Arquivo da categoria: Infantil
Topo Gigio 2 (1969)
Orquestra Disneyland E Aloysio De Oliveira – Perri (1959)
Topo Gigio (1969)
Liderato – O Rato Que Era Lider (197…)
Boa noite, fiéis amigos cultos e ocultos! No balaio do ‘tudo que convém’, eu hoje vou de historinha infantil. É, isso mesmo, mais uma curiosidade que vocês só vão ver (e ouvir) por aqui. Olha aí, chamem as crianças. Vamos todos ouvir a história de Lederato, o rato que era líder. Uma historinha bem atual, uma fábula política que muito cabe nos dias atuais. Esta história é de André de Carvalho e Gilberto Mansur. A música tema é uma composição de Aécio Flávio e letra de André Carvalho.
Para facilitar a vida de todos, o áudio está num arquivo apenas, integral. Confiram no GTM!
Chacrinha & Chacretes – Cantam Para Todas As Festas (1985)
É incontestável a importância de José Abelardo Barbosa de Medeiros, ou mais simplesmente Chacrinha (Surubim, PE, 30/9/1917-Rio de Janeiro, 30/6/1988), para a comunicação de massa no Brasil. No rádio e principalmente na televisão, usando roupas exóticas e espalhafatosas, ele foi enorme sucesso de audiência, apresentando programas de calouros (a “Buzina”, com a qual reprovava os calouros que desafinavam) e de cantores consagrados (a “Discoteca”). Muitos cantores que debutaram como calouros de Chacrinha despontariam mais tarde para o estrelato, entre elesRoberto Carlos, Perla, Paulo Sérgio e Raul Seixas. O “velho guerreiro”, como foi carinhosamente chamado por Gilberto Gil no samba “Aquele abraço”, também criou frases e bordões famosos, tais como “Terezinha!” (originário da propaganda da água sanitária Clarinha, que fazia no rádio), “Vocês querem bacalhau?”, “Na TV nada se cria, tudo se copia” (é verdade…), “Quem não se comunica se trumbica”, “Eu vim para confundir e não para explicar”, “Roda, roda, roda e avisa” (anunciando o intervalo comercial), “Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?” “Vai para o trono ou não vai?”, etc. Além disso, anualmente lançava marchinhas de carnaval que caíam na boca do povo. Quem não se lembra, por exemplo, de “Você gosta da lourinha?”, “Maria Sapatão”, “Leva eu, painho”, “Marcha da camisinha” e tantas outras? Além dos jurados que avaliavam os calouros, tais como Elke Maravilha, Pedro de Lara, Edson Santana, Aracy de Almeida, Carlos Imperial e o travesti Rogéria, outro elemento que contribuía para o sucesso de Chacrinha na televisão eram as “chacretes”, dançarinas profissionais de palco que faziam coreografias para acompanhar as músicas e animar a atração. No início, eram conhecidas como “vitaminas do Chacrinha”, e em 1970 passaram a ser denominadas chacretes. Algumas das mais famosas foram Rita Cadillac, Fernanda Terremoto, Suely Pingo de Ouro, Índia Amazonense e Fátima Boa Viagem. E é justamente com o inesquecível “velho guerreiro” e suas endiabradas chacretes o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. É “Chacrinha &chacretes cantam para todas as festas”, lançado pela Som Livre em 1985, época em que ele apresentava o “Cassino do Chacrinha”, na Globo. Com direção de produção de Pedrinho da Luz, que também participa como arranjador, regente e técnico de mixagem, é um álbum cheio de alegria e alto astral, feito para animar as mais diversas festividades. Para as festas juninas, por exemplo, há uma quadrilha marcada (a contracapa do disco reproduz seu roteiro). Há também um pot-pourri carnavalesco (do qual a “Maria Sapatão” faz parte), músicas para o Natal (o clássico “Jingle bells’), e aniversários, inclusive para o público infantil. Em suma, um disco bem animado, “pra cima”, que o TM hoje nos oferece, como recordação e justa homenagem a este grande comunicador que foi Abelardo “Chacrinha” Barbosa!
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*Texto de Samuel Machado Filho
Grupo Olá (1980)
Olá! Será que os amigos cultos e ocultos se lembram deste disco? Principalmente aqueles que ainda eram crianças entre o final da década de 70 e início dos 80. Temos aqui o ‘Olá’, mais que um simples disco infanto-juvenil, um projeto realmente interessante criando pela pedagoga Denise Mendonça. Uma ideia que nasceu nos anos 70 quando Denise se encontra com Maria Mazzetti, também professora, escritora e poeta, que dedicou seu trabalho à educação infantil. Mazzetti foi uma incentivadora de Denise, oferecendo a ela seus poemas para serem musicados. Dessa parceria nasceu no início de 80 o bem idealizado lp independente ‘Olá’, um disco muito bem produzido, gravado em Belo Horizonte, na Bemol, com direito a libreto com todas as músicas, recheado de desenhos e ainda um compacto duplo, pois ao que parece, não coube tudo num disco só. Este disco foi lançado em 1980, mesmo ano em que começaram as atividade do Instituto de Arte Tear, criando também por Denise Mendonça, no Rio de Janeiro. A propósito, este trabalho foi relançado em cd, mas me parece que em uma nova gravação. Denise, continua a frente do Tear, tentando manter acessa a chama da educação e cultura, hoje em dia tão golpeada em nosso país. Ouve só… 🙂
Trio Patinhas – O Mundo Maravilhoso De Walt Disney (1975)
Outubro, mês das crianças. É também a ocasião de despertar um pouco da criança que sempre existe em cada um de nós, relembrando um tempo feliz e cheio de recordações gratas e agradáveis. As brincadeiras, os tempos de escola, amigos e colegas que ficaram para sempre na memória e no coração… Muita gente, tanto no Brasil como no mundo, teve sua infância embalada pelas imortais criações dos estúdios de Walt Disney (1901-1966), cartunista e produtor cinematográfico norte-americano. Ele e seus auxiliares criaram tipos inesquecíveis, que todos conhecem, tanto das histórias em quadrinhos (até hoje publicadas entre nós pela Editora Abril) quanto dos desenhos animados: Mickey (o primeiro deles, surgido em 1928), Pluto, Pato Donald e seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho, Clarabela, Margarida, Pateta, Mancha Negra, Zé Carioca, Esquálidus, o pato Peninha… Um dos mais expressivos argumentistas e desenhistas da Disney foi Carl Barks, que criou para o velho Walt personagens como Tio Patinhas, Irmãos Metralha, a feiticeira Maga Patalójika e o Professor Pardal, além de ter transformado os sobrinhos de Donald em escoteiros-mirins. Nunca esquecendo que Walt Disney foi o pioneiro dos “cartoons” em longa-metragem, ao lançar, em 1937, o inesquecível “Branca de Neve e os Sete Anões”. Seguiram-se outros sucessos, tais como “Dumbo”, “Bambi”, “Pinóquio”, “Cinderela”, “Música, maestro”, “Alice no país das maravilhas”, “A dama e o vagabundo”, “A bela adormecida”, “Cento e um dálmatas”, “A espada era a lei” (em que apareceu outra bruxa famosa do estúdio, Madame Min), “Mógli, o menino-lobo”, “Aristogatas”, “A pequena sereia” e também produções em “live action”, ou seja, com atores, tais como “Mary Poppins”, “A ilha do tesouro”, “Felpudo, o cão feiticeiro”, “O fantástico super-homem”, “A lenda dos anões mágicos”, “O fantasma do Barba Negra”, “Se meu fusca falasse” (“Cento e um dálmatas” também foi refilmado com atores, inclusive com Glenn Close fazendo uma Cruela de Ville impagável), “A montanha enfeitiçada”… E como esquecer as séries “Disneylândia” e “Zorro” (baseada no personagem de Johnston McCulley), que a televisão exibiu por décadas, inclusive no Brasil? Ainda hoje, a Disney é um dos maiores conglomerados de entretenimento do mundo, atuando ainda no setor de TV aberta (é dona da rede ABC, ainda hoje uma das maiores dos EUA) e por assinatura, e continuando a produzir filmes animados (agora por computador, tipo “Toy story”, “Carros”, “Monstros S.A.”, “Up – Altas aventuras”, “Bolt – Supercão”, “Frozen”) e de “live action” (“Encantada”, “High School Musical”, “Jamaica abaixo de zero” etc.). Atualmente, a Disney também é proprietária da Marvel, detentora dos direitos de super-heróis como Capitão América, Hulk, Thor, Surfista Prateado, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e Homem de Ferro. Pois o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos um álbum lançado em 1975 pela Som Livre (com o selo Disneyland), muito apropriadamente denominado “O mundo maravilhoso de Walt Disney”. O disco foi produzido pelo professor Theotônio Pavão (Pratânia, SP, 27/4/1915-São Paulo, 25/2/1988), o que por si só já o credencia. Ele assina a maior parte das faixas, apresentando cada um dos principais personagens clássicos da Disney, como Tio Patinhas, Donald, Gastão (aquele da sorte infalível), Zé Carioca, Zorro, Mickey, Pluto, Vovó Donalda etc. Abrindo o álbum, um trecho do tema principal do filme “Pinóquio”, de 1940, “When you wish upon a star”, e seguem-se as músicas, na interpretação do Trio Patinhas, do qual Meire Pavão, filha do professor Theotônio e cantora de sucesso na Jovem Guarda, é por certo a vocalista principal. E para fechar com chave de ouro, uma regravação de “Papai Walt Disney”, versão de Sidney Morais (que assina como Espírito Santo, uma vez que seu nome completo é Sidney do Espírito Santo de Morais) que tanto sucesso fez em 1962 com o Conjunto Farroupilha. Enfim, um trabalho que merece ser ouvido por crianças e adultos, e uma justa homenagem ao criador do chamado “mundo da fantasia”, Walt Disney. É ouvir e sonhar…
*Texto de Samuel Machado Filho
Lucinha Lins e Cláudio Tovar – Simbad de Bagdad (1986)
O TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados mais um álbum infantil que, por certo, vai fazer muitos deles recordarem seu tempo feliz de criança. Ele foi concebido por Lucinha Lins em companhia de seu segundo marido, Cláudio Tovar, e foi lançado em 1986 pela gravadora Arca Som, que pertencia ao Grupo de Comunicação O Dia, cuja principal empresa era o jornal carioca de mesmo nome, ainda hoje em circulação. Nesse tempo, a extinta Rede Manchete de Televisão havia perdido para a Globo a apresentadora Xuxa Meneghel, e o “Clube da Criança”, que ela apresentava na faixa vespertina, passou a ser uma simples “sessão desenho”. Para não deixar sua programação sem representantes para as crianças, a emissora dos Bloch, aproveitando o sucesso que Lucinha Lins e Cláudio Tovar vinham fazendo em espetáculos teatrais infantis, contratou o casal. Assim, no dia 3 de março de 1986, a Rede Manchete estreava o “Lupu Limpim Clapla Topo”, programa com nome bem incomum e que poucas crianças conseguiam pronunciar. Dirigido por Sérgio Galvão e Cláudio Tovar, e com textos de Lula Torres e Maria Lúcia Dahl, era um infantil bem diferente dos que haviam na época, pois baseava-se em teleteatro com agradáveis curiosidades e, logicamente, recheado de desenhos animados. Tempos depois, o programa passou a contar com um auditório de crianças. Nesta fase, além de brincadeiras como “Cama de gato”, o “Lupu Limpim” tinha dramatizações de clássicos infantis. E tinha também a Lucinha Lins ensinando a “língua do P”, uma forma diferente de falar que acabou caindo no gosto da criançada. O tema de abertura do programa era “Caixa de brinquedos”, que abre também o presente álbum, com produção executiva da própria Lucinha Lins, e dividido em duas partes. No lado A, temos a trilha sonora de um dos musicais teatrais que Lucinha e Cláudio fizeram com sucesso, “Simbad de Bagdad”. No lado B, os temas de “Lupu Limpim Clapla Topo”. Tudo com arranjos e regências de um verdadeiro “craque”, Antônio Adolfo. Em fins de 1987, o “Lupu Limpim Clapla Topo” saiu do ar, e o “Clube da Criança” voltou, agora apresentado por nada mais nada menos do que Angélica, atualmente na Globo. Este álbum de Lucinha Lins e Cláudio Tovar, portanto, é mais um trabalho de qualidade destinado ao público infantil, que o TM oferece com muito orgulho e satisfação. É digno representante de um tempo em que as redes de televisão aberta dedicavam mais espaço a atrações para crianças, que, com o advento da TV por assinatura e da internet , e as restrições impostas pelas autoridades à propaganda de produtos destinados ao consumo infantil, sobretudo guloseimas, passaram a se tornar inviáveis comercialmente. Mas, se as coisas boas um dia se acabam, o TM, através de postagens como esta, faz com que elas fiquem vivas em nossa lembrança!
*Texto de Samuel Machado Filho
Passa, Passa, Passará – TSO (1986)
Compositor, tecladista, arranjador e professor de música, Antônio Adolfo (Rio de Janeiro. 10/2/1947) fez, em parceria com Tibério Gaspar, sucessos que ainda hoje estão na memória de muitos, tais como “Sá Marina”, “BR-3”, “Juliana” e “Porque hoje é domingo”. É irmão de outro cantor-compositor bastante conhecido, Ruy Maurity, e pai da cantora Carol Saboya. Em 1971, no auge da ditadura militar, Antônio Adolfo resolveu sair do Brasil, indo para os EUA e Europa, a fim de realizar estudos de aperfeiçoamento musical, retornado anos mais tarde para atuar como músico de estúdio. Em 1977, resolveu criar seu próprio selo fonográfico, o Artezanal, passando a produzir ele mesmo seus discos. Nesse ano, lançou seu primeiro álbum nesse novo esquema, “Feito em casa”, que é considerado o primeiro LP independente na história fonográfica brasileira. E, evidentemente, viriam muitos outros. Desde 1985, ele se dedica à sua escola de música, o Centro Musical Antônio Adolfo, além de participar em eventos internacionais como músico e educador, sem deixar de lado a carreira de intérprete. Ganhou dois Prêmios Sharp de Música, pelos álbuns “Antônio Adolfo” (1995) e “Chiquinha com jazz” (1997), este último dedicado á obra de Chiquinha Gonzaga. Em 1986, o selo Artezanal produziu o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados. É a trilha sonora do musical infantil de teatro “Passa passa passará”, com texto de Ana Luiza Job, mulher de Antônio Adolfo (suas filhas, Carol Saboya, então atuando no teatro infantil, e Luísa Maria, sempre adoraram o gênero), e para o qual, além dele, também produtor, arranjador e executante das faixas deste disco, Xico Chaves e Paulinho Tapajós colaboraram na elaboração das canções. A peça foi encenada com sucesso em teatros cariocas, e vez por outra ressurge em novas montagens. E, deste disco, participaram nomes de peso: Oswaldo Montenegro, Elza Maria, Zezé Gonzaga, Joyce (atualmente Joyce Moreno), Leci Brandão e, claro, o irmão de Antônio Adolfo, Ruy Maurity, e a filhota, Carol Saboya, esta integrando o coral do Passa Passa Passará, ao lado de Paulinho Tapajós e do maestro Ary Sperling, entre outros. Tudo produzido com elevado padrão técnico e artístico, com músicas bem elaboradas e cativantes. Enfim, mais um trabalho de primeiríssima qualidade que o TM oferece hoje, para o encanto e o deleite de crianças e adultos!
passa passa passará
cacarejando
o menino perdido
samba do macaco
natureza
blues da raposa
bola de cipó
abelhinha
fazendo bolo
caracol
* Texto de Samuel Machado Filho
O Gato De Botas / O Pequeno Polegar (1957)
Villa Lobos Às Crianças (1987)
Olá amiguinhos cultos e ocultos. Hoje é dia de Nossa Senhora da Aparecida, padroeira do Brasil. Salve ela e salve o Brasil! Mas é também o Dia das Crianças, salve, salve… Na minha infância não tinha isso de ‘dia das crianças’. Aliás, eu só vim a saber que existia o tal dia depois que eu virei adulto. Sacanagem… Passei pelo menos uns dez anos ignorando meus direitos. Acho que vou processar todas as Associações do Comércio por terem negligenciado a propaganda de incentivo a compra de brinquedos nesse dia. Poxa, meus pais não foram avisados, fiquei chupando dedo. Quero de volta todos os meus Dia das Crianças! E com presente!
Eu, durante o tempo de existência do blog, não me lembro de ter dedicado uma postagem à esse dia. Acho que poucas vezes postei material infantil por aqui. Embora eu tenha acesso a milhares de discos infantis, prefiro deixar isso para o Cantos & Encantos, que é o blog especializado no assunto. Porém, contudo e todavia, vou deixando aqui um toquezinho interessante.
“Villa Lobos às crianças” é um trabalho criado pelo violinista polonês, naturalizado brasileiro, Jerzy Milewski. Jerzy é conhecido por suas interpretações instrumentais de artistas como Milton Nascimento, Djavan, Paulinho da Viola, entre outros… Neste disco ele foi o responsável pela criação e direção, em um trabalho voltado para o público infantil. Trata-se de uma adaptação da obra de Maria Clara Machado, “Clarinha na ilha”, cuja a trilha é pautada em Villa Lobos. A adaptação é de Hélio Bloch e a narração dos atores Lucinha Lins e Claudio Cavalcanti.
Agora, senta que lá vai a história…