Vários – Dance Com Os Ases (1959)

Que tal iniciar 2021 dançando? Pois é esta a proposta do álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. O disco chama-se “Dance com os ases”, foi lançado pela Odeon em 1959, e reúne doze músicos, à frente de suas orquestras e conjuntos (Gaya, Luiz Arruda Paes, Oswaldo Borba, Astor Silva, Mário Gennari Filho, Luiz Arruda Paes etc.), executando um repertório variado, de músicas nacionais e internacionais. O cardápio deste disco nos oferece, sem dúvida alguma, o melhor do que havia em música de dança na época: samba, samba-canção, bolero, fox, mambolero (no caso, “Singapura”, composto por Quincas e executado por ele e Os Copacabana) e até mesmo um maxixe, “Ao pé da letra”, concebido e executado pelo acordeonista Mário Gennari Filho. Como se pode observar, é um disco de excelente qualidade técnica e artística, reunindo ases diversos, sendo, por isso, mais um digno merecedor de nosso Toque Musical. E aí, dá-me o prazer desta contradança?
 
l’ederai  –  oswaldo borba e sua orquestra
la goualante du pauvre jean  –  gaya e sua orquestra
sábado em copacabana – astor e sua orquestra
my special angel – hector lagna fietta e sua orquestra
maria – luiz arruda paes e sua orquestra
singapura – quincas e os copacabana
o relógio do vovô – conjunto melвdico norberto baldauf
eclipse – irany e seu conjunto
blue moon – orlando silveira e seu conjunto
o paito no samba – steve bernard e seu conjunto
dora me disse – sexteto rex
ao pé da letra – mаrio gennari filho e seu conjunto
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Baile Na Roca (1955)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! O mês das festas juninas já passou. Aliás, neste ano, nem rolou por conta da pandemia. Também não tivemos manifestações por aqui como fazemos tradicionalmente. Na verdade, a coisa anda tão ruim que a gente não tem mais nem tesão para comemorar. Mas, independente de qualquer coisa, aqui estamos nós e trazendo justamente um disco de festa junina. Temos aqui este maravilhoso exemplar, disquinho de 10 polegadas lançado pelo selo Copacabana, em 1955. Trata-se de uma coletânea reunindo artistas da casa como, Orlando Silveira, Roberto Silva, Black-Out, Alencar Terra, Jorge Goulart e Jorge Veiga. Um disquinho bem legal que vocês encontram aqui no GTM…

seleções de baião – orlando silveira

o baile começa as nove – roberto silva

ingrata rosinha – black out

quadrilha – alencar terra

fogueira – roberto silva

são joão – jorge goulart

eu fiz uma prece – jorge veiga

seleções de baião – orlando silveira

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Carolina Cardoso De Menezes E Orlando Silveira – Honeymoon In Rio (1956)

Boa tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Hoje eu estou trazendo aqui um álbum o qual eu acreditava ser ainda inédito nas bocas. Eu estava certo de que seria uma boa surpresa, principalmente por ser um disco antigo, importado e lançado exclusivamente nos Estados Unidos. Mas, qual o quê… Também não é para menos, um lp bacana como esse, que chama a atenção logo pela capa, não passaria despercebido por muito tempo e seja lá onde tenha sido lançado. Sem dúvida, trata-se de um disco primoroso, tanto pelos artistas escolhidos e seus repertórios, como também pela capa e os cuidados na gravação. Trata-se de um ‘long play’ de 12 polegadas, gravado no Rio de Janeiro e prensado com super qualidade nos ‘States’. Disco de gringo e para gringo, coisa fina! Lançado por lá em 1956, quando por aqui ainda rodavam os 78 rpm e os 33 de 10 polegadas. O álbum chama-se, “Honeymoon In Rio”, com o subtítulo, “Authentic Brazilian Sambas and Baions”. Um álbum cujo o propósito é mostrar a música brasileira, mais especificamente, o samba e o baião, que eram os dois gêneros mais conhecidos fora daqui. Para tanto, escolheram dois artistas de expressiva atuação, a pianista Carolina Cardoso de Menezes e o acordeonista Orlando Silveira. Os dois se alternam nas faixas, cabendo à Carolina os sambas e ao Orlando os baiões.
Quem ainda não conhece, vale a pena dar uma conferida, bem porque a qualidade do disco e da digitalização superam em muito a que já foi apresentada no Loronix.

baião – orlando silveira
na pavuna – carolina cardoso de menezes
cabeça inchada – orlando silveira
me leva seu rafael – carolina cardoso de menezes
paraiba – orlando silveira
cabelos brancos – carolina cardoso de menezes
baião da garôa – orlando silveira
atire a primeira pedra – carolina cardoso de menezes
qui nem jiló – orlando silveira
com que roupa – carolina cardoso de menezes
asa branca – orlando silveira
é com esse que eu vou – carolina cardoso de menezes

As Melhores Mulheres – Cantadas Por Um Homem Qualquer Ou Qualquer Homem (1957)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste domingo é vou me dedicar às solicitações e reposição de alguns ‘toques’ que a turma, há tempos vem esperando por aqui. Infelizmente este é um trabalho solitário e amador, o que pede aos que o seguem uma certa paciência. Posso demorar a atender um pedido, mas se estiver ao meu alcance, tá na mão 🙂

Estou trazendo aqui um disco que vale por dois, ou, um disco que teve dois momentos na indústria fonográfica. Lançado inicialmente em 1957, este interessantíssimo lp, cujo o título e subtítulo já dizem tudo, “As melhores mulheres – cantadas por um homem qualquer ou por qualquer homem”. Sim, uma seleção de canções clássicas do nosso repertório popular, com nomes de mulheres. Algo bem parecido com outros discos que eu já postei aqui, como o especial “Há sempre um nome de mulher” e o Lúcio Alves no lp com arranjos de Chico Moraes. Este último foi uma produção do Aloysio de Oliveira, o qual, eu suspeito é também o produtor deste álbum de 57. Aliás, não só o produtor, ele também participa do côro masculino, embora não conste em nenhum momento o seu nome no disco. Este belíssimo lp nos traz apenas as informações de que foram Antonio Carlos Jobim e Orlando Silveira os responsáveis pelos arranjos, músicos e intérpretes não são citados. Curiosamente, já na década de 60, possivelmente entre 62 ou 63, essas mesmas  gravações foram relançadas, através do selo Imperial, da Odeon, como o nome de “Dançando com as garotas”. Já neste relançamento, com uma capa de César Vilela, o disco assume uma outra identidade e passa a ser “Os Guanabara Boys”. Eis aí uma prática comum na Odeon daqueles tempos, que relançava seus velhos álbuns com nova roupagem através do estilismo da Imperial.
Bom, mas seja como for, este trabalho, com nome, sobrenome e apelido é acima de tudo um disco imperdível. Quem ainda não o ouviu, faça-me o favor…

aurora
helena, helena..
zazá
rosa morena
emília
maria
marina
dolores
ai que saudades da amélia
madalena
juracy
um nome de mulher

Festival N. 1 – Musidisc (1955)

Correndo contra o relógio, aqui estou eu com a postagem do dia. Muito sol, calor e trabalho é o que indica minha agenda para as próximas doze horas. Assim, vamos direto ao que interessa…
“Festival N. 1” foi o vigésimo disco lançado pela gravadora Musidisc do cantor Nilo Sérgio. Uma coletânea feita para alavancar o sucesso do então recente selo nacional. Como se pode ver pela capa, temos um variado ‘cast’ e gravações que segundo contam, ainda não eram feitas no estúdio da Musidisc, mas sim editados a partir de acetatos gravados na Rádio Nacional e outros. Me parece que apenas as faixas com acompanhamento de Leo Peracchi são originadas nesta gravadora. A data de lançamento deste disquinho não consta em lugar nenhum, acredito que tenha sido por volta de 1955 ou 56. A Musidisc foi uma das pioneiras. Acho que foi a primeira gravadora nacional, se não me engano. Neste momento seria bom poder contar com os nossos vigilantes ‘corrigidores’ e acadêmicos de plantão, incluindo alguns comentários complementares. Mas acho que eles não virão se misturar com a plebe. Suas visitas, normalmente, são silenciosas…

rosa de maio – orlando silva c/ leo peracchi e orquestra
tico-tico no fubá – leal brito
joão ninguém – roberto luna c/ leo peracchi e orquestra
mano a mano – típica d’avlis
canarinho feliz – trio surdina
contigo – roberto luna c/ leo peracchi e orquestra
que deus me perdoe – rosária meireles c/ leo peracchi e orquestra
risque – nilo sergio c/ leo peracchi e orquestra

Orlando Silveira & Seu Conjunto – Zequinha De Abreu

Mais uma colaboração de nossos amigos visitantes. Um disco que possívelmente já terá sido postado em algum outro blog, mas que eu não tomarei o trabalho de checar. Digo isso porque não faz sentido toda a vez que eu quiser (corrigido!) publicar algum título, ter antes que procurar o blog ‘primeirão’. Vamos com calma porque como dizem, “o buraco é mais em baixo”, mas o toque é mais em cima. Vamos com a música do genial compositor Zequinha de Abreu, interpretado por Orlando Silveira e seu conjunto. Esta bolacha de 10 polegadas me parece que foi relançada em cd pela EMI Odeon em 2003. Convém dar uma procurada pelas lojas, possivelmente ainda está em catálogo. O toque é esse…

01 – Tardes em Lindóia
02 – Súplicas de Amor
03 – Rosa Desfolhada
04 – Elza
05 – Não me Toques
06 – Os Pintinhos
07 – Levanta Poeira
08 – Sururu na Cidade