Taí o primeiro disco da Beth Carvalho. Não é exatamente um álbum de samba, mas está dentro do contexto. Lp muito legal, com aquele clima de anos 60, de festivais… “Andança”, uma composição de Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi foi defendida por ela e os Golden Boys no III Festival Internacional da Canção”. A música ficou em terceiro lugar, se tornando um clássico do nosso cancioneiro popular. Não há quem esqueça de cantá-la numa roda de viola. Além da canção homônimo, o álbum traz outras faixas interessantes como “Sentinela”, gravada e sucesso na voz de Milton Nascimento. Disco importante da MPB, básico!
Arquivo mensais:agosto 2007
Martinho da Vila – Memórias De Um Sargento De Milícias (1971)
Martinho da Vila é outro sambista bastante apreciado. Assim como Beth Carvalho, acho seus primeiros trabalhos bem mais interessantes. É o caso deste álbum lançado em 1977. Nele podemos encontrar um sambista mais voltado para um samba de partido-alto. Ele foi um dos responsáveis pela popularização de um gênero que antes se limitava aos terreiros das escolas de samba. “Segure tudo”, “Menina moça” e “Pode encomendar o seu caixão” são as faixas mais conhecidas. Samba autêntico!
Beth Carvalho – Canto Por Um Novo Dia (1973)
Olha aí um disco bacana. Samba(-canção) puro, coisa fina! Para muitos este é considerado o primeiro disco da Beth Carvalho. Mas na verdade foi o primeiro na Tapecar, onde, na minha opinião, ela gravou seus melhores trabalhos. Beth já havia gravado um disco pela Odeon, mas esse fica para um outro momento. Neste lp tem “Folha seca” do nosso maravilhoso Nelson Cavaquinho e Guilherme de Britto, “Velhice da porta-bandeira”, “Hora de chorar”, “Canto por um novo dia”… Grande disco!
A Bienal do Samba – TV Record (1968)
Aproveitando o gancho, vamos agora para este outro disco raro que tem também uma composição do Synval Silva. A Bienal do Samba era uma proposta da TV Record, um festival apenas para o samba. Infelizmente a idéia não vingou e o projeto parou na segunda edição de 1970. Na primeira edição (1968) quem faturou o primeiro lugar foi a Elis Regina juntamente com os Originais do Samba, interpretando “Lapinha” de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro. O disco tem também Chico Buarque, Marilia Medalha, Jair Rodrigues e mais…
Synval Silva – Série Documento (1973)
Vamos começar a semana com samba. Tenho aqui alguns títulos que gostaria de compartilhar com os meus possíveis visitantes. Por enquanto, somente “os chegados”, mas aos poucos o público irá crescendo. Vamos abrindo com um disco importantíssimo, uma obra rara e esquecida assim como seu autor. Estou falando do Synval Silva, grande sambista e compositor da velha guarda. Foi um dos fundarores da escola de samba Império da Tijuca. Gravou apenas este disco na Série Documento da RCA Victor.
Tavito (1980)
Centro Popular de Cultura – O Povo Canta (1964)
“O povo canta” foi um trabalho musical composto por Carlos Lyra, Francisco de Assis, Billy Blanco, Rafael de Carvalho, Geni Marcondes e Augusto Boal. A venda desse compacto arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. No ano seguinte, o disco foi retirado de circulação pela censura. Na mesma época, o Teatro do CPC da UNE, recém-construído, foi metralhado pelo Movimento Anti-Comunista (MAC). Por um longo período este inocente disquinho foi considerado “material subversivo”. Hoje vale uma baba na mão de colecionadores.
… e não é pra menos, este disco pode ser considerado uma peça histórica na cena musical e política desse nosso país. Música de crítica, resistência e protesto. Insdispensável!
Ronnie Von – A Misteriosa Luta Do Reino De Parassempre Contra O Imperio De Nuncamais (1969)
Arnaud Rodrigues – Sound & Pyla ou Homenagem Do A ao Z (1970)
Eu tenho as vezes a impressão de que certos casamentos (ou parcerias) acabam implicando um dos parceiros. O mais forte acaba moldando o mais fraco. Um sempre fica na sombra do outro. Sinto algo parecido na relação do Arnaud Rodrigues com o Chico Anisio. O talento musical do Arnaud acabou ofuscado pelo humor e de uma certa forma pela dupla com o Chico.
Para quem não sabe, os dois formavam a caricata dupla “Baiano e Os Novos Caetanos”. Inicialmente tudo não passava de mais um quadro no programa de humor do Chico. Acabaram virando disco que também foi sucesso. O fato é que esse artista foi mais um que deixou pérolas esquecidas no mundo da MPB. Quantos ainda se lembram desse disco? Acho que vai ser mais fácil lembrar das última piadas que ele contou nA Praça é Nossa. Vale conferir… (quem vê cara, não vê conteúdo)
*esta postagem foi reeditada aqui em outro momento (texto completo)
Raimundo Sodré – Massa (1980)
Esse baiano apareceu no cenário musical depois de ter classificado sua composição “A massa”, no MPB 80, festival realizado pela Rede Globo. A música foi um tremendo sucesso, abrindo assim a chance do cara de gravar seu primeiro disco. O álbum em questão tem, além da faixa título, outras músicas bem marcantes como “Vai pra casa esse menino, viu?” e “Recado pro pessoal lá de casa”. Ele depois desse, chegou a lançar outros trabalhos. Quem se interessar poderá encontrar outros títulos postados nos blogs de música. Sei que já vi em algum lugar, mas não me lembro onde. Quem souber, dê a dica…
Cesar Costa Filho – Bazar (1977)
Outro cara sumidaço é o Cesar Costa Filho. Durante os anos 70 ele esteve bem atuante, gravando diversos discos. Suas composições foram interpretadas por Elis Regina, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dóris Monteiro, Claudette Soares, Elizeth Cardoso, Vanusa, Antônio Marcos e até figurinhas duvidosas como Eliana, Xuxa, Angélica e Rosana e mais… Acho que ele sumiu da parada depois que passou a ser o presidente da UBC (União Brasileira de Compositores). Ele também foi um dos fundadores do MAU (Movimento Artístico Universitário) ao lado de Ivan Lins, Gonzaguinha, entre outros.
“Bazar” foi seu terceiro lp e tem como destaque a divertida “Consumatum Est (nessa época ainda não havia o Viagra hehehe… Disquinho legal, recheado de bons sambas-canção.
Paulo Rafael (1988)
Zé Rodrix – I Acto (1973)
João Bosco (1973)
João Carlos E Zé Augusto – Nem A Nem B (1981)
Mais um exemplar (e um exemplo) de um trabalho raro e esquecido. Talvez, se não fosse iniciativas como as dos blogs de música, ninguém viria saber da existência deste disco. João Carlos e Zé Augusto são dois compositores mineiros, num trabalho realizado em 1981 e contou com a produção, arranjos e participação de Nelson Ângelo. Aliás, o álbum traz ainda outros convidados e participantes ilustres como Danilo Caymmi, Titane, Juarez Moreira e Grupo Uakti.
“Pois é, mais um trabalho musical. É a partida de João e José e essa viagem não tem volta. A direção é aperfeiçoar, caminhar, repetir, repetir pra ficar bonito. Foi m trabalho feito com muito carinho e dedicação de todos que dele participaram. Agora é ouvir, porque música é pra ouvir e não pra falar.” Nelson Angelo
Filó Machado – Filó (1978)
Filó é mais um desses grandes artistas brasileiros que tem passado batido, pouco falado, pouco ouvido. Pelo menos aqui no Brasil. Lá fora o cara é respeitado, com vários discos lançados e trabalhos ao lado de nomes como Kenny Barron, César Camargo Mariano, Romero Lubambo, Djavan, Michel Legrand, Jane Bunnet, Johnny Alf, Tetê Espíndola, Hermeto Pascoal e vai por aí a fora. Neste disco de 1978, o primeiro de sua carreira, já podemos ver o nível e a qualidade do cara. Me faz lembrar um pouco o Milton Nascimento. Bom disco!
Erasmo Carlos – A Pescaria (1965)
Erasmo Carlos (1967)
Aqui segue o quarto disco de Erasmo. Lançado em 1967, este foi a sequencia no mesmo ano do álbum “O Tremendão”. Também se trata de um trabalho memorável, embora ofuscado por sucessos anteriores. Vale a pena ouvir “Cara feia, pra mim é feia”, “O caderninho”, “O ajudante do kaiser” e a versão de “Mellow Yellow” do Donovan, “O caramelo”.
Erasmo Carlos – Você Me Acende (1966)
Erasmo Carlos – Carlos, Erasmo… (1971)
Começando a semana, o mês, o blog… vamos com alguns títulos ainda raros (senão inéditos) no mundo dos blogs de música. Hoje, graças a esses maravilhosos transgressores, podemos encontrar pérolas musicais que até a pouco tempo estiveram perdidas, esquecidas ou mesmo que em sua época não tiveram seu reconhecimento. Quero começar aqui com um artista genial, que embora nunca tenha sido esquecido, tem sua obra pouco lembrada. Vamos abrir o nosso Toque Musical com chave de ouro. Um cara nota 10! “O meu amigo, Erasmo Carlos!”
Inicialmente, vamos com “Carlos, Erasmo…”, álbum lançado em 1971. Primeiro disco pela Philips. Um trabalho que nos mostra um Erasmo amadurecido. O destaque, entre outras, fica para o sucesso “De noite na cama”, de Caetano Veloso.