Walter Wanderley E Seu Conjunto – Sucessos Dançantes Em Ritmo De Romance (1960)

Olá amigos cultos e ocultos! Falta pouco para fecharmos o ano de 2012. Ainda nesses últimos momentos o Toque Musical vem marcar a sua presença, completando o ciclo diário de postagens. Apesar dos pesares, a gente continua mandando ver e ouvir, claro!

Segue aqui neste penúltimo dia um disco do Walter Wanderley,n álbum lançado pela Odeon em 1960. Neste lp iremos encontrar uma seleção de sucessos da época em ritmo dançantes (a dois). Uma mistura das boas, como muito samba, bolero, chachacha e até o rock. Destaco em especial as três últimas faixas, Dolores Duran no pedaço 😉

e daí? (proibição inútil e ilegal)

o apito no samba

gimba

io

baby rock

quem é

oh carol

perfume de gardênia

quero beijar- te as mãos

a noite do meu bem

fim de caso

castigo

Cauby Peixoto – Superstar (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Diante a perda de todos os nossos links pelo Mediafire, nossa lista de reposição triplicou. Se torna ‘augutamente’ impossível repor tudo aquilo que perdemos e sinceramente eu não ando muito motivado a começar tudo de novo. Assim, declarei que de agora em diante, nossos links terão prazo ainda mais limitado. Quem não estiver acompanhando o diário de postagens e o GTM vai comer mosca. A partir de janeiro, novas solicitações de links serão pessoais. Não haverá mais reposição no GTM. Os interessados em qualquer dos discos postados deverão encaminhar um pedido por e-mail. Passo também a cobrar uma ajuda de custo por esse serviço exclusivo. Observem que essa cobrança se faz necessária no sentido da manutenção e sobrevivência do blog. Não tenho interesse algum em ganhar dinheiro com isso. Porém, como todos sabem, manter um blog como o Toque Musical não é fácil. E como dizem, quem trabalha de graça é relógio. Meu tempo tem um valor e anda cada vez mais curto. Meu prazer em compartilhar se faz na medida da participação e interesse de vocês. A partir de janeiro estarei também vendendo os meus discos (os originais, claro). Quem tiver interesse em adquirir vinil e cd, basta enviar um e-mail, ok?

Para a postagem de hoje, eu estou trazendo aqui mais um disco (dos raros) do Cauby Peixoto. Vamos dessa vez com “Superstar”, álbum lançado pela Odeon em 1972. Taí uma boa safra do Cauby, um disco fino, com produção de Milton Miranda, arranjos e direção musical de Lindolfo Gaya que também é o orquestrador e regente ao lado de outro maestro, Orlando Silveira. No repertório temos uma gama variada de sucessos, contemplando músicas de compositores como Chico Buarque e Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Silvio César, Sylvio Caldas e Orestes Barbosa, Roberto e Erasmo Carlos, Tom Jobim, Menescal e Bôscoli e outros… Não demorem para conferir. Depois de um mês eu já não garanto nada… 🙂

os argonautas

foi a vida

maria, maria

mulher

se todos fossem iguais a você

por quem morreu de amor

valsinha

meu filho

detalhes

pra você

chão de estrelas

A Deusa Vencida – Trilha Original Da Novela (1965)

Olás! Boa noite a todos! Chegamos a mais um fim de semana e eu só agora me lembrei que não postei nenhum compacto nos últimos dias. Assim sendo, aqui vai um no capricho, pronto para degustar 😉 Tenho aqui este compacto lançado pela Odeon , trazendo a trilha sonora da novela “A Deusa Vecida”,  que foi exibida pela TV Excelsior em 1965. Escrita por Ivani Ribeiro, dirigida por Walter Avancini e tendo como protagonistas atores como Tarcísio Meira, Gloria Menezes, Edson França, Regina Duarte e muitos outros que ainda hoje atuam na telinha. Segundo contam, foi a primeira telenovela a ter uma trilha original. As músicas são de autoria de Zaê Junior e Theotônio Pavão (pai da Meire Pavão). Quem as interpreta é o cantor Hugo Santana, que também participa como ator na novela. Manda vê aí…

balada para uma deusa menina

pequena paisagem de amor

Altemar Dutra – Compacto (1964)

Boa tarde a todos! Eu havia dito que não mais enviaria e-mails via GTM, mas pelo que parece, por falha minha ao reconfigurar o grupo, acabei deixando uma boa parcela de fora,  a qual continuou recebendo os links em suas caixas de e-mails. Bom, agora acabou geral 🙂 Quem realmente quiser, vai ter que acessar o GTM, ok?

Na semana passada eu acabei não postando nenhum compacto. Desta vez, antes que a semana termine, vou logo fazendo valer o prometido. Vamos então com o Altemar Dutra. Vai cair bem com esse tempo chuvoso. Segue aqui um compacto lançado em 1964. Uma pequena degustação do lp “Serenata da Chuva” lançado também naquele ano. Segundo o Dicionário Cravo Albin de MPB, este foi o terceiro disco do cantor. No disquinho temos…

serenata da chuva

sigamos (sigamos pecando)

Milton Banana Trio (1969)

Boa noite senhoras e senhores, amigos cultos e ocultos do Toque Musical! Aqui estou trazendo a pedra do dia. Por sinal, uma pedra das mais preciosas, a qual, com certeza irá despertar muito interesse de todos. Trata-se de mais um excelente disco do Milton Banana Trio, este de 1969. Outra maravilha da melhor fase de produção do baterista ao lado de seu conjunto. Gravado em um País Tropical, onde existe também a Bahia De Todos Os Deus. Mas Se Você Pensa Que Maravilha não tem preço, Custe O Que Custar, compre um Chivas 12. Receba aqui Aquele Abraço e me passe logo esse Casaco Marrom, que eu vou ler uma História Em Quadrinhos e cantar You’ve Got Your Troubles. Pra Dizer Adeus, Vou Me Pirulitar que o sono já bateu. Brincando, brincando, tá tudo aí e também lá no GTM, daqui a pouco…

 

Luiz Bonfá – Recado Novo (1963)

Passei o dia ensaiando a postagem, mas a preguiça foi tanta que acabei deixando para a última hora. Para não dizerem que esqueci do Luiz Bonfá, segue aqui um segundo disco no Toque Musical. Desta vez vamos com o álbum “Recado Novo”, gravado em 1963, com direção artística de Ribamar. Trata-se de um disco dos mais interessantes de Bonfá, onde ele além de executar seu violão, ainda canta. Traz também um repertório fino, onde quase toda as músicas são de sua autoria junto com a esposa, a cantora Maria Helena Toledo. Cabe ainda “Fio da canção” e “Chorou, chorou”, de Luiz Antônio. Um belíssimo trabalho que conta também com a participação de Dalva Andrade fazendo a vocalização na faixa “Canção do mar”. Muito bom. Eu recomendo 😉

menina flor

amor demais

mania de Maria

melancolia

saudade vem correndo

canção do mar

fio de canção

sem esse céu

cheiro de saudade

reverso do verso

indiferença

chorou, chorou

Leo Romano – Lua Azul (1960)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Com as novas alterações que fiz por aqui, já consigo perceber quem são realmente os interessados no Toque Musical. Creio que muita gente se associou porque queria baixar algum determinado disco, depois que conseguiu não deu mais bola, se acomodou e ficou esperando eu servir na bandeja. Digo isso porque já houve um ‘Zé Ruela’, metido a besta, que me veio com essa. Servir de bandeja eu sirvo sim, mas tem que ser boa a gorjeta 😉 O certo é que agora a coisa ficou mais justa. Acabo com esse negócio de só dar o link se alguém pedir. Agora não precisa mais. Postei um álbum, ele de imediato já vai estar lá, disponível no GTM.  Bom, assim espero…:)

Para esta sexta-feira com cara de sábado eu venho trazendo um disco que por certo irá agradar muita gente. Leo Romano em seu álbum “Lua Azul”. Confesso que eu mesmo pouco o conhecia. Hoje, assistindo alguns filminhos no Youtube, dei de encontro com um vídeo que me chamou a atenção. Ouvindo a música, me lembrei do disco, o qual, por sorte eu já havia digitalizado. Daí, foi só busca-lo na minha discoteca virtual. E agora eu o apresento aqui para vocês.

Segundo as informações no próprio Youtube, soube que Leo Romano fez muito sucesso com este disco, em especial com a música “Lua Azul”, a qual é a do vídeo. Contam lá que a música foi gravada em 1959. Leo Romano, conforme li no Dicionário Cravo Albin foi um cantor gaúcho. Estreou em gravações no início dos anos 50, contratado pela Sinter. Gravou por lá alguns discos de 78 rpm e logo se transferiu para a Odeon. Nesta gravadora lançou outras bolachas e fez muito sucesso. Essas músicas, juntamente com outras, foram então lançadas neste lp, em 1960, contando com a Orquestra e Coral de Luiz Arruda Paes.

No repertório vamos encontrar um misto de coisas: samba, bolero, tango, rancheira, fox, calipso e ecos de rock (em seus primórdios) aplicados à tarantela, música cigana. São músicas, em sua maioria, estrangeiras em versões adaptadas. Segundo informam nos comentários do clipe no Youtube, várias dessas versões foram feitas por Sidney Espírito Santo Moraes, um dos fundadores do Conjunto Farroupilha, também integrante do trio vocal Os Três Moraes. Leo Romano atuou até o início dos anos 70. Gravou mais de vinte discos e participou de tantos outros, coletâneas carnavalescas.

Querem ouvi-lo? Então corram lá no GTM. Ele está à espera de vocês 🙂

lua azul

olha nos meus olhos

sarita

boa sorte

louca

minha vida

alegria

mar negro

noites de moscou

calypso ginga

preciso amar

remember this gumbá

Paulinho Da Viola – Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Verificando minha coleção de compactos, percebi que há muitos que eu ainda não apresentei aqui no Toque Musical. Acho que vou voltar a postá-los com mais frenquencia e desta vez não mais em blocos como antes. Teremos agora semanalmente um compacto publicado juntamente com a postagem do dia. Não haverá dia certo, vale qualquer um. Mas sempre teremos ‘a surpresinha’, ok?

Nossa postagem de hoje é dedicada ao Paulinho da Viola. Um nome que dispensa maiores apresentações. Um artista genial que merece estar aqui mais vezes, nos brindando com seus sambas e também com os de outros bambas. “Foi um rio que passou em minha vida” é um clássico. Eu me refiro tanto ao álbum quanto à música. É, sem dúvida, um de seus melhores trabalhos e dos mais inspirados. Sendo um clássico, este nunca sai de catálogo. Suas músicas continuam tocando nas rádios e os relançamentos, sempre vendendo. Isso para não falar do quanto ele também já foi compartilhado na rede. Porém, eu não resisti. Este disco, aqui eu faço questão! Toquei e disse!

para não contrariar você

o meu pecado

estou marcado

lamentação

mesmo sem alegria

foi um rio que passou em minha vida

tudo se transformou

nada de novo

jurar com lágrimas

papo furado

não quero você assim

 

 

Miltinho – Quanto Mais Samba Melhor (1967)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu hoje estou apelando para um ‘disco de gaveta’. Mais uma vez estou chegando tarde em casa e daí, pronto para cair na cama. Deixo vocês em boa companhia. No embalo do samba, vamos com mais um disco do Miltinho. Neste, como o título já anuncia, “quanto mais samba, melhor”. Mantendo o ritmo da semana…

Confiram aí que eu agora vou é dormir. Zzzz…

manchete

lampião vadio

onde a terra começa

mais um triste carnaval

o lindo de você

viver

telefone no morro

chorar em colorido

bicho papão

aqui eu hei de morrer

samba do pingo d’agua

história de uma roseira triste

Evinha (1970)

Olá amigos cultos e ocultos! Vou deixar de lado o ‘associados’, pois na verdade, tanto o culto quanto o oculto são geralmente associados. Aliás, essa nossa ‘associação’ está mais para tipos ocultos que cultos. Mas tudo bem. Enquanto eu estiver recebendo um ‘feed back’ as coisas seguem num ritmo. Dando uma limpeza no blog, descobri uma infinidade de ‘spam’ e outra mensagens que eu nunca cheguei a receber. O filtro deste blog é poderoso. Fiquei surpreso ao ver centenas de mensagens de propagandas que foram enviadas nos últimos tempos. Haviam até coisas interessantes e comentários de solicitantes. Mas se caíram na pasta de spam, eu nem cheguei a ver. Já vou até avisando, se enviarem mensagens nos Comentários onde tenham palavras chaves, tipo ‘http://’, ‘casino’, ‘sex’, ‘viagra’ e outros da mesma natureza – estarão perdendo tempo, pois será entendido como ‘spam’.
Hoje nós iremos com a Evinha. Lembram dela? Claro que sim. Todos lembram, exceto eu que ao ouvi-la durante a digitalização deste disco ainda não havia percebido a grande cantora que ela é. Realmente, não foi por sorte ou acaso que ela foi recrutada por Paul Mauriat, se tornando uma espécie de ‘crooner’ de sua orquestra. Tá sumida. Há tempos não escuto falar dela, mas tenho certeza que se fizer uma busca no Google vou encontrar respostas rápidas. Mesmo assim, prefiro deixar a pergunta em aberto, na expectativa de que os amigos participem mais nos comentários.
O presente álbum da Evinha é talvez um dos seus melhores trabalhos. Um disco recheado de boas músicas que marcaram uma época. Gostaria também de destacar a interpretação da cantora na música “Something”, de George Harrison, onde ela nos mostra o tamanho de sua versatilidade vocal. Lançado em 1970, este foi o seu segundo disco solo. Como todos devem saber, Evinha fazia parte do Trio Esperança. Iremos encontrar aqui as seguintes canções:
tema de eva
something
agora
até outro dia
cavaleiro de papel crepon
pense duas vezes
abrace paul mccartney por mim
setembro
em transito
pela cidade
meu rumo

Trio Irakitan – Outros Sambas Que Gostamos De Cantar (1958)

Bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Eu ontem cheguei em casa tão cansado, que ao fazer a postagem, acabei esquecendo de publicá-la. Mas antes que comecem a questionar, agora há pouco, fui logo corrigindo a falha.

Para compensar, vou trazendo um álbum bem bacana. Por certo, já bem divulgado em outros blogs, mas eu não resisti a tentação, afinal é um disco do Trio Irakitan e dos melhores! Além do mais, o disco está novinho, uma tentação para se ouvir e principalmente digitalizar. Ficamos então como o Trio Irakitan cantando uma seleção de sambas de primeira. Lançado em 1958, este lp foi a continuação de um sucesso, “Os sambas que gostamos de cantar”, disco do ano anterior. Realmente, não dava para ficar só no primeiro. Trio Irakitan cantando samba é o que há! Depois deste, acho até que vou também postar o outro também. Aguardem… 😉

praça onze

helena, helena

beija-me

meu consolo é você

fita amarela

arrasta a sandália

nega do cabelo duro

madalena

não tenho lágrimas

o que é que a baiana tem

sandália de prata

quando anoitece

 

Clara Nunes – A Beleza Que Canta (1969)

Boa noite a todos! Hoje o nosso encontro é com a cantora Clara Nunes. Escolhi a artista para me facilitar a vida. Já estamos chegando ao final do domingo e eu inteiramente esgotado. Antes que eu despenque de vez, segue aqui “A beleza que canta”, segundo álbum gravado pela cantora, em 1969. Pessoalmente, gosto mais dessa primeira fase, ou melhor, dos três primeiros discos dela. Neste álbum, produzido por Milton Miranda e direção musical de Lyrio Panicalli, temos um repertório de excelentes sambas. Os arranjos e orquestração são todos do maestro Bruno Ferreira, exceto a faixa “De esquina em esquina”, que é do maestro Ivan Paulo, com participação especial do quarteto vocal 004. Um bom disco, com certeza. Se for do interesse, dá um toque que a gente sobe ele para o GTM, ok?

de esquina em esquina

espuma congelada

meus tempos de criança

gente boa

graças a deus

guerreiro de oxalá

a casinha pequenina

foi ele

até voltar

felicidade

hora de chegar

a estrela e o astronauta

 

Ary Barroso – Meu Brasil Brasileiro (1958)

Bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Hoje, para ‘abrilhantar’ ainda mais nossa semana aqui no Toque Musical, eu estou trazendo um de nossos mais brilhantes compositores da Música Popular Brasileira, o grande Ary Barroso. Acho que até hoje eu ainda não havia postado um disco original dele. Assim, para compensar, vamos com este “Meu Brasil Brasileiro…”, disco lançado pelo selo Odeon em 1958. Este álbum, assim como quase todos os discos gravados por Ary já foram bem divulgados em outros blogs. Eu, inclusive, sempre fiquei incomodado com o fato de que em todo o lugar onde vi este disco postado, as músicas não correspondiam à lista na contracapa. Foi movido também por esse detalhe que eu pensei um dia em posta-lo. Vamos fazer a coisa certa! Mas para a minha surpresa, percebo que o disco que tenho também apresenta a mesma lista comum a todos. Por um momento pensei que tivesse trocado o disco de capa. Mas a verdade é uma só, a lista de músicas, assim como o próprio texto de Lúcio Rangel na contracapa foram colocados erroneamente na ‘embalagem sanduíche’. Uma falha da produção gráfica. Acho que quando perceberam isso, os milhares de discos já estavam nas lojas e provavelmente nem chegaram a corrigir o erro. Creio que este lp veio a ser relançado posteriormente, com outra capa e talvez até com as outras músicas. O certo é que está tudo errado e eu até tentei compor em paralelo a lista da contracapa, mas infelizmente me faltaram alguns fonogramas originais. Se acaso algum dos amigos tiver as músicas que faltam, por favor, envie para mim. Eu monto a ‘versão contracapa’ e coloco aqui para todos. Enquanto isso, vamos curtindo esta beleza. Um disco com mais de 50 anos, mas que está impecável, perfeito para a digitalização. Querem conferir? Dá um toque.

na baixa do sapateiro

o correio chegou

sonho de amor

faceira

foi ela

falta de consciência

aquarela do brasil

perdão

quando a noite é serena

é mentira, oi

folha morta

malandro sofredor

 

Milton Banana Trio (1965)

Bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Domingão cheio de atividades! Já estou indo para rua. Antes porém, aqui vai o toque do dia: Milton Banana Trio. Um super disco! Escolhi a dedo, pois sei que nem preciso ficar me estendendo. Além do mais, tô pagando uma dívida, com direito ao link imediato, já postado no GTM. No que depender da trilha, o dia vai ser ótimo!

garota i

primitivo

samba de verão

primavera

nanã

samba do avião

minha saudade

ela é carioca

sambou, sambou

noa… noa

inútil paisagem

samblues

 

 

Miltinho – Miltinho E A Seresta (1970)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Embora não seja o disco de hoje um ‘álbum de gaveta’, ele acabou ficando por conta de uma espera de postagem que nunca chegou. Esqueci dele completamente e agora, procurando o que postar, eis que trombo com o dito cujo, hehehe…

Hoje, então, vamos com o Miltinho em um lp Odeon, lançado em 1970. O título, direto e simples, já diz tudo. Temos o nosso cantor interpretando em seresta doze clássicos da MPB. Na linha do mais tradicional, Miltinho vem acompanhado pelo Regional do Canhoto, o que dá ao trabalho um caráter ainda mais autêntico. Um belíssimo lp que não precisa de hora para se ouvir. Basta pedir… 😉

no rancho fundo

malandrinha

queixumes

três apitos

deusa da minha rua

se tu soubesses

última inspiração

foi ela

modinha

arranha céu

boneca

quem há de dizer

Os Uirapurus (1968)

Olá amigos cultos, ocultos e associados! Minha agenda para o sábado está lotada, nem lembrei da postagem do dia. Já estou de saída para um social noturno, mas antes, aqui vai uma meio que ‘de gaveta’ para ninguém sair perdendo.

Trago para vocês os Uirapurus, um grupo vocal criado no final dos anos 60 pelo maestro Edmundo Peruzzi. Este conjunto era formado pelos componentes dos Três Tons mais um grupo de cinco cantores. O presente lp foi gravado em 1968. Produzido por Peruzzi e Milton Miranda, com direção musical de Lyrio Panicali. Os Uirapurus nos traz um repertório da melhor qualidade, com músicas, muitas delas, hoje autênticos clássicos da MPB. Vão querer conferir? Dá um toque… amanhã tá na mão 😉

maria rita

viola enluarada

capoeira

e por isso estou aqui

menino de braçanã

a saudade de você

sabiá lá na gaiola

chô chô tristeza

eu vou mandar buscar o meu amor

como é grande o meu amor por você

nuvem branquinha

travessia

Orlando Silva – Serenata (1957)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Aqui estamos já numa quarta feira. Como a semana passou de pressa! Acho que tenho andado no automático, só pode… Eu havia preparado uma outra postagem para o dia de hoje, mas acabei esquecendo o ‘pendrive’ espetado no outro computador. Daí fui obrigado a puxar um outro dos meus sempre prontos, ‘discos de gaveta’. No final estou achando que a emenda ficou melhor que o soneto. Ouvindo aqui agora o Orlando Silva, acho que esta foi mesmo a melhor pedida.
Temos aqui ‘o cantor das multidões’ neste belo álbum lançado pela Odeon em 1957. Trata-se de um disco onde a gravadora e o cantor procuram prestar uma homenagem ao compositor carioca Freire Junior, um ano após a sua morte. Freire Junior é o autor de músicas como “Malandrinha”, “Luar de Paquetá” e “Olhos Japoneses”. Francisco José Freire Junior era também um pianista, sendo considerado um dos mais importantes autores do teatro de revistas.
“Serenata” é verdadeiramente um álbum muito bonito. Não bastasse um grande cantor, o que me chama também muita atenção são os arranjos… uma maravilha. Gostaria de saber de quem são… Confiram comigo…

olhos japoneses
malandrinha
revendo o passado
a beira mar
luar de paquetá
santa
pálida morena
deusa

Dalva Andrade (1963)

Bom dia, amigos cultos, ocultos e associados! Aqui vai mais um disquinho para esta semana. Creio que nos próximos dias eu não terei como fazer postagens. A internet de hotel é uma tristeza, não dá nem para acessar comodamente os e-mails, o que direi de download e upload de 10o megas… é de amargar! Assim sendo, ficaremos até segunda feira ouvindo a Dalva Andrade.

Desculpem, mas o tempo é curto. Vou indo porque tem muita estrada pela frente. Prometo repor os dias parados, ok? 😉
sabe deus
mensagem
além da imaginação
sempre no meu coração
ilusão atoa
seu amor, você
que será de ti
castigo
tema do amor triste
rotina
reclamo
incerteza

Sérgio Ricardo – Eu Não Gosto Mais De Mim (1960)


Bom dia a todos! Acho que estou precisando ir logo postando alguns discos que sempre ficam na boca de espera. Por um motivo ou outro, acabo deixando eles para trás e assim vão ficando esquecidos e vão parar na gaveta. Como voltei a rotina, ao corre corre da vida real, o tempo fica curto. Daí é hora de mandar ver nos que já estão prontos e os arquivos de gaveta.
Temos aqui um artista que eu gosto muito, Sergio Ricardo, embora poucas vezes eu tenha postados discos dele. A verdade é que os seus discos já foram todos apresentados em outros blogs. Este, por exemplo, já vi no Loronix e também no Abracadabra. Mesmo assim, vou novamente trazê-lo a tona, bem porque, este é um disco que caí muito bem aqui no Toque Musical, vocês não acham? Lançado no auge da Era Bossa Nova, este foi mais um álbum que hoje se tornou um clássico. Embora “Eu não gosto mais de mim” tenha aqui todos os requisitos de disco de bossa, a gente percebe nele algo que foge à cartilha da turma do banquinho e violão. Na verdade, o incômodo é do próprio artista, que a gente sabe, aos poucos foi pulando fora do rótulo. Músicas como “Pernas”, “Ausência de você”, “O nosso olhar”, “Puladinho” e outras, são bons exemplos da febre bossanovista, mas “Zelão” é mais, é samba e é também uma das músicas mais expressivas do artista. Mas, independente de qualquer observação, o disco é num todo ótimo. Quem ainda não teve o prazer de ouví-lo, pode agora conferir. Porém, tem que estar associado ao GTM. Quem ainda não o fez, leia com atenção o cabeçalho do blog, tá tudo explicadinho 😉

pernas
não gosto mais de mim
máxima culpa
poema azul
puladinho
ausência de você
o nosso olhar
zelão
bouquet de isabel
relógio da saudade
além do mais
amor ruim

Trio Irakitan – Três Vozes Que Encantam (1955)

Boa tarde, quase noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Eu havia planejado para hoje um disquinho bacana, “Gadê E Walfrido Silva – Gafieira – 1956”, para a nossa postagem de hoje, mas percebi logo a tempo que era um álbum da Musidisc. Embora seja um dos primeiros lançamentos do selo do Nilo Sérgio e que certamente nunca mais será relançado, achei melhor não publicá-lo no Toque Musical. Não sei se vocês já perceberam, mas eu não posto mais discos desse selo. Os que estão no blog ficaram apenas para compor a sequência e com os REPOSTs, também não trazem links para download. São limitados ao nosso GTM (Grupo de discussão do Toque Musical), apenas para quem faz parte desse seleto grupo.

Para compensar a falta de uma raridade, eu trouxe outra. Temos aqui o Trio Irakitan, em seu primeiro álbum de 10 polegadas, lançado em 1955 pelo selo Odeon. Este foi o disco de estréia de um trio que merecidamente conquistou seu espaço na história a música popular. O repertório procura demonstrar exatamente o potencial do trio, músicas variadas que vão de samba à bolero, de valsa à baião.
Faço uma observação quanto à qualidade da gravação. Infelizmente este era um disco que estava bem surrado. Passei um bom tempo dando uma geral no som, mas ainda assim não ficou lá grande coisa. Vale mais para conhecer e ouvir com outros olhos.
ave maria do morro
sinceridad
a velha das ervas bentas
os quindins da yaya
valsa de uma cidade
segredo
te sigo esperando
sina de cangaceiro

Anisio Silva – Canta Para Você (1959)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Felizmente, nesta última semana do ano, eu estou de folga, graças à Deus! Quero aproveitar o momento para colocar a ‘casa’ em dia, atender às pendências e preparar tudo para 2012. Continuaremos firme, enquanto pudermos resistir!

Hoje e mais uma vez eu quero trazer aqui outro disco do Anisio Silva, com capa assinada pelo César Villela. Taí um disco que venderia só pela capa, um estilo inconfundível que fez do Villela o melhor artista de capas do Brasil (pelo menos, eu acho).
Uma curiosidade que me chamou a atenção foi perceber o quanto o Anisio Silva, nessa época e neste disco se parece com o guitarrista e compositor mineiro Affonsinho (tocou no Hanoi Hanoi). Reparem bem, tirando o bigodinho é uma a cara do outro, hehehe…
Agora, falando do disco, temos aqui o baiano em um dos seus melhores trabalhos pela Odeon. desta vez acompanhado pelas orquestras dos maestros Astor, Gaya e Arcy Barbosa. Disco lançado em 1959, traz as tradicionais doze faixas, onde predominam os boleros, alguns inclusive, de sua própria autoria, como o sucesso “Onde estás agora”. Não deixem de conferir!
Se mais tarde eu ainda estiver animado, darei outro toque com Anísio Silva (e César Villela, claro!).
pressentimento
desilusão
onde estás agora
destino
desencanto
incompreendida
quero beijar-te as mãos
vai
palavras cruéis
devolva-me
tu, somente tu
não digo o nome

Anisio Silva – Com Oswaldo Borba E Sua Orquestra (1960)

Boa tarde/noite, amigos cultos e ocultos! Com este horário de verão a gente as vezes fica meio perdido… E por falar nisso, em estar perdido, eu hoje estou meio assim. Resolvi então fazer uma graça e atender aos pedidos de uma meia dúzia, que já a algum tempo vem me pedindo os discos do Anisio Silva. Sinceramente, devo confessar, o Anisio Silva é um daqueles artistas que eu nunca dei muita bola. Do pouco que conheço, sempre achei meio brega e mais ainda, a voz dele, sempre me pareceu brejeira e oscilante. Posso estar aqui falando bobagem, mas é o que eu penso. Por outro lado, uma coisa que sempre me chamou a atenção, foram as capas dos seus discos, mais exatamente as da fase na Odeon. Tem cada uma ótima, tanto em beleza quanto em curiosidades. Vejamos, por exemplo esta do disco gravado por ele e acompanhamento da orquestra do maestro Oswaldo Borba. Vejam que bela composição fotográfica, que resultado final bacana no ‘lay-out’. Pois é, só podia ser mesmo coisa do César Villela. E a fotografia, que com certeza foi feita numa 6×6, é de um tal Pierre (seria o Verger?). Vemos aqui um trabalho de arte gráfica de primeira linha. Para um estrangeiro, ao deparar com essa capa e à primeira vista, há de pensar que se trata de um músico de jazz. A arte tem todas essas características e consequentemente, tudo a ver com o grande Villela.

Bom, mas falando também do recheio, o disco em si, temos aqui uma seleção musical onde predominam os boleros. O Anisio Silva era um mestre nesse assunto e como poucos, talvez o único cantor romântico popular a vender milhares de discos, numa época em que a música brasileira estava sendo reformulada pela Bossa Nova. Anisio foi sempre um artista de sucesso, mas na minha opinião, acho que como cantor ele era um ótimo compositor. Porém, contudo e todavia, não deixo de reconhecer o seu talento e muito do seu repertório. Olhando e ouvindo a coisa com outros olhos, percebo que meu ranço está mesmo em sua interpretação, que certamente agrada a unanimidade. Por isso, quem sou eu frente a todos, prefiro não provocar… Melhor ainda, vamos ouvir… escutem daí que eu vejo de cá, estamos combinados? hehehe…
tu has de voltar
o mal da gente
meu amanhã
porque voltei
abra a porta por favor
há na saudade um segredo
tente sorrir
amar
noite e dia
nasci para te adorar
ausência
quero estar contigo

Orquestra De Lyrio Panicali – Nova Dimensão (1964)

Boa tarde cultos e ocultos! Como eu havia dito, estou terminando o ano às custas do acervo já digitalizado e daqueles chamados ‘de gaveta’. Tudo isso por conta do meu amplifcador que pifou. Até segunda ordem, vamos por lenha no estoque.
Eis um disco que eu sempre pensei em postar aqui no Toque Musical, mas diante a tantas outras fontes fornecendo o mesmo conteúdo, a coisa acabou perdendo a graça. ‘Coisa’ não, alto lá! “Nova Dimensão” é na verdade um senhor disco, talvez o que eu mais gosto entre os trabalhos de Panicali. Neste lp, lançado pela Odeon em 1964, ele realmente toma uma nova dimensão, orquestrando com categoria a música moderna, então em voga, a Bossa Nova. O resultado é primoroso, moderno também para orquestra. Lyrio Panicali nos apresenta doze temas de autêntica bossa, em arranjos de tirar o chapéu. E isso também se deve muito ao fato de ser um dos raros discos gravados em estéreo naquela primeira metade dos anos 60 aqui no Brasil. Quem ainda não topou com este lp em outros blogs, aproveita aqui a ocasião 😉

lágrima flor
caranval triste
consolação
vou andar por aí
deus brasileiro
desafinado
lobo bobo
nanã
balanço zona sul
labareda
batida diferente
garota de ipanema

Tito Madi – De Amor Se Fala (1964)

Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Aproveitando a brecha do pós almoço, vamos nós…
Hoje eu trago para vocês, e mais uma vez, o excelente Tito Madi. Tenho aqui um de seus melhores álbuns, lançado em 1964. Foi o disco de estréia do cantor e compositor na Odeon. Um lp dos mais bacanas, que contou com a direção musical, orquestração e regência de Lyrio Panicalli, que por sua vez teve a assistência o então jovem Eumir Deodato. Eumir também participa do disco tocando orgão. No lp encontramos algumas músicas que marcaram a carreira de Tito Madi. Ele regrava seu maior clássico “Chove lá fora”. Ficou mesmo muito boa a versão, mas, pessoalmente, prefiro a gravação e o arranjo da original. Outro destaque é “Balanço Zona Sul”, que viria a ser mais um de seus grandes sucessos.

ah! eu não sei
se meu coração pedir
balanço zona sul
final sem adeus
canção praieira
chove lá fora
vai dizer adeus
garota paulista
rio triste
meu mar
de amor se fala
rio moço

K. Ximbinho E Seu Conjunto – Ritmo E Melodia (1956)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Tenho percebido o crescente número de blogs dedicados à música brasileira, em especial aos raros e antigos álbuns, como acontece aqui no Toque Musical. Isso é muito bacana. As pessoas estão descobrindo um sentido a mais para aqueles velhos discos do papai e do vovô. Aqueles tantos discos que até então ficavam restritos ao espaço familiar, vão ressucitando e através da tecnologia e seus recursos digitais, vão sendo aos pouco compartilhados com aqueles que acessam sua nova morada, um blog, por exemplo 🙂 Acho que foi mais ou menos assim que aconteceu comigo.

Para o nosso domingo, eu escolhi um disco do clarinetista potiguar Sebastião Barros, mais conhecido como K-Ximbinho. Este instrumentista (clarineta e sax) era também compositor, arranjador e maestro. Participou das principais orquestras de gafieira, como a Tabajara de Severino Araújo. Também flertou com o jazz, o que era natural, sendo ele um músico de orquestra. Fez diversos arranjos para discos e músicos de jazz, sendo, de uma certa forma, um inovador na fusão dos ritmos brasileiros (samba e choro) com o americano (jazz).
Neste álbum de dez polegada, lançado em 1956, temos K.Ximbinho e seu conjunto, em seu primeiro lp, desfilando oito temas entre ‘hits’ nacionais e internacionais. “Rock around the clock”, acredito, teve aqui a sua estréia, na primeira versão do que se tornaria um clássico do rock’n’roll.
Segundo um texto que li sobre o K.Ximbinho, a concepção das capas dos seus discos eram idealizadas pelo próprio. Ele também se preocupava com a apresentação do produto (o disco) e buscava uma semelhança com os discos americanos de jazz. Interessante também notar a sua preocupação com os músicos de seu conjunto. Na contracapa, ao invés de um texto sobre o disco, ou a relação das músicas, aparecem os nomes dos músicos: Leal Britto, Orlando Silveira, José Scarambone, Geraldo Miranda, Walter Rosa, Júlio Barbosa, Orlando Trinca, Jorge Marinho, Júlio Viñolas e Mário Godoy. Como se vê, uma turma da pesada 🙂
Este álbum já havia sido postado no Viniyl Maniac. E eu crente que estava trazendo alguma novidade (hehehe…). Mas tá valendo… Confira aqui ou lá, o que não pode é deixar passar 😉
jura
unchained melody
washer woman
love me or leave me
gosto que me enrosco
rock around the clock
i’d never forgive myself
murmurando

Conjunto Melódico Norberto Baldauf – Week End No Rio Nº 2 (1958)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Esse tal de horário de verão é mesmo um saco! Eu que vivo correndo do atraso, nessa época fica pior. Vou aproveitar a pausa antes de ir dormir e mandar logo a postagem do dia.

Temos aqui o Conjnto Norberto Baldauf no segundo álbum de “Week End No Rio”. Eu estava certo de que já havia postado o primeiro. Comecei de trás pra frente, mas não tem nada não. A gente ainda chega no primeiro, é só esperar 😉 Neste disco, feito para dançar, como já indica o selinhho logo a baixo na capa, encontramos uma salada musical bastante variada, entre ritmos nacionais e internacionais. O lado A é um grande ‘medley’, sem pausa para os dançarinos. Do outro lado temos seis temas, desta vez, separados, mas também dançantes. Zzzz…
Desculpem, mas eu hoje cheguei no meu limite. Vamos conversando sobre o disco no comentários, ok? Até amanhã!
tu
sueño azul
sabra dios
el humanuaqueño
vou vender meu barco
se todos fossem iguais a você
mama look a boo boo
é luxo só
já vai
the continental
el reloj
around the world
an affair to remember
porque você casou
por causa de você

Clementina de Jesus – Clementina & Convidados (1979) REPOST

Clementina de Jesus, figura emblemática do samba, reverenciada por grandes e muitos artistas da música brasileira. Foi descoberta por Hermínio Bello de Carvalho, estrelando em seu show “Rosas de Ouro” (os álbuns estão postados aqui no TM). Clementina passou por aqui deixando sua marca, numa pegada entoada inconfundível.
Neste disco, temos Quelé ao lado de grandes nomes como Cristina Buarque, Carlinhos Vergueiro, João Bosco, Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Martinho da Vila… puxa… e tem mais…. Isso sim é que é constelação! Este álbum não é simplesmente um registro musical marvilhoso, é uma homenagem. Salve Clementina!

tantas você fez
embala eu
cocorocó
olhos de azeviche
boca de sapo
laçador
assim não, zambi
na hora da sede
sonho meu
torresmo a milaneza
caxinguelê das crianças
papel reclame

As Melhores Mulheres – Cantadas Por Um Homem Qualquer Ou Qualquer Homem (1957)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste domingo é vou me dedicar às solicitações e reposição de alguns ‘toques’ que a turma, há tempos vem esperando por aqui. Infelizmente este é um trabalho solitário e amador, o que pede aos que o seguem uma certa paciência. Posso demorar a atender um pedido, mas se estiver ao meu alcance, tá na mão 🙂

Estou trazendo aqui um disco que vale por dois, ou, um disco que teve dois momentos na indústria fonográfica. Lançado inicialmente em 1957, este interessantíssimo lp, cujo o título e subtítulo já dizem tudo, “As melhores mulheres – cantadas por um homem qualquer ou por qualquer homem”. Sim, uma seleção de canções clássicas do nosso repertório popular, com nomes de mulheres. Algo bem parecido com outros discos que eu já postei aqui, como o especial “Há sempre um nome de mulher” e o Lúcio Alves no lp com arranjos de Chico Moraes. Este último foi uma produção do Aloysio de Oliveira, o qual, eu suspeito é também o produtor deste álbum de 57. Aliás, não só o produtor, ele também participa do côro masculino, embora não conste em nenhum momento o seu nome no disco. Este belíssimo lp nos traz apenas as informações de que foram Antonio Carlos Jobim e Orlando Silveira os responsáveis pelos arranjos, músicos e intérpretes não são citados. Curiosamente, já na década de 60, possivelmente entre 62 ou 63, essas mesmas  gravações foram relançadas, através do selo Imperial, da Odeon, como o nome de “Dançando com as garotas”. Já neste relançamento, com uma capa de César Vilela, o disco assume uma outra identidade e passa a ser “Os Guanabara Boys”. Eis aí uma prática comum na Odeon daqueles tempos, que relançava seus velhos álbuns com nova roupagem através do estilismo da Imperial.
Bom, mas seja como for, este trabalho, com nome, sobrenome e apelido é acima de tudo um disco imperdível. Quem ainda não o ouviu, faça-me o favor…

aurora
helena, helena..
zazá
rosa morena
emília
maria
marina
dolores
ai que saudades da amélia
madalena
juracy
um nome de mulher

Paulinho Da Viola – A Dança Da Solidão (1972) REPOST

Para começarmos bem o ano e ainda no ritmo do samba, aqui vai “A Dança da Solidão”, álbum de 72 do genial Paulinho da Viola. Sei que este disco já está mais rodado entre os blogs que pneu careca, mas mesmo assim eu insisto, por duas únicas razões. Uma, é que se trata de um excelente disco e que eu adoro. Outra, é que aqui o serviço é (ou tenta ser) completo: 320 kpbs capa, contracapa, selos e ainda vai incluso um vale para as próximas postagens (he, he, he…).
Falar de Paulinho da Viola é o mesmo que chover no molhado. Neste disco, que eu considero ser um dos seus melhores trabalhos, temos alguns dos sambas que se tornaram clássicos ao lado de outros dos imortais Cartola, Nelson Cavaquinho, Wilson Batista, Monarco e Nelson Sargento. Um disco verdadeiramente bonito, confiram…

guardei minha viola
meu mundo é hoje (eu sou assim)
papelão
duas horas da manhã
ironia
no pagode do vav´
dança da solidão
acontece
coração imprudente
orgulho
falso moralista
passado de glória

Wilson Simonal – Vou Deixar Cair (1966) REPOST

Bom dia a todos! Aqui vamos nós para a última semana de 2009. E para completar o ano, tenho ainda alguns discos que gostaria muito de ver no Toque Musical. Vamos assim iniciando a semana com o Wilson Simonal. Acredito que quase toda a discografia do cantor já foi disponibilizada na rede. Se procurar na blogosfera, certamente encontrarão todos, inclusive este. Mesmo assim, eu vou deixar cair 😉

Temos então um dos grandes álbuns do ‘Mister Swing’, lançado num momento áureo de sua carreira. “Vou deixar cair” é mesmo um discaço. Simonal vem acompanhado pelo Som 3, lendário grupo formado por Cesar Camargo Mariano, Sabá e Toninho. Só por aí já podemos ter uma ideia da qualidade desse trabalho. Contudo, ainda temos a versatilidade de um dos maiores cantores brasileiros, num repertório cheio de sucessos. Este disco tem um fator especial para mim. Foi um dos que fizeram parte da minha trilha na infância. Sempre me lembro da minha mãe cantando, “Meu limão, meu limoeiro” e “Mamãe passou açúcar em mim”. Saudades da minha velhinha…
vento de maio
meu limão, meu limoeiro
carango
minha namorada
sem você eu não vivo
enxugue os olhos
maria
a formiga e o elefante
mamãe passou açúcar em mim
franqueza
tem dó
samba do mug