Digam aí, amiguinhos cultos e ocultos, o que acharam desta nossa grande mostra de discos de sete polegadas? Hoje damos por encerrada a apresentação exclusiva de compactos, mas eles sempre voltam, sozinhos ou em bloco, ok?
Aqui temos mais uma raridade para fechar de vez a mostra. Em meio a tantos disquinhos fui escolher este compacto simples, lançado em 1968 pela CBS, através de seu selo Epic. Trata-se de um grupo vocal da era Jovem Guarda, Os Inocentes. Eis aí um nome de conjunto que tem tudo a ver com aquela época e por outra, parece que muitos grupos adotaram esse nome já desde essa época dos anos 60 e aí, se a gente não tem a informação correta, corre o risco de gerar mais confusão para quem busca um pouco da história. O fato é que não foi fácil descobrir quem era mesmo esses Inocentes, mas acabei chegando a conclusão que este era mesmo um quarteto vocal vindo do interior de São Paulo, descobertos por Carlos Imperial com quem gravaram o primeiro compacto e posteriormente caíram nas graças de Rossini Pinto, passado para a RCA Victor onde gravaram outro compacto. O grupo se apresentou em shows e programas de televisão, fizeram um relativo sucesso local. E ao que parece, gravaram apenas mais um disquinho, que é este que aqui publicamos. Confiram essa raridade no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como hoje é domingo, Silvio Santos vem aí… Reservei essa curiosidade para hoje, afinal os domingos sempre foram dele na televisão. Fala sobre Silvio Santos é chover no molhado, figura bastante popular nesse nosso Brasil já há décadas. Um homem que soube enriquecer explorando o povão com seu Baú da Felicidade, apoiado sempre pelos governos militares (e vice-versa), conseguiu se dar bem, se tornando um homem poderoso da televisão. Nada como ser conivente com qualquer tipo de governo, seja de direita, militar ou de esquerda. Silvio Santos sempre soube como lidar e tirar proveito dos momentos e é por isso que ele ainda está por aí, mumificado, mas ainda se arrastando… Admiro o sujeito pela sua inteligência e sagacidade. Popular e populista, Silvio Santos é mais que um simples apresentador de programas dominicais. Um tipo que chegou a ser cotado para Presidente de República, mas experto como é, prefere ser ‘eminência oculta’, comendo pelas beiradas. Uma prova de que os meios ‘televisivos’ deram e ainda dão aos seus donos todo o poder e riqueza. Mas deixemos esse lado as canalhices e politicagens, vamos focar na diversão. E neste sentido, SS foi um mestre, como apresentador de programas, comunicador, encantou milhares de brasileiros, se tornou também uma celebridade, que eventualmente gostava de cantar, participar da festa… Certamente, não podemos considerá-lo como um bom cantor, mas este soube também usar da voz para vida a coisas como essa… Aqui temos dele, em produção independente, um compacto que se não me engano foi lançado em 1969. Um disquinho curioso e raro hoje em dia no qual ele aparece cantando um samba feito para (provavelmente seu time) o Corinthians e do outro lado recitando apaixonadamente uma poesia, que por certo deve ser sua. Musicalmente, o que salva o compacto é a presença do maestro Francisco Moraes, responsável pelos arranjos e orquestração. Uma curiosidade que, por certo, a torcida do Corinthians conhece bem. Confiram no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nada como ser independente, não estar atrelado a regras e poder seguir livremente fazendo as coisas do jeito que a gente quer. Me refiro, por certo, ao próprio blog Toque Musical, esse ‘arremedo informativo fonomusical’ que está na ativa já há quase quinze anos. Sabemos o quanto somos menosprezados pela turma dos expertise da música, gente graduada que escreve em jornais e revistas, publicam livros e coisa e tal, mas torcem o nariz para o nosso blog. Eu até entendo, principalmente por conta de uma certa vaidade e orgulho, ter seu nome associado ao TM pode por em descrédito o profissionalismo. E isso se dá pelo fato de não termos normas, por ser um blog que compartilha no assunto da música o fundamental, a própria música. Ainda hoje somos associados a pirataria, como se tivéssemos mesmo interessados em fazer dinheiro. Estamos há 15 anos por aqui e ao contrário do que possa parecer, nunca ganhamos nada além da satisfação de apresentar diariamente uma produção fonográfica, coisa que, modéstia a parte nós, os blogs musicais, ajudamos a resgatar. Sinceramente, acho mesmo até bom que não tenhamos nos vinculado a parceiros robustos. Por certo, numa dessas já teríamos fechado as portas, como fizeram tantos outros blogs, seja pela pretensão ou pela falta mesmo de estímulos (melhor um incompetente animado do que um competente limitado). É ótimo trabalhar assim, sem amarras, sem uma ordem que nos imponha limite. É bom contar com parceiros que se unem ao TM apenas pelo prazer em cooperar. E se ainda estamos no jogo, isso se deve ao fato de somos exatamente isso o que queremos ser, um blog de caráter pessoal, que posta e compartilha em seu grupo privado, o GTM, o conteúdo de suas publicações. Alguns, por certo, irão questionar o fato de pedirmos doação, coisa que fazemos somente e mediante a solicitação para postagens antigas cujo os links já tenham caducado. Consideramos isso como uma contrapartida, um valor simbólico que nos ajuda a manter a hospedagem da versão WordPress e sua manutenção, nada a mais. Nosso ganho é apenas o prazer de fazermos novas amizades e nesse sentido, temos os melhores amigos cultos e ocultos do mundo, que são vocês…
Mas, deixemos esse assunto para um próximo momento, vamos dando sequencia às nossas postagens que hoje está trazendo o genial Jards Macalé. Já o apresentamos aqui em outros trabalhos, mas como estamos na onda dos discos de sete polegadas, vamos aproveitar a oportunidade para postarmos dele este disquinho que foi seu filho primogênito, um compacto duplo lançado pela RGE, em 1970. “Só morto (burning night)” foi um trabalho produzido pelo próprio Macalé e por Carlos Eduardo Machado, contou com a participação de um time de primeira linha, como se pode ver na ficha da contracapa. Trazia o grupo de rock carioca Soma, Zé Rodrix no piano e orgão e Naná Vasconcelos na percussão. As quatro músicas que compõe o compacto são todas de Macalé em parcerias, sendo uma com Capinan e as outras três com Duda (Carlos Eduardo Machado). Nas quatro faixas Macalé é o responsável pelos arranjos e é quem toca o violão. Neste primeiro disco temos, por exemplo, a música “Sem essa”, que voltaria a ser regravada por ele em seu disco de 1977. Embora seja uma joinha, o disquinho tem uma qualidade de som que ficou a desejar e foi nesse desejo que décadas depois ele mereceu uma segunda edição, feita com maestria pela Discobertas, transformando aquele compacto duplo em um lp/cd e no qual trazia mais dez faixas bônus que são gravações também antigas, feitas ao vivo. Esta versão vocês ainda encontram com facilidade para comprar. Já o compacto original, esse já virou artigo de especulação no Mercado Livre e Discogs. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Um artista que sempre gostamos de ver (e ouvir) no Toque Musical é o Dick Farney. E aqui está ele novamente, marcando presença com sua orquestra, neste disquinho de 7 polegadas, lançado em 1963 pelo selo RGE. Como podemos ver logo na contracapa, aqui temos uma seleção de ouro para este compacto duplo, com quatro sambas clássicos, a ver e ouvir com prazer…
Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais uma curiosidade fonográfica extraída por debaixo da poeira do tempo. Mais um disquinho obscuro que teria passado batido, não tivesse antes caído em nossa graça. Como todos já devem saber, o Toque Musical se destaca pela variedade. Aqui cabe música, mas também cabe qualquer coisa produzida para ser um fonograma, de textos narrativos, poesias e histórias a documentos sonoros, jingles e até mesmo toques, barulhos e efeitos sonoros. Afinal, para um bom ouvido, tudo pode ser música, inclusive poesia. E sobre poesia que nos encontramos agora. Eis aqui este obscuro disquinho de sete polegadas, uma produção independente de 1967, coisa feita aqui mesmo na capital da ‘Geraes’. Um disco de sete polegadas que cumpre aqui o seu papel de compacto, mas compacto não de um lp, mas de um livro. Sim, aqui temos uma amostra com quatro poemas da poetisa Ulta Nunes Machado, um nome o qual eu não encontrei nenhuma referência na enciclopédia Google. Por certo, esta será a primeira menção a esta poetisa e também a esse disquinho raro. Suas poesias são interpretadas pelo moço, galã da foto e quase meu xará, Antonio Augusto, que conta ainda com um fundo musical feito pelo violonista José Eugênio. Ao que se entende, este compacto foi uma prévia do livro de poesias de Ulta Nunes Machado que estava par ser lançado.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós, mais uma vez, ouvindo discos com outros olhos… Eis que me cai às mãos este disquinho, um compacto com uma capa que me chamou a atenção. Edson da Paz, quem seria? Pela capa, logo pensei se tratar de um samba-rock. O nosso artista aqui é bem estiloso, de cabelo ‘blackpower’, óculos tipo ray-ban e uma guitarra nas mãos. Estava eu com os ouvidos bem abertos achando que viria alguma coisa swingada… qual o quê… Não foi de todo uma decepção, até porque quem vê capa não ouve a canção. E lá estava eu descobrindo o Edson da Paz. O compacto foi lançado em 1981, mas tem aquele ranço de 10 anos trás, aquela pegada meio brega, meio pós jovem guarda, aquela influência ‘robertocaliana’ até mesmo nos timbres vocais deste cantor. É mesmo curioso e disso eu gosto bem e acho que cabe aqui como uma luva, afinal, adoramos as obscuridades ‘fonomusicais’, não é mesmo? Pois bem, mas eis que numa pesquisa rápida pelo Google, descubro que Edson da Paz continua em atividade. É conhecido como o “Cantor Especial”, um artista com deficiências, ele é cadeirante. Segundo informações, ele é um cantor palestrante, que se dedica a levar mensagem positivas e de esperanças ao seu público. Também se apresenta em praças, principalmente na cidade de Aparecida do Norte (SP). Gravou vários discos, vinil e cds e também foi candidato a deputado federal, pelo PT. É um autêntico artista popular, alagoano que fez sua fama em São Paulo. Confiram este disquinho…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Em nossa última semana de janeiro, ainda nos compactos, trago aqui este disquinho do Trio Esperança. Ele já foi apresentado aqui há algum tempo atrás, mas em bloco, com outros discos de sete polegadas e na época foi sem a capa original. Assim, já com o disco na mão, porque não postá-lo novamente, né? 🙂 Então, aqui temos dois sucessos que ficaram marcados nos anos 60: “Festa do Bolinha”, música de Roberto e Erasmo Carlos e “Downtown”, hit internacional em uma versão de Rossini Pinto que se chamou “Não me abandone”. Nada de novo no ‘front’, mas que agrada em cheio. Confiram no GTM…
Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mês de janeiro dedicado ao disco de 7 polegadas, hoje temos aqui este raro disquinho lançado pela Continental, em 1974. Trata-se de um compacto duplo do cantor e compositor pernambucano Carlos Pinto. Um artista que sempre esteve ligado as artes cênicas, desde a adolescência e através dessa veio também a música que, o levou para as capitais, os grandes centros e a conhecer e se envolver com outros artistas também saídos da região nordeste. Quando foi morar na Bahia conheceu a turma dos Novos Baianos e chegou até a tocar com eles no show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio universal”. Mas ele só viria para o Rio de Janeiro em 1970 onde se integraria a uma turma de amigos como, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos, Torquato Neto e outros. E foi com Torquato Neto que Carlos Pinto começa uma parceria musical, depois vem Waly Salomão e por aí vai… Gravou apenas dois compactos pela Continental, um primeiro simples e na sequência este duplo no qual aparecem seus dois grandes sucessos, “Luz do sol”, gravado por Gal Costa e “Todo dia é dia d”, gravado por Gilberto Gil. Carlos Pinto seguiu se apresentando em show e com outros parceiros, mas acabou voltando para o seu nordeste nos anos 90, onde se tornaria um produtor cultural, desenvolvendo vários projetos e programas na áreas das artes e cultura de sua região. Também se tornaria compositor de hinos e marchas de carnaval. Sempre muito atuante também como membro de ONGs. Segundo informações colhidas em outros sites, Carlo Pinto faleceu em 2019, vitimado por um AVC.
Bom dia, companheiros, amigos cultos e ocultos! Porque hoje é sábado… hehehe… Uma boa desculpa ou razão para trazer de volta este compacto do Marcos Valle, uma amostra do seu lp de 1968, “Viola Enluarada”. Eu já havia postado este disquinho aqui há uns 10 anos atrás, mas só que foi em bloco, num conjunto de outros discos de sete polegadas, creio que ninguém nem lembra mais, nem eu me lembrava e talvez sabendo disso, nem teria re-postado, mas em se tratando de um artista como o Marcos Valle, sempre vale a pena ver e ouvir de novo. Aqui temos ele em dois momentos apresentando a canção título do lp, “Viola enluarada”, com a participação de Milton Nascimento e “Pelas ruas do Recife”, também de sua autoria com o irmão Paulo Sérgio. Disquinho encantador, merece estar aqui e em destaque 😉
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me lembro ainda de uma viagem que fiz a São Paulo nos anos 80. Fiquei em um hotel no centro e por acaso fiquei conhecendo um rapaz que era do interior paulista. Estava na capital para assistir a apresentação de um conjunto musical de sua cidade que iria se apresentar num programa de televisão. Estive com ele em dois momentos, no café da manhã do hotel, onde conversamos e foi justamente no segundo dia que ele me mostrou este disquinho, da banda do primo. Creio que ele havia comprado ou ganhado na noite anterior, mas por infelicidade, acabou esquecendo o compacto na cadeira. Tomamos café e ele se foi. Meia hora depois alguém do hotel veio me trazer o disco, eu informei que não era meu, mas nessa altura o dono já estava voltando para a sua cidade. Sabendo eu da felicidade do cara, por conta do disquinho, achei por bem enviar a ele pelo Correios e foi o que fiz, peguei o endereço no hotel e ainda pela manhã enviei o disco para ele. Duas semanas depois recebi uma carta dele super agradecido. Coincidentemente, mais de trinta anos depois volto a encontrar esse disquinho e não poderia dessa vez deixar passar em branco, fui ouvir…
A Apollus Band era um conjunto de baile que se apresentava em cidades do interior paulista. Acredito que eram da cidade de Apucarana. Gravaram este disquinho, com produção de Osmar Zan, músico, filho do lendário Mario Zan, que também é o autor das versões para as duas músicas deste compacto. Os arranjos e regências são de Hélio Santisteban, do conjunto Pholhas. Achei bem interessante, perfeito para o nosso ‘hall de curiosidades fonomusicais’. Confiram no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Definitivamente, eu não estou conseguindo manter nossas postagens diárias, mas também não quero deixá-las espaçadas, considerando apenas os dias em que realmente faço as publicações. Por isso elas seguem, embora com atrasos, sempre na sequencia dos dias.
Hoje tenho para vocês este disquinho lançado pela RGE/Fermata, em 1973. Nele temos quatro temas que fizeram parte da novela “Carinhoso”, da Rede Globo. Nesta época, embora a Globo já tivesse seu editorial para trilhas e o selo Som Livre, era muito comum se pegar carona no sucesso deles e aqui temos um bom exemplo disso. A RGE. aproveitando desse sucesso, produziu um disco com temas musicais da novela, no caso, versões geradas certamente por músicos de estúdio da gravadora que aqui aparecem como grupos: Thad Sunshine, Nuvens e Clouds. A direção artística é de Toninho Paladinho e os arranjos e solos de sintetizador é do mestre Renato Mendes, que dá uma outra roupagem as músicas. Disquinho curioso, que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! Aqui para vocês, um compacto de uma dupla inesquecível, não é nada de raro, no sentido de restrito, mas é raro sim na qualidade. Este sete polegadas lançado em 1972pela RGE, é uma amostra do álbum “São demais os perigos desta vida”, terceiro disco da dupla. Neste disquinho temos dois sucessos…
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Na sequencia de nossa mostra em discos de 7 polegadas, hoje vamos com The Clevers, uma das pioneiras bandas de rock brasileira. Nascida em São Paulo no início dos anos 60, fez bastante sucesso ao longo de sua existência, se transformando em seguida em Os Incríveis, banda que alcançou ainda mais sucesso, ainda nos anos 60 e início dos 70. A história é longa e para quem não conhece eu sugiro pesquisar no Google. Informações não faltam, exceto aqui, tanto pela redundância quanto pele pressa. Como sabem, meu tempo sempre é muito curto 🙂 Mas eis aqui o que podemos considerar como sendo o segundo compacto lançado pelo grupo, em 1964, quando estavam em excursão pela Europa, acompanhando a cantora italiana Rita Pavone. Logo em seguida ao retorno o grupo, cheio de fama, encerra com o empresário Antonio Aguillar e começam uma nova fase como os Incríveis The Clevers. Neste compacto duplo temos quatro ‘roquinhos instrumentais’ que na época estavam em moda como ‘hully gully’, um gênero dançante que agradava bem a juventude. Confiram no GTM…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Nosso disquinho deste domingo vai ser este aqui da Rita Lee. Lançado em 1970, trazia dois grandes sucesso de seu primeiro disco solo, o “Build Up”: “José”, uma versão adaptada de Nara Leão para “Joseph”, de George Moustaki e rock “Eu vou me salvar”, de sua autoria e Elcio Decário. Compacto de pré-lançamento do álbum, o qual nós já apresentamos aqui. Vale a lembrança. Bem legalzinho 🙂
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de compactos, disquinhos de 7 polegadas, tenho hoje para vocês o Caetano Veloso, um artista que dispensa comentário, ou por outra, que merece até demais. Porém, aqui, vamos apenas apresentar uma sugestão fonomusical, compacta, simples, mas sempre agradável. Esta postagem tem apenas o intuito de ser agradável e Caetano Veloso, por certo, representa muito bem. Tenho aqui este compacto simples lançado pela Philips, em 1978, trazendo duas canções na voz do artista que fizeram parte da trilha de dois filmes nacionais: “Amante amado”, música de Jorge Ben para “Na boca do mundo”, filme de Antônio Pitanga e “Pecado original”, música do próprio Caetano para o filme “A dama do lotação”, de Neville d’Almeida. Todos os dois filmes foram lançados naquele ano de 1978. Essas duas músicas nunca foram editadas em lps, só vieram a aparecer no cd “Singles” anos mais tarde. Está aí, mais uma curiosidade e um disquinho ótimo de se ouvir. Confiram no GTM…
Olá, meus amigos cultos e ocultos! Lembrei que tinha este arquivo aqui que me foi enviado há algum tempo atrás. Como verifiquei, ainda não foi postado, então é agora mesmo… 🙂
Aqui temos Geraldo Vandré em duas gravações feitas no Chile, em 1969, durante seu período de exílio naquele país. No compacto simples “Desacordonar”, composta no Chile e em espanhol e uma versão para “Pra não dizer que não falei de flores”, aqui chamada apenas de “Caminando. Essas gravações nunca chegaram a ser lançadas aqui no Brasil até 1983, quando então apareceu em uma produção independente e limitada. Eu, sinceramente, nunca tive em mãos este disquinho. Coisa rara, mas já bem rodado em outros blogs musicais e lá no Youtube. Ou seja, já está lá no GTM aguardando vocês.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Fique neste mês com a promessa de postar somente discos compactos, de sete polegadas. No fundo, queria mesmo é revisitar o arquivo, descobrir o que tem além nesses disquinhos que muitas vezes, apenas pelo selo, considerando suas capas genéricas, não é possível saber o seu conteúdo. E é assim que eu vou descobrindo…
Entre tantos, eu hoje escolhi este compacto lançado pela CBS, através de seu selo Epic. Leonardo… para mm, até então um desconhecido. E para se ter uma ideia do meu descontrole, só agora percebi que já havia postado este disquinho aqui, há coisa de uns sete anos atrás, em uma dessas nossas mostras de compactos. Porém, relendo a postagem, percebo que (assim como tantas outras) a fiz meio a ‘toque de caixa’, como dizem por aí. Não dei a devida atenção… há vezes, em que escrever essas postagens como um ato diário e obrigatório me dá um tremendo desânimo, por isso, as vezes sai ‘merda’ (com o perdão da palavra) e a postagem fica mesmo muito pobre. O que, então, reforça a necessidade de uma nova postagem para esclarecer melhor os fatos 🙂
Então, temos aqui Leonardo, neste compacto lançado em 1968. Numa rápida pesquisa que fiz aqui, acabei caindo no Youtube e foi lá que encontrei as informações que faltavam. E que interessante, até aqui, meu saudoso amigo virtual Samuca está presente. Foi através de seu comentário e de outros na postagem deste disquinho, no Youtube, que colhei as informações necessárias…
Leonardo foi um pseudônimo usado pelo compositor carioca Nenéo (Nelson de Moraes Filho). Um cara que por conta da tragédia, a morte num mesmo momento dos pais e irmão, lhe deixou aos 13 anos sozinho, como tutor de seus outros irmãos mais novos. Encontrou na música, na composição, inspirada em seu ídolo Roberto Carlos, a retomada da vida e o sucesso como músico. Na verdade, foi através do cantor Paulo Sérgio, que tudo começou. Foi ele quem gravou primeiro a sua música. Depois viria Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Márcio Greick, Zezé de Camargo & Luciano, Sandy & Junior e muitos outros. Enfim, este foi o primeiro momento, o primeiro disco deste compositor que continua ativo, compondo e também gravando. Confiram o disquinho no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Vez por outra a gente precisa chegar direito os disquinhos de 7 polegadas que muitas vezes, por virem embalados em capas genéricas, acabam não sendo muito atrativos. Muitos compactos, principalmente aqueles feitos nos intuito de promoção artística pelas gravadoras, traziam capas simples com aquele recorte redondo para mostrar o selo. E nesses, poucos se interessam numa ‘garimpagem-pente-fino’, principalmente quando se está num sebo/loja cheio de outros tantos discos. Só mesmo sendo pontual, direto ao foco, só mesmo quem gosta de compactos e sabe reconhecer o trigo no joio, ou vice-versa. Estou dizendo isso porque em minha última ‘garimpagem’ de vinil me dediquei exclusivamente a esse tipo de disquinho entre muitos havia também este que agora aqui eu apresento. Certamente, pouquíssimos devem conhecer e eu também não conhecia. Mas em se tratando de discos com selo Bemol a gente precisa dar atenção. Principalmente quando o disquinho ainda está todo original, incluindo a capinha. Enfim, aqui temos os Zoroastros do Ritmo. Um nome bem curioso para um conjunto musical e por esse, pensei que talvez não fosse tão difícil achar informações sobre o grupo. Qual o quê… O máximo que consegui foi achar uma nota em um jornal antigo de 1970, da cidade de Lavras (MG), na qual trazia a informação da vinda da orquestra Zoroastros do Ritmo para uma apresentação. Na nota constava que o grupo era da cidade também do sul de Minas, Campo Belo. Por acaso, tenho um vizinho que é desta cidade e fui perguntar a ele se acaso conhecia. Coincidentemente, ele era amigo dos filhos dos membros desse conjunto. Os Zoroastros do Ritmo foi um grupo musical formado por irmãos, inicialmente como um conjunto, chegando depois a se tornar uma orquestra de bailes. Segundo informações, eram eles um dos famosos grupos musicais que animavam a região do sul de Minas naqueles tempos. Embora até o momento eu ainda não tenha entrado em contato com um dos seus membros para pegar mais informações, sei que eles gravaram apenas este compacto duplo, em 1967. No disquinho, como se pode ver temos quatro sucessos internacionais da época, sendo duas faixas instrumentais e duas versões que já eram sucessos da Jovem Guarda. Os Zoroastros do Ritmo era mesmo um competente conjunto de bailes e se destacou também na cena pop musical da época. Estão presentes em coletâneas e citações de grupos obscuros da Jovem Guarda. Confiram essa raridade no GTM…
Boa hora, meus prezados amigo cultos e ocultos! No nosso encontro de sete polegadas, hoje temos o conjunto The Sunshines que fez parte da onda da Jovem Guarda. Surgiram em 1964, gravando versões de sucessos da música pop internacional, como era de costume naqueles dias. The Sunshines era formado pelos filhos dos comediantes Brandão Filho e Walter D’Avila. Seu primeiro disco foi em 66, numa produção independente trazendo versões de músicas dos Beatles, mas sem muito sucesso. Foi, porém na CBS que eles se firmaram, gravando assim seu segundo lp, produzido por Leno e Jairo Pires. Ao que consta, o grupo lançaria novos discos (compactos) pela CBS até 1968, quando então a banda se separou. O disquinho que temos deles, creio, foi o último lançamento, trazendo duas versões para “Kicks” e “Friday In My Mind”, que aqui aparecem respectivamente como “Por você tudo faria” e “Quando for bem tarde”, músicas essas que foram lançadas no CD “O Último Trem”, disco/lp lançado originalmente em 68. Confiram…
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais um disquinho raro para colecionadores de Bossa Nova. Eis aqui um compacto de uma série quase obscura, lançada pela Copacabana na primeira metade dos anos 60, o Bossa Copa, um selo destinado exclusivamente a artistas e grupos voltados para a então moderna Bossa Nova. Durante o ano de 1965 foram lançados pela Copacabana vários compactos com diferentes artistas, nomes já na época pouco conhecidos e que ao longo do tempo acabaram esquecidos, assim como foram esses trabalhos, essa série de compactos. Ao que parece, a ideia da gravadora seria inicialmente lançar esses artistas em compactos para depois lançar seus lps individuais. Mas, acabou ficando somente em um disco, no qual reunia toda essa turma, o lp, “Um Show de Bossa em Bossa Copa” editado em 1966. Logo que passar a onda do compactos vou postar esse disco aqui, Por hora, nessa boa hora, vamos com o compacto duplo do Bossa Trio, um autêntico conjunto de bossa-jazz do qual faziam parte Cassiano, seu irmão Camarão e o amigo Amaro, que a partir de 1969 se transformariam em Os Diagonais, mudando do samba jazz para a ‘soul music’. Eles também, nessa época entrariam como banda de apoio de Tim Maia. Confiram o disquinho no GTM…
Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Porque “quem sabe faz a hora não espera acontecer…”
Em 1974 Nara Leão gravou este disquinho, “A Senha do Novo Portugal” no qual trazia duas canções do compositor português Zeca Afonso. Naquele ano, Portugal passava pela chamada Revolução do Cravos, que foi um evento resultante do movimento político e social ocorrido naquele país, em 25 de abril de 1974, quando foi deposto o regime militar de Salazar, restabelecendo as liberdades democráticas. Foi nesse período conturbado de Portugal que nasceu a canção que virou um hino de resistência, “Granola, Vila Morena” e, por certo, ecoou também por aqui, no Brasil, em plena ditadura. Nara Leão foi a primeira artista brasileira a gravar a música e curiosamente passou batida pela censura que só foi perceber a mensagem tempos depois. Ao que parece, o compacto acabou sendo recolhido, pois nunca mais se viu ou ouviu ele por aí. Tenho certeza que depois desse post o disquinho vai virar raridade, vai ter nego aí apostando alto na especulação pelo Mercado Livre e Discogs. E assim, vamos alimentando o negócio de vendedores e a compulsividade vaidosa dos compradores (eu falei compradores, não colecionadores). Confiram o disquinho no GTM…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com o Chico Viola. Aqui temos um raro exemplar de um compacto, provavelmente lançado no final dos anos 50, talvez até em 1960, quando os disquinhos de sete polegadas começaram a se popularizar por aqui. E sendo um dos primeiros, ele ainda era lançado em 45 rpm e trazia no selo aquele furo tipo estrela que permitia eliminar furinho para se usar o furão, típico dos discos compactos importados. Este disco compacto duplo traz quatro canções que originalmente foram gravadas por Francisco Alves ainda nos anos 30 e voltariam a serem regravadas por ele na RCA Victor, em 1952, três dias antes do acidente que tiraria a sua vida. Portando, podemos considerar essas a suas últimas gravações e assim sendo, foram parar neste disquinho. Confiram no GTM…
Bom dia, boa hora… amigos cultos e ocultos! Descobri recentemente um vendedor de discos no Facebook, creio que é nordestino, que tem por lá postado para venda lotes de discos nacionais, coisas que eu mesmo nunca tinha visto, discos realmente raros e obscuros. Fiquei encantado com tanta raridade, discos que realmente mereciam estar aqui e que também não estão em outros blogs de música, eu procurei… Nessas horas é que a gente vê como foi grande a produção fonográfica brasileira, quanta coisa ainda está encoberta pela poeira do tempo, isso para não falar daquelas que infelizmente também já viraram pó. Realmente, é muito bom a gente entrar na internet e encontrar sites assim como o Toque Musical, onde se pode achar coisas inimagináveis, surpreendentes e curiosas. E mais, que estejam disponíveis para a gente ouvir, né? Sinceramente, ter que ficar na dependência de Youtube, ou pagar por serviços de Spotify não é a mesma coisa que uma garimpagem virtual em sites e blogs musicais. Talvez seja por essas e outras que o Toque Musical continua na ativa…
Hoje vamos com este disquinho que fez parte de uma publicação chamada “Cinema Nº 1”. Não achei referências a esta na internet, mas creio que era um bônus de alguma revista sobre cinema. Era muito comum publicações em que se falava de música, trazer um disquinho grátis, geralmente era os de 7 polegadas. Neste, por certo, não há nada de especial, mas ainda assim interessante para as nossa vitrine. Trata-se do tema para o filme “Love Story”, de 1970. Uma composição de sucesso mundial do maestro e compositor francês, Francis Lai, que neste compacto é focalizado em duas versões arranjadas e executadas pelo também maestro Antônio Guimarães. Guimarães e Seu Conjunto nos apresenta uma versão instrumental e outra, uma espécie de ‘playback’, feita especialmente para vocês que gostam de cantar acompanhando a melodia. Curiosidades…
Boa quinta-feira, amigos cultos e ocultos! Pra não dizer que não falei de flores, vamos nós mais uma vez pautando a canção. Ou melhor dizendo, aqui vamos nós na resistência, propagando o que querem esquecido, ou ainda, lembrando aos esquecidos… Temos aqui e mais uma vez a canção de Vandré, “Prá não dizer que não falei de flores”, nesta, em uma interpretação do lendário grupo vocal, Os Vocalistas Modernos e também, “Comportamento geral”, outra pérola do nosso cancioneiro de resistência e crítica social, sempre atualíssima, na voz de seu autor, Luiz Gonzaga Jr., o nosso Gonzaguinha. Coisa curiosa neste compacto, com direito a capinha ilustrada, é o fato de nos selos apresentarem datas diferentes, uma prática em discos da Odeon nos anos 70. Aqui, eles juntaram dois fonogramas de épocas diferentes, Os Vocalistas Modernos são de 68 e o Gonzaguinha, de 72. E pelo que entendo, o disquinho foi lançado em 1973, o que contradiz a ideia de censura na música de Vandré. Pelo jeito a Odeon conseguiu driblar os censores, ou algo assim…
pra não dizer que não falei de flores – vocalistas modernos
Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Em outros momentos, aqui no nosso Toque Musical, fizemos uma série de postagens de compactos, nas quais ao invés de um, postamos em grupos de quatro ou mais disquinhos, que acabaram se misturando numa coisa só, como se fosse uma coletânea. Assim, achei por bem trazer alguns deles de volta em postagem individual e também para que pudéssemos organizar melhor as coisas por aqui…
Temos então para hoje este compacto do Geraldo Vandré. Lançado pelo selo Som Maior, em 1968, o disquinho de sete polegadas chegou a ser censurado por conta da emblemática canção “Pra não dizer que não falei de flores”, também conhecida como “Caminhando”. Aqui, neste compacto, temos a gravação ao vivo feita no Festival Internacional da Canção de 1968, promovido pela Rede Globo. A canção, defendida pelo próprio cantor, era a favorita do público e também da maioria dos jurados, mas acabou ficando em segundo, dando lugar a “Sabiá”, música de Chico Buarque e Tom Jobim. Contam que houve uma intervenção do governo militar da época, que não admitiu que a música favorita chegasse ao primeiro lugar. Não fosse pela pressão popular, talvez não tivesse ficado nem em segundo. A noite de premiação foi revoltante, o público vaiou Cynara e Cybele (do Quarteto em Cy) que defendiam a música “Sabiá”. Houve brigas e quebra-quebra e no final “Caminhando” acabou sendo censurada por onze anos e nem entrou nos discos oficiais do festival. Por certo, o momento e a gravação ficou na memória do povo e a canção se tornou um hino da resistência ao regime militar. Chegou a ser regravada, inclusive por outros artistas e diante a tudo isso, os ‘milicos’ acharam de apagar a música da memória brasileira, pois até o mais idiota conseguiria entender o recado da canção. Hoje em dia, percebo que o mais idiota ainda estava para nascer, basta olhar a que ponto chegamos, com insanos pedindo a volta do regime militar, é mole? Mas, enfim, temos aqui um compacto de respeito, histórico, merecedor de um lugar de destaque na estante de um verdadeiro colecionador. Porque raridade não é só disco de bossa nova, rock e aquilo que é caro no Mercado Livre e Discogs. Fico realmente impressionado com o descaso para os discos do Vandré. Acho que é mesmo por falta de conhecimento, de ouvir direito a produção fonográfica deste artista. E a isso eu me refiro não apenas a sua arte, mas também a toda a produção, envolvendo a participação inclusive de outros artistas de qualidade. Os discos de Geraldo Vandré são simplesmente maravilhosos. E antes que eu me esqueça, ainda temos outra pérola, a canção “Se a tristeza chegar”, composição em parceria com Baden Powell, que saiu em seu disco “5 Anos de Canção”, de 1966. Vamos conferir essa joinha? 🙂
Bom dia, caros amigos cultos e ocultos! Penso que neste mês de janeiro iremos manter nossas postagens de discos de sete polegadas. Quero ver se libero logo esses disquinhos que ficam aqui aguardando irem para a vitrine.
Hoje, nosso encontro é com a cantora, compositora, escritora e professora de música, Ana Flávia Miziara. Uma artista multifacetada que também atua como produtora, editora nas áreas de cultura e tecnologia. Ela é uma artista paulista com mais de quarenta anos de carreira musical, mas só veio a lançar seu primeiro trabalho em discos, em 1996, com este disco que aqui apresentamos. Foi o seu pontapé inicial, produção independente trazendo duas canções de sua autoria. De lá pra cá ela já lançou mais alguns discos, todos já na fase do digital. Porém, este seu disquinho se tornou uma raridade cobiçada por colecionadores. Eu, até pouco tempo atrás tinha três exemplares deste disco, mas diante a sua cotação no Discogs e Mercado Livre e mais ainda, a insistência de alguns amigos colecionadores, acabei desfazendo de dois, mas guardei esse último para constar na coleção 😉 As músicas deste compacto acabaram sendo relançadas pela cantora em um de seus cds que também me parecem tão difíceis de achar quanto este compacto. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Tenho para hoje este raro disquinho de sete polegadas que certamente irá agradar a muitos por aqui. Estou falado de Haládio, ou mais ainda, Carlos Eládio, músico baiano que começou a carreira ao lado de Raul Seixas. Eládio era o guitarrista dOs Panteras, grupo formado por Raul e com o qual gravaram um único disco em 1967. Com a saída de Raul Seixas o grupo se desfez e Eládio foi tocar na banda de apoio de Jerry Adriani. Eládio voltaria a se encontrar com Raul Seixas quando este o convidou para participar de seu quarto disco, o “Novo Aeon”, de 75. Esse reencontro rendeu ao guitarrista novos shows com o maluco beleza e também lhe abriria as portas na CBS para gravar um disco. Creio que acabou ficando apenas neste compacto, lançado no ano seguinte e trazendo duas de suas composições, que por sinal estão impregnadas do estilo Raul Seixas. Talvez, por isso mesmo, acabou sendo visto apenas como um dos muitos ecos de Raul. Eládio se tornou publicitário, mas também continuou atuando em show, principalmente em tributos ao roqueiro baiano. Confiram o disquinho aqui, pois ele só vai estar Youtube depois que algum dos amigos ocultos forem buscar o áudio no GTM 😉
Bom dia, amigo, bom dia, irmão! Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Com o espírito do positivismo e aquele esperança que não morreu, aqui vamos no embalo de um novo ano, esperançoso de que 2022 seja um ano de renascimento, em todos os sentidos. Afinal, como dizem, após a tempestade vem a bonança. Que seja este o ano da iluminação.
Para hoje, vamos com este disquinho compacto que eu gosto muito e me acompanha há tempos. Temos aqui o cantor e compositor Abílio Manoel, um artista o qual já apresentamos aqui em dois momentos. Creio até que este disquinho entrou de bônus numa dessas postagens, mas independente disso, hoje ele será nosso destaque. Abílio Manoel, um cantor de origem portuguesa, naturalizado brasileiro foi um artista muito atuante no final dos anos 60 e durante os anos 70. Gravou um dezenas de lps e em quase todos teve também os compactos. Aliás, há mais compactos dele do que lps. Em 1973 a Odeon lançou três disquinhos, dois compactos de lps e este contendo com destaque a canção “Bom dia, amigo”, música que só saiu neste disquinho e que foi um dos seus grandes sucessos. Abílio Manoel teria tido mais sucesso em sua carreira se nesse período não tivesse ido para o México, perdendo assim oportunidades para se firmar mais ainda com um grande compositor brasileiro. Mas ainda assim é um artista que não poderemos esquecer. Vamos mais uma vez prestigiar este disquinho que, evidentemente, não foi repostado aqui por acaso. Ele é uma saudação aos amigos cultos e ocultos, com votos de um feliz 2022. Vamos lá? 🙂
Bom dia, bom início de 2022 para todos os amigos cultos e ocultos! Inicio este novo ano, ainda dando sequencia às postagens de discos compactos e escolhi para abrimos nosso 2022 algo especial que vim realmente a conhecer no ano que passou. Estou falando de Edu Viola, um artista do que podemos chamar de ‘udigrudi paulista”, ou seja um dos muitos artistas que viveram intensamente a cena jovem musical dos anos 70, em São Paulo, mas que por algum motivo acabaram permanecendo obscuros. E no caso de Edu Viola isso fica bem claro ao conhecermos melhor o seu trabalho musical. Ele é um cara que foge a regra, que seguiu por caminhos alternativos, assim como a sua música, diferenciada, que o coloca como um artista atemporal, para alguns até meio louco, um errante musical que faz disso a sua essência e produz uma obra orgânica e muito pessoal, pois ele se modifica e se adapta conforme o seu momento. Gosto muito desse tipo de artista que não está atrelado a nada além de sua própria vontade e criação, é algo genuíno. Edu Viola (Eduardo Rodrigues de Oliveira) é um cantor, compositor e construtor de instrumentos musicais que faz parte do folclore e vida cultural da Paulicéia. Por certo, só mesmo quem é de Sampa e antenado com a cultura da cidade o conhece bem. Eu mesmo, só vim a conhecer seu trabalho no ano passado. Já tinha ouvido falar dele, mas nunca cheguei a ouvir sua música. Foi meio que por acaso, numa de minhas garimpadas pelos sebos, que dei a sorte de encontrar este disquinho compacto que ele gravou em 1980. Um compacto tão diferente quanto o próprio artista, pois nele estão oito de suas composições. Discos de sete polegadas assim, com tantas músicas, só mesmo os mini-discos da Musidisc, lançados nos anos 60.
“O direito ao Avesso” foi uma produção independente com tiragem limitada, creio que fizeram apenas mil exemplares, dos quais alguns vieram a ecoar novamente quando lançaram o lp “Psilocibina”, gravações essas feitas originalmente em 1970. Taí, um outro disco que preciso ter na minha coleção e assim que o fizer, trago aqui para compartilhar com vocês. Por hora, vamos com este compacto, hoje em dia raridade que muitos ainda querem. Confiram no GTM….