Eu já estava quase desistindo desta segunda postagem. Ninguém comentou nada, eu entendi que não tivessem gostado. Mas como sou uma pessoa de palavra, não poderia deixar de cumprir o prometido. Dessa forma, temos então para encerrar a noite dois compactos do Wilson Simonal. O primeiro é de 1964 e traz “Nana” e “Lobo Bobo”. O segundo, de 68, é um compacto duplo com duas músicas de cada lado. Não vou nessa altura do campeonato entrar em detalhes sobre os disquinhos, cujo conteúdo é bem é puro balanço. Simonal é Simonal 🙂 Um disco a mais não vai fazer mal.
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Wilson Simonal – Compactos Do Toque Musical (2009) REPOST
Como disse o amigo culto, Simonal nunca é demais. Sem dúvida não é mesmo. Embora a postagem de ontem tenha sido um ‘repeteco’ do que já foi postado na blogosfera, percebo que muita gente ainda quer ouvir. Está dando o maior ‘ibope’. E eu pensando que não foi uma boa, acabei preparando outro Simonal para compensar. Acredito, diante aos resultados, que esta produção exclusiva do Toque Musical será mais do que um simples complemento.
Miltinho – Compacto (1972)
Para não ficarmos apenas em um simples compacto, aqui vai mais um que também fala da Independência. Trago para vocês este compacto, gravado pelo Miltinho em 72. Nele encontramos a “Marcha do Sesquicentenário da Indepêndencia, composição de Miguel Gustavo que se tornou bastante conhecida. Do outro lado temos o samba, “Crioulo branco”. Eu suponho que essas duas músicas só saíram mesmo no compacto. Por isso é que a gente deve estar sempre atento aos disquinhos de 7 polegadas, as vezes o que sai neles, não aparece nos álbuns.
Ainda tenho mais um compacto raro para o dia de hoje, vamos ver se rola…
Maria Bethânia – Ao Vivo (1970) REPOST
Começamos bem a semana. Tenho para hoje um disco da Maria Bethânia. Não por acaso, um de seus álbuns menos conhecidos ou lembrados. Isso muito por conta da sua produção. O disco foi gravado ao vivo, num ambiente festivo em homenagem a cantora. Bethânia se apresentou ao lado de um trio (piano, bateria e contrabaixo). Cantou um repertório considerado irregular pela crítica da época. (Pessoalmente vi nela seu momento mais autêntico e assumido como uma cantora sem rótulos.) Teria sido um álbum inesquecível, não fosse a ‘cagada’ que fizeram na produção. Bethânia cantou com consciência, sabia que estava sendo acompanhada por um conjunto pequeno e o fez de maneira intimista. Fez tudo certinho. Mas os produtores, incluíndo o Carlos Imperial, resolveram dourar mais a pérola enxertando uma orquestração, um arranjo absurdo pós gravação. Acabaram matando o som da primeira gravação. Equalizaram (para baixo) a voz da cantora deixando-a abafada em alguns instantes das músicas. O que era para ser um bom efeito, acabou se transformando em defeito. O ‘mix’ não funcionou. Mesmo assim, vale ouvir Maria Bethânia. Vale conhecer melhor este disco 😉
PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!
Antenógenes Silva – Valsas E Saudades (1955)
Bom dia! Vamos logo liberando a postagem, mas com atenção para não fazer como ontem. A pressa continua…
Hoje nós iremos relembrar Antenógenes Silva, um dos maiores acordeonistas brasileiros. Considerado, no auge de sua época, o melhor acordeonista de oito baixos do mundo. Mineiro, de Uberaba, começou cedo sua trajetória musical. Gravou seu primeiro disco ainda na década de 20! Trabalhou inicialmente em São Paulo, na Rádio Educadora Paulista. Porém, sua carreira deslanchou a partir da sua transferência para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com os mais diversos artistas. Foi aluno do Maestro Guerra Peixe com quem aprendeu harmonia e orquestração. Foi também professor, inclusive de Luiz Gonzaga. Chegou a ter no Rio de Janeiro uma escola onde ensinava música e a arte de seu instrumento. Ao longo de sua carreira compôs muitas músicas e também gravou muito, principalmente acompanhado outros artistas. Muitos deles, como Gilberto Alves, Dilú Melo, Jamelão, entre outros, tiveram suas carreiras impulsionadas por Antenógenes. Ele também acompanhou e gravou com artistas internacionais como Carlos Gardel, Libertad Lamarque, Lucienne Boyer e por aí a fora… Gravou também na Europa. Na Alemanha ganhou o primeiro lugar no concurso promovido pela fábrica Honner. Era chamado de o ‘Mago do Acordeon’. Atuou até à década de 60. Sua composição mais conhecida (pelo menos para mim) é a valsa “Saudades de Ouro Preto”. Mas há também outras de suas saudades bem conhecidas 🙂
Neste álbum, um lp de 10 polegadas, lançado em 1955 pela Odeon, encontramos oito temas do seu repertório. São valsas e choros, o ‘choro mineiro’, quase todas as faixas de sua autoria.
Não deixem de conferir mais esse raro exemplar 😉
Romeu Féres e Orquestra E Coro De Luiz Arruda Paes – Tardes Orientais (1957)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Finalmente estou de férias!!! Tô viajando no domingo, sem falta! Finalmente vocês poderão ficar livres de mim até o fim do mês. Só volto em agosto, se Deus quiser.
Como última postagem, vou trazendo para vocês um disco diferente. Nada de Samba, Bossa Nova, Baião ou Xaxado. Nada de MPB… Pode parecer estranho, afinal o Toque Musical é um blog voltado para a música brasileira. Mas, não podemos esquecer, é também um espaço para a produção internacional quando esta se faz pertinente, ou relacionada à temas e artistas brasileiros. É o caso desde disquinho de 10 polegadas, lançado em 1957 pelo Odeon.
Temos aqui o cantor de origem libanesa Romeu Féres, acompanhado de côro e a orquestra do Maestro Luiz Arruda Paes. Embora o repertório seja totalmente de música árabe, o disco foi gravado aqui no Brasil. “Tardes Orientais” nasceu em consequência do sucesso de um outro disco, “Jóias Árabes”, lançado pela mesma gravadora um ano antes e com o mesmo cantor. Muitos acreditam que Romeu Féres fosse também árabe, mas ele nasceu em São Paulo, em 1918. Com um descendente árabe, foi criado dentro das tradições de seus pais. Tocava alaúde, um dos mais antigos instrumentos de cordas do mundo. É considerado o primeiro cantor profissional da música árabe no Brasil. Iniciou a sua carreira nos anos 40, onde atuou no Cassino da Urca, ao lado de outros grandes nomes como Elvira Rios, Pedro Vargas e José Mojica. Cantava em sete idiomas, o que lhe dava um leque de um amplo repertório internacional. Suas primeiras gravações saíram pelo selo Continental. Gravou música brasileira, versões e outras em idiomas francês, inglês, italiano, alemão, espanhol e árabe. Atuou não apenas no Brasil, mas também na Europa e em países da América do Sul. Como a comunidade árabe no Brasil é muito grande, Féres fez sucesso com seu disco “Jóias árabes” e por conta disso, no ano seguinte lançou este “Tardes Orientais”, um álbum com oito belíssimas canções de autoria do próprio Romeu Féres em parceria com o poeta árabe Tanios Baaklini. Os arranjos e orquestração são de Luiz Arruda Paes, que procurou ser o mais fiel na aproximação com o estilo musical árabe. Um disco realmente interessante e curioso. Vale conferir!
Portinho – Ritmo Das Américas (1958)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu ainda não atualizei algumas postagens que me foram solicitadas, mas prometo que ainda nesta semana o farei. Bem porque, na próxima eu já estarei de férias e espero, dar uma pausa aqui no Toque Musical por uns dias.
Hoje nós iremos como o saxofonista Antonio Porto Filho, mais conhecido como Portinho. Interessante, eu pensava que Portinho fosse um apelido, pelo fato deste instrumentista ter vindo do Rio Grande do Sul. Mas realmente não tem nada a ver. Contam que ele veio trabalhar no Rio e São Paulo através do cantor Nelson Gonçalves, que o descobriu. Na segunda metade da década de 40 ele foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Tupi – Tamoio. Depois mudou-se para São Paulo onde também tocou em rádios, gravou com diversos artistas da época, fez arranjos e regeu orquestras. Seus primeiros discos, como este “Ritmos das Américas”, são recheados de ‘standards’ da música internacional e sucessos nacionais. Mas há também espaço para as suas composições. Músicas como “Beijo nos olhos”, “Folhas soltas” e “Superstição”, “Cidade grande” e “Coração apaixonado”, que constam neste lp, são músicas suas que fizeram um relativo sucesso na época. Portinho trabalhou com os mais diferentes artistas e também ajudou a lançar outros, como Claudia Barroso. Foi uma arranjador e produtor muito atuante nos anos 60, principalmente com artistas da Jovem Guarda. Vários de seus arranjos se tornaram célebres, como a impagável “Eu não sou cachorro não”, de Waldick Soriano. Seu último grande momento foi ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica, onde foi regente convidado. Foram vários os discos gravados por ele, mesmo assim é mais fácil identificá-lo em trabalhos de outros artistas.
Como eu disse, “Ritmos das Américas” é um álbum onde ele nos apresenta uma série mista regada de samba, bolero, beguine e fox. Seu sax alto vem acompanhado de orquestra, com arranjos e direção do maestro Hector Lagna Fietta. Confiram… 🙂
Roberto Paiva E Francisco Egydio – Polêmica (1956)
Boa noite amigos cultos e ocultos! Finalmente me encontro numa pausa e aproveito o momento para mandar aqui o meu recado, o toque do dia. Como estou em trânsito, hoje vou recorrer aos meus ‘discos de gaveta’. Não tive tempo para preparar coisa melhor, daí vamos com o excelente “Polêmica” – Noel Rosa X Wilson Batista, nas vozes de Francisco Egydio e Roberto Paiva.
Embora seja um disco já bem divulgado em diversos blogs musicais, eu penso que ele ainda irá surpreender muita gente que passa por aqui. Trata-se, sem dúvida, de um disco com músicas de dois grandes compositores, Noel Rosa e o sambista Wilson Batista. Acredito que todos saibam da história da rixa entre os dois compositores. Contam que por causa de uma morena tudo começou. Noel estava ressentido com o malandro Wilson que havia lhe ‘roubado’ uma pequena. Quando Wilson Batista compôs “Lenço no pescoço”, uma apologia à malandragem, Noel viu ali a chance de lhe revidar e escreveu o samba “Rapaz folgado”, onde numa indireta bem direta ele puxa o rodo no Wilson. Daí começa a curiosa batalha musical, com Noel e Wilson trocando insultos em versos (insultos mais por conta de Wilson Batista, é bom dizer). Esse fato durou pouco mais de uns dois anos, mas se prolongou na história porque dele nasceram músicas que hoje são clássicos do nosso cancioneiro popular. Com a mesma morena por quem a disputa começou, foi também o motivo como tudo terminou (bem). Wilson havia escrito o samba “Terra de cego”, onde dava mais uma alfinetada em Noel. Mostrou e cantou para ele a música em um bar e ali mesmo. Segundo contam, Noel gostou do samba, mas pediu para trocar a letra, ou melhor, criou uma nova letra para a música que passou a se chamar “Deixa de ser convencida”. A letra que antes dizia a Noel para perder a mania de bamba, agora falava à morena Ceci para deixar de ser convencida.
Em 1956 a Odeon decide então lançar o álbum “Polêmica”, onde reúne os sambas que os dois fizeram durante esse período. Francisco Egydio foi o responsável pelas interpretações dos sambas de Noel e Roberto Paiva os de Wilson Batista. A gravação deste álbum foi importante porque trouxe a tona um assunto que não era do conhecimento do grande público. Fez também trazer de volta essas primeiras composições de Wilson Batista.
Na contracapa do lp de 10 polegadas, temos um texto explicando melhor essa polêmica, escrito por Nassara, que também assina a bela e divertida capa.
João Nogueira – E Lá Vou Eu (1974)
Boa noite, amigos cultos e ocultos. Continuo devendo a reposição de alguns ‘toques’ solicitados. Peço que me desculpem, mas remar este barco sozinho não é fácil. E as vezes, algumas ‘reposições’ merecem uma ‘reedição’, daí demora mesmo.
Tenho hoje para vocês um disco de João Nogueira. Mais precisamente o segundo álbum de sua carreira, lançado em 1974 pela Odeon. “E lá vou eu” é um álbum bacana, como todos os outros que ele gravou, mas que há muito andava sumido da praça. Me lembro de tê-lo visto relançado há tempos atrás, naquela série criada pela Odeon, a “2 em Um”, onde em um único cd haviam dois álbum de um determinado artista, no caso do João foi “E lá vou eu” com o “Vem que tem”. No presente lp vamos encontrar doze faixas, sendo dez delas composições de João Nogueira e parceiros (Gisa Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro). Duas outras faixas vão pra o clássico de Noel Rosa, “Gago apaixonado” e “De rosas e coisas amigas”, de Ivor Lancellitti, que também participa na gravação. Taí meu toque do dia, ligeirinho, pois tem mais boi na linha 😉 Deixa eu ir…
Zezinho E Os Copacabana – Um Coquetel E Uma Dança (1961)
Noel Rosa – Vários Odeon (1962)
Olá! Hoje, para facilitar a minha vida e alegrar a de todos nós, vamos com a música de Noel Rosa. É como dizem, quando o doce é bom a gente não enjoa. Noel é sempre Noel, seja cantado por quem for. E aqui ele vem nas vozes e instrumentação de grandes nomes do ‘cast’ da Odeon, no início dos anos 60. Este álbum, conforme nos indica um dos textos da contracapa, foi lançado pela gravadora no sentido de relembrar o Poeta da Vila, no 25º ano de sua morte. Foram reunidos neste lp doze das mais badaladas músicas criadas por Noel Rosa, um verdadeiro festival de sucessos. Muitas dessas gravações vocês também poderão encontrar em outros discos da gravadora já postados aqui anteriormente. Na contracapa há também um texto do Sérgio Cabral falando um pouco sobre cada uma das faixas, o que facilitou ainda mais o meu trabalho.
O toque inicial eu já dei, agora vocês podem ir rolando a bola. 😉
gago apaixonado – moreira da silva
Coral De Ouro Preto (1962)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Acabo de chegar do domingo e ele foi ótimo. Um dia ensolarado, tranquilo e potencialmente fotografável. Vocês sabiam que hoje foi comemorado, no mundo inteiro, o dia da fotografia com câmera de orifício, o “Pinhole Day“? Foram mais de oitenta países, num encontro simultâneo, todo mundo fotografando, até eu! Quer saber o que é ‘Pinhole’? Visite o site. Bacana demais essa técnica de fotografia, eu recomendo…
Para o resto do domingo continuar numa boa, aqui vai um disco que eu também recomendo. Coral de Ouro Preto, segundo disco gravado pelo grupo. Lançado em 1962, desta vez pela Odeon, o Coral grava um disco super moderno para a época, pautado na bossa nova. A direção artística é de Ismael Corrêa, que foi também o descobridor do coral, formado por então jovens estudantes da Escola de Minas, de Ouro Preto.
Conforme nos informa o texto da contracapa, o disco foi gravado em apenas dois dias, entre o natal e o fim do ano de 1961, nos estúdios da Odeon, Rio de Janeiro. O coral tem o acompanhamento de seu regente , o pianista e compositor Ubirajara Cabral e um grupo de músicos da casa (Vidal – contrabaixo; Geraldo – violão; Juquinha – bateria; Ary e Jairo – trompas; Cópia – flauta e Cláudio – vibrafone). Com essa turma ao fundo, o Coral de Ouro Preto grava o que veio a ser o seu melhor e mais importante lp.
Confiram aí porque eu aqui já vou dormir. Desculpem, mas eu estou morrendo de sono. Zzzz…..
Brazilian Hits (1959)
Raul de Barros – Com Seu Trombone Romântico (1955)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Bem rapidinho, pois quem sabe faz a hora e não espera acontecer.
Hoje vamos com o Raul de Barros, considerado o mais brasileiro dos nossos trombonistas, autor do célebre samba choro “Na Glória”. Foi um dos mais impotantes no seu instrumento. Gravou dezenas de discos e participou de mais uma centena. Seu trombone tocou alto na gafieira, a ponto de se tornar um instrumento fundamental em qualquer casa de baile do gênero. Gafieira sem trombone, não era mais gafieira.
Tenho aqui este álbum de dez polegadas. Mais um dos que eu comprei na mão do catador de papelão. Lançado em 1955 pelo selo Odeon, Raul nos apresenta um repertório com oito temas românticos e populares. De um lado músicas nacionais, choros e samba, incluíndo de sua autoria a faixa “Melodia Celestial”. Do outro lado dedicado ao internacional em ritmo de fox. Confiram…
Bené Nunes – Telefone Para 27-9696 (1959)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Ontem, sábado é que era dia de festa, mesmo assim hoje ainda cabe um Bené Nunes para animar esse resto de domingo. Aliás, diga-se de passagem, foi também num domingo que postei um outro disco do pianista. Hoje ele volta em um álbum ainda inédito na blogosfera, o raro “Telefone para 27-9696”. Sei de muitos ‘causos’ de gente (fina) que ligava neste número para contratar o Bené Nunes. Será que ele atendia? hehehe… De fato ele era o rei da nota musical em bailes e festas particulares, e cobrava mesmo uma nota para essas apresentações. Era o pianista do então Presidente JK. Fico aqui imaginando as festas daquela época no Rio. Taí um artista que não devia ter nada a reclamar. Bené Nunes também atuou no cinema, em diversas produções da Atlântida e era chamado de “pianista galã”.
Neste álbum temos o artista desfilando o que ele melhor gostava de tocar em festas. O repertório é um mostruário, para não dizer uma propaganda para seduzir endinheirados como o “Coroné Antonio Bento”. Temos aqui uma seleção musical da melhor qualidade, com direção artística de Aloysio de Oliveira. Confiram aí mais uma raridade do Toque Musical 😉
Bola Sete – Aqui Está O Bola Sete (1957)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa missão musical, hoje vamos com Djalma Andrade, mais conhecido como Bola Sete. Violonista prodígio, iniciou sua carreira nos anos 40. Trabalhou ao lado de Ary Barroso por alguns anos no Programa “Trem da Alegria”. Formou logo em seguida seu conjunto, tendo como cantora Dolores Duran. Nos anos 50 excursionou pela América Latina e também esteve na Europa, se apresentando na Espanha com sua orquestra. Já era um músico destacado e internacional. Entre os diversos artistas brasileiros que debandaram para os ‘states’, Bola Sete foi um deles. Seguindo os passos de Luiz Bonfá e Laurindo de Almeida nos anos 50, o violonista foi também em busca do estrelato. Participou da noite de estréia da Bossa Nova, no Carnegie Hall, com o seu trio formado por Tião Neto no baixo e Chico Batera na percussão. Depois de algumas apresentações na terra do Tio Sam, ele acabou sendo contratado como artista exclusivo da rede de hotéis Sheareton, onde trabalhou durante uns três anos. Tocou com feras do jazz como, Dizzie Gillespie e Vince Guaraldi. Era considerado por muitos como o precursor do chamado ‘Latin Jazz’. Gravou por lá uma dezena de discos, dos quais poucos chegaram ao Brasil. Como adotou os Estados Unidos como sua morada, acabou se tornando esquecido em seu pais natal. Morreu na California em 1987.
O álbum que temos aqui, foi seu primeiro lp, lançado pela Odeon, no Brasil. Neste disco temos o instrumentista desfilando na guitarra elétrica uma série de sambas de Ary Barroso, um chorinho de Radamés, três composições autorais e outras coisas da época. Um bom disco, que já demonstra as qualidades excepcionais do grande Bola Sete. Confiram o toque…
Marcos Valle – Compacto Duplo (1971)
A partir de amanhã eu estarei viajando, sem saber ao certo se terei tempo para nossas postagens. Há algum tempo atrás havia uma ferramenta no Blogger que permitia fazermos postagens programadas. Vi isso uma vez, mas nunca coloquei em prática. Se for mesmo possível, acho que farei algumas para a semana. Na pior das hipóteses, tentarei pelo menos a forma mais fácil: Ctrl+C, Ctrl+V. Vamos ver se rola…
Segue aqui outro compacto do pacote. Outro disquinho que vai fazer os amigos dar pulinhos de alegria. Afinal, quem não gosta de Marcos Valle? Eis aqui um compacto duplo que a gente pode comparar com as versões em lps de 70 e 71. Seriam as mesmas? Já a faixa “Berenice”, foi trilha do filme “Lua de mel e amendoim”, de Fernando de Barros e Pedro Carlos Rovai. Acredito que esta música seja exclusiva, me parece ter sido lançada apenas neste compacto. Confiram a raridade em primeira mão 😉
Augusto Calheiros – Caboclo De Raça (1959)
Bom dia, amigos cultos e ocultos. Estou trazendo hoje mais um disco do meu xará, o Augusto Calheiros. Eis aí um artista dos quais eu muito aprecio. Gosto do seu estilo cabolclo, da sua música de raiz. E pelo que vemos em sua história musical, Augusto Calheiros quando veio do Recife como cantor no grupo de Luperce Miranda, Os Turunas da Mauricéa, conquistou logo o público se destacando ao ponto de seguir em carreira solo. Augusto tem um certo encantamento na voz, no jeito de cantar. Seu repertório é sempre rico de canções brasileiras autênticas, valsas, côcos, emboladas, serestas e canções populares. Tanto os dois lps anteriores, quanto este que estou trazendo agora, são álbuns póstumos. Augusto Calheiros não chegou a gravar para um ‘long play’. Como já havia dito também, sua obra foi toda resgatada, mas por quem e para onde, isso é que é difícil saber, não está tão acessível assim. Vocês, certamente não irão encontrar essas gravações rodando fácil por aí. Volto a repetir, se não fossem os blogs de música, coisas como esta estariam a cinco palmos de poeira, esquecidas em algum sítio arqueológico, de acesso restrito à pesquisadores.
“Caboclo de raça” foi lançado em 1959 pela Odeon, selo o qual Augusto Calheiros gravou a maioria de seus discos. Este álbum chegou a ser relançado em 1968 novamente pela Odeon, através de seu selo Imperial. Nele encontramos alguns de seus sucessos. Algumas músicas, inclusive, também se repetem, estão no lp “Patativa do Norte”. Confiram…
Conjunto Sete De Ouros – Sete De Ouros (1962)
Olá amigos cultos e ocultos! Passou o Carnaval, mas pelo jeito os ânimos continuam exaltados. Antes fosse apenas para exaltar o samba. Mas vamos deixar as broncas de lado. Vamos à música!
“Com o sax tenor de Cipó, o trombone de Maciel, o piston de Julinho, o piano de Lauro Miranda, o contrabaixo de Vidal, bateria de Paulinho, as vozes de Lenita Bruno e Zezinho. A Odeon tem o prazer de apresentar o Conjunto Sete de Ouros.” É bem assim que tudo começa neste primeiro disco do Conjunto Sete de Ouros. Uma apresentação que vai além da impressa na contracapa. É exatamente isso, um conjunto formado por feras, artistas de primeira linha que dão um show. Como podemos ver logo a baixo a seleção musical é composta de samba, bossa nova, fox e cha-cha-cha.
Pelo que eu pude observar, este lp foi relançado em formato de cd e ainda se encontra a venda. Taí uma boa chance para conhecer melhor o disco e depois comprá-lo para sua coleção 🙂 Confira aí…
Marlene – Te Pego Pela Palavra (1974)
Resolvi incluir no dia de hoje um ‘repost’, movido por duas razões. A primeira foi no sentido de complementar o dia com algo mais musical. A segunda razão foi por um erro mesmo, hehehe… Foram tantas as postagens nesses quase três anos que as vezes eu até me esqueço do que já postei. Eu estava certo de que o presente disco ainda era novidade. Fiz uma busca rápida no Google e descobri que eu já o havia postado. Xiii… fazer o quê? Agora vai assim mesmo. Mas com um detalhe: um repost mais caprichado. Na postagem anterior deste disco os arquivos estavam em baixa qualidade e incompletos. Agora ele ficou redondinho, aqui e no primeiro (tem um link novo lá também). Aliás, este é um álbum que merece ser ouvido na íntegra e com tudo que ele tem direito. “Te pego pela palavra” foi um show antológico, dirigido por Hermínio Bello de Carvalho. Estreou no Rio em 1974, na boate Number One, teve também edição em São Paulo. Foi um espetáculo tão bem produzido e com uma qualidade musical tão boa que acabou virando disco. Marlene, a rainha do rádio, supera a si mesma, mostrando sua versatilidade, cantando um repertório variadíssimo, como podemos ver logo a baixo…
Ivon Curi – Um Espetáculo A Parte (1963)
Dalva de Oliveira – Em Tudo… Você (1960)
Olá a todos! Comecei esta postagem logo cedo, mas só agora me lembrei de publicá-la. Tinha essa tarefa como já realizada. Ia passar batido, pois hoje eu não pretendia nem ligar o computador. Mas foi bom e providencial, assim pude além da postagem do dia, corrigir o erro de ontem. Valeu Pasquale!
E As Misses Escolheram Suas Músicas Preferidas (1959)
Bom domingo, amigos cultos e ocultos! Hoje é dia de descanso, mas eu vou ter que ir trabalhar. Havia até me esquecido desse extra, mas não poderei faltar. Acordei tarde e agora preciso correr… Mas não sem antes deixar aqui minha postagem do dia.
Brasil!!! Na Copa Do Mundo – Campeão Mundial VI Copa Do Mundo (1958)
Hoje é domingo, dia de futebol. Meu time também joga hoje, mas eu não vou mais ao campo. Jurei que só voltaria a ver um jogo se pelo menos num ano ele fosse campeão. Já vai para mais de vinte anos isso… No fundo, eu perdi mesmo o encanto com futebol não foi apenas por essa razão. Nos últimos vinte ou trinta anos pra cá o futebol mudou muito. Deixou de ser um esporte para se tornar um espetáculo. Daí fudeu tudo… Espetáculo é sinônimo de grandiosidade, glamour, vaidade, falsidade e principalmente de muito dinheiro. Parece que hoje tudo é feito na base do espetacular. Tudo gira em torno da grana. Paradoxalmente eu digo, que pobreza!
O futebol deixou de ser para mim o que era depois que se tornou um negócio rentável. Hoje em dia nós não temos atletas, jogadores de futebol. Temos sim astros e mercenários do futebol. Ninguém hoje está interessado em suar a camisa por um time, só mesmo os novatos e os reservas. O que esses caras querem é a luxúria (em todos os sentidos da palavra). A mesma luxúria em que vivem os artistas, ou melhor, as celebridades. Hoje em dia temos as tais “celebridades”, que vai do jogador de futebol, passando pelos artistas de tv, duplas sertanejas, funkeiros e rappers, novos ricos, políticos e indo até aquela boazuda que participou do BBB e agora posa nua na Playboy. É, meus amigos, o mundo está mudado!
Bom exemplo de uma época de ouro está aqui neste disco. Eu nem tinha nascido, mas nem precisa para saber que, nesse sentido, o mundo era bem melhor. Este disco celebra o primeiro campeonato mundial ganhado pelo Brasil. Um time de craques formado por autênticos brasileiros. Temos no lp os registros dos melhores momentos do time brasileiro em todas as fases, culminando na final contra a Suécia por 5 a 2. O disco apresenta trechos originais das transmissões feitas pelas emissoras Pan Americana de São Paulo e Continental do Rio, nas vozes dos radialistas esportivos Geraldo José de Almeida e Waldir Amaral. No álbum temos também dois temas musicais sem os créditos publicados. Eu infelizmente não consegui localizar nem título e nem autor. Seja como for… viva o Brasil!
Taiguara – Fotografias (1973)
Embora eu tenha procurado apresentar aqui coisas inéditas, não posso fugir das coincidências e duplicidades de que estamos sujeitos. Agora mesmo lá vou eu postando este álbum do Taiguara. Depois de insistentes(hehehe…) e-mails de um grande amigo, não pude deixá-lo a esperar. Mas tenho certeza que este também será bem vindo por todos 🙂
Blackout – É Prá Todo Mundo Cantar (1959)
Peruzzi Sua Orquestra E Côro – Rio-Show (1965)
Mario Reis – Canta Suas Criações Em Hi-Fi (1960)
vamos deixar de intimidades
Pery Ribeiro, Leny Andrade & Bossa 3 – Gemini V (1965) REPOST
Um grande disco que registra ao vivo as performaces de Pery Ribeiro, Leny Andrade e o Bossa Três em show idealizado e dirigido por Ronaldo Boscoli e Carlos Mieli. O espetáculo foi um tremendo sucesso que entre outras rendeu este disco, verdadeiramente memorável. Quem ainda não conhece, sugiro fazê-lo. Gostoso como um torrão de rapadura. :)))
Marcos Valle – Garra (1970) REPOST
Com mais de 30
Garra
Black is beautiful
Ao amigo Tom
Paz e futebol
Que bandeira
Wanda Vidal
Minha voz virá do sol da América
Vinte e seis anos de vida normal
O cafona