Orquestra Violinos De Ouro – Balada Romance Melodia (1962)

Em 27 de dezembro de 1962, na edição de número 691 da “Revista do Rádio”, a gravadora Odeon  (subsidiária brasileira da britânica EMI, absorvida anos mais tarde pela Universal Music), em anúncio na página 33, anunciava a série “Galeria de ouro”, um suplemento especial com cinco LPs instrumentais, visando comemorar seu quinquagésimo aniversário,que aconteceria no ano seguinte, 1963 (na verdade, a marca Odeon surgiu em 1904, na cidade alemã de Berlim, e, dois anos antes, a Casa Edison já havia iniciado a gravação de discos no Brasil, representando a Zon-O-Phone, logo substituindo o selo por aquela que seria a famosa “marca do templo”, portanto adotada bem antes de 1913).

É dessa série que faz parte o álbum que o Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados: “Balada, romance, melodia”. Foi gravado pelos Violinos de Ouro, uma orquestra sobre a qual absolutamente nada se sabe, nem mesmo a respeito de seus integrantes. Como o próprio título indica, trata-se de uma seleção de clássicos da MPB de cunho romântico, ainda hoje bastante conhecidos,  lançados em épocas diversas. Vejam só o cardápio que esses autênticos ases da rabeca nos oferecem: “Risque” (”meu nome do seu caderno”, obra-prima do mestre Ary Barroso), “Ave Maria” (a de Vicente Paiva e Jayme Redondo, sucesso em 1950 com o Trio de Ouro e também com Dalva de Oliveira, então já desligada do mesmo),  “Mulher”  (de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, e não Evaldo Ruy, como erroneamente está no selo), “Fim-de-semana em Paquetá”,  “Rosa de maio”, “Jangadeiro do Norte” e outras.  Tudo isso sob a direção artística do pianista e compositor José Ribamar, reconhecidamente um craque da MPB.  Além deste,os Violinos de Ouro ainda lançariam, neste mesmo suplemento especial, LPs dedicados ao samba, à guarânia, ao bolero e à música de cinema (nesse último caso, com o nome de Orquestra de Ouro). Diz a contracapa deste aqui: “Você vai gostar dessa produção. Ela foi feita pra você. Que, certamente, ama o amor. Que, certamente, se encontrará num dos romances descritos aqui a violinos de ouro”. Ao que parece, a  orquestra foi constituída apenas para a gravação desses álbuns . Ainda assim, vale conferir este “Balada, romance, melodia”, principalmente pela qualidade do repertório e dos arranjos.  L’amour, toujours  l’amour
risque
ave maria
mulher
velho realejo
fim de semana em paquetá
a chuva caiu
chuá chuá
além
luar de paquetá
rosa de maio
malandrinha
jangadeiro do norte
*Texto de Samuel Machado Filho

Orquestra Violinos De Ouro – Boleros (1963)

Bom dia! Rapidinho, aqui vai a nossa postagem do dia. Estou trazendo este álbum orquestral, lançado no início da década de 60, um dos primeiros discos estereofônicos da Odeon. Para quem estava acostumado a ouvir discos monos e em vitrolinhas, ao ouvir este lp deve ter achado uma glória. E é interessante observar como a qualidade dos primeiros discos ‘stéreos’ eram bem mais caprichadas. Parece que os caras faziam os discos com mais carinho e preocupação. Esta gravação da ‘Orquestra Violinos de Ouro’ é fenomenal, mesmo vindo de um disco com quase 50 anos e já bem surrado. A gente consegue perceber com clareza toda a riqueza instrumental.
A ‘Orquestra Violinos de Ouro’ é o nome dado para este disco à orquestra de estúdio da Odeon sob a batuta do Maestro Lyrio Panicalli e com direção musical de José Ribamar. No disco encontraremos um repertório de sucessos internacionais ao ritmo orquestral de boleros. Uma pegada latina para temas do momento. Confiram…

quando – parlami d’amore mariu – legata a un – granello di sabbia
stormy weather – ruby
concerto nº2 para piano, em dó menor
my love for you
i can’t stop loving you
come sinfonia
be my love – in the still of the night
o pescador de pérolas
ti guardero nel cuore
allthe thing you are
days of wine and roses
begin the beguine