Arquivo da categoria: Selo Sideral
Miltinho Sexteto Sideral – Novo Astro (1959)
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Na semana passada, precisei dar uma ida até o centro da cidade, coisa que tenho evitado desde que começou a pandemia. Fui levar o filhote ao dentista e daí, enquanto esperava por ele, encontrei um sebo aberto e lá fui eu garimpar discos. Como o tempo era curto não deu para explorar todas as estantes de lp, mas fiquei super satisfeito quando achei um raríssimo compacto do Miltinho e o Sexteto Sideral. Me lembrei que tenho o lp e que por acaso nunca cheguei a postá-lo aqui no Toque Musical. Este disco é simplesmente maravilhoso e curiosamente, parece, até hoje não foi descoberto por colecionadores, ou mais exatamente por formadores de opinião, a ponto de chamarem a atenção para alguns exemplares que ainda se encontram a preço de banana nos Mercados Livres da vida. Olha a dica aí… Mas difícil mesmo é encontrar este lp em bom estado. Lá fora, os gringos não perdem tempo e pagam bem por uma joinha dessas e vão levando… O que faz este disco ser tão bacana, começa pelo seu artista, Milton Santos de Almeida, o nosso Miltinho, um intérprete singular, dono de uma voz anasalada e cheia de bossa. Um repertório fino e só de sambas (dos anos 50) e para completar, um time de músicos de primeiríssima, escalados pela gravadora Sideral para acompanhar nosso artista, um sexteto com o nome da gravadora, no qual trazia entre esses o violão de Baden Powell. Este é um disco refinado e ao que parece chegou a ser lançado internacionalmente, pois a etiqueta Sideral tinha também uma filial em Lima, no Peru. Miltinho por essas épocas já tinha fama pela América Latina. Imperdível!
ri
ideias erradas
teimoso
menina moça
ultimatum
triste fim
mulher de trinta
fechei a porta
você só você
fica comigo
volta
eu e o rio
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Baile de Gala – Teatro Municiapal Do Rio De Janeiro (1967)
Eu fiz hoje a chamada para o Carnaval, mas a postagem do dia está chegando agora.
Abrindo o nosso carnaval, vamos logo cair na folia e com toda a pompa. Começamos com um baile memorável. Vamos para o Baile de Gala do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no ano de 1967. Temos aqui um raro disco lançado pelo selo Sideral, da Rozenblit, apresentando o que foi o baile daquele ano, numa gravação ao vivo muito empolgante. Este álbum eu escalei meio que encima da hora. Tive que refazer a capinha que se encontrava um pouco amarelada e desgastada pelo tempo. Ficou até bem próxima da original.
É interessante notar como, naquela época, se lançavam discos como este, literalmente uma gravação ao vivo de um baile de carnaval. A qualidade do som chega a ser um pouco sofrível, muito pelo fato de que o ambiente e as condições técnicas não deveriam ser lá muito propícias. Mesmo assim, não deixa de ser interessante e saudosista. Me faz lembrar dos bailes que um dia eu fui também.
Um fato interessante e de destaque neste disco é que nele aparece pela primeira vez a marcha rancho “Máscara Negra”, de Zé Ketti e Pereira Matos, gravada ao vivo e no melhor estilo carnavalesco. Esta música passaria a fazer parte do repertório de carnaval deste e de todos os bailes desde então, se tornando um verdadeiro clássico. Confiram aí…