson Gonçalves)
Vadico da Bela Vista – (Nelson Gonçalves / Osvaldo Campanha)
Enquanto Houver Serenata – (Nelson Gonçalves / Waldemar Roberto)
Mais Uma Vez – (Nelson Gonçalves / Mário Rossi)
Por Teu Amor Aprendi a Ser Triste – (Nelson Gonçalves)
Arco-íris – (Nelson Gonçalves / Raul Sampaio)
Samba Brasil – (Nelson Gonçalves / Waldemar Roberto)
A Mais Bela Emoção – (Nelson Gonçalves)
Menina dos Olhos – (Nelson Gonçalves)
Profissão de Fé – (Nelson Gonçalves)
Maria Luisa – (Nelson Gonçalves)
Se Ela Não Telefonar – (Nelson Gonçalves)

Antonio Adolfo – Feito Em Casa (1977)

Se tem uma coisa da qual eu me arrependo é de um dia ter vendido quase toda a minha discoteca de vinil e junto dos que foram, deixei ir também este disco do Antonio Adolfo. Além do fato de ser um excelente álbum, foi também um trabalho pioneiro e artesanal. “Feito em Casa” foi um disco único, totalmente independente, onde até a capa tem sua indentidade própria, sendo que nenhuma é totalmente igual a outra. Um verdadeiro objeto de arte, principalmente por essa razão. O álbum foi relançado em cd pela Kuarup Discos, mas não tem o mesmo encanto do vinil. Musicalmente falando, como dizia um amigo meu, o disco é uma pérola de composições próprias e algumas parcerias e convidados. Imperdível!

feito em casa
acalanto
venice
chickote
dia de paz
beijinho
variações
aonde você vai
As luzes estão brilhando
virry

Eliete Negreiros – Outros Sons (1984)

Eliete Negreiros é sem dúvidas uma das mais belas vozes da MPB. Neste disco, lançado pelo selo Lira Paulistana, fiquei numa dúvida danada. O álbum que eu tenho consta que é de 1984, porém em diversas fontes encontrei com sendo de 82. Bom, vou acreditar que meu lp é um relançamento, mas mantenho a data no selo, 1984. Sobre o conteúdo do disco, só elogios! Um lp bacana, moderno, mesmo com mais de 20 anos. Não há como não reparar as semelhanças nos arranjos de uma boa parte das músicas deste disco, feitas por Arrigo Barnabé, em comparação ao seu inovador “Clara Crocodilo”. Por outro lado é meio injusto dizer, como se vê em várias publicações, que este disco é todo arranjado por Arrigo. Tem também Otávio Fialho, Lelo Nazário, Bozo Barretti e Felix Wagner – músicos e arranjadores que estão presentes no que há de melhor feito no Brasil nos últimos 25 anos. Por isso, vale a pena conferir “Outros sons”.

1-pipoca moderna
2-outros sons
3-peiote
4-selvagem
5-brinco
6-coração de árvore
7-sonora garoa
8-as time goes by
9-begin the begins
10-sol da meia noite
11-febre de amor
12-a felicidade perdeu meu endereço
13-espanto
14-fico louco
15-tudo mudou

Jorge Mautner – O Anti Maldito (1985)

Olhando a trajetória artística de Jorge Mautner, que começa no fim dos anos 50, fica difícil entender como um cara como ele ficou sempre à margem do que podemos chamar de “música popular”. Seu maior sucesso até hoje continua sendo “Maracatu Atômico”, eternizados na voz de Gilberto Gil e reciclado através do Chico Science. Acho que Mautner foi realmente um ‘maldito’ (no bom sentido), como tantos outros artistas que a crítica e o povo não souberam classificar. Ou por outra, classificaram-no como maldito, talvez por ser fora do padrão, não aceitando que sua arte se transformasse em ‘fragmentos de sabonetes’ (isso considerando que sabonete é algo que se usa e acaba – descartável). Mautner é bem mais que isso e nunca vai acabar. Em 1985, produzido por Caetano Veloso, ele gravou este disco, pelo selo independente Nova República, que celebra uma nova fase. Nada que mudasse a figura que tanto gostamos, mas dando a ele um impulso. Neste disco, foram gravadas pela primeira vez, músicas como “Iluminação” e “A Bandeira do Meu Partido”, compostas em 1958. Como todos os outros trabalhos, este também é muito bom!

1 – Cinco bombas atômicas (Nelson Jacobina – Jorge Mautner)
2 – Cachorro louco (Relâmpago dourado) (Jorge Mautner)
3 – Zona fantasma (Nelson Jacobina – Jorge Mautner)
4 – Rock comendo cereja (Nelson Jacobina – Jorge Mautner)
5 – Fado do gatinho (Jorge Mautner)6 – Índios tupy guarany (Jorge Mautner)
7 – Tataraneto do inseto (Nelson Jacobina – Jorge Mautner)
8 – Corações – corações – corações (Nelson Jacobina – Jorge Mautner)
9 – Iluminação (Jorge Mautner)
10 – A bandeira do meu partido (Jorge Mautner)

Raul De Barros – Hoje Tem Baile (1959)

A gente às vezes recebe umas contribuições, que embora sejam interessantes, muitas vezes acabam por nos dar mais trabalho na hora da postagem. Por favor, não me interpretem mal. Se dá trabalho é porque é bom e merece. No caso deste disco do Raul de Barros foi assim. Só faltou a capa e maiores informações. A capa eu consegui, mas informações sobre este álbum e data é que é difícil. Em vários locais que eu pesquisei não vi uma referência sobre o lp, que fosse plo menos a data. Mas nada! Parece que o álbum não consta na dicografia do Raul (será?). Seja como for, fica em aberto este post para futuras correções. O lp traz doze faixas com músicas bem conhecidas do público em geral, feitas para dançar na sala, no salão ou na gafieira. Relembrando bons tempos que já não se vêem mais. Para os que não conhecem o Raul de Barros, saibam que ele foi um dos grandes do trombone, instrumentista, regente e compositor. É dele o famoso chorinho “Na Glória”, presente também neste lp, vocês lembram? Toque aí…

01 – Implorar
02 – Tequila
03 – Lisboa antiga
04 – Never let me go
05 – Na glória
06 – In the mood
07 – Abre a janela
08 – Patrícia
09 – Nêga
10 – Beguin the beguine
11 – Baltazar
12 – Morena boca de ouro

Astrud Gilberto – Now (1972)

Taí um dos álbuns da Astrud que eu gosto muito. Gravado em 1972, disco tem participações prálá de especiais de Eumir Deodato, Airto Moreira, Mickey Rocker, Billy Cobham, Ron Carter, entre outras feras do jazz e fusion. O repertório é bem apropriado, com composições de Astrud e interpretação ‘made in usa’ para clássicos da MPB. Tem também uma versão de um das músicas mais famosas de Milton Nascimeto e Fernando Brant, “Travessia”, que ficou muito boa. Toque esse toque…

Zigy Zigy Za – (Astrud Gilberto)
Make love to me – (Astrud Gilberto, Eumir Deodato)
Baião – (L. Gonzaga, H.T eixeira)
Touching You – (P. Adams, D. Jordan)
Gingele – (Astrud Gilberto)
Take It Easy, my Brother Charlie – (Jorge Ben)
Where Have You Been? – (Astrud Gilberto)
General da Banda – (J. Alcides, T. Silva, S. de Mello)
Bridges – (Milton Nascimento, F. Brant, G. Lees)
Daybreak (Walking Out on Yesterday) – (B. Bingham)

Música Popular Do Norte De Minas – Grupo De Serestas João Chaves De Montes Claros (1976)

Mais uma boa contribuição, acompanhada de link e tudo mais. Um disco muito bacana que só podia mesmo vir do selo Marcus Pereira. Este álbum traz o registro de um dos grupos regionais de serestas mais tradicional no norte de Minas. O Grupo de Serestas “João Chaves”foi criado e inicialmente dirigido por Hermes de Paula, historiador e pesquisador que muito lutou para a preservação cultural da região do norte de Minas Gerais. Para quem gosta de música regional e conhece o catálogo da gravadora Discos Marcus Pereira, esta é mais uma jóia. Vale conferir esse toque especial.

1 – Fazendeiro Rico
2 – Cadê Papai
3 – ABC do ABC
4 – Casa Santa (cálix bento)
5 – Canto de Folia
6 – Aboio
7 – Rosa Branca
8 – Na Lagoa Que Tem Léu
9 – Barca Nova
10 – Antoninho e o Pavão do Mestre
11 – A Velha
12 – Aquarela Sertaneja

Demetrius – Encontro (1973)

Estou aproveitando o dia de hoje para pagar promessas. Segue aqui mais um “Encontro” com Demetrius. Um pedido que eu havia me esquecido, mesmo porque era um disco que eu não tinha. Aqui temos um Demetrius mais maduro, compositor e mais popular. Não é exatamente uma maravilha, mas tem gente que gosta. Já comentaram que eu não devia postar coisas que não gosto. De uma certa forma isso faz sentido. Afinal há tantos outros discos bacana na fila de espera, doidinhos para serem indicados pelo Toque Musical (hehehe…). Tá na hora de tomar uma providência. Semana que vem teremos mudanças, aguardem…

01 – Encontro
02 – A Música Da Minha Vida
03 – Peciso Lhe Encontrar
04 – Eu Era Tão Feliz
05 – O Casamento
06 – Águas Passadas
07 – Um Dia Você Vai Voltar
08 – Dúvidas
09 – Sou Feliz
10 – Por Quanto Tempo Ainda
11 – Nas Voltas Do Mundo
12 – A Sorte

Maria Creuza (1980)

Atendendo a um pedido muito especial e com um ligeiro atraso, trago aqui este disco da Maria Creuza, grande intérprete. Uma das cantoras favoritas de Vinicius de Moraes. E com certeza de muita gente, como a amiga Morgana, que já contribuiu diversas vezes com seus links “salva-pátria”. Em retribuição, finalmente, consegui encontrar seu tão desejado disquinho. Realmente, “Lua de São Jorge” do Caetano ficou muito bonita na voz da Maria Creuza e o arranjo enriquece ainda mais a melodia. Não é o meu preferido, mas tá valendo… 😉
1-mais que a tua ausencia
2-na paz do teu sorriso
3-esse homem
4-contragosto
5-algo contigo
6-odum
7-ta faltando
8-lua de são jorge
9-escravo da alegria
10-ruinas
11-o poeta e o cobertor

Os Carioquinhas – Os Carioquinhas No Choro (1977)

Vamos agora de chorinho que é o que está faltando por aqui. Trago então este disco super bacana dos Os Carioquinhas, um grupo de jovens talentos da época em seu primeiro trabalho de 1977 pela Som Livre. Formado por Rafael Rabello no violão sete cordas, Luciana Rabello no cavaquinho, Maurício Carrilho no violão de seis cordas, Celso Alves da Cruz no clarinete, Paulo Magalhães Alves no bandolim, Celso Jose da Silva no pandeiro e Mario Florêncio Nunes na percussão. Eles logo se destacaram como a grande sensação jovem do choro brasileiro. De seus componentes o que ficou mais conhecido foi Rafael Rabello. Tornou-se um dos nossos mais virtuoses violonistas, precocemente desaparecido aos 32 anos em 1995. Neste álbum temos um repertório de primeira com nomes renomados como Altamiro Carrilho, Luiz Americano, Pedro Galdino, Alcyr Pires Vermelho, Avena de Castro, Jacob do Bandolim, Carramona, Rossini Ferreira, Aristides Borges, Pedro Galdino e Luiz Otavio Braga. Para os que gostam de chorinho, este é um álbum que não se pode perder. Vai no toque…

1) Gadu namorando (Lalau/Alcyr Pires Vermelho)
2) Coralina (Carramona)
3) Fala Clari (Avena de Castro)
4) Santa morena (Jacob do Bandolim)
5) Assim mesmo (Luiz Americano)
6) Ansiedade (Rossini Ferreira)
7) Os Carioquinhas no choro (Altamiro Carrilho)
8) Não gostei dos seus modos (Aristides Borges)
9) Flausina (Pedro Manoel Galdino)
10) Intrigas no boteco do Padilha (Luiz Americano)
11) Chora bandolim (Luiz Otávio Braga)
12) Minha lágrima (Luiz Americano)

Wagner Tiso – Os Pássaros (1985)

Aproveitando o embalo do Som Imaginário, achei que seria interessante postar um disco solo do Wagner Tiso. Figura importante na turma do “Clube da Esquina”, cresceu junto com o Milton Nascimento em Três Pontas, MG. O cara é um dos melhores instrumentistas brasileiros – maestro, compositor e arranjador. Músico nato que começou tocando piano aos 5 anos de idade. Iniciou sua carreira muito jovem, integrando com Milton Nascimento o conjunto “Luar de Prata”, que tocava músicas ao estilo do grupo norte-americano “The Platters” e apresentava-se na Radio Clube de Três Pontas. Com tanto talento, Wagner deslanchou, ganhou o Brasil e o mundo. Tocou em diversos grupos e com variados artistas e estilos. Um dos artistas/músico brasileiro mais respeitado e requisitado da atualidade.
Como podemos observar, Milton Nascimento é uma constante na vida musical de Wagner (e vice-versa). Aqui neste disco, onde impera maravilhosamente o instrumental, temos também a presença de Milton emprestando sua voz como um instrumento musical. Simplesmente lindo…

01 Os pássaros (Milton Nascimento)
02 A igreja majestosa (Wagner Tiso – Nivaldo Ornelas)
03 Sete tempo (Wagner Tiso)
04 Rapsódia trespontana (Wagner Tiso)
05 Vinheta do medo (Wagner Tiso – Beto Guedes)
06 Cello Caribe (Wagner Tiso)
07 Os cafezais sem fim (Wagner Tiso)
08 Assim seja (Milton Nascimento-Wagner Tiso-Fernando Brant)
09 Trem mineiro (Wagner Tiso)
10 Zagreb (Wagner Tiso) – 1978

Som Imaginário (1970)

Já que falamos em Som Imaginário, achei por bem postar este memorável lp, o primeiro de um grupo que ao longo de sua existência, passou por várias formações. O SI já foi rotulado de rock, mpb, jazz e progressivo. Acho que todos serviram de base para eles. Neste primeiro disco a banda era formada por Frederyko (guitarra, vocais), Zé Rodrix (vocais, órgão), Wagner Tiso (piano), Tavito (guitarra base, 12 cordas), Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (baixo) e ainda contam com as participações não creditadas de Milton Nascimento (vocais) e Naná Vasconcelos (percussão). Este álbum também teve (ou tem) uma outra capa que eu não sei ao certo qual veio primeiro. Só sei que no meu a capa é esta. Disco original de 1970.

01- Morse
02- Super
03- Tema Dos Deuses
04- Make Believe Watz
05- Pantera
06- Sábado
07- Nepal
08- Feira Moderna
09- Hey Man
10- Poison

Sueli Costa (1975)

Como havia prometido, segue agora mais um disco da Sueli Costa. Eu fiz uma confusão danada com esses dois álbuns. Troquei as bolas, porque os dois foram lançados em dobradinha num único cd à uns 10 anos atrás. Mas agora está tudo certo, quem checar verá.
Vamos com o primeiro disco desta grande compositora. Gravado em 75, foi um disco onde ela própria afirma que se tratava apenas de um registro de suas obras. Mas mesmo não sendo uma cantora, Sueli consegue transmitir seus sentimentos de maneira bem agradável. Eu, pessoalmente, gosto muito do timbre de sua voz. Acho mesmo que combina com aquilo que ela canta. Por outro lado, vê-se também outros pontos interessantes neste disco. Os arranjos, todos feitos por Wagner Tiso e Paulo Moura e a participação do Som Imaginário. Grande estréia! Toque este toque.

RETRATO (Sueli Costa-Cecília Meireles)
DENTRO DE MIM MORA UM ANJO Sueli Costa-Cacaso)
ENCOURAÇADO (Sueli Costa-Tite de Lemos)
DEMONÍACA (Sueli Costa-Vitor Martins)
ALDEBARÃ (Sueli Costa-Tite de Lemos)
CORAÇÃO ATEU (Sueli Costa)
NOTURNO N.º O (Sueli Costa-Tite de Lemos)
POEIRA E SOLIDÃO (Sueli Costa)
NUNCA (Lupicínio Rodrigues)
VAMOS DANÇAR (Sueli Costa-João Medeiros)

Edy Star – Sweet Edy (1974)

Esquecido atrás da estante, no fundo do baú ou de algum gaveta – reaparece novamente este disquinho curioso e único de um artista que muitos juravam estar morto, o Edy Star. Aliás, existem muitas lendas sobre o cara, que foi um dos primeiros andrógenos da mídia e o mais famoso transformista do rock brasileiro. Edy foi também um dos integrantes da incompreendida “Sociedade Grã-Kavernista” – uma proposta de ópera rock idealizada por Raul Seixas em 1971. Lembram desse disco? Formados por Raul Seixas, Edy Star, Sergio Sampaio e Mirian Batucada. Edy Star ou simplesmente “Bofélia”, como era chamado por Raul, é o último sobrevivente dessa gang.
“Sweet Edy” foi seu único disco e na época chegou a escandalizar alguns puristas de plantão. Mas endossado pela TV Globo no programa Fantástico e também em matérias de jornais e revistas, acabou sendo aceito e liberado pelos censores. Acho que sua carreira ‘fonográfica’ não foi adiante por questões de puro preconceito. Pelo fato do cara ser um gay assumidíssimo, num país careta onde imperava o poder dos militares.
Neste exato momento, acabo de descobri o paradeiro do Edy aqui no mundo virtual. Ele tem um blog, muito bacana onde conta suas aventuras. Vale conferir, pois ali está também um pouco da história da música e dos espetáculos. Uma boa fonte de pesquisa, contada na primeira pessoa.

01 – Claustrofobia
02 – Edyth Cooper
03 – Conteúdo
04 – Superestrela
05 – Esses Moços
06 – Boogie Woogie do Rato
07 – Sweet Edy
08 – Briguei com Ela
09 – Olhos de Raposa
10 – Coração Embalsamado
11 – Pro Que Der na Telha
12 – Bem Entendido
13 – Eu Sou Edy Star
14 – A Bem da Verdade (Bonus)

Portinho & Sua Orquestra – Samba, O Melhor Do Brasil (1973)

Eis um disquinho aqui muito interessante. Maestro Portinho e sua orquestra, num disco cheio de pérolas da nossa MPB num batido bem ‘suingado’, feito para dançar. Como se pode ver logo a baixo, temos doze faixas, sendo que a metade são composições de Ary Barroso. Uma pessoa me informou que na época, Portinho pensava em gravar um disco apenas com músicas de Ary, mas teve alguns problemas com direitos autorais ou coisa assim. Eu até tentei checar essa estória mas não achei nada. Se alguém quiser se manifestar…

01 – Onde o céu é mais azul ( João de Barro – Alberto Ribeiro )
02 – Na Baixa do Sapateiro ( Ary Barroso )
03 – Brasil moreno ( Ary Barroso )
04 – Bahia com H ( Denis Brian )
05 – Os Quindins de Yayá ( Ary Barroso )
06 – Canta Brasil ( David Nasser )
07 – Na Tabuleiro da Baiana ( Ary Barroso )
08 – Rio de Janeiro ( Ary Barroso )
09 – Aquarela do Brasil ( Ary Barroso )
10 – Exaltação a Bahia ( Vicente Paiva )
11 – Isso é Brasil ( José Maria de Abreu )
12 – Brasil ( Aldo Cabral )

Naire (1974)

Não faz muito tempo, logo que surgiu o Orkut, em uma comunidade de vinil raro em que eu fazia parte, recebi de um amigo um arquivo zipado deste disco. Fiquei muito impressionado com o trabalho do artista que até então eu não conhecia. Infelizmente no arquivo não incluía o encarte nem qualquer outra informação. Depois de muito procurar, acabei achando a capa em um blog de um japonês. Como era muito pequena a imagem e de pouca resolução, deixei no comentários o pedido uma cópia da capa. (Se tem uma coisa que acho o fim da picada são esses blogs de música que não incluem a arte, ou quando o fazem é de maneira grosseira. Não dá nem tesão de ouvir o disco.) Depois de alguns meses, recebo um e-mail com a tal capinha (infelizmente não tão boa quanto eu esperava). De qualquer forma, acho que chegou a hora de postá-lo. Não vou indicar o blog do japa porque ele assim o quer. Como se trata de um álbum um tanto obscuro, pouca coisa se tem a seu respeito na rede. Só mesmo visitando o “Tablóide Digital”, um blog que reúne textos publicados do jornalista Aramis Millarch, para conseguir a informação que repasso neste toque para vocês. Segue a baixo o artigo dele, publicado no Jornal Estado do Paraná em 05/05/1974. É nessas horas que a gente entende a diferença entre notícia e informação. Salve o Armis!

Conheçam Naire…. com atenção!
Afinal aconteceu a primeira revelação do ano. Ele se chama Naire, simplesmente, e está chegando num excelente lp da RGE (303.023, março/74), que infelizmente esqueceu de distribuir um press-release para informar quem é o moço, de onde veio, o que pensa. Mas o que afinal não diminui o impacto de sua estréia. Produzido por J. Shapiro, com direção artística de Toninho Paladino e arranjos de Luiz Cláudio Ramos, Naire gravou este seu primeiro disco nos estúdios da CBS, na GB, com a participação de um grupo de bons músicos: Antonio Adolfo, Mamão, Chacal, Chiquinho, Alexandre, Luiz Claudio, Chiquinho do Acordeon, Batô, Laudir, Fernando Leporace, Pascoal e Franklim (flauta).
O repertório não poderia ser melhor: Naire abre com uma das músicas que consideramos das melhores de 73 “15 anos”, que compôs” em parceria com Paulinho Tapajós e que na Phono – 73 foi defendida por Nara Leão. Uma letra sensível e inteligente, que se apropriou perfeitamente a Nara Leão, que dela nos falou de entusiasmo quando aqui esteve no ano passado. Paulinho Tapajós é aliás o grande amigo e parceiro e de Naire, participando inclusive de duas faixas: “Duas Irmãs” e “Quinze Anos”. Juntos fizeram para este lp as faixas “menestral das Cabras” (com um leve toque de Zé Rodrix e seu rock rural), “Um dia Azul de Abril” e, “Bendito Seja”, “A Donzela”, “Paz de Penedo”, “Duas Irmãs” e “Feliz Feliz”. Com Tiberio Gaspar, Naire compôs “Companheiro”, Chá de Jasmimn” e “Passeio Público”. Exclusivamente sua é “A Vida é Agora”. E o inspirado “Ave Maria” de Roberto Menescal-Paulinho Tapajós é a única faixa que não teve sua participação como autor.
Voz suave, personalíssima, arranjos agradáveis e sobretudo o bom gosto dos arranjos e competência dos músicos escolhidos para acompanhá-lo nas 13 faixas deste lp digno, honesto e sensível. Anotem o nome de NAIRE. Ou melhor: comprem o seu disco. Vale os Cr$ 32,00 que custa.
01 – 15 anos (naire-paulinho tapajós) – participação vocal- paulinho tapajós
02 – o menestrel das cabras (naire-paulinho tapajós)
03 – um dia azul de abril (naire-paulinho tapajós)
04 – companheiro (naire-tibério gaspar)
05 – bendito seja (naire-paulinho tapajós)
06 – ave maria (roberto menescal-paulinho tapajós)
07 – chá de jasmim (naire-tibério gaspar)
08 – donzela (naire-paulinho tapajós)
09 – paz de penedo (naire-paulinho tapajós)
10 – passeio público (naire-tibério gaspar)
11 – a vida é agora (naire)
12 – duas irmãs (naire-paulinho tapajós) – participação vocal- paulinho tapajós
13 – feliz feliz (naire-paulinho tapajós)

Lucia Turnbull – Aroma (1980)

Lucinha Turnbull pertence àquele grupo de artistas da música que embora não tenham gravado muitos discos, estará para sempre eternizada na história da música brasileira. Isto é uma prova de que (como diz o apresentador Faustão) quem sabe faz ao vivo. Quem tem competencia não depende exclusivamente da mídia e suas ferramentas para ter reconhecido o seu talento. E talento nessa moça é o que não falta. Tocou com uma infinidade de gente boa, principalmente com Gilberto Gil e Rita Lee, com quem ela formou a dupla “Cilibrinas do Éden”. Das Cilibrinas surgiu shows e um disco que não saiu da gaveta (numa próxima oportunidade postarei este álbum que foi sem nunca ter sido). Lucinha é considerada a primeira mulher a tocar guitarra no Brasil. Falo em tocar, mas é tocar de verdade, a ponto de deixar certa vez, o deus da guitarra, Eric Clapton impressionadíssimo. Eles tocaram juntos, informalmente, certa vez em uma festa na casa do presidente da PolyGram.
“Aroma” continua sendo seu único disco solo. Um álbum bacana, mas que não faz juz ao talento desta artista. Ela bem que podia ter nos presenteado com outros discos, mas enfim… O jeito mesmo é ficar antenado para os seus shows ou ouvi-la nos discos dos outros.

1- Aroma
2- Toda manhã brilha o sol
3- Sete sílabas
4- Capricórnio
5- Você todo dia
6- Burucuntum
7- Luminosa
8- De leve, levantando
9- Bobagem
10- Perto do infinito
11- Vento