A Música De Geraldo Pereira – Parte 2 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 81 (2013)

Estamos de volta com o Grand Record Brazil, em sua edição de número 81. Desta vez, focalizamos mais uma substancial parcela da preciosa obra de Geraldo Pereira (1918-1955), interpretada por cantores contemporâneos do compositor.  O programa compõe-se de onze gravações de importância  histórica, artística e cultural indiscutíveis. Abrindo a seleção desta semana do GRB, temos Roberto Paiva (Helim Silveira Neves) interpretando dois sambas do mestre Geraldo, em gravações Victor.  O primeiro é “Lembras-te daquela zinha?” , parceria com Augusto Garcez, em registro de 9 de junho de 1941, lançada em agosto seguinte com o n.o 34784-A, matriz S-0522238. O segundo é “Já tenho outra”, em que Geraldo Pereira conta com a parceria de Augusto Garcez, gravado por Paiva em 11 de junho de 1943 e lançado em  11 de junho de 1943 e lançado em setembro do mesmo ano com o n.o 80-0113-B, matriz S-052791. Bem mais adiante, na faixa 8, Roberto Paiva interpreta “Brigaram pra valer”, parceria de Geraldo com José Batista. É um samba do carnaval de 1949, lançado pela Continental em janeiro desse ano sob n.o 15983-A, matriz 2003. Orlando Silva (1915-1978), o sempre lembrado “cantor das multidões”, comparece com outros dois sambas. “Jurei” é uma parceria de Geraldo Pereira com o “amigo velho” Cristóvão de Alencar,  destinada ao carnaval de 1946. Gravação Odeon ainda de 45, feita a 8 de novembro,  e lançada bem em cima da folia, em fevereiro, disco 12662-B, matriz 7934. Depois, Orlando interpreta um samba de Geraldo sem parceiro, só gravado seis anos após a morte do compositor. É “Vai”, registro RCA Victor (gravadora à qual Orlando havia retornado definitivamente) datado de 20 de abril de 1961, e lançado em maio seguinte sob número 80-2326-A, matriz M2CAB-1254, sendo também  incluído no compacto duplo de 45 rpm “Ontem à tarde”. Outro expressivo intérprete da obra de Geraldo Pereira, Déo (Ferjallah Rizkallah, 1914-1971), “o ditador de sucessos”, interpreta dois sambas só de Geraldo Pereira, que gravou na Continental em 2 de junho de 1946 com lançamento em agosto sob n.o 15660. Abrindo-o, matriz 1507, “Só quis meu nome”, e no verso, matriz 1506, “Ainda sou seu amigo”. No acompanhamento, o regional de Benedito Lacerda, com sua flauta inconfundível. Conhecido como “o príncipe do samba”, Roberto Silva (Rio de Janeiro, 1912-idem, 2012) interpreta aqui um samba de Geraldo Pereira sem parceria, lançado pela Star em 1949 sob número 147-B. É “Minha companheira”, inspirado em Isabel, a grande paixão da vida do compositor. Segundo depoimento dela própria, o samba foi composto por Geraldo bem antes deste registro, quando ambos ainda moravam juntos no bairro carioca da Cruz Vermelha. Um dos pioneiros da gravação em disco no Brasil, o  já veterano Patrício Teixeira (1893-1972) aqui comparece com “Adeus”,  samba da parceria Geraldo Pereira-Augusto Garcez, gravação Victor de 12 de março de 1942, lançada em maio do mesmo ano, disco 34926-A, matriz S-052497. Canto de discografia escassa mas bastante significativa (oito discos 78, um LP e um compacto duplo, Abílio Lessa (Rio de Janeiro, 1926-idem, 1975), morto prematuramente, aos 49 anos, de câncer no esôfago,  aqui comparece com “Liberta meu coração”, samba da parceria Geraldo Pereira-José Batista, destinado ao carnaval  de 1948. Foi gravado na RCA Victor ainda em 47, no dia 27 de outubro, com lançamento em dezembro seguinte sob n.o 80-0563-B, matriz S-078803. E para encerrar, o samba-canção “Promessa de um caboclo”, parceria de Geraldo Pereira com Arnaldo Passos. A referência, na letra, às festas de São João, pode ser lembrança dos tempos de menino de Geraldo, em sua cidade natal (Juiz de Fora, Minas Gerais). Quem canta é Francisco Carlos (Francisco Rodrigues Filho, 1928-2003), o eterno “El broto”, astro da Rádio Nacional e dos filmes da Atlântida, em gravação RCA Victor de 27 de março de 1952, lançada em junho seguinte sob n.o 80-0909-B, matriz S-093229. Enfim, é mais um trabalho do GRB que certamente será bastante apreciado por nossos amigos, cultos, ocultos e associados. Ouçam e desfrutem!
*Texto de Samuel Machado Filho

Vários Cantores – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 41 (2012)

E chegamos à quadragésima-primeira edição do meu, do seu, do nosso Grand Record Brazil. Desta vez, apresentamos uma seleção de sambas, do acervo do blog Coisa da Antiga (http://coisadaantiga.blogspot.com.br), pertencente ao grande Ary do Baralho, dono de um autêntico tesouro do gênero, cheio de raridades absolutas. A você, Ary, os nossos mais sinceros agradecimentos.
Esta seleção, com doze preciosas gravações, dá bem uma ideia do que o Ary tem no Coisa da Antiga, autênticas joias do samba. E começamos com o carioca Moreira da Silva (1902-2000), o eterno rei do samba de breque, de vida (98 anos) e carreira lôngevas. O eterno Kid Morenguera se faz presente através do disco Columbia 22165, lançado em dezembro de 1932, com vistas ao carnaval de 33. A faixa de abertura, matriz 381362, apresenta este que foi o primeiro grande sucesso do Moreira: “Arrasta a sandália”, de Aurélio Gomes e Osvaldo Vasques, este último conhecido como Baiaco (Rio de Janeiro, c.1913-idem, c.1935), ritmista e um dos fundadores da primeira escola de samba, a Deixa Falar, no bairro carioca do Estácio. Entoado num esquema pergunta-resposta típico do partido alto, caiu no agrado popular e tornou-se um clássico. No verso, matriz 381363, outra composição do Baiaco, agora em parceria com Ventura: “Vejo lágrimas”.O acompanhmento neste disco é do grupo Gente do Morro, liderado por Benedito Lacerda, com sua flauta inconfundível.
Patrício Teixeira (1893-1972) era também carioca, da Rua Senador Eusébio, no coração da lendária Praça Onze, autêntico reduto de sambistas e boêmios, e onde aconteciam os desfiles da escolas de samba cariocas até sua demolição, para dar lugar à Avenida Presidente Vargas. Cantor e violonista, também foi professor de violão, e entre suas alunas mais famosas estão Linda Batista, Aurora Miranda e as irmãs Danusa e Nara Leão. Dele apresentamos, inicialmente, outra composição de Osvaldo “Baiaco” Vasques, em parceria com o grande flautista Benedito Lacerda: “Tenho uma nêga”, gravação Victor de 14 de novembro de 1932, lançada em dezembro seguinte com o número 33600-B, matriz 65535, também para a folia de 1933. Em seguida, de Max Bulhões e Mílton de Oliveira, outro samba bastante conhecido: “Sabiá-laranjeira” (“ouvi teu cantar bem perto”…), de Max Bulhões e Mílton de Oliveira, gravação Victor de 13 de maio de 1937, lançada em agosto seguinte com o número 34137-B, matriz 80404. Apesar de ser o outro lado do clássico “Não tenho lágrimas”, dos mesmos autores, este “Sabiá” também fez sucesso, e ambas as músicas seriam bastante cantadas no carnaval de 1938.
No disco seguinte, o Columbia 22238, de 1933, mais uma vez Osvaldo Vasques, o Baiaco, se faz presente, com dois sambas interpretados em dueto por Léo Vilar (futuro líder do conjunto vocal Anjos do Inferno) e Arnaldo Amaral (que também foi galã de cinema): de um lado, matriz 381527, “Rindo e chorando”, parceria de Baiaco com Bucy Moreira (1909-1982), neto da Tia Ciata, em cuja residência aconteciam rodas de samba na qual se reuniam autênticos bambas da MPB no início do século XX, como Pixinguinha, Donga e João da Baiana. Bucy também fundou uma escola de samba de nome pitoresco: Vê se Pode! No verso, matriz 381526, “Se passar da hora”, em que Baiaco tem a parceria de Boaventura dos Santos.
Relembramos depois o grande Ciro Monteiro (1913-1973), o “cantor das mil e uma fãs”, também conhecido como “Formigão”, sem dúvida um dos maiores expoentes de nosso samba, com uma carreira repleta de sucessos. Ele comparece aqui com dois sambas de Djalma Mafra (Rio de Janeiro, c.1900-idem, 1974), gravados na Victor: “Obrigação”, parceria de Djalma com Alcides Rosa, registrado em 3 de maio de 1945 e lançado em julho seguinte sob n.o 80-0294-B, matriz S-078163, e “Oh seu Djalma”, parceria de Mafra com Raul Marques (1913-1991), gravado em 13 de outubro de 1943 e lançado em dezembro seguinte com o n.o 80-0138-A, matriz S-052856.
Apresentamos em seguida duas composições de Geraldo Pereira (Juiz de Fora, MG, 1918-Rio de Janeiro, 1955), responsável por clássicos como “Falsa baiana”, “Sem compromisso”, “Escurinha” e “Escurinho”, interpretadas por Roberto Paiva (pseudônimo de Helim Silveira Neves). Primeiro, “Se você sair chorando”, de Geraldo com Nélson Teixeira, gravação Odeon de 26 de setembro de 1939, lançada em novembro seguinte com o n.o 11788-B, matriz 6206, visando ao carnaval de 1940. Depois Roberto canta “Tenha santa paciência”, parceria de Geraldo com Augusto Garcez, em gravação Victor de 6 de março de 1942, lançada em maio seguinte, disco 34923-A, matriz S-052489.
Para encerrar, o notável Otávio Henrique de Oliveira, aliás, Blecaute (Espírito Santo do Pinhal, SP, 1919-Rio de Janeiro, 1963), detentor de inúmeros êxitos no meio de ano e no carnaval (quem nunca cantou “Maria Candelária”, “General da banda”, “Papai Adão”, “Pedreiro Valdemar” e tantas outras?), e que recebeu esse apelido do Capitão Furtado (Ariowaldo Pires), por causa dos blecautes (apagões) que havia em toda a orla marítima do Brasil na época da Segunda Guerra Mundial durante a noite, a fim de evitar ataques inimigos. Blecaute aqui comparece com dois clássicos de Geraldo Pereira, gravados na Continental: Primeiro o delicioso “Chegou a bonitona”, de Geraldo com José Batista, gravado em 11 de agosto de 1948, com lançamento entre outubro e dezembro do mesmo ano, disco 15954-A, matriz 1922. Depois outro clássico do Geraldo Pereira, agora em parceria com Arnaldo Passos, o famoso “Que samba bom”, lançado em janeiro de 1949 para o carnaval daquele ano com o número 15981-B, matriz 2002. Um fecho realmente de ouro para esta sambística seleção do GRB, para enriquecer os acervos de muitos amigos cultos, ocultos e associados. E olha: pretendemos aproveitar muito mais coisas do blog Coisa da Antiga, pois o Ary do Baralho tem bastante coisa boa nele. Aguardem!
Texto de SAMUEL MACHADO FILHO.

Roberto Paiva E Francisco Egydio – Polêmica (1956)

Boa noite amigos cultos e ocultos! Finalmente me encontro numa pausa e aproveito o momento para mandar aqui o meu recado, o toque do dia. Como estou em trânsito, hoje vou recorrer aos meus ‘discos de gaveta’. Não tive tempo para preparar coisa melhor, daí vamos com o excelente “Polêmica” – Noel Rosa X Wilson Batista, nas vozes de Francisco Egydio e Roberto Paiva.
Embora seja um disco já bem divulgado em diversos blogs musicais, eu penso que ele ainda irá surpreender muita gente que passa por aqui. Trata-se, sem dúvida, de um disco com músicas de dois grandes compositores, Noel Rosa e o sambista Wilson Batista. Acredito que todos saibam da história da rixa entre os dois compositores. Contam que por causa de uma morena tudo começou. Noel estava ressentido com o malandro Wilson que havia lhe ‘roubado’ uma pequena. Quando Wilson Batista compôs “Lenço no pescoço”, uma apologia à malandragem, Noel viu ali a chance de lhe revidar e escreveu o samba “Rapaz folgado”, onde numa indireta bem direta ele puxa o rodo no Wilson. Daí começa a curiosa batalha musical, com Noel e Wilson trocando insultos em versos (insultos mais por conta de Wilson Batista, é bom dizer). Esse fato durou pouco mais de uns dois anos, mas se prolongou na história porque dele nasceram músicas que hoje são clássicos do nosso cancioneiro popular. Com a mesma morena por quem a disputa começou, foi também o motivo como tudo terminou (bem). Wilson havia escrito o samba “Terra de cego”, onde dava mais uma alfinetada em Noel. Mostrou e cantou para ele a música em um bar e ali mesmo. Segundo contam, Noel gostou do samba, mas pediu para trocar a letra, ou melhor, criou uma nova letra para a música que passou a se chamar “Deixa de ser convencida”. A letra que antes dizia a Noel para perder a mania de bamba, agora falava à morena Ceci para deixar de ser convencida.
Em 1956 a Odeon decide então lançar o álbum “Polêmica”, onde reúne os sambas que os dois fizeram durante esse período. Francisco Egydio foi o responsável pelas interpretações dos sambas de Noel e Roberto Paiva os de Wilson Batista. A gravação deste álbum foi importante porque trouxe a tona um assunto que não era do conhecimento do grande público. Fez também trazer de volta essas primeiras composições de Wilson Batista.
Na contracapa do lp de 10 polegadas, temos um texto explicando melhor essa polêmica, escrito por Nassara, que também assina a bela e divertida capa.

lenço no pescoço – roberto paiva
rapaz folgado – francisco egydio
mocinho da vila – roberto paiva
palpite infeliz – francisco egydio
frankenstein – roberto paiva
feitiço da vila – francisco egydio
conversa fiada – roberto paiva
joão ningém – francisco egydio
terra de cego – roberto paiva

Velhos Sambas, Velhos Bambas (1985)

Olá amigos cultos e ocultos! Vocês não podem imaginar, recuperei o meu carro! Após haver passado quase 70 horas, recebi um telefonema da Polícia Militar avisando que o haviam encontrado. Corri imediatamente para o local. O carro foi abandonado em um bairro afastado de classe média alta, longe de favelas ou oficinas de desmanche, o que nos levou a acreditar que o ladrão o pegou apenas para dar umas voltas. Só sei que nessas voltas, me levou tudo que havia dentro do carro. Levaram o meu Ray Ban original, uma blusa daquelas que a gente adora, meu IPod com a coleção completa da série História da Música Popular Brasileira e uma pasta com alguns cheques e documentos. Fora isso, levaram também os quatro pneus, o estepe e ferramentas. Bacana…, me deixaram o carro todo depenado. Mesmo assim, fiquei mais feliz ao reencontrá-lo do que quando eu o comprei. Passei o dia de ontem e hoje recuperando um pouco os estragos. Pelo menos agora não fico a pé. Vou aproveitar meus dias de férias e dar uma boa recuperada nesse carro, que cada vez me convenço mais ter nascido para ser meu 🙂 Quero mais uma vez agradecer a todos o apoio e o carinho. Tenho certeza que meu carro apareceu graças à soma de todos esses pensamentos positivos. Muito obrigado! Os outros problemas permanecem e até se agravam, mas há momentos em que quando não se é possível remediar, remediado está. Portanto, apenas rezo e observo. Viver é sofrer. A felicidade é um estado imaginário.
Como eu fiquei ontem sem postar o disco do dia e este deveria ser um álbum/artista independente, farei hoje uma postagem especial. Temos aqui um álbum triplo independente, lançado pela FENAB – Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil. A FENAB vinha desde 1979 produzindo discos como este, os quais eram oferecidos aos seus parceiros e associados. O grande barato desses discos é a edição de material inédito e raro, coisa que não se encontra facilmente por aí. No caso de “Velhos sambas, velhos bambas”, encontramos em seus três lps dois momentos distintos. Fonogramas raros e inéditos datados a partir de 1919 e regravações feitas em 1985, reunindo um destacado grupo de artistas e músicos. Como intérpretes temos Violeta Cavalcante, Roberto Paiva, Ademilde Fonseca, Roberto Silva, Zezé Gonzaga e Gilberto Milfont. Para acompanhar essa turma temos o Conjunto Época de Ouro, o Quarteto de Cordas da UFRJ, Altamiro Carrilho, Déo Rian, Orlando Silveira, Zé Bodega, Wilson das Neves e mais uma dezena de outros músicos talentosos, que poderão ser conferidos no encarte que vem anexo. É sem dúvida, um álbum especial e imperdível. Não deixem de conferir…

confessa meu bem – eduardo das neves
tatú subiu no pau – bahiano
quando a mulher não quer – francisco alves
o destino deus é quem dá – mário reis
nego bamba – otília amorim
meiga flor – francisco alves
quem espera sempre alcança – mário reis
patrão prenda seu gado – grupo da velha guarda
sonhei que era feliz – carmen miranda e zaira de oliveira
apanhando papel -francisco alves
meu consolo – mário reis
mentirosa – orlando silva
não dou liberdade a mulher – joão petra de barros
cansei – roberto silva
novo amor – filberto milfont
não diga minha residência – gilberto milfont
me deixa viver – roberto silva
agora é cinza – ademilde fonseca
comigo não – violeta cavalcante
quem há de dizer – roberto paiva
saia do caminho – zezé gonzaga
camisa amarela – ary barroso
mulher de malandro – vileta cavalcante
favela – roberto paiva
adeus batuca -ademilde fonseca
vai cavar a nota – roberto silva
meu barração – zezé gonzaga
segredo – zezé gonzaga
cansei de pedir – violeta cavalcante
disse me disse – gilberto milfont
camisa listrada – ademilde fonseca
já passava das onze – roberto silva
resiguinação – zezé gonzaga
falsa baiana – roberto silva
se você sair chorando – roberto paiva
as mariposas – adoniran barbosa
depoimento de klécius caldas
cinema mudo – ademilde fonseca
notícia – gilberto milfont
não quero mais amar ninguém – roberto paiva
castigo – gilberto milfont
ó seu oscar – roberto paiva
emília – roberto silva
rosalina – gilberto milfont

Ao Mestre Ataulpho com Carinho – Vários (1969)

Já deu para perceber como sou fan do Ataulpho Alves, né? Realmente, aprendi a gostar deste compositor muito cedo. Suas composições estão presentes no decorrer dos meus ‘300 anos’ e em família. Não é atoa que herdei muitos discos dele. Há uma certa atração ou coincidência, em todo lugar esbarro com Ataulpho. É curioso isso…
Bom, daí temos então mais um disco bacana, cheio de estrelas da “velha guarda”, interpretando numa coletânea da RCA o mestre Ataulpho Alves. Desnecessário entrar em detalhes, tá tudo na capa, mas este lp foi lançado logo após a morte do compositor. Um álbum que reúne alguns de seus sucessos nas vozes desses célebres interpretes de uns ‘700 anos’ atrás. Muito bom!