Abílio Manoel – Compacto Bom Dia Amigo (1973)

Bom dia, amigo, bom dia, irmão! Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Com o espírito do positivismo e aquele esperança que não morreu, aqui vamos no embalo de um novo ano, esperançoso de que 2022 seja um ano de renascimento, em todos os sentidos. Afinal, como dizem, após a tempestade vem a bonança. Que seja este o ano da iluminação.
Para hoje, vamos com este disquinho compacto que eu gosto muito e me acompanha há tempos. Temos aqui o cantor e compositor Abílio Manoel, um artista o qual já apresentamos aqui em dois momentos. Creio até que este disquinho entrou de bônus numa dessas postagens, mas independente disso, hoje ele será nosso destaque. Abílio Manoel, um cantor de origem portuguesa, naturalizado brasileiro foi um artista muito atuante no final dos anos 60 e durante os anos 70. Gravou um dezenas de lps e em quase todos teve também os compactos. Aliás, há mais compactos dele do que lps. Em 1973 a Odeon lançou três disquinhos, dois compactos de lps e este contendo com destaque a canção “Bom dia, amigo”, música que só saiu neste disquinho e que foi um dos seus grandes sucessos. Abílio Manoel teria tido mais sucesso em sua carreira se nesse período não tivesse ido para o México, perdendo assim oportunidades para se firmar mais ainda com um grande compositor brasileiro. Mas ainda assim é um artista que não poderemos esquecer. Vamos mais uma vez prestigiar este disquinho que, evidentemente, não foi repostado aqui por acaso. Ele é uma saudação aos amigos cultos e ocultos, com votos de um feliz 2022. Vamos lá? 🙂
 
bom dia amigo
se eu fosse rei
 
 

Abilio Manoel – América Morena (1976)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Finalmente eu consegui corrigir um erro aqui no TM que há tempos tem nos impedido a comunicação, através da seção de comentários. Agora, quem quiser, já pode voltar a tecer seus comentários nas postagens. Só não vale pedir novos links para velhas postagens, pois nem sempre eu vou poder ajudar, ok?
Temos para hoje o luso-brasileiro Abílio Manoel, um grande, porém subestimado compositor, que infelizmente nos deixou há alguns anos atrás. Eu já postei aqui seu lp de 1968 e também um compacto. Desta vez, vamos com este álbum de capa dupla, lançado em 1976 pelo selo Som Livre. “América Morena” foi seu quinto lp e como o próprio nome já sugere, as composições aqui falam de coisas da América Latina, São músicas, em sua maioria, composições próprias e/ou parcerias, além de temas tradicionais do folk latino americano. Um disco muito bom. Eu recomendo!

américa morena
menino de olinda
o fado e o cravo de abril
arca de noé
voz passiva
terra livre
o circo vem aí
amigo hermano
tchica
dança do sol
folclore latino americano – índios alegres
folclore latino americano – andina
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Coletânea Compactos Do Toque Musical – Volume 1 (2011)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu me atrasei devido a falta de energia elétrica durante a tarde. Caiu um pé dágua por aqui, um verdadeiro vendaval. O meu computador apagou justo na hora em que eu preparava uma capinha para a coletânea de hoje. Perdi tudo o que já tinha feito, daí resolvi criar outra totalmente diferente. Para um trabalho de 10 minutos até que não ficou tão mal assim, não é mesmo? Mas o que vai agradar mesmo é o conteúdo dessa minha seleção. Reuni aqui alguns compactos da melhor qualidade. Como vocês podem ver, a coletânea traz também algumas raridades, como é comum em disquinhos compactos. Temos, por exemplo um compacto duplo do Caetano Veloso, gravado em Londres, em 1971. Este disco é realmente ótimo e raro. Caetano gravou essas músicas, com certeza, pensando no carnaval que viria, de 1972. Temos ele aqui acompanhado por Jards Macalé, Moacir Albuquerque, Tutti Moreno e Áureo de Souza. O mesmo time que o acompanhou no álbum “Transa”. No embalo do baiano, vamos também com as músicas um compacto de 1978, trazendo duas músicas, trilhas dos filmes “Na boca do mundo” e “A dama do lotação”. Outros compactos interessantes são os de Chico Buarque, de 1967. Taiguara 1970, Abilio Manoel de 73, Gonzaguinha de 70 e 72, Ivan Lins em seu primeiro sucesso, MPB 4 e Quarteto em Cy. Todos da melhor safra, reunidos aqui como daquela outra vez. Compactos sempre fazem sucesso.

Xiii… O temporal voltou, com raios e trovoadas. Deixa eu finalizar a resenha, vamos direto à lista…
chuva suor e cerveja – caetano veloso
a televisão – chico buarque
carolina – chico buarque
salto de sapato – caetano veloso
la barca – caetano veloso
partido alto – mpb4
roda viva – chico buarque
badalação – mpb4
barão beleza – caetano veloso
expresso 2222 – mpb4
qual é a baiana? – caetano veloso
última forma – mpb4
um chorinho – chico buarque
amaralinda – quarteto em cy
bom dia, amigo – abilio manoel
um abraço terno em você, viu mãe? – gonzaguinha
hoje – taiguara
o amor é o meu país – ivan lins
pedro pedreiro – quarteto em cy
se eu fosse rei – abilio manoel
tributo à jacob do bandolim – taiguara
um sorriso nos lábios – gonzaguinha
pecado original – caetano veloso
você merece – gonzaguinha
amado amante – caetano veloso

Abílio Manoel (1968)

Olás! Eu estava pensando em estender por mais alguns dias as minhas postagens de discos de samba. Mas hoje, especialmente, quero prestar aqui a minha homenagem ao artista Abílio Manoel, que faleceu na última terça feira, dia 29 de junho. O cantor do sucesso “Pena verde” morreu vítima de um enfarto, prematuramente aos 63 anos de idade. Fiquei duplamente espantado, porque além de um falecimento, que sempre pega a gente de surpresa, não vi nos jornais quase nada sobre o ocorrido. Suponho que a preocupação com a Copa do Mundo, ofuscou qualquer outra notícia. Abílio Manoel era português, mas radicado no Brasil. Iniciou sua carreira musical nos anos 60. Era estudante de Física na USP e participava dos mais diversos shows universitários promovidos no Campus. Em 1967 ele ‘papou’ o prêmio de melhor compositor no “I Festival Latino Americano de La Canción Americana”, em Santiago (Chile), com a canção “Minha rua”. Graças a premiação neste festival, as portas começaram a se abrir para ele. Primeiro na televisão, onde se apresentou no programa da Hebe Camargo e consequentemente depois disso conseguiu gravar seu primeiro disco pela gravadora Odeon. Assim como Taiguara, Abílio foi um ganhador de festivais, faturou diversos até o início dos anos 70. Gravou ao longo de sua carreira uma dezena de discos e compactos. Suas músicas também foram gravadas por diversos artistas. Seus maiores sucessos, além de “Minha rua” e “Pena verde” são “Andréa” e Luiza manequim”. Abílio também era radialista, publicitário (compondo jingles) e cineasta. Acredito que agora, após a sua morte, seu nome e sua obra passem a ser mais conhecidos e reconhecidos.
Segue então nesta postagem o seu primeiro disco, o que traz a música que lhe deu asas, “Minha rua”. O disco foi produzido por Milton Miranda e a direção musical é de Lyrio Panicali. A regência e orquestração é de Edmundo Peruzzi. Sem dúvida um álbum muito bem produzido para um artista iniciante, onde todas as faixas são de sua própria autoria. E assim como a música vencedora, que abre o disco, todas as demais não fica para trás. Um bom e raro disco! Confiram…

minha rua
espera, perdão e jura
um sonho… uma morena
seu guarda
o trem
chorinho sem nome
hoje… uma seresta
glorinha
modinha da menina minha
tanta demora
angela
tanto de maria