Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! Devido a uma viagem, estou sendo obrigado a recorrer aos meus ‘discos de gaveta’, aqueles que estão sempre prontos, seja no ‘hd” ou no pen drive. Sempre levo comigo, quando viajo, alguns arquivos para cobrir as emergências. Dessa forma, levo hoje para vocês uma coletânea prá lá de bacana. Estamos falando aqui de Ary Barroso, em um álbum lançado pela Musidisc possivelmente no ano de sua morte, 1964. Não há no lp qualquer informação da data, mas pelo texto na contracapa, tudo leva a crer que se trata de uma homenagem póstuma. A Musidisc reuniu alguns de seus maiores sucessos internacionais, extraídos de outros discos e artistas da gravadora. Alguns, inclusive, até já apresentados aqui no Toque Musical. De qualquer maneira, trata-se de uma coletânea da Musidisc, o que é sinônimo de qualidade. Mais ainda sendo o motivo principal a música de Ary Barroso. Confiram!
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Orquestra Pan American – Star Dust (1959)
Olá, amigos cultos e ocultos! Passei a manhã de hoje ouvindo alguns dos discos que comprei recentemente na mão de um catador de papéis. Entre tantos, existem alguns cujo estado de conservação é ótimo. Ainda bem que eu cheguei a tempo, senão o cara, com aquela mão de lixa, continuaria ali tratando aqueles vinis como trata seus papelões. Foi mesmo muita sorte minha. “Star Dust” da Orquestra Pan American é um que está em muito boas condições, parece novo e é uma versão mono Hi-FI.
Os discos da Musidisc primavam pela qualidade, tanto fonográfica, de gravação, como também na qualidade material das capas. O Nilo Sérgio, dono da gravadora, tinha uma visão refinada e produzia seus discos buscando a mesma paridade como os álbuns feitos nos Estados Unidos. Depois que Musidisc caiu nas mãos da Globo/Som Livre, os relançamentos vieram sem a mesma preocupação, capinha simples e vinil de plástico. A preocupação com a qualidade e informação era tanta, que chama a atenção a contracapa. Nela temos um quadro com informações técnicas sobre os sistemas de gravação utilizados e seus discos, chamados de “Hi-Fi Masterpiece” e Hi-Fi Musidisc”. Este álbum, assim como outros da gravadora, foram lançados em duas versões, estéreo e mono Hi-Fi. Vejam vocês que conforto essa gravadora nos dava! Há no quadro informações também sobre os microfones utilizados e seus gravadores. A coisa chega ao cúmulo da perfeição ao detalharem os decibéis e curvas de frenquência, como se todos os consumidores de discos fossem técnicos em gravação. Mas a verdade é que isso demonstrava o primor com o qual o Nilo Sérgio idealizava a sua gravadora. O cara pensava como americano (ou pelo menos, queria o seu produto assim). Nisso tudo ele só falhou nas informações artísticas. Embora a contracapa também estampe um texto, de Sebastião Fonseca, apresentando o disco, pouco se falou da produção artística. Sabemos que este foi o segundo disco com esta Orquestra Pan American. No mesmo ano de 59, a Musidisc havia lançado o álbum “Samba Internacional“, também postado aqui. O sucesso dessa primeira produção levou a gravadora a lançar, no mesmo ano, mais um disco na mesma linha. Para isso, recrutou novamente os mesmos instrumentistas e regente, os quais não constam os nomes. Somado a isso, tem também um côro vocal com quatro vozes femininas e quatro masculinas. Essas últimas são do grupo vocal Os Cariocas. O repertório do disco é bem parecido, no arranjo, com o álbum anterior. São nove sucessos internacionais da época, revestidos com arranjos de samba e mais três sucessos nacionais no mesmo estilo, que entram para azeitar a festa.
Só depois de ter ‘quebrado pedras’ (preciosas) e ao fim desta postagem foi que percebi que o álbum também já foi postado no Loronix e no Baudelongplaying. Uma prova de que este disco é realmente muito bom. Para criar o meu diferencial, estou postando as duas versões, hi-fi e estéreo. Se você ainda não ouviu, chame logo o seu ‘pai de santo’… Muito bom! 😉
Orquestra Pan American – Samba Internacional (1959)
Olá amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós neste domingo encalorado, finalizando a dobradinha compacto e long play. Sei que muitos gostariam de ver e ouvir mais compactos, mas por enquanto vamos dar uma pausa. Em breve retornaremos ao disquinhos, aguardando as doações prometidas pelo meu amigo culto Antonio Carlos (estou esperando, heim?).