Beagá Band’s – Parada De Sucessos (1967)

Olás! Depois que o Blogger criou mais uma de suas ferramentas, um filtro para ‘spam’ no Comentários, eu achei que daí em diante não precisaria mais me preocupar com mensagem intrusas, principalmente as propagandas. Pois olha, que de nada resolveu. Pelo filtro passa tudo, menos os toques mediúnicos enviados pela ‘turma celestial’ (não confundir com a torcida do Cruzeiro, essa também tá morta, mas não toca nada, hehehe…) Preciso ficar mais atento, senão vocês vão chegar no Comentários primeiro que o link.
Hoje eu vou trazendo mais um disco da lendária Paladium. Mais um daqueles álbuns sem referências. Mas que de tanto eu comentar, já sabemos por alto o que vamos encontrar. Temos desta vez o lp “Parada de Sucessos” com o fictício grupo Beagá Band’s. Fictício no sentido de ser um nome usado para dar uma certa identidade ao disco. O Beagá Band’s só existiu em estúdio e durante o reinado da Paladium.
No álbum “Parada de Sucessos” temos um repertório eclético e tão variado que eu chego a desconfiar que tenha sido feito por um mesmo grupo ou músicos. Se não fosse pelo naipe de metais, que dá uma certa unidade ao disco, eu diria que é quase uma coletânea de fonogramas da Paladium e Coledisc. Contudo e no todo, temos um lp bem interessante, com arranjos até originais. Um bom exemplo é a faixa “Na baixa do sapateiro”, de Ary Barroso. Confiram aí, mais um mineirinho 😉

negro gato
pãozinho do leblon
a praça
call me
there’s kind of rusk
bater dos sinos
gina
profundo del elba
nossa canção
na baixa do sapateiro
here there and everywhere
telegrama

Beagá Band’s – Em Cima Do Sucesso

Taí, mais um álbum da Paladium. Desta vez temos o grupo Beagá Band’s. Pelo nome já deu para perceber que se trata de um conjunto formado por artistas da capital mineira, Belo Horizonte. Infelizmente não temos o nome dos integrantes. Na verdade seria mesmo difícil, visto que a Beagá Band’s pode ter sido ‘montada’ com diversos artistas e sessões de gravações. Pelo que eu pude entender, o selo Paladium não estava buscando criar um ‘cast’, não tinha artistas contratados e nem investia na carreira dos mesmos. Seu foco era mais a produção em cima do que já era conhecido, ou seja, o negócio era vender música e estilos musicais conhecidos. Para isso, criavam grupos e orquestras fictícias, nomes que só existiam para dar uma certa identidade ao disco. Podemos dizer que o selo Paladium foi o maior produtor fonográfico de ‘covers’, ou pelo menos o único exclusivo.
No presente álbum, temos uma seleção musical das mais improváveis. Fica claro ao ouvirmos, que este disco foi gravado entre diferentes dedos, mãos e bocas. Um trabalho inteiramente instrumental num repertório todo ‘demodê’. A única música que faz jus à capa com tema psicodélico é “Satisfaction” dos Stones. As demais caberiam em algo parecido com “Beagá Orquestra’s” ou coisa assim. Disquinho curioso…

verdes campos de minha terra
dedicatória
alguém ao telefone
quando digo que te amo
meu grito
não me deixes
o mundo que conhecemos
a little bit me, a little bit you
cry me one river
satisfaction
you only live twice
ciúme