I Festival Universitário Da Música Popular Brasileira – Porto Alegre (1968)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos nós para mais uma boa postagem. Mais um excelente disco da leva do meu amigo Fáres. Desta vez com um álbum raro, um disco de festival que não se vê por aí. Aliás, um disco que eu não conhecia e certamente muita gente por aqui também não.
Trata-se do I Festival Universitário da Música Popular Brasileira, realizado em Porto Alegre, em 1968. O disco traz 13 músicas das 17 finalistas. Foi gravado no Rio de Janeiro e contou com a interpretação de outros artistas, tais como Edu Lobo, Joyce, Márcia, Gal Costa, Sonia Lemos, Paulo Marquez e Momento Quatro, Neste festival a música vencedora foi “Jogo de Viola”, de João Alberto Soares e Paulinho Pinho, interpretado neste lp por Edu Lobo e Lucelena. Confiram no GTM 😉

canto pra dizer te adeus – márcia
domingo antigo – gal costa
você por telegrama – joyce
minha chegada – ruy felipe
quem vem lá – sonia lemos
samba do cotidiano – paulo marquez
jogo de viola – edu lobo e lucelena
a caminho de casa – magda
canto do encontro – momento quatro
canção do entardecer – lucelena
tá na hora – paulo marquez
fantasia urbana – marcia
sim ou não – junaldo
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Nosso Natal (1957)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje talvez não seja um bom dia para uma postagem, como também não foi ontem, para mim. Como vocês já sabem, estou vivendo um momento de luto. Hoje, às 15 horas será o sepultamento da minha tia. Estou aqui aguardando este encerramento. Logo estarei indo ao velório e a minha noite de Natal vai ser ainda mais melancólica. A cada ano percebo e agora mais ainda, que o Natal realmente não é uma data alegre. Também não a chamaria de triste. É um momento de reflexão, concentração e emoção. É aquela hora em que deixamos de pensar somente em nós, quando nos deparamos com o outro e quando vemos nele o nosso próprio reflexo. Neste momento eu sinto que o todo é um só e que eu sou parte desse todo. É por isso que me sinto tão bem quando faço algo que alegra as outras pessoas. Sinto que estou fazendo também por mim. Trazer a alegria, mesmo que num momento de tristeza, vai me fazer bem. Estar aqui preparando este disco para vocês, me afasta de pensamentos ruins, me dá esperanças e resignação. Preciso ocupar a minha cabeça com outros pensamentos. O duro disso tudo é a história que vem por trás. Mas isso eu vou poupar aos amigos, pois mesmo na passionalidade, este assunto não é nada musical.
Bom, para celebrarmos o nosso Natal, estou trazendo um disco bem bacana, um típico exemplar do Toque Musical. Temos aqui um disco de Natal, do ano de 1957, onde a gravadora Columbia reuniu alguns de seus melhores artistas, cantando doze temas originais. São músicas natalinas nacionais, criadas por compositores brasileiros. Este álbum é raro em todos os sentidos, mas principalmente pelo time de artistas, em gravações que só foram ouvidas neste lp. São onze nomes de peso: Doris Monteiro, Alcides Gerardi, Luiz Claudio, Lana Bittencourt, Zezé Gonzaga, Silvio Caldas, Zilá Fonseca, Paulo Marquez, Dircinha Costa, Ellen de Lima e Gilvan Chaves. Apenas a última faixa, “Papai Noel”, foi gravada em côro e ‘a cappela’ pelo Coral da Columbia. Segundo me contaram, o coral foi formado pelo próprio elenco (será?).
Taí o meu toque musical de Natal. Desejo a todos uma boa noite. Muitas felicidades, paz e amor.

canção de natal – silvio caldas
a caminho de belém – zezé gonzaga
é natal – paulo marques
quando chega o natal – ellen de lima
blom blem blão – luiz claudio
jerusalem – zilah fonseca
boas festas – doris monteiro
natal da saudade – alcides gerardi
feliz natal – lana bitencourt
cantiga de natal – gilvan chaves
canção de natal do brasil – dircinha costa
papai noel – coral columbia

Paulo Marquez – Orgia de Samba (1958)

Amigos cultos e ocultos, voltei! Agradeço imensamente as inúmeras mensagens e e-mails que recebi nos últimos dias. Olha, fiquei impressionado, entre comentários e e-mails foram mais de 100! Não sei nem se terei tempo para responder a todos. De qualquer forma, fico extremamente lisonjeado e agradecido a todos. Confesso que se não fosse por vocês eu teria deixa o barco a deriva. Realmente o meu HD foi mesmo pro saco. Hoje cedo fui a uma loja, comprei um novo HD e começamos do zero. Sem dúvida, estou super chateado, pois ainda não verifiquei a possibilidade de recuperar o seu conteúdo. Mas isso fica para um outro momento. Por hora vou apenas reorganizar a casa, instalar novos programas e procurar deixar tudo como antes. O importante agora, depois de consertado o meu computador, é voltar a rotina. Voltemos às nossas postagens, aos toques musicais. Quero também aproveitar nossa primeira postagem do ano para desejar a todos um feliz 2010.

Inicio o ano com este disco que a muito eu já havia prometido e por diversas razões acabou ficando na fila de espera. Sorte eu já tê-lo em mãos e em outro HD. Segue assim, “Orgia de samba”, primeiro lp do mineiro Paulo Marquez. Neste álbum lançado pela Columbia, Paulo vem acompanhado pelo grupo “Os Boêmios da Cidade”, o qual eu não consegui descobri quem eram os integrantes, mas sei que se trata de um conjunto das antigas, que acompanhou também Silvio Caldas, Moreira da Silva e outros. Na postagem do álbum “Doutor em Samba”, de 1959, eu havia comentado que o acompanhamento era feito pelo Regional de Canhoto e esta informação também é a que consta em vários sites sobre sua discografia. Seriam “Os Boêmios da Cidade” o grupo de Canhoto? Deixo essa dúvida para os amigos cultos esclarecerem no comentários. No mais, é só alegria… “Orgia de Samba” é um disco tão bom quanto o seu sucessor. O repertório é marcado por doze sambas da melhor qualidade. O destaque vai para “Morena boca de ouro” de Ary Barroso, “Lá vem a baiana” de Dorival Caymmi e “Madame fulano de tal” de Cyro Monteiro e Dias da Cruz. As outras faixas, embora para a época fossem novidades, hoje também se tornaram clássicos do que podemos chamar de’ samba de verdade’. Confiram o toque 😉
orgia
lá vem a baiana
madame fulano de tal
boca de jacaré
semente
sonho e realidade
morena boca de ouro
não vá por mim
deixa de bobagem
dois amigos
calouro em amor
seu nome tem silva lessa

Carmem Costa & Paulo Marquez – A Música de Paulo Vanzolini (1974)

Nesses últimos dias tem sido difícil acertar o passo aqui no blog quanto ao horário das postagens. Estou fora do QG, dependendo incluisive de uma boa conexão. Acaba tudo ficando mais lento e as postagens para os momentos finais, meio à toque de caixa.
Vamos hoje com este disco bacanão que tem três fatores importantes: Carmem Costa, Paulo Marquez e Paulo Vanzolini. Não precisa dizer mais nada. Quem não conhece, não sabe o que está perdendo. Aqui temos doze faixas de autoria de Vanzolini, interpretadas por Carmem e Paulo num disco gravado no inicio dos anos 70 pelo selo Marcus Pereira. Este, me parece, foi o último disco gravado por Paulo Marquez. Foi relançado em vinil nos anos 80 e novamente em cd nos anos 90. Mesmo assim é difícil de achar. Excelente!

mulher que não dá samba
falta de mim
inveja
ronda
samba abstrato
sorrisos
teima quem quer
maria que ninguém queria
menina o que foi o baque
cara limpa
mulher toma juizo
choro das mulatas

Paulo Marquez – Doutor Em Samba (1959)

Aqui estou, ansiosamente esperado para trazer as novidades… E hoje, boas novas eu trago e espero que sejam inéditas. Tenho aqui este disco que, para quem não conhece, vai ser um toque mais que musical, especial! Podem comentar…
Paulo Marquez é um nome pouco lembrado (ou pouco falado?). Mineiro de Uberaba, este cantor começou sua carreira no final da década de 40 em sua cidade natal. Seu nome verdadeiro era José Marquez. Em Belo Horizonte, trabalhando na Rádio Guarani, adotou por sugestão do radialista Rômulo Paes o nome de Paulo Marquez. Sai do José e caí no Paulo, vai entender…? Seja como for, o cara acabou fazendo-se ouvir para além das montanhas de Minas. E como todo bom artista, acabou indo parar no Rio. Foi por lá, em 1956 que Paulo Marquez gravou seu primeiro disco, um bolachão de 78. Em 1958 grava o primeiro lp pela Columbia “Orgia de Samba”, acompanhado pelo Regional do Canhoto. O disco foi muito bem recebido pelo público e pela crítica. No ano seguinte gravou novamente pela Columbia este que foi o seu segundo e mais importante disco. Não é preciso dizer muito, basta ler na capa e já podemos ter idéia do nível deste trabalho. Composições de Billy Blanco com arranjos e orquestração de Radamés Gnattali.
À propósito, na capa de apresentação deste álbum, coloquei a logomarca do TM apenas para cobrir o selo da loja, que algum infeliz fez o (des)favor de colar. Propaganda aqui, só se for cultural, musical e sem fins lucrativos. Né não? 🙂
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samba de doutor
obrigado excelencias
camelô
o amor é cego
minha vida com teresa
coringa
na janela do mundo
feiúra não é nada
viva meu samba
estatuto de boite
vaca de presépio