Eu fiz hoje a chamada para o Carnaval, mas a postagem do dia está chegando agora.
Abrindo o nosso carnaval, vamos logo cair na folia e com toda a pompa. Começamos com um baile memorável. Vamos para o Baile de Gala do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no ano de 1967. Temos aqui um raro disco lançado pelo selo Sideral, da Rozenblit, apresentando o que foi o baile daquele ano, numa gravação ao vivo muito empolgante. Este álbum eu escalei meio que encima da hora. Tive que refazer a capinha que se encontrava um pouco amarelada e desgastada pelo tempo. Ficou até bem próxima da original.
É interessante notar como, naquela época, se lançavam discos como este, literalmente uma gravação ao vivo de um baile de carnaval. A qualidade do som chega a ser um pouco sofrível, muito pelo fato de que o ambiente e as condições técnicas não deveriam ser lá muito propícias. Mesmo assim, não deixa de ser interessante e saudosista. Me faz lembrar dos bailes que um dia eu fui também.
Um fato interessante e de destaque neste disco é que nele aparece pela primeira vez a marcha rancho “Máscara Negra”, de Zé Ketti e Pereira Matos, gravada ao vivo e no melhor estilo carnavalesco. Esta música passaria a fazer parte do repertório de carnaval deste e de todos os bailes desde então, se tornando um verdadeiro clássico. Confiram aí…
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Fantasia E Fantasias (1954)
Em homenagem à nossa terça-feira, dia oficial do Carnaval, estou trazendo uma raridade que cabe bem para a ocasião. Um álbum para fechar com chave de ouro a nossa mostra carnavalesca. Mas não pensem vocês que se trata de mais um disco de 10 polegadas feitos para celebrar a festa de um determinado ano. O que temos aqui é a trilha sonora de um espetáculo audacioso apresentado no Golden Room do Copacabana Palace em 1954, chamado “Fantasia e Fantasias”. Criado e dirigido por José Caribé da Rocha, o ‘show musicado, sem interrupção e sem parte falada’ foi uma produção envolvendo música erudita, dança clássica e popular, samba, carnaval e artistas dos mais diversos. Um elenco de bailarinos, cantores e instrumentistas. A coreografia era de Nina Verchinina. Participavam em cena e como cantores, Doris Monteiro, Helena de Lima, Marisa, Claudia Morena, Carlos Augusto, Luiz Bandeira e o conjunto Quatro Azes & Um Coringa. O espetáculo deve ter sido realmente muito interessante. Na contra capa há um texto descrevendo toda a ação. A peça se divide em dois momentos. Inicialmente temos coisas de Liszt, Rachmaninoff e Kachaturian, abrindo os primeiros minutos do disco. Em seguida, ainda no primeiro lado, o ‘pot-pourri’ envereda para o popular, para o samba e as marchinhas de carnaval.
Taí,um trabalho dos mais interessantes. Uma raridade da qual não existe nenhuma referência publicada na rede. Possivelmente pode ser o último exemplar que restou para contar a história. Felizmente aqui volta a ser revelado. Escutem com outros olhos, ok?
A Banda Do Carnaval (1984)
Mais uma ‘boa’ para anunciar o Carnaval. Temos aqui o que foi o embalo da festa do ano de 1984. Um lp feito para animar a turma do salão, enquanto a banda de verdade descansa e toma um guaraná. São 33 sucessos da música popular brasileira em ritmo de folia sem intervalos, exceto para mudar o lado do disco. Taí uma coisa que eu gosto na música de carnaval é essa facilidade de adotar além do samba (claro!), o rock, o pop, o sertanejo e tantos outros tipos de música – transformando tudo numa grande folia. Como podemos constatar, as músicas desse ‘pot pourri’ de carnaval são todas sucessos da época, músicas das mais variadas no cenário ‘rádio pop’ do anos 80. Aqui não há lugar para as marchinhas clássicas. E realmente nem precisa. Ficou apenas o espírito da alegria e o batido de carnaval. Pode conferir…
super fantástico