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O Show Dos Shows (1975)
O Toque Musicall oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos uma coletânea cheia de bons momentos. É “O show dos shows”, lançada em 1975 pela Odeon. Produzido pelo mestre Hermínio Bello de Carvalho, com montagem de Nivaldo Duarte, o álbum reúne trechos de vários shows antológicos, tais como “Brasileiro, profissão esperança”, “Mudando de conversa”, “Te pego pela palavra”, “Sarau” e “Gemini V”. E tudo na interpretação de grandes nomes de música popular, como Simone, Mílton Nascimento, Marlene, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Pixinguinha e Cyro Monteiro. O Formigão aqui apresenta um delicioso pot-pourri de sambas de Geraldo Pereira, “Escurinho”, “Falsa baiana” e “Que samba bom”, ele que foi um dos melhores intérpretes desse autor. Clementina de Jesus vem com “A morte de Chico Preto”, música com a qual ganhou prêmio de melhor intérprete no festival Abertura, da TV Globo, e ainda canta, em dupla com Paulinho da Viola, “Mulato calado”. O próprio Paulinho ainda comparece com “Pra que mentir?”e “Doce veneno”. Maria Bethânia recorda “Carinhoso” e “Se todos fossem iguais a você”, em trecho do recital que fez na Boate Barroco. Abrindo o disco, Mílton Nascimento revive “Chove lá fora”, maior hit do recém-falecido Tito Madi. E ainda participa, com Simone, da faixa “Gota d’água”. Marlene, devidamente acompanhada por Sivuca, nos traz “Cabaré”, de João Bosco e Aldir Blanc. Pixinguinha vem com “Um a zero”, acompanhando outros músicos ao saxofone. A eterna guerreira Clara Nunes revive “Suas mãos”, de Antônio Maria e Pernambuco. Para encerrar, Leny Andrade, Pery Ribeiro e o Bossa Três em um pot-pourri em homenagem ao Rio de Janeiro, incluindo até mesmo “Garota de Ipanema”. Tudo isso reunido em um conjunto que vale a pena ser ouvido, de fato um verdadeiro “Show dos shows”! É só baixar e conferir…
*Texto de Samuel Machado Filho
Simone Et Roberto Ribeiro – A Bruxelles (1973)
O TM oferece hoje, a seus amigos cultos e ocultos, um notável trabalho reunindo dois astros de nossa música popular em início de carreira, e bastante promissor: Simone e Roberto Ribeiro. Ambos se apresentaram em Bruxelas, capital da Bélgica, na feira BrazilExport73, juntamente com o violonista João de Aquino, e este álbum de selo Odeon, editado exclusivamente para o mercado externo, documenta alguns dos melhores momentos de suas performances por lá.Simone Bittencourt de Oliveira (Salvador, BA, 25/12/1949), nascida prematura de oito meses (!), foi jogadora de basquete antes de seguir carreira artística. Tem inúmeros sucessos em seu repertório, tais como “De frente pro crime”, “Começar de novo”, “Tô voltando”, “Cigarra”, “Face a face”, “Jura secreta”, “Um desejo só não basta”, “Pão e poesia”, “O amanhã”, “Então é Natal” (versão do clássico natalino “HappyXmas”, de John Lennon), “Tô que tô” etc. Em 1973, Simone tinha acabado de lançar seu primeiro LP, quando participou de uma turnê internacional, organizada por Hermínio Bello de Carvalho, intitulada “Panorama brasileiro”, que passou por várias cidades europeias, incluindo Paris e Bruxelas. É de Simone a primeira parte deste disco, apresentando releituras de “Bamboleô”, “Voltei pro morro” e “Lamento negro”, além de três sambas de roda adaptados e arranjados por ela mesma. Na segunda parte, temos a presença do inesquecível Roberto Ribeiro (pseudônimo de Demerval Miranda Maciel, Campos dos Goytacazes, RJ, 20/7/1940-Rio de Janeiro, 8/1/1996), um dos melhores sambistas que o Brasil já teve. Ex-jogador de futebol, ele foi puxador de samba da Escola Império Serrano, entre 1974 e 1981, e deixou sucessos inesquecíveis, tais como “Acreditar”, “Poeira pura”, “Todo menino é um rei”, “Vazio (Está faltando uma coisa em mim)”, “Propagas”, “Algemas” e “Lágrima morena”. Infelizmente, ele perdeu a visão de um olho, em razão de uma contaminação por fungo agravada pelo diabetes, e faleceu vítima de atropelamento, no bairro carioca de Jacarepaguá. A carreira de Roberto Ribeiro ganhou impulso a partir de 1972, quando gravou pela Odeon três compactos com Elza Soares, e, mais tarde, também com ela, o LP “Sangue, suor e raça”. Na segunda parte do presente álbum, ele interpreta o clássico “Berimbau”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, acompanhado por João de Aquino, e revive “Manhã de carnaval” e “Não tenho lágrimas”, além de um dueto com Simone em “De uma noite de festa”. Enfim, é mais um raro e precioso trabalho discográfico que o TM nos oferece, apresentando dois notáveis cantores em promissor início de carreira artística!
*Texto de Samuel Machado Filho
Momento Universitário II (1979)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Conforme informado e prometido, segue aqui a coletânea EMI – Odeon Momento Universitário. Este segundo disco acompanha a mesma linha, inclusive com alguns mesmos artistas. O volume dois saiu em 1979 e da mesma forma deu ‘ibope’. Uma seleção também impecável e para uma coletânea, vendeu muito. Confiram mais esse toque…
Brazilian Music Now (1977)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Mais uma vez eu estou chegando no fim do dia, aproveitando a brecha, ou talvez os poucos minutos livres que antecedem ao sono. Escolhi este disco para ser a estampa da próxima semana. Quero dizer, VOU DAR UMA PAUSA por alguns dias. Preciso descansar minha cabeça e me afastar de alguns problemas. Portanto, já fiquem os amigos avisados da minha ausência na próxima semana, ok? Espero voltar antes do Natal, vamos ver…
Segue assim mais um exemplar da série, promocional criada pela Funart para o então Departamento de Cooperação Cultural, Científica e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, a partir de 1978. A ideia era a de propagar a diversidade musical brasileira pelos cinco continentes, em vários países, dando a esses a oportunidade de conhecer melhor o variado leque musical produzido originalmente em nosso país. Ao que tudo indica, esse trabalho teve bons resultados, o que acabou gerando uma segunda versão, a qual passou-se a chamar “Projeto Ary Barroso” e sendo coordenado por Hermínio Bello de Carvalho.
Neste álbum, o número 3, iremos encontrar uma excente e variada coletânea com alguns de nossos melhores artistas, contratados da EMI – Odeon desde a década de 50. As músicas interpretadadas por eles foram sucesso que é muito bom relembrar. Confiram…