Augusto de Campos, poeta, tradutor e ensaísta, foi um dos criadores da poesia concreta brasileira. Cid Campos é músico/compositor, filho de Augusto. Desde 1982 tem participado de diversos trabalhos relacionados à música experimental ou à espetáculos multimídia.
Da parceria de pai e filho, surgiu o CD e o espetáculo Poesia é Risco (1995), performance “verbovocovisual” de poesia,música e imagem. As animações poéticas digitais, os ‘Clip-Poemas’, fizeram parte da exposição Arte/Suporte/Computador, na Casa das Rosas, em São Paulo.
Arquivo mensais:setembro 2007
Vinicius De Moraes, Clara Nunes E Toquinho – Poeta, Moça E Violão – A Historia Dos Shows Inesqueciveis (1973)
Este é mais um disco que merece a nossa atenção. Um álbum triplo com o registro de um show de Clara Nunes, Vinícius de Moraes e Toquinho. O espetáculo entitulado “Poeta, moça e violão”, aconteceu no Teatro Castro Alves, de Salvador, em 1973. No show, obviamente, há um pouco dos três, mas principalmente a poesia de Vinicius. Um disco imperdível!
Joao Cabral De Melo Neto – Por Ele Mesmo
Filho de um senhor de engenho, João Cabral dividiu sua infância e adolescência entre os colégios tradicionais e os engenhos de açúcar mas ao contrário da maioria das crianças de berço aristocrático, se valeu do convívio com os trabalhadores da usina para moldar sua personalidade, tanto ideológica quanto estilisticamente. Seu trabalho é marcado pela rica descrição dos contrastes e pela capacidade de incorporar personagens socialmente muito distintos. Primo de Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, João foi para o Rio de Janeiro em 1940, onde conheceu outro ícone da literatura brasileira contemporâneo a ele, Carlos Drummond de Andrade. João Cabral morreu em 1999, 43 anos depois de publicar sua obra mais conhecida, “Morte e Vida Severina”.
2.Os Tres Mal-Amados
3.O Engenheiro
4.Psicologia Da Composicao
5.O Cao Sem Plumas
6.O Rio
7.Alguns Toureiros
8.Morte E Vida Severinha
9.Poemas Da Cabra
10.Estudos Para Uma Bailadora Andaluza
11.Festa Na Casa Grande
12.Uma Sevilhana Pela Espanha
13.Velorio De Um Comendador
14.Pernambucano E Malaga
15.O Sol Em Pernambuco
16.Educacao Pela Pedra, A
17.Duas Das Festas Da Morte
18.O Sertanejo Falando
André Luiz Oliveira – Mensagem – Fernando Pessoa (1986)
Guilherme de Almeida e Paulo Bomfim
Pela coleção “Prosa & Poesia” do selo RGE, temos aqui mais dois grandes poetas. Guilherme de Almeida e Paulo Bomfim são dois dos mais famosos poetas paulistas. Paulo Bomfim é considerado o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, título que recebeu em 1991. Hoje, atua como Decano da Academia Paulista de Letras, onde ingressou em 1963. Guilherme de Almeida foi, talvez, um dos maiores poetas românticos do Brasil. Infelizmente eu não tive tempo para separar as faixas. Sendo assim, o álbum encontra-se em um único arquivo, ok?
Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade – Vol. I
Da coleção ‘dobradinha’ do selo Festa, segue aqui mais um disquinho com dois dos mais populares poetas brasileiros, Drummond e Bandeira. Apesar de ser uma pequena mostra de dois grandes poetas e ficar a sensação de ‘quero-mais’, vale pelo registro histórico.
A Arte De João Villaret – Fernando Pessoa Por João Villaret
Este disco traz 15 poemas de Fernando Pessoa na voz de um dos mais importantes nomes do teatro português, João Villaret. Figura também como o mais querido e lembrado intérprete da poesia portuguesa. Na década de 50, chegou a gravar um disco declamando poetas brasileiros, pelo selo Festa a convite de Irineu Garcia.
Antologia Poética de Mário Quintana (1983)
Coletânea de poemas de Mário Quintana, o poeta que soube pintar a vida com fina ironia e até sarcasmo, sem abrir mão de seus sentimentos e emoções mais singelas. Os poemas aqui incluídos foram selecionados de diversos livros publicados ao longo da vida do poeta.
Ariano Suassuna – A Poesia de Ariano Suassuna
“A poesia de Ariano Suassuna, essa inquietante desconhecida, continuará sendo a chave e o enigma de seu projeto estético inaugurador, até que, creio eu, sejam publicados todos os volumes do romance definitivo do paraibano, o que talvez venha consumir, como diria Ezra Pound, toda uma existência.”
Astier Basílio (jornalista e poeta)
Amália Rodrigues & Vinícius de Moraes – Amália / Vinicius (1978)
LP gravado em Lisboa em 1970 e relançado no Brasil em 78. Este é um disco curioso. Traz o registro de uma sarau, uma festa na casa de Amália Rodrigues em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes. No álbum temos poesias, fados e a música brasileira. Segundo contam, esta gravação foi feita sem que (aparentemente) ninguém soubesse. O microfone foi escondido dentro de um vaso de flores. A famosa gravação pirata portuguesa. Por sorte alguém lembrou de tirar a água antes do microfone :))) (brincadeirinha). Mas o fato é que este disco nunca chegou a ser relançado no Brasil em formato cd. Também, nessa altura do campeonato, relançar este álbum em cd é chover no molhado. Mesmo assim eu não duvido que algum selo queira relançar este trabalho, afinal é um disco dos mais interessantes. Enquanto ninguém se habilita, a gente aqui toma as providências…
Pablo Neruda – Poemas de Amor
Este LP com Neruda e seus poemas de amor, também foi produzido por”Irineu Garcia e seu selo Festa para a coleção “Alba Plena”. Os poemas deste lp são os seguintes:
Poema N. 10
Cecília Meireles e Guilherme de Almeida – Vol IX
Este disquinho faz parte da série lançada pelo selo Festa de Irineu Garcia, onde cada disco foi contemplado com dois poetas. Neste temos Cecília Meireles de um lado e Guilherme de Almeida de outro.
Cecília Meireles recita :
1- apresentação
2- retrato
3- elegia a uma pequena borboleta
4- guitarra
5- cavalo morto
6- romance da bandeira de inconfidência
7- continuação
Guilherme de Almeida recita:
1- carta a minha noiva
Carlos Drummond de Andrade – Antologia Poética
UMA FOTO HISTÓRICA
Os Seis Em Ponto (1965)
Isaura Garcia – Chico Buarque De Hollanda E Noel Rosa Na Voz De Isaura Garcia (1968)
Isaura Garcia foi a primeira cantora de paulista a obter projeção nacional. De molejo imbatível no samba sincopado ou no samba-canção, ela apresenta lado a lado, neste LP de 1968, dois dos maiores compositores brasileiros: Noel Rosa e seu discípulo Chico Buarque, que na ocasião com apenas três anos de carreira já aparecia com a alcunha (merecida) de gênio. Aliás, foi ele mesmo que assinou a contra-capa do disco. Este álbum foi relançado em cd e ainda se encontra com uma certa facilidade à venda. Escute aqui e corra logo atrás dos seu, porque este já é meu! (toque dado, texto adaptado – tô com pressa!)
Conjunto A Voz Do Morro – Os Sambistas (1968)
Mais um álbum de samba e dos bons! O conjunto A Voz do Morro é a reunião de oito dos mais consagrados e geniais sambistas: Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Zé da Cruz, Zé Ketti, Anescar do Salgueiro e Oscar Bigode. Taí… precisa dizer mais alguma? Toca aí…
5 Estrelas Interpretam Bossa Nova (1963)
Este disco, lançado em 1963, traz cinco das mais famosas cantoras do cash da gravadora Continental. Elizeth Cardoso, Carminha Mascarenhas, Lucienne Franco, Marisa (Gata Mansa) e Morgana. O álbum reúne, numa copilação de bossa nova, faixas escolhidas dos discos dessas cantoras. Bacaninha, vale o toque.
5 No Balanço (1966)
Recebi este disco (arquivo) como uma colaboração para o Toque Musical. Disquinho muito bom que achava ser inédito ‘nas praças’. Que ingenuidade a minha… foi só fazer uma pequena busca e perceber… O álbum já havia sido postado, anteriormente, pelo Zecaloro/Loronix, o grande blog das raridades nacionais. Contudo, tenho certeza que ele não irá se importar ao ver este e tantos outros álbuns que temos em comum. Não é minha intensão ficar copiando postagens de outros. O que acontece é que temos as mesmas afinidades. Por certo também temos nossas particularidades, inclusive de público. Quanto ao álbum que temos aqui, trata-se de mais um excelente-e-obscuro-instrumental-bossa-nova. Não há infomações sobre a formação do grupo, mas o repertório é da melhor qualidade. Vale a pena este toque para quem ainda não se tocou.
Batucada Fantástica – Vol. 2 (1975)
Calma! Antes que alguém me corrija, vou logo informando: este não é o volume 2 do Batucada Fantástica do Perrone. A primeira vez que eu vi este disco também pensei que fosse. Eu acredito que este álbum foi lançado pela Musidisc no embalo do sucesso dos discos que Luciano Perrone fez. Há uma grande confusão nessa estória toda. Como ainda não descobri se existem ou não os volumes 2 e 4 do Perrone, não irei extender o assunto. Deixo para a apreciação de todos, que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir, este lp de batucada que também é fantástico. Trata-se de exibição de bateria das tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro. Muito bom! Quanto aos volumes 2 e 4 de Luciano Perrone, continuarei procurando. Enquanto isso, vamos tocando…
Luciano Perrone E Seus Ritmistas Brasileiros – Batucada Fantástica Vol.3 (1972)
O que é bom, sempre merece continuação. Então, segue aqui outro maravilhoso Batucada Fantástica Volume 3. Este disco foi lançado em 1972, celebrando os 50 anos de vida artística de Luciano Perrone. Ele continuou atuando com freqüência até 1994, quando foi mais uma vez homenageado, em outubro, pelos seus setenta anos de atividade, resolvendo, então, aposentar as baquetas. Faleceu em 13/02/2001.
Luciano Perrone – Batucada Fantástica (1959)
Indiscutivelmente um dos melhores discos de percussão que eu já ouvi. Luciano Perrone foi o grande mestre da bateria. Considerado por muitos anos o melhor baterista/percussionista do Brasil. Por este disco de ritmos brasileiros ele recebeu em 1967, o Grande Prêmio Internacional do Disco, instituído pela Academia Charles Cros de Paris. Este álbum é obrigatório na discoteca básica de qualquer DJ que se preze. Quem ainda não ouviu não pode perder essa oportunidade. Aliás, é bom dizer. Este disco está presente como indicação nos melhores blogs de música da rede (salve Acesso Raro, viva Loronix!)
Algumas ponderações…
A gente as vezes idealiza as coisas, mas nem sempre elas permanecem como queríamos. Este é o caso do Toque Musical. Minha intensão era apresentar aqui um leque de variedades musicais, as que possuo, coleciono e que me acompanham desde a adolescencia. Esta discoteca é bem variada e por ela se pode ter uma idéia de como foi a minha formação musical (enquanto ouvinte). Não sou um estudioso da música e nem mesmo me relaciono com ela de forma sistemática e crítica. Meu negócio é mesmo amador, no sentido extrito da palavra. Gosto de música, dos discos e seus encartes. Queria que o Toque Musical fosse um pouco diferente de outras experiências passadas. Mas a gente acaba caindo no senso comum e faz de novo tudo igual. Parei para pensar nisso e ponderando, cheguei a conclusão de que agora só irei postar aquilo que gosto e que tenho. Afinal, o meu toque musical tem que ser, senão inédito, pouco tocado. Não quero mais me limitar à mpb, embora seja ela a melhor música do planeta. Mesmo porque, meus tesouros nacionais já se tornaram ‘exclusivo de todos’. Vez por outra vejo que até os meus fracos textos de postagens estão sendo aproveitados (fiquem a vontade), quando não na íntegra, pelo menos fragmentados. O negócio é mesmo trilhar um caminho verdadeiro. Ou eu faço o que gosto ou terei que gostar do que faço. Como quem faz sou eu, farei então como me agradar. O meu toque musical continua, agora para além das fronteiras.
PS.: aproveitando a viagem, gostaria de informar que os meus títulos em estão disponíveis para troca e venda. Interessados, entrem em contato!
Ruy Maurity – Este É O Primeiro (De Uma Longa Série) Long-play De Ruy Maurity (1970)
A Casa da Santa Branca
Felicia
Carrosel
O Milagre
O Fruto e o Produto
Minie
Movimento Geral
Luziamor
A Vida E Essa
E Tao Facil
Depois da Festa
Deus E O Diabo Na Terra Do Sol – TSO (1963)
Bebeto – Esperanças Mil (1977)
Bebeto é um artista da chamada linha “samba-rock”. Um estilo que se formou a partir de nomes como Jorge Ben, Wilson Simonal, Trio Mocotó, Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Gerson King Combo, Dom Salvador, Banda Black Rio, entre outros. Carlos Dafé e Bedeu, dois artistas já postados aqui, também são da mesma vertente. Embora muitos achem que o Bebeto imita Jorge Ben & Cia., eu o vejo como um artista original. Em sua trajetória musical ele se mantém fiel ao estilo, tendo seu trabalho agradado outros tantos. Um bom artista, um bom disco… Um toque musical.
Fredera – Aurora Vermelha (1981)
Aproveitando a brecha, vou colocando aqui mais um disquinho de música instrumental. Este álbum eu baixei através do e-mule, mas depois, lendo uma nota incluída no arquivo descobri que originalmente foi postado no blog Abracadabra (por sinal, bem recheado). A nota inclui, além das faixas, um texto sobre o selo Som da Gente. Curiosamente, o mesmo texto foi aplicado a outros álbuns lançados por este selo. Informação duvidosa – qual foi realmente o primeiro lançamento? Deixo a dúvida para vocês tirarem. Quanto ao disco apresentado, trata-se de um álbum do guitarrista do lendário Som Imaginário, o Frederiko, Fred ou Fredera. O disco é bem bacana e vai além de conceitos puramente de música instrumental. Se fosse outros tempos eu até diria que meio psicodélico, o sentido mai viajante da palavra. Fica aqui mais um toque.
Demetrius (1963)
Lembram do Demetrius? Esse cara foi a paixão das meninas dos anos 60. Ídolo da juventude, fazia um tipo Elvis Presley, seu timbre de voz era bem parecido com o do cantor americando. Quando a TV Record resolveu criar o programa de auditório da Jovem Guarda, Demetrius foi um dos escolhidos para ser o apresentador. Perdeu a chance para Roberto Carlos porque havia se casado recentemente e na época não era recomendável entregar o comando de um programa jovem nas mãos de um cantor comprometido. Ao longo de sua carreira gravou diversos discos, mas não conseguiu manter a pompa de ídolo. Como a maior parte da Jovem Guarda, ele se dissolveu num romantismo bem popular. Acho que esse é o grande mal da turma da JG, não houve uma evolução. Salvo alguns poucos e nobres casos, o resto vive apenas na reciclagem. Se temos que relembrar, então que o façamos direito, vamos aos discos! Aos velhos e autênticos discos. Toque este aqui…
Roberto Carlos – Primeiros Discos (1959 a 62)
Nesta postagem agrupei os primeiros disquinhos do Rei Roberto Carlos. A um tempo atrás, encontrar um compacto desses era um achado. As músicas que o Roberto canta eram registros raros, apagados pela própria fama, esquecidos em nome de um novo sucesso. Hoje, continua sendo um bom negócio, não mais pelo conteúdo, mas pelo objeto em si. Aqui estão reunidos quatro discoscompactos/EP/LP de 1959, 60, 61 e 62. Mais um toque super legal.
Toquinho & Guarnieri – Botequim (1973)
Este disco reúne as trilhas musicais de três peças escritas por Gianfrancesco Guarnieri. Em parceria com Toquinho, eles compuseram músicas para “Castro Alves Pede Passagem”, “Um Grito No Ar” e “Botiquim”. No álbum há também a participação da cantora Marlene. Um disco altamente recomendável. Toque esse toque.