Arquivo da categoria: Noel Rosa
Aracy de Almeida – Canções De Noel Rosa (1955)
Nelson Gonçalves – Noel Rosa Na Voz Romântica De Nelson Gonçalves (1955)
Aracy De Almeida – Noel Rosa (1954)
Noel Rosa – Canções De Noel Rosa Cantadas Por Noel Rosa (1955)
A Grande Música De Noel Rosa (1979)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com a música de Noel Rosa, através do disco da série “A Grande Música do Brasil”, concebida e dirigida por Marcus Pereira quando este já havia encerrado sua gravadora e agora estava na Copacabana Discos. Podemos considerar este disco, ou esta série como a sequencia final da produção Marcus Pereira, que dois anos depois, falido e com problemas pessoais tirou sua própria vida, encerrando de vez um dos trabalhos fonográficos mais importantes da música brasileira.
Como disse, neste lp temos a música do grande Noel Rosa. Aqui encontramos um trabalho a quatro mãos, ou por outra, a música de Noel Rosa em arranjos de, outro grande, Radamés Gnatalli, tendo como solista o pianista Arthur Moreira Lima. A direção musical e de gravação é do músico e também produtor Marcus Vinicius, que sempre esteve ao lado de Marcus Pereira em muitas das suas produções. Um excelente trabalho que precisamos resgatar.
Continental 30 Anos De Sucessos (1973)
Olá, amiguíssimos cultos e ocultos! Olha, vou ser sincero com vocês… estamos em total decadência. Sim, o Toque Musical nunca esteve tão em baixa. E isso se deve a uma série de fatores, a começar por essa plataforma que embora seja perfeita, já não atende aos requisitos que hoje pedem mais interação e imediatismo. As redes sociais, mais especificamente o Facebook e o Youtube passaram a ser a bola da vez. Tudo pode ser encontrado nesses dois ambientes de uma maneira muito mais rápida e interativa e de uma certa forma o interesse do público está mudando, se generalizando. Ampliando os horizontes, mas numa profundidade cada vez mais rasa. Daí, ninguém tem mais saco para acompanhar postagens. O que dizer então quando para se ter acesso ao que se publica aqui precisa antes se associar a um grupo? Sem dúvida, isso é desestimulante e só mesmo que está muito interessado é que encara o jogo. E o jogo hoje se faz muito mais rápido. Demorou, dançou… Por isso, se quisermos nos manter ativos por mais 10 anos, o jeito é acompanhar os novos tempos e implementar novas alternativas. Daí, penso em migrar definitivamente o Toque Musical para o Youtube. Há tempos venho pensando nisso, talvez agora seja a nossa hora. Fiquem ligados, logo o nosso canal vai estar na rede com tudo aquilo que já postamos por aqui. Será um trabalho longo, afinal, repor mais de 3 mil postagens não é moleza. Mas vamos tentar 🙂
Marcando esse momento, eu hoje trago para vocês um álbum triplo comemorativo, da gravadora Continental, lançado lá pelos idos de 1973, ano de uma das melhores safras da indústria fonográfica brasileira. 73 foi o ano em que essa gravadora completou seus 30 anos de atividade e lançou este álbum cujo os discos são de 10 polegadas. São três lps percorrendo todas as fases da gravadora, trazendo os mais diferentes artistas em ordem cronológica. Começa em Vicente Celestino, indo até aos Novos Baianos. São trinta músicas que expressam bem os 30 anos desta histórica gravadora.
Confiram já no GTM 😉
Noel Pela Primeira Vez – 229 Gravações De Noel Rosa Em Suas Versões Originais (2000)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Dentro das comemorações de 9 anos do Toque Musical, eu hoje presenteio vocês com uma coleção que ganhei há mais de uma década. Um box com 7 cds duplos, lançado pela Funarte e a Editora Velas, reunindo 229 gravações originais do Poeta da Vila, o grande Noel Rosa. Este box saiu em 2000, mas ao que parece, em uma edição meio que limitada. Tanto assim que eu mesmo, na época, não consegui achar para comprar. Somente algum tempo depois ganhei de presente de uma amiga. Muitas vezes fiquei tentado a publicar esta coleção aqui no Toque Musical, mas acabei deixando que outros blogs se encarregassem da tarefa. Hoje, passado um bom tempo e já maturada, esta edição já pode ser mostrada por aqui. Podemos dizer que essa é uma coleção definitiva, que permeia toda a obra de Noel Rosa. Confiram…
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Horacina Corrêa – Noel Rosa (1956)
Boas noites, prezados amigos cultos e ocultos! Dando sequencia aos lps de 10 polegadas e mais uma vez trazendo uma cantora de fama internacional. Temos aqui a gaúcha Horacina Corrêa, cantora que, segundo contam, surgiu meio que inspirada em Carmem Miranda. Iniciou sua carreira na década de 30. Foi ‘crooner’na orquestra do maestro Fon fon. Participou de diversos espetáculos musicais, sendo que muitos desses na Argentina, onde era talvez mais famosa que a Carmem Miranda. Seu sucesso internacional foi também na Europa, atuando na Itália por várias vezes. Sua discografia é pequena, sendo que gravou mais em 78 rpm. Em 1956 a Musidisc lançou este lp de 10 polegadas, reunindo gravações da cantora de músicas de Noel Rosa pelo selo, desde 54. Horacina gravou sambas de Noel acompanhada pela orquestra de Léo Peracchi, responsável pelos arranjos e regência. São 10 sambas clássicos do poeta da Vila. Um disco que vale a pena ouvir 😉
Ismael Silva & Noel Rosa – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol.87 (2014)
Marília Pera E Grande Otelo – A Noiva Do Condutor – Opereta Inédita De Noel Rosa (1985)
Noel Rosa E Sua Turma Da Vila (1968)
Olá meus prezados amigos cultos e ocultos! Antecedendo ao aniversário de Noel Rosa, postamos aqui, na segunda feira, uma bela coletânea do compositor cantando suas próprias músicas. Ontem, em homenagem ao dia de seu nascimento tivemos um super álbum duplo, um disco raro e especial. Hoje, mais uma vez, vamos com Noel. É sempre bom um antes, um durante e um depois. Não dá para enjoar de Noel Rosa. Neste lp, lançado pela Odeon/Imperial, temos uma seleção de fonogramas raros. De um lado, abrindo o disco, temos seis faixas com Noel Rosa cantando. Algumas, inclusive, são repetidas, apresentadas nas duas últimas postagens. Do outro lado temos músicas de Ary Barroso e Noel & Vadico, interpretadas por João Petra de Barros. O cantor e compositor Luiz Barbosa também comparece em outras três faixas encerrando assim este delicioso ‘long play’. Não deixem de conferir!
conversa de botequim – noel rosa
joão ninguém – noel rosa
arranjei um fraseado – noel rosa
onde está a honestidade – noel rosa
provei – noel rosa e marilia batista
você vai se quiser – noel rosa e marília batista
sentinela alerta – joão petra de barros
duro com duro – joão petra de barros
feitiço da vila – joão petra de barros
sou jogador – luiz barbosa
bumba no caneco – luiz barbosa
um sorriso igual ao teu – luiz Barbosa
Noel Rosa (1982)
Boa noite amigos cultos e ocultos! Aos trancos e barrancos, aqui vamos nós. Com alguns atrasos, algumas falhas… mas saibam que se dependesse só de mim, isso aqui estaria uma maravilha.
Hoje eu estou trazendo um disco especial, em homenagem a uma figura também especial, o nosso inigualável Noel Rosa. Se estivesse vivo, estaria fazendo hoje 102. Mais novo que o Niemayer, heim!? Mas o Noel, como aquela vida boêmia que levava não ia mesmo muito longe. Não foi, realmente. Mas teve tempo suficiente para se tornar eterno. O presente lp foi produzido pela FENAB (Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil), um disco duplo e independente, de tiragem limitada, lançado no ano de 1982. O álbum se divide em dois momentos, o primeiro no disco 1, iremos encontrar uma seleção de fonogramas antigos com alguns de seus primeiros sucessos interpretados por Araci de Almeida, João Petra de Barros, Mário Reis, Francisco Alves, Mário Reis, Marília Batista e também pelo próprio Noel. No disco 2 iremos encontrar, de um lado, outras músicas de Noel em gravações mais recentes, a partir dos anos 60. Do outro lado, uma seleção de seis músicas gravadas especialmente para este disco. Foram reunidos aqui artistas como Roberto Paiva, Zezé Gonzaga e Roberto Silva, acompanhados pelo Conjunto Época de Ouro. As músicas contaram com arranjo e regência do maestro Orlando Silveira. Para completar o álbum traz um livreto de dez páginas contando um pouco a trajetória de Nole Rosa. Muito legal 🙂
festa no céu – noel rosa
eu vou pra vila – almirante e o bando de tangarás
nuvem que passou – francisco alves
prazer em conhece-lo – mário reis
cem mil réis – noel roda e marília batista
joão niguém – araci de Almeida
feitiço da vila – joão petra de barros
capricho de rapaz solteiro – mario reis
pra me livrar do mal – francisco Alves
provei – noel e marilia batista
conversa de botequim – noel rosa
pela décima vez – araci de almeida
depoimento de joão de barro sobre ‘linda pequena’ e ‘pastorinhas’
linda pequena – joão petra de barros
pra que mentir – paulinho da viola
filosofia – mario reis
pra esquecer – clara nunes
não tem tradução – joão nogueira
mulato bamba – mario reis
tarzam (o filho do alfaiate) – roberto paiva e conjunto época de ouro
dama do cabaré – roberto silva e conjunto época de ouro
só pode ser você – zezé gonzaga e conjunto época de ouro
cor de cinza – zezé gonzaga e conjunto época de ouro
uma jura que fiz – roberto silva e conjunto época de ouro
mais um samba popular – roberto paiva e conjunto época de ouro
último desejo – roberto e conjunto época de ouro
Noel Rosa – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 47 (2012)
Nascido a 11 de dezembro de 1910, em um chalé da Rua Teodoro da Silva, no bairro carioca de Vila Isabel (onde atualmente está erguido um edifício residencial que leva seu nome), Noel de Medeiros Rosa viveu pouco, apenas 26 anos e quase cinco meses (morreu em 4 de maio de 1937, vitimado pela tuberculose), mas deixou uma obra musical extensa (quase 260 composições!), criativa e cheia de sucessos. E o impressionante é que as composições do Poeta da Vila são sempre atualíssimas, nunca passam de época. Um legado que tem atravessado os anos, com muita justiça, e faz a gente se sentir grato por ele ter existido, ainda que por pouco tempo, e deixado coisas tão eternas, tão permanentes.
Pois nesta sua quadragésima-sétima edição, o Grand Record Brazil reverencia o talento de Noel Rosa como autor e também intérprete, através de 14 preciosos fonogramas. E ele só levou a disco música sua, com e/ou sem parceria (aqui todas as músicas são dele sozinho). Quem mais gravou músicas de Noel, por sinal, acabou sendo ele próprio: 33 ao todo.
Noel deixou gravações nos selos Parlophon, Odeon, Columbia (futura Continental) e Victor. Sua primeira gravação como intérprete, aqui incluída, foi a toada “Festa no céu”, lançada pela Parlophon em agosto de 1930, disco 13185-A, matriz 3320. No verso, matriz 3654, a embolada “Minha viola”, a faixa seguinte. Depois temos um autêntico clássico noelino: o samba “Com que roupa?”, um eufemismo da época para “Com que dinheiro?”, traduzindo a crise econômica causada pelo “crack” da Bolsa de Nova York, em 1929. Outro registro Parlophon, datado de 30 de setembro de 1930 e lançado em novembro seguinte sob n.o 13245-A, matriz 4007. Um autêntico estouro no carnaval de 1931! Quase ao final do registro, o maestro e compositor Eduardo Souto diz de improviso: “Vai de roupa velha e tutu, seu trouxa!” (Noel depois fez nova gravação de “Com que roupa?”, com outra letra e em dueto com Inácio Guimarães de Loyola, o Ximbuca). No verso, matriz 4008, outro samba interessante, “Malandro medroso”. “Gago apaixonado” é um samba muito apreciado principalmente por sua originalidade, e o próprio Noel declarou ser esta sua melhor composição, pois além de original, não conseguia ser cantada por seus vizinhos e respectivos papagaios de estimação… A gravação, lançada pela Columbia em março de 1931 (disco 22023-B, matriz 381007), tem um atrativo à parte: o solo de lápis nos dentes do cantor Luiz Barbosa, abrindo e fechando a boca para alterar o timbre! “Cordiais saudações” é um “samba epistolar”, que surgiu na revista “Mar de rosas”, e nela foi interpretado por Sílvio Caldas. Noel gravou a música duas vezes na Parlophon, e esta é a primeira versão, com acompanhamento da Orquestra Copacabana, do palestino Simon Bountman, matriz 131170, não lançada comercialmente, uma vez que foi desaprovada pelo próprio compositor, que fez outro registro dias depois, com o Bando de Tangarás, sendo esse último o que foi para as lojas, em julho de 1931, com o número 13327-A. E é do lado B, matriz 131185, um outro bom samba do mestre Noel por ele próprio cantado, “Mulata fuzarqueira” (ser “da fuzarca” era o mesmo que farrear). O “samba fonético” “Picilone”, subintitulado “Yvone”, é uma alusão à reforma ortográfica que aboliu do alfabeto brasileiro a letra “y”, agora reconduzida ao mesmo. “Dizer um picilone” era a mesma coisa que elogiar. Noel canta junto com João “Braguinha” de Barro, seu colega no Bando de Tangarás, nesta gravação lançada pela Parlophon em setembro de 1931, com o n.o 13344-B, matriz 131208. Há também referência à Kananga do Japão, uma “sociedade familiar dançante e carnavalesca” então existente no Rio. “O pulo da hora” saiu pela mesma gravadora um mês mais tarde, em outubro de 31, disco 13350-A, matriz 131241, tendo no verso, matriz 131242, “Vou te ripar”, que também apresentamos aqui. Foram incluídas, igualmente, as duas músicas do único disco-solo de Noel na Victor, o de n.o 33488, gravado em 10 de outubro de 1931 e lançado em novembro seguinte. Abrindo-o, matriz 65252, “Por causa da hora”, referência ao horário de verão, adotado pela primeira vez naquele ano para economizar luz elétrica e que voltaria em outros anos, sendo adotado ininterruptamente no Brasil a partir de 1985. Mais atual impossível… No verso, matriz 65251, saiu “Nunca… jamais”. Em “Mentiras de mulher”, Noel canta junto com Artur Costa, ator do teatro de revista. Gravação lançada pela Columbia em fevereiro de 1932, sob n.o 22083-A, matriz 381158. Para encerrar, apresentamos “Espera mais um ano”, também cantado em dueto por Noel e Arthur em registro Columbia, de novembro de 1931, mas, ao que parece, não lançado comercialmente na época, sendo o disco de prova encontrado nos arquivos do pesquisador Eduardo Corrêa de Azevedo. Em 1983, “Espera mais um ano” foi registrado na Eldorado pelo Conjunto Coisas Nossas para o LP “Noel Rosa inédito e desconhecido”, aproveitando no início parte deste registro original. Enfim, uma pequena amostra da genialidade do grande Noel Rosa, que, mesmo tendo voz pequena, agradava bastante como intérprete, pois tinha muita bossa e talento!
Texto de SAMUEL MACHADO FILHO.
Roberto Paiva E Francisco Egydio – Polêmica (1956)
Boa noite amigos cultos e ocultos! Finalmente me encontro numa pausa e aproveito o momento para mandar aqui o meu recado, o toque do dia. Como estou em trânsito, hoje vou recorrer aos meus ‘discos de gaveta’. Não tive tempo para preparar coisa melhor, daí vamos com o excelente “Polêmica” – Noel Rosa X Wilson Batista, nas vozes de Francisco Egydio e Roberto Paiva.
Embora seja um disco já bem divulgado em diversos blogs musicais, eu penso que ele ainda irá surpreender muita gente que passa por aqui. Trata-se, sem dúvida, de um disco com músicas de dois grandes compositores, Noel Rosa e o sambista Wilson Batista. Acredito que todos saibam da história da rixa entre os dois compositores. Contam que por causa de uma morena tudo começou. Noel estava ressentido com o malandro Wilson que havia lhe ‘roubado’ uma pequena. Quando Wilson Batista compôs “Lenço no pescoço”, uma apologia à malandragem, Noel viu ali a chance de lhe revidar e escreveu o samba “Rapaz folgado”, onde numa indireta bem direta ele puxa o rodo no Wilson. Daí começa a curiosa batalha musical, com Noel e Wilson trocando insultos em versos (insultos mais por conta de Wilson Batista, é bom dizer). Esse fato durou pouco mais de uns dois anos, mas se prolongou na história porque dele nasceram músicas que hoje são clássicos do nosso cancioneiro popular. Com a mesma morena por quem a disputa começou, foi também o motivo como tudo terminou (bem). Wilson havia escrito o samba “Terra de cego”, onde dava mais uma alfinetada em Noel. Mostrou e cantou para ele a música em um bar e ali mesmo. Segundo contam, Noel gostou do samba, mas pediu para trocar a letra, ou melhor, criou uma nova letra para a música que passou a se chamar “Deixa de ser convencida”. A letra que antes dizia a Noel para perder a mania de bamba, agora falava à morena Ceci para deixar de ser convencida.
Em 1956 a Odeon decide então lançar o álbum “Polêmica”, onde reúne os sambas que os dois fizeram durante esse período. Francisco Egydio foi o responsável pelas interpretações dos sambas de Noel e Roberto Paiva os de Wilson Batista. A gravação deste álbum foi importante porque trouxe a tona um assunto que não era do conhecimento do grande público. Fez também trazer de volta essas primeiras composições de Wilson Batista.
Na contracapa do lp de 10 polegadas, temos um texto explicando melhor essa polêmica, escrito por Nassara, que também assina a bela e divertida capa.
Noel Rosa – Vários Odeon (1962)
Olá! Hoje, para facilitar a minha vida e alegrar a de todos nós, vamos com a música de Noel Rosa. É como dizem, quando o doce é bom a gente não enjoa. Noel é sempre Noel, seja cantado por quem for. E aqui ele vem nas vozes e instrumentação de grandes nomes do ‘cast’ da Odeon, no início dos anos 60. Este álbum, conforme nos indica um dos textos da contracapa, foi lançado pela gravadora no sentido de relembrar o Poeta da Vila, no 25º ano de sua morte. Foram reunidos neste lp doze das mais badaladas músicas criadas por Noel Rosa, um verdadeiro festival de sucessos. Muitas dessas gravações vocês também poderão encontrar em outros discos da gravadora já postados aqui anteriormente. Na contracapa há também um texto do Sérgio Cabral falando um pouco sobre cada uma das faixas, o que facilitou ainda mais o meu trabalho.
O toque inicial eu já dei, agora vocês podem ir rolando a bola. 😉
gago apaixonado – moreira da silva
Noel Rosa – RCA Camden (1967)
Bom dia! Hoje eu acordei com vontade de ouvir músicas de Noel Rosa. Já faz um bom tempo que não escuto nada dele, desde a semana passada 🙂 Vou colocando para fora (no bom sentido, claro) alguns álbuns que ficaram lá no fundão da gaveta, esperando uma hora, assim como essa, em que eu estou mais corrido e automatizado que o Charles Chaplin em “Tempos Modernos”. Hoje eu juntei a fome com a vontade de comer. Então vamos saborear…
Temos aqui um álbum lançado em 1967, pelo selo RCA Camden. Segundo o texto da contracapa, ‘associado às comemorações do 30º aniversário da morte de Noel Rosa…’. Sinceramente, eu preferia dizer ‘relembrando’, pois ‘comemoração’ sempre me soou mais como uma situação alegria, e em ‘aniversário da morte’ fica então como um trocadilho infame. Mas quem sou para corrigir o proposto. Tomo isso apenas como uma observação curiosa. O importante é que temos aqui uma seleção bem bacana, já conhecida por todos. Uuma coleção musical extraída de antigos discos e gravações da RCA Victor, com alguns dos seus mais importantes artistas, como se pode ver na capa ou logo a baixo na lista das faixas. Possivelmente, acho que quase todas essas gravações podem ser encontradas em outros discos postados aqui. Mas uma coletaneazinha sempre caí bem , não é mesmo. Por tanto, vamos a ela…
Marilia Batista – Poeta Da Vila (1953)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disco raro e bem interessante. Como já se pode ver pela capa, temos aqui um Noel Rosa na voz de uma de suas intérpretes favoritas, a cantora e compositora Marília Batista. Este álbum, primeiro lançamento em ‘long play’ de 10 polegadas do selo Rádio, saiu em 1953, trazendo de volta a cantora que se encontrava afastada já há vários anos dos estúdios. No álbum de oito faixas, cinco das são interpretadas por ela. As demais são apenas orquestradas e ficam por conta do Maestro Aldo Taranto, que foi quem cuidou de toda a direção, fazendo os arranjos e orquestração.
Uma curiosidade que me chamou a atenção é que além de ser este um dos primeiros ‘lps’ lançados no Brasil, foi também o primeiro vinil mesclado, com manchas brancas, lembrando bem os discos de edições especiais, que mais adiante viriam a aparecer no mercado. Eu sempre acreditei que fosse um disco com defeito na fabricação, até o dia em que vi outros exemplares do mesmo álbum. Imagino que o mesmo deve ter passado pela cabeça daqueles que também adquiriram o disquinho. Mas roda que é uma beleza! Quer conferir?
Noel Rosa – Uma Rosa Para Noel – 50 Anos Depois (1987)
Bom dia Cultos e Ocultos, gente de todo o mundo! Sei que vocês não tem nada com isso, mas apenas para justificar. Meu tempo anda curtíssimo e com isso acabo sem ter como preparar devidamente as minhas postagens. Estou tendo que recorrer aos meus arquivos de gaveta e em alguns casos, percebo que os mesmos precisavam de uma revisão. Infelizmente e de imediato não poderei fazer muita coisa. Vida de blogueiro não é só ficar direto na frente de um computador. Peço a todos paciência. O mingau de vez enquanto é de araruta.
Arthur Moreira Lima E Radamés Gnattali – A Grande Música De Noel Rosa – A Grande Música Do Brasil (1978)
Leal Brito E Seu Conjunto – Noel Rosa Sem Parceiros (1957)
Noel Rosa e Vassourinha – A Bossa Dos Bambas (1969)
“A bossa dos bambas” é, sem dúvida, um exemplo típico de raridade. Aqui encontramos dois grandes nomes da música popular brasileira, Noel Rosa e Mário Ramos, (Vassourinha) numa dobradinha que bem merecia ser um álbum duplo de tão bom que é. Temos de um lado Noel e do outro o Vassourinha. Embora o Noel não tivesse lá ‘aquela voz’ é bom ouvi-lo cantando suas próprias composições (e de outros também). Ao ouví-lo, nos sentimos mais próximos do mito e de todo o clima de uma época. Vassourinha também não fica para trás, embora esteja presente em apenas três faixas. Confira já este toque!
positivismo – canta noel rosa
Araci De Almeida – Noel Rosa Na Voz De Araci De Almeida (1967)
Songbook de Noel Rosa – Vários Artistas (1992)
Para finalizar a semana e também dando uma pausa no Noel Rosa, trago agora um time de artistas interpretando as suas composições mais famosas. Idealizado e produzido por Almir Chediak, fundador e presidente da Lumiar Discos & Editora, o Projeto Songbook foi um grande sucesso. Ele editou dezenas de livros, dentre os quais: Ary Barroso, Bossa Nova, Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Rita Lee, Tom Jobim,Vinicius de Moraes e o Noel Rosa. Este cd faz parte da coleção, mas foi vendido separadamente, assim como os três volumes do songbook de Noel. Como disse o Tom Jobim: “Noel deve estar feliz com tanta gente boa cantando a música dele”.
Conjunto Coisas Nossas – Noel Inédito (1983)
Segue agora mais um disco primoroso. Um trabalho que vale a pena ouvir. O Conjunto Coisas Nossas foi um grupo que realizava diversos espetáculos sobre Noel Rosa e a música carioca das décadas de 20 e 30. Neste álbum eles resgatam obras, até então, inéditas do compositor. Os arranjos e interpretação procuram ser fiéis à época. Até onde eu sei, o disco foi lançado originalmente em 1983, em vinil, pelo Estúdio Eldorado e foi novamente relançado em cd nos anos 90. Como disse, vale a pena conferir mais este toque musical.
Canções de Noel Rosa Cantadas Por Noel Rosa (1955)
Mais um toque musical deste que foi um dos nossos maiores compositores populares. Aqui temos o próprio, Noel em pessoa, interpretando suas composições. Um ‘disquinho’ também histórico, raro e muito bonito. Este lp eu conhecia apenas pela capa e de estórias contadas sobre ele. Até então só tinha ouvido através da coleção “Noel Pela Primeira Vez”. Graças ao intercâmbio no Soulseek, tenho agora o previlégio de ouvi-lo na íntegra e (por certo) dar esse toque para vocês. Viva Noel Rosa!
Marília Batista – História Musical de Noel Rosa (1962/63)
Não pretendo me ater à história do encontro e Marília Batista e Noel Rosa, mas é sabido que ela foi uma das mais constantes interpretes da musica desse genial compositor e também sua favorita. O disco apresentado aqui, na verdade em dois volumes, é um relançamento em cd duplo de dois discos de Marília, “Marília Batista com orquestra” de 1962 e “História musical de Noel Rosa” de 63, lançados na época pela Musidisc.