Marcos Valle – Vento Sul (1972)

Como eu havia dito ontem, nesta semana continuamos, dia sim – dia não, apresentando alguns dos melhores álbuns do grande Marcos Valle. Venho alternando com outros títulos/artistas para que a medicação possa surtir efeito. Dosagem maciças podem causar dependência, por isso estou pegando leve, quantidades apenas para curar. Se você andou exposto à radiação do axê ou do rap, então eu recomendo uma superdosagem que Valle. É tiro e queda… Para esta noite tenho, entre os discos da década de 70, o mais curioso. Um álbum onde o artista vai além, mesclando em sua música elementos do rock em leves pitadas de progressivo. Com este lp ele rompe com algumas tradições, chegando mesmo a assustar alguns puristas da MPB. Mas em nenhum momento deixa de ser um disco maravilhoso, carregado de boas intenções e muita qualidade. Confira mais este toque…

 Revolução orgânica
 Malena
 Pista 02
 Vôo cego
Bôdas de sangue
 Democústico
 Vento Sul
 Rosto barbado
 Mi hermoza
Paisagem de Mariana
 Deixa o mundo e o sol entrar

Marcos Valle – O Cantor, O Compositor (1965)

Fim de semana puxado e corrido. Nessa altura do campeonato eu já estou que não me aguento de tanto sono. Antes que eu desmaie de vez, vamos por em dia a postagem. Hoje vai mais um do Marcos Valle (que vale), seu segundo disco. Um álbum que faz parte da história da Bossa Nova. Outro grande disco que valle uma conferida 🙂 !0 Zzz… Zzz…

Gente
Preciso aprender a ser só
Seu encanto
Passa por mim
Samba de verão
A resposta
Deus brasileiro
Dorme profundo
Vem
Mais amor
Perdão
Não pode ser

Marcos Valle – Mustang Cor De Sangue Ou Corcel Cor De Mel (1969)

Boa noite. Bom sábado, bom domingo. Estamos entrando sempre na última hora, mas sem falta. O dia hoje foi totalmente musical com a feira do vinil fazendo muito sucesso. Apesar da pouca divulgação o evento serviu mais uma vez para firmar presença mensalmente na cidade. Acredito que nas próximas edições a feira venha a dar mais ibope. O interesse das pessoas pelo disco de vinil parece que tem até crescido e não se limita apenas à turma dos ‘coroas’, mas também a moçada jovem vem descobrindo os prazeres da bolacha. Isso é muito bom…
Para abrilhantar este nosso sábado e também diante ao sucesso do ‘valle a pena ouvir de novo’, resolvi que seria bom postar outro discão do Marcos Valle ao invés alternar com outros artistas; como andei fazendo durante a semana. “Mustang cor de sangue…” é mais um bom de safra, com ótimas músicas, sendo destaque a faixa homônima que dá título ao lp. Temos também neste álbum a participação de Milton Nascimento na faixa “Diálogo” e dos Golden Boys em “Dia de vitória”. Totalmente imperdível.

mustang cor de sangue
samba de verão 2
catarina e o vento
frevo novo
azimuth
dia de vitória
os dentes brancos do mundo
mentira carioca
das três às seis
tigre da esso que sucesso
o evangelho segundo san quentin
diálogo

Marcos Valle – Previsão Do Tempo (1973)

A previsão do tempo para hoje é a de que estou babando de sono e antes que me esqueça, aqui vai mais um que vale… Marcos Valle em mais um disco de tirar o chapéu. Não vou nem tentar continuar pois já estou trocando letras… Zzz… Zzz…

Flamengo até morrer
 Nem paletó, nem gravata
 Tira a mão
 Mentira
 Previsão do tempo
 Mais do que valsa
 Os ossos do barão
 Não tem nada não
 Não tem nada não
 Samba fatal
 Tiu-ba-la-quieba
 De repente, moça flor

Marcos Valle (1970)

Hoje estou meio devagar, devido a uma gripe que me pegou de jeito. Quase desisti de fazer a postagem do dia. Mas por honra da firma, vamos manter a frequência diária. A peteca não pode cair. Vamos então para a segunda dose de Marcos Valle.
Nesta, temos um álbum raro e tão bom quanto o postado anteontem. Para mim, as três faixas, “Quarentão simpático”, “Freio aerodinâmico” e “Os grilos” já ‘vallem’ o disco. “Os grilos”, inclusive, aparece aqui também na versão original de 1967. Tem “Pigmalião”, intrumental bacana que foi trilha da novela de mesmo nome, lembram? Há também, uma faixa com participação dos Golden Boys, “Esperando o Messias”. Discão para ninguém por defeito.

quarentão simpático
ele e ela
dez leis (is that law)
pigmalião
que eu canse e descanse
esperando o messias
freio aerodinânmico
os grilos
suite imaginária
os grilos (versão 1967) – bonus track

Marcos Valle (1974)

Esta semana eu quero dedicar à postagem de um dos (muitos) artistas que eu mais aprecio na MPB, o genial Marcos Valle. Para tanto, pretendo nos próximos dias postar alguns de seus melhores trabalhos. Eu normalmente não costumo exagerar na dose, mas desta vez vou estrapolar… Uma semana inteira de Marcos Valle, vale?
Então começo por este álbum de 1974, disco raro inclusive nas ‘bocas’. Fase muito boa do artista que na década de 70, influenciado pela música americana (a boa, claro!), andou flertando com o pop e soul music. Neste disco temos uma série de sucessos, músicas que foram inclusive temas de novelas. Chamo atenção especial para as faixas “Brasil x México” – um instrumental super descontraído, a ponderada “Cobaia”, a passional “Tango”, “Meu herói”, “Casamento, filhos e convenções”… só sucessos!

no rumo do sol
meu herói
só se morre uma vez
casamento, filhos e convenções
remédio pro coração
brasil x méxico
tango
nossa vida começa na gente
novelo de lã
cobaia
charlie bravo

Sucessos Odeon – Volume II (1973)

Coisa curiosa, como há público para coletâneas. Tenho percebido isso não é de agora. Toda vez que apresento algum disco assim, este acaba dando muito ‘ibope’. No caso da postagem de ontem não foi diferente… Sucessos Odeon! Então, para não ficarmos num volume só, vou postando mais um. Este segundo volume é quase a mesma coisa do primeiro, os artistas são praticamente os mesmo, só mudam as músicas. Se você, amigo visitante, gostou do primeiro, então vai gostar deste também.

marisa – romântico do caribe
brazilian singles – um frevo novo
ivon curi – baile da coceira
sá rodrix e guarabyra – mestre jonas
lincoln – cha cha cha
alvarado – last tango in paris
the fevers – tudo passa
milton banana – amor amor
maurice monthier e sua grande orquestra – ben
beto guedes – caso você queira saber
franco xavier – cala boca
côro odeon – nordeste seu povo seu canto e sua gloria

Sucessos Odeon – Volume I (1973)

Numa semana meio morna, continuo de leve… reflexo da motivação… Se não há sinal de vida, a coisa fica assim mesmo… diluida, repetida, consumida… Porém, para não perder o gosto, vamos diferenciar…
Para essa noite vou trazendo este lp promocional da Odeon. Na década de 70 a gravadora lançava anualmente discos como este, reunindo um pouco da sua produção. Uma coletânea com os mais diversos artistas, nacionais e/ou internacionais. Este discos eram enviados às rádios e distribuidos de cortesia, não eram para ser comercializados. Embora na maior parte das vezes essas coletâneas fossem irregulares, traziam por outro lado, faixas interessantes; as vezes raras. Vejamos então este volume de 1973, uma salada mista, drops de sabores variados. Escolha o seu…

the fevers – hey girl
marisa – saia do meu caminho
lincoln – não adianta nada
milton banana – cicatrizes
toninho horta – meu canário vizinho azul
ivon curi – dia de graça
brazilian singers – tem capoeira
abilio manoel – era uma vez
nadinho da ilha – cantarolando
maurice monthier e sua grande orquestra – il était une fois… la révolution
cassiano – o vale
clara nunes – tristeza pé no chão

Sá & Guarabyra – Cadernos De Viagem (1975)

Fechando a semana, aqui vai o último toque. Sá e Guarabyra, dupla que dispensa apresentações, num disco da fase de ouro. Mesmo com a saída de Zé Rodrix, a dupla continuou investido no seu ‘rock rural’. Um disco raro, gostoso de ouvir. Me faz lembrar coisas do “Clube da Esquina”. Belo álbum!

Caderno de viagem (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Dança o atrevido (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Muchacha (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Passo-preto (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Lá vem o bicho (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Velho camalião (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Xote correntino (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Roda o mundo (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Ondina Paconé (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Tarzan dos cromados (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 O que você quiser (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)
 Mundo invisível (Luiz Carlos Sá – Guarabyra)

Raul De Barros – Hoje Tem Baile (1959)

A gente às vezes recebe umas contribuições, que embora sejam interessantes, muitas vezes acabam por nos dar mais trabalho na hora da postagem. Por favor, não me interpretem mal. Se dá trabalho é porque é bom e merece. No caso deste disco do Raul de Barros foi assim. Só faltou a capa e maiores informações. A capa eu consegui, mas informações sobre este álbum e data é que é difícil. Em vários locais que eu pesquisei não vi uma referência sobre o lp, que fosse plo menos a data. Mas nada! Parece que o álbum não consta na dicografia do Raul (será?). Seja como for, fica em aberto este post para futuras correções. O lp traz doze faixas com músicas bem conhecidas do público em geral, feitas para dançar na sala, no salão ou na gafieira. Relembrando bons tempos que já não se vêem mais. Para os que não conhecem o Raul de Barros, saibam que ele foi um dos grandes do trombone, instrumentista, regente e compositor. É dele o famoso chorinho “Na Glória”, presente também neste lp, vocês lembram? Toque aí…

01 – Implorar
02 – Tequila
03 – Lisboa antiga
04 – Never let me go
05 – Na glória
06 – In the mood
07 – Abre a janela
08 – Patrícia
09 – Nêga
10 – Beguin the beguine
11 – Baltazar
12 – Morena boca de ouro

Norma Bengell – Ooooh! Norma! (1959)

Acho que pouca gente conhece o lado cantora da cineasta Norma Bengell. Cantora e compositora! Até onde eu sei, ela gravou três discos solos, um bolachão de 78rpm e dois lps. Este seria o segundo disco, gravado em 1959. A história deste lp é bem interessante. Norma, nesta época já era bem conhecida do público (principalmente o masculino) devido a sua participação no filme “O homem do Sputinik”. Ela se tornara uma espécie de ‘sex-smbol’, a Brigite Bardot nacional. Segundo contam, o álbum surgiu devido a essa efervescência em torno de seu nome. Norma havia sido fotografada de maiô para uma capa da Odeon. Daí nasceu este lp. O disco é bem bacaninha, com um repertório internacional, mais três canções de Tom Jobim e uma de João Gilberto.

Paulo Cesar Pinheiro, Eduardo Gudin & Marcia – O Importante É Que A Nossa Emoção Sobreviva

Mais uma contribuição para o Toque Musical, aqui em dose dupla. “O importante é que a nossa emoção sobreviva” 1 e 2. Originalmente eles foram lançados em separados, um em 1975 e outro em 76. Na edição em cd, para a nossa felicidade, os dois vieram juntos (oba!). Para os que não sabem, trata-se de um registro ao vivo, uma seleção de shows realizados no Rio e em SP no início dos anos 70. PC Pinheiro é genial, além de um grande poeta, tem aquela voz do Nelson Cavaquinho. Aliás, em shows, ele se apresenta com filho do Nelson. Embora não seja, tem tudo a ver. No álbum aqui apresentado ele faz um breve comentário sobre seu suposto parentesco com Nelson Cavaquinhho. Este é mais um registro sonoro que não pode faltar em uma discoteca básica de MPB. Vamos ouvir?

Rosa de Ouro II – Hermilio Bello de Carvalho (1967)

O segundo Rosa de Ouro não foi diferente em brilho e grandeza do primeiro. Parece que um completa o outro. Viva Hermilio Bello de Carvalho! Esse cara é o bicho! O estrategista do samba. Neste número dois estão presentes além de Clementina e Aracy, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaco e Nelson Sargento. Mais um grande disco que, por honra, eu não poderia deixar de postar aqui no Toque Musical.

e a rosa voltou / rosa de ouro / quatro crioulos / cântico a natureza
isso é que é viver
flor do lôdo
a harmonia das flores
francesa no morro
palmares / psiquiatra
degraus da vida / mulher fingida / o que será de mim /
que samba bom / só pra chatear
dona maria devagar / clementina cadê você / santa barbara
mulato calado
minha vontade
quem sabe um dia? / rosa de ouro

Rosa de Ouro – Aracy Cortes e Clementina de Jesus (1965)

Esta é a trilha sonora de um espetáculo que marcou época, apresentado no Teatro Jovem do Rio de Janeiro e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho. O musical e lp apresentaram para o grande público Clementina de Jesus e o samba de partido alto. O sucesso desse trabalho acabou gerando uma segunda edição dois anos depois, o Rosa de Ouro II. Por enquanto vamos curtir essa jóia, depois falamos do segundo (e também maravilhoso) álbum. Foi re-lançado em CD, mas claro que já está fora de catálogo.

Nelson Cavaquinho – Quando Eu Me Chamar Saudade (1996)

Já que começamos a cutucar a genialidade do samba, vamos abrir alas para um Grande: o maravilhoso Nelson Cavaquinho. Este disco é bem interessante, uma coletânea com 18 de suas mais conhecidas composições/gravações, interpretadas por ele e outros artistas como Paulinho da Viola, Clara Nunes, Elza Soares… Tem também o seu parceiro maior, Guilherme de Brito, na faixa 7 “A flor e o espinho” e “Quando eu me chamar saudade”. Discão!

Beth Carvalho – Andança (1968)

Taí o primeiro disco da Beth Carvalho. Não é exatamente um álbum de samba, mas está dentro do contexto. Lp muito legal, com aquele clima de anos 60, de festivais… “Andança”, uma composição de Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi foi defendida por ela e os Golden Boys no III Festival Internacional da Canção”. A música ficou em terceiro lugar, se tornando um clássico do nosso cancioneiro popular. Não há quem esqueça de cantá-la numa roda de viola. Além da canção homônimo, o álbum traz outras faixas interessantes como “Sentinela”, gravada e sucesso na voz de Milton Nascimento. Disco importante da MPB, básico!