Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nossa série de trilhas de novelas ainda não terminou. Ainda teremos mais alguns títulos a apresentar ao longo dos dias. Os próximos, deixei a cargo do nosso colaborador assistente, o amigo Samuca, que sabe como ninguém enriquecer nossas postagens.
Hoje eu estou trazendo a trilha de uma novela Cavalo Amarelo, exibida na TV Bandeirantes no início dos anos 80. Diferente de tantas outras trilhas, esta procura se pautar na música orquestrada e instrumental de maneira bem apropriada ao gênero ‘fundo musical incidental’. Temos uma seleção de 12 músicas, quase todas internacionais assinadas por alguns dos maiores maestros do mundo Daniele Patucchi, Riz Ortolani, Armando Trovaioli, Stelvio Cipriani e outros… Um disco bem interessante, que vale uma conferida lá no GTM. 😉
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Dimensão 5 (1979)
Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Hoje, domingo, tomei o dia para tentar por ordem em minha bagunça musical. De uns tempos pra cá eu tenho andado meio relapso com meus discos, meus arquivos e todo o meu acervo digital. As coisa vão se acumulando, quando a gente vê, dá um desanimo ter que arrumar tudo… Estou aqui com uma centena de discos que ganhei recentemente e já comecei a fazer confusão. Creio que o disco de hoje foi uma colaboração do amigo Fáres.
Temos aqui o conjunto Dimensão 5, um grupo formado nos anos 60. Figura como uma banda da cena Jovem Guarda, porém o seu sucesso se limitou a São Paulo, na região de Moema, onde eles surgiram. Pelo pouco que sei, o Dimensão 5 atuou muito em shows, em clubes. Eram considerados um dos melhores conjuntos de baile. Devem ter ganhado um bom dinheiro, pois conseguiram se instrumentar com os melhores equipamentos da época. Investiam pesado na produção de seus show. Tinha até um caminhão para transportar os equipamentos. Se mantiveram ativos até por quase três décadas e ainda hoje o espírito do grupo se mantém aceso numa página do facebook. Ao que parece, o Dimensão 5 só gravou este lp, de 1979. Antes porém gravaram um compacto, no final dos anos 60 ou inicio dos 70. Em 1973 eles gravam um compacto para a Top Tape, através do selo One Way (aquele que produzia artistas nacionais como se fossem estrangeiros) com o nome de Nathan Jones Goup. A música foi “I’ve been around”, sucesso que fez parte da trilha da novela O Bem Amado.
No presente lp, temos um conjunto bem resolvido. Músicos entrosados, composições e arranjos bem feitos. São doze faixas entre autorais (em sua maioria do baterista, Francis) e de outros autores, com destaque para um espécie de ‘pot pourri’ de músicas de Toquinho e Vinícius e também Chico Buarque.
Apesar de ter ouvido o disco apenas umas duas vezes, posso dizer que gostei do trabalho, é bem anos 70. Confiram…
Orquestra de Daniele Patucchi – Brasil Meu Amor (1977)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Ao que tudo indica, com as novas mudanças e leis para a internet, logo o Toque Musical terá que se adaptar… isso se não acabarem com a nossa festa.! Para continuar em atividade, para manter mais 7 anos, eu vejo que em breve terei que fazer novos ajustes e mudanças por aqui. Por essas e por outras é bom que os amigos não percam o contato. Pelo GTM é uma garantia de conexão. Caso o mundo exploda, pelo menos pelo grupo vocês saberão onde cada destroço foi parar.
Bom, seguindo nas variações musicais e para fechar o sábado, vamos com esta curiosa produção italiana, lançda por aqui em 1977. Trata-se de Daniele Patucchi, compositor, arranjador e maestro italiano, autor de inúmeras trilhas para filmes europeus. Pessoalmente, sou um fã do seu trabalho. Gosto muito de trilhas sonoras, principalmente as italianas das décadas de 60 e 70. Eis que porém, temos entre seus discos este lp, que é mesmo uma demonstração do amor do artista pelo Brasil, ou ainda, pela música brasileira. Em “Brasil, meu amor” ele recria com seus arranjos dez composições clássicas da MPB, músicas em sua maioria da dupla Toquinho & Vinícius e duas de Jorge Ben. Para nós que somos brasileiros, talvez essas músicas nos soem com estranheza, afinal é a ‘visão’ (ou audição) de um estrangeiro. Mesmo assim, eu ainda prefiro essas versões do que as de outros como Paul Mauriat, Ray Conniff e por aí a fora…. Daniele pelo menos adotou neste trabalho os ritmistas e um côro nacional, em gravações feitas aqui mesmo no Brasil. Isso ajudou ele a não sair muito dos trilhos, mantendo assim a integridade das composições. Diquinho bem interessante, vale a pena conferir…
Gilson de Souza – Poeta De Rua (1979)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste mês o Toque Musical estará completando 4 anos de vida. Como já estamos na segunda quinzena é bom eu ir ajeitando a casa, anunciando a data e preparando para a festa. Afinal, o que falta agora é só convidar a todos. Vocês trazem os ‘comes e bebes’ que o presente quem dá sou eu, ao longo dos dias do próximo ano. Estamos conversado? 😉
Para começar a semana, vamos de samba. Vamos com o Gilson de Souza, lembram dele? Não? Poxa…que isso! Foi justamente com uma música, um samba chamado “Poxa” que Gilson decolou para o sucesso. Lançado em 1975, este samba valeu ao artista o troféu Impresa como revelação do ano e melhor música. A música se tornou bem popular, chegando a alcançar umas dezenas de interpretações e regravações. Dizem que até o Elton John já cantou essa música em um de seus shows (eu queria ver). Mas o sambista compositor não ficou só num sucesso, tem também aquela, “Orgulho de um sambista”, que foi cantada por Jair Rodrigues e outros artistas, que também gravaram a música. Pelo que eu li, Gilson continua na ativa, compondo, gravando e fazendo shows esporádicos. Trabalha como Conselheiro Fiscal da Sicam (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais)
No álbum “Poeta de rua “, seu segundo disco lançado pelo selo Arlequim, em 1979, temos doze sambas, todos de sua autoria ou parceria. Um disco interessante, como músicas de um forte apelo popular. Embora eu não as conheça, imagino que algumas tenham tocado em rádios, principalmente paulistas, onde o artista é mais conhecido. Confiram o toque…
Geraldo Ribeiro – Interpreta Garoto (1984)
Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Segunda feira é sempre aquele diazinho cheio. Cheio de coisas para fazer. Cheio de preguiça para fazê-lo. Por sorte, ontem, eu já deixei alguma coisa preparada para a semana.
Para começar, que tal um bom disco de violão? Taí um trabalho que irá agradar aos amantes do ‘pinho’. Vamos com Geraldo Ribeiro, um dos maiores violonista brasileiros, desses que só mesmo os entendidos conhecem, interpretando outro gênio, o lendário Garoto. Geraldo não é um artista, ele é um instrumentista, um músico como poucos. Eu até pensei em escrever um pouco sobre ele, principalmente para aqueles que ainda não o conhecem, mas achei algo bem melhor e muito mais interessante. Por consequência da postagem, me lembrei de outro grande violonista brasileiro, da nova geração, Fábio Zanon. Ele tinha (ou tem) um programa na Rádio Cultura de São Paulo, onde apresentava o melhor do violão clássico. Para a nossa felicidade, ele abriu um blog e andou postando por lá todos os arquivos de áudio desses programas. Uma maravilha que até eu tenho também copiado para a minha ‘fonoteca digital’. Entre esses, tem um exclusivo, dedicado ao Geraldo Ribeiro, onde ele o entrevista e nos apresenta momentos raros e históricos do concertista.
No álbum dedicado à Anibal Augusto Sardinha, o Garoto, ele toca 14 temas exatamente como o autor os deixou gravado. Respeitando rigorosamente originais, que até então, sequer haviam sido editados. Temos entre essas faixas, duas que eu chamaria a atenção: a belíssima “Duas contas”, talvez a única música com letra feita por Garoto. Aqui, Geraldo apresenta apenas a versão instrumental. Outra música que destaco é, sem dúvida, a melancólica “Gente Humilde”, na sua forma original, sem a letra de Chico e Vinícius.
Então é isso aí… um toque 100% de violão, como há muito vem sendo pedido. Confiram…
lamento do morro
debussyana
nosso choro
voltarei
um rosto de mulher
jorge do fusa
duas contas
quinze de julho
improviso
choro triste n. 2
meditação
naqueles velhos tempos
sinal dos tempos
Bolão – Forró Do Bolão (1979)
Olá! Estamos entrando hoje no mês em que o Toque Musical completa dois anos de existência. Ainda vou preparar o bolo, a festa e covidar mais alguns amigos cultos e ocultos. Aliás, como presente de aniversário eu estou dando ao blog 15 dias de férias. Isto que dizer que na segunda quinzena deste mês nós não teremos postagens. Elas voltam justamente no dia 31 de julho, data do início de nossas atividades.
Clayber – Sob Medida (1983)
O álbum que apresento é um trabalho surpreendente e muito bonito. Clayber interpreta somente composições de Chico Buarque e parceiros, dando a essas uma nova roupagem totalmente instrumental. Tocam com ele outros feras como Cido Bianchi, Claudio Bertrami e Heraldo do Monte. Taí um disquinho nota 10, confiram!