Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Por mais que eu fale, repita, escreva e divulgue uma informação aqui no TM, ainda assim vai ter gente perguntando: cadê o link? As vezes, sinceramente, não dá vontade de responder. E tem nêgo que chega a ficar indignado porque não encontra o link, como seu eu tivesse a obrigação de mantê-los todos ativo. Parece até que estão pagando mensalidades para ser sócio do Toque Musical. Desculpem, mas a fila anda! Quem não chegou a tempo, não tem o direito de reclamar. Até porque, eu ainda ofereço uma segunda chance. Quem quer, sabe da valor!
Bom, aqui vai o disco do dia, “A Música de Carlos Paraná”, um álbum póstumo, produzindo por Marcus Pereira, pouco tempo após a morte do compositor Luiz Carlos Paraná. O que faz um artista como este merecer um disco póstumo, sendo que nunca tenha antes gravado nada? Pelo texto da contracapa, assinado por Marcus Pereira e também outro de Paulo Vanzolini já dá para se ter uma ideia. Carlos Paraná é um daqueles caras que saem do nada, chega ao Rio de Janeiro e se transformam. Por sorte ou por destino seu caminho se cruza com o daqueles que fizeram e fazem as coisas, no campo da música, acontecerem. De entrada (ou de saída) ele já começa bem, dividindo um quarto de pensão com João Gilberto, logo que chega ao Rio, nos anos 50. Não sei se por influência, gosto ou necessidade, ele tendo lá seus dons musicais, passa a tocar na noite, como faziam seus companheiros. E certamente, convivendo neste ambiente, o cara, se esperto e talentoso, tem tudo para se dar bem. E ele se deu. Nos anos 60 mudou-se para Sampa onde foi trabalhar com direção artística numa das melhores casas noturnas da época. O contato crescente com os mais famosos e talentos artistas da época, levou-o em seguida a abrir o seu próprio negócio, a famosa e saudosa boate “O Jogral”, frequentada pela nata da MPB, local onde, obviamente, ele também se apresentava. Como disse o Paulo Vanzolini, “ele não teve tempo para fazer muito, mas sempre teve para fazer ótimo”.
Este álbum reuni alguma coisa que por ele foi gravado e dirigido (o álbum sonhado) com a participação de parceiros e dois de seus intérpretes, Emílio Escobar e Adalto Santos. Ficou um disco bem bonito, uma justa homenagem a um artista que preferiu muito mais ficar nos bastidores.
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Djalma Dias – Destaque (1973)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Nunca tive muito interesse no YouTube, que fosse além do de espectador, para ver vídeos e ouvir música. Foi justamente pensando no ouvir que de uns tempos pra cá eu passei a flertar com essa telinha digital. Ainda estou nos primeiros passos, mas acho que logo vou incrementar minha conta por lá com alguns vídeozinhos de música. Quem sabe até eu crie alguns clips mais elaborados. Acho que mais essa dobradinha pode dar pé 😉 Precisamos divulgar mais esse Toque Musical, afinal, de ocultos aqui já bastam vocês, não é mesmo?
Hoje eu estou trazendo o álbum “Destaque”, do cantor Djalma Dias. Eu já havia postado aqui, anteriormente, outros dois discos onde o cantor e sambista é também destaque. Aproveito até para replicar o que já havia escrito. Djalma foi cantor de boate, intérprete vitorioso em festivais e de trilhas de novelas da Rede Globo. Gravou diversos sucessos, entre os mais famosos temos “Capitão de Indústria”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle para a novela “Selva de Pedra”. Aliás, é bom dizer, Djalma gravou diversas músicas dos irmãos Valle. Isso muito se deve ao fato de que Marcos Valle tinha contrato com a Som Livre, era um dos principais compositores para os programas da Globo e Djalma Dias era também contratado, principalmente como cantor e atuando em coros de trilhas e especiais da emissora. Ele gravou vários discos, os quais ainda hoje são difíceis de ver (e ouvir) na blogosfera.
Em “Destaque”, vamos encontrar um repertório muito bom, amarrado por músicas de qualidade de compositores como Adoniran Barbosa, Antonio Adolfo, Djavan, Johnny Alf, Antonio Carlos & Jocafi, Marcos e Paulo Sergio Valle e outros mais… Este disco foi produzido por Estáquio Sena, com arranjos de Waltel Blanco.
A Turma Do Pererê (1983)
Olá amigos cultos e ocultos, boa noite! Acabo de voltar da Feira de Vinil. Achei que este sábado não iria render muito por lá. Mas, ao contrário, o dia foi puxado, com muitas compras, muitas vendas e também muitas trocas. Um dia integralmente musical e divertido. Mas depois de carregar meia dúzia caixas de disco, posso dizer que estou esbodegado. Só quero mesmo saber de um banho, comer alguma coisa e dormir cedo.
Antes, porém, deixa eu postar aqui alguma coisa. Para não dizerem depois que não publiquei nada no fim de semana. Numa escolha do acaso, puxando do fundo do gavetão, veio na sorte o presente lp que agora eu apresento a vocês. Trata-se da trilha de um musical exibido na Semana da Criança, pela Rede Globo, em 1983. Um criação de Ziraldo, com direção de Guto Graça Mello. A história é inspirada na revista em quadrinho criada por Ziraldo nos anos 50. No programa da tv a história é contada em forma de um musical e as músicas são interpretadas por nomes como Fagner, Grupo Céu da Boca, Luiz Melodia, Sérgio Reis, Marlui Miranda, Wanderléa, Zezé Motta e outros, conforme se pode ler na capa do disco. Um trabalho muito interessante, quando a Rede Globo ainda produzia coisa que presta. Embora seja voltado para um público infantil, o resultado em disco agrada também aos adultos. Confiram…
Joelho De Porco (1978)
Olá amigos cultos e ocultos! Já quase terminando a sexta feira, eu ainda encontro uma brecha para carimbar aqui mais um álbum raro. Estou trazendo aqui, mais uma vez o conjunto metido a punk, Joelho de Porco. Este grupo nasceu no início dos anos 70, apresentando uma proposta de rock bem original para a época e com boas pitadas de humor. Ao longo de sua existência oscilante, passou por diferentes formações o que lhe garantiu uma produção musical diversificada. O álbum que eu hoje apresento foi o segundo lp gravado por eles, ainda nos anos 70 e traz um repertório com releituras de duas músicas do primeiro disco. A formação aqui é outra, sendo que apenas Tico Terpins integrante da fase inicial. É dele praticamente todas as músicas. Pessoalmente, eu prefiro o primeiro disco, mas este também é ótimo e vale dar uma conferida 😉
Vários – Mário Lago – Nada Além (1991)
Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aproveitando que estou digitalizando alguns discos para um amigo, seperei este aqui para a postagem de hoje. Trata-se de um encontro com uma dezena de artistas homenageando o compositor, ator e radialista Mário Lago. Estão reunidas aqui algumas de suas mais marcantes composições e parcerias. O disco é bem interessante, pois nos traz uma boa variedade de artistas e interpretações exclusivas. Eu bem que podia ter deixado para fazer esta postagem na semana que vem, especialmente no dia 26, data de aniversário do artista. Se estivesse vivo estaria completando 102 anos! Mas eu como sou muito esquecido, iria acabar nem lembrando. Assim, me adianto nesta homenagem. Fica aqui a nossa lembrança.
Pete Dunaway (1974)
Olá amigos cultos e ocultos! Ontem, devido a total falta de tempo, não tivemos nenhuma postagem. Para compensar, hoje teremos duas (se tudo correr numa boa). Sempre misturando, variando, oscilando… lá vai o Toque Musical com suas publicações inusitadas.
Ainda nos anos 70, também pela Som Livre, tivemos edições para todo gosto. Na época, muitos artistas, sem encontrar direito um espaço para fazer MPB e vendo o quanto na indústria fonográfica era lucrativa a música internacional, partiram também nessa onda. Com curiosos nomes estrangeiros, nasciam figuras como Morris Albert, Mark Davis (Fábio Jr), Terry Winter e mais uma dezena de outros que viriam a emplacar verdadeiros sucessos nas rádios. A febre se espalhava e um dos responsáveis pela invasão era um italiano que morava em São Paulo, Cesare Benvenutti, produtor do selo Cash Box, da Continental. Outras gravadoras percebendo a grande jogada, resolveram também investir no lance. Criavam também seus artistas nacionais internaiconais. A Som Livre nos apresentou em 1974, Otávio Augusto, ou melhor dizendo, Pete Dunaway. Ele já nessa época era produtor, trabalhava na Som Livre. Foi o cara quem lançou o Guilherme Arantes. Produziu e também fez os arranjos de base para o artista. Em 1974 ele lançou este lp, com o qual conseguiu emplacar várias canções. Sei de pelo menos umas três que tocavam (e ainda tocam) insistentemente no nas rádios por aqui. Let’s go, my friends… sing the songs!
Jards Macalé – Contrates (1977)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Entre tantas curiosidades, músicas para se ouvir com outros olhos e coisa e tal…, as vezes eu penso: pô, tenho que postar aqui também aquilo que sempre faz a minha cabeça. Ou melhor dizendo, preciso também postar aqui aquilo que eu realmente nunca deixo de ouvir. Assim, eventualmente, dou um toque nos meus prediletos 😉 Olha aí, que beleza…. “Contrastes”, de Jards Macalé. Tenho por este disco uma atenção especial, pois é um álbum que me acompanha desde o seu lançamento, em 1977. Me lembro exatamente do dia em que comprei este disco. Nesta época eu vivia num verdadeiro contraste musical. Amava os Beatles e os Rolling Stones (e ainda amo!), também o hard rock e já flertava com a nova onda, o punk rock dos Ramones e Sex Pistols. Porém, ao ouvir (como se a primeira vez) ao Jards Macalé, vi a salvação. Voltei a tomar gosto pela MPB. “Contrates” é um puta disco! Aliás, o Macalé é que é… um puta artista… todos os seus discos são ótimos e vale a pena ouvi-los, sem excessão. Um artista assim nunca deixa de ser cultuado, principalmente nos dias de hoje. Inclusive, seus discos, mesmo fora de catálogo estão, vez por outra, sempre sendo resgatados. “Contrates”, obviamente já teve seu relançamento na versão cd. Inclusive, a capa na nova edição é diferente. A foto da capa, o beijo, aparece aqui rasgada. Seria uma demonstração de desfeto e mágoa do artista? A moça da foto era então a sua esposa. Na época do relançamento do disco em cd, ela não permitiu que sua imagem fosse novamente exposta (os tempos são outros). Acho que, meio no desaforo, o artista deu o troco, recriando de maneira interessante a velha capa.
Bom, falar da música acho que é desnecessário. Este não precisa de defesa ou promoção. O melhor mesmo é ouvir 😉
Projeto UniMúsica (1984)
Gerson Conrad & Zezé Motta (1975)
Boa noite a todos! Vai chegando essa época de fim de ano, natal, etc… meu tempo fica ainda mais curto. Mas vamos lá…
Hoje temos um disco muito interessante. Álbum lançado em 1975 pela Som Livre, “Gerson Conrad & Zezé Motta”. Todos devem se lembrar, Gerson fez parte dos Secos & Molhados, ao lado de Ney Matogrosso e João Ricardo. Em 74, após o fim do grupo, juntou-se com o letrista Paulo Mendonça para compor uma série de canções, das quais resultariam este lp, que tem ainda como peça principal a interpretação da atriz cantora, Zezé Motta. Bacana 🙂
a dança do besouro
favor dos ventos
sonho agitado
trem noturno
estranho sorriso
bons tempos
o legado da terra
sempre em mim
pop star
um resto de sol
lírios mortos
a medida
novo porto
1974
História Do Brasil Através Dos Sambas De Enredo – O Negro No Samba (1976)
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje pela manhã quando eu saí para dar umas pedaladas, ao longo do passeio, encontrei numa cesta de lixo uma sacola plástica que pelo formato eu de imediato identifiquei como sendo de discos de vinil. Não tive dúvida, abri para checar e lá estavam quatro lps de mpb e também um disco chinês de 10 polegadas. Que sorte! Acho que na verdade vivo sempre muito atento aos discos de vinil, por isso sempre estou localizando algum. Entre os discos encontrados, coinciendentemente, havia este de samba que achei bem apropriado para o nosso sábado. Como estamos em ritmo de samba, este aqui caí como uma luva.
Lançado em 1976 pela Som Livre, este é um álbum de samba dos mais interessantes. Conforme já anuncia o título, temos aqui a história do Brasil através dos sambas enredo, tendo como foco principal o negro. Estão reunidos aqui sambas enredo de diferentes agremiações do Rio de Janeiro e de épocas distintas, contando histórias como as de Chica da Silva, Zumbi de Palmares, Chico Rei e diversas outras. Senti falta neste disco de um encarte informativo que nos explicasse melhor o processo de produção. Embora haja na contracapa uma ficha técnica, faltou para mim, entender melhor essas participações. Independente de qualquer coisa, o disco é ótimo. Podem pedir para conferir 😉
navio negreiro
leilão de escravos
negro na senzala
magia africana no brasil e seus mistérios
palmares
ganga zumba
valongo
a festa dos deuses afrobrasileiro
chico rei
chica da silva
sublime pergaminho
heróis da liberdade
Marcos Valle – Estrelar (1983)
Bom dia, meus prezados amigos cultos, ocultos e associados! Hoje, felizmente, eu consegui uma meia horinha matinal para registrar aqui o ‘toque do dia’. A verdade é que, querendo ou não, eu terei que lançar esta postagem se não quiser perder o ponto. A quinta feira promete! Meu tempo já está todo tomado.
Vamos assim com o Marcos Valle, um dos artista mais tocados por aqui. Boa parte de sua discografia a gente já postou aqui. Agora vamos com “Estrelar”, álbum lançado em 1983, pela Som Livre. Taí um disco que é a cara dos anos 80, colorido, reciclado e variado. Me lembro que a primeira vez que eu ouvi este disco, torci um pouco o nariz. Me causou um certo estranhamento, talvez comparando com outros discos do artista. Mas depois de algumas audições a sua música desce ‘na boa’, tal qual os diversos sabores de sucos que ele nos oferece. Particularmente, gosto do carro chefe, “Estrelar”, um balanço que agitou alguns verões nas rádios e a medida em que nos afastamos no tempo, acho que ela fica ainda mais legal. Outra boa também é “Fogo do sol”. Aliás, essas duas músicas foram as que saíram na versão compacto. Há também duas regravações para “Samba de verão”, numa bossa quebrada e “Viola enluarada”, uma versão instrumental. O disco no todo é só verão. Uma boa pedida para esquentar um dia frio de um inverno que se anuncia. Confiram…
VI Festival Internacional Da Canção Popular – Parte Nacional – As Favoritas (1971)
Billy Eckstine – Momento Brasileiro (1979)
Levanta Poeira (1977)
Olá, amigos cultos e ocultos! Aproveitando os meus 15 minutos de fama, quero dizer, de fome (hora do lanche), vou logo fazendo aqui a minha postagem, pois além do tempo curto, tem também a energia elétrica, que será interrompida daqui a pouco. Vamos correr…
Chocolate Da Bahia – Barraca Do Chocolate (1977) REPOST
Corrida Do Ouro – Trilha Sonora Original Da Novela (1974)
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Agosto chegou e eu também. Estou de volta para retomarmos os nossos toques ‘fonoaudiomusicais’. Neste fim de semana, logo que pude, fui procurando colocar em dia as nossas correspondências e postagens, atendendo aos pedidos para restaurar antigos toques. Infelizmente, alguns títulos postados, eu não terei como repor imediatamente. Pretendo para esses refazer os arquivos que antes não estavam devidamente completos, com contracapas, selos e encartes. Peço aos solicitantes que tenham um pouco mais de paciência e aguardem…
Para recomeçar, eu pensei em fazer desta uma semana temática, dedicada, mais uma vez, às trilhas sonoras de novelas. Gosto muito de trilhas, em geral sempre trazem coisas que a gente não ouvirá em outros discos. Músicas e artistas que muitas vezes acabam ficando limitados, apenas como parte da trilha, algo parecido também com os compactos, não é mesmo? Por outro lado, me lembrei agora, que já havia planejado uma outra estratégia de programação, manter (até quando for possível) um esquema onde pudéssemos dedicar cada dia à um tipo de disco/artista, como já venho fazendo com as sextas feiras de independentes e os sábados de coletâneas. Sei que estou arrumando mais sarna para coçar, mas vamos tentar… Adotaremos as segundas feiras então para as trilhas, ok? Amanhã, quem sabe, pode ser para os clássicos e eruditos. Também tenho muitos títulos nesses gêneros e gostaria de mostrar a vocês.
Pois bem, seguimos então com a trilha do dia. Temos aqui a da novela setentona da Rede Globo, “Corrida do Ouro”, levada ao ar no horário das 19 horas. As músicas que fazem parte dessa trilha são todas do genial Zé Rodrix, numa de suas melhores fases de criação. Aliás, o Zé Rodrix, eu considero, foi um dos nossos maiores compositores ‘de encomenda’. Quero dizer, um daqueles compositores que melhor soube criar encima de trabalhos encomendados. Não foi por acaso que ele criou alguns dos mais bonitos e criativos jingles da propaganda brasileira. O Zé era fera! Nesta trilha, produzida por Guto Graça Mello e Eustáquio Sena, temos 12 temas interpretados aqui não apenas pelo seu criador, mas também por alguns artistas do ‘cast’ da Som Livre. Os arranjos são do próprio Zé Rodrix. Um excelente disco, vale conferir 😉
Marília Barbosa – Filme Nacional (1978)
Olás! Acho que vou dedicar as postagens da semana às nossas cantoras. As vezes eu percebo que a voz feminina está fazendo falta por aqui. Daí começo a pensar e lembrar de algumas cantoras que eu gosto e que há muito não tenho ouvido. É bem o caso da Marília Barbosa, uma ótima cantora, que fez muito sucesso nos anos 70 e 80, hoje anda bem sumida, pelo menos para mim. Na curiosidade, fui procurar informações atuais sobre ela. Coisa difícil também. Consta que nos anos 90, Marília foi para os Estados Unidos. Voltou para o Brasil alguns anos depois, trabalhou na Rede Globo como atriz e fez também alguns shows. Pelo que eu entendi ela mora atualmente na cidade mineira de Poços de Caldas. Como um detetive, fui seguindo algumas pistas que me levaram a um blog pessoal. No cabeçalho há uma foto de uma mulher, mas que nada me lembrou a Marília cantora. Por certo as pessoas mudam e as mulheres então nem se fala, mas a Marília Barbosa que eu encontrei está muito diferente. Não comenta de música, não fala do passado, não traz nenhum sinal que nos possa confirmar tal identificação. As coincidências ficam apenas no nome, no fato dessa Marília Barbosa ser também uma ‘cantriz’ e poeta. Olhando bem o rosto da moça, comparando às fotografias da cantora, chego mesmo a acreditar que seja a mesma pessoa.
Marília Barbosa, como eu disse, fez muito sucesso nos anos 70. Foi uma cantora do ‘cast’ da Som Livre e atriz da Rede Globo, o que deu a ela uma projeção ainda maior. Um de seus discos mais apreciado é o “Filme Nacional”, álbum lançado em 1978 e que traz como destaque músicas como “Manifesto”, de Mariozinho Rocha e Guto Graça Mello; “Antes que aconteça”, de Renato Teixeira e “Olha”, de Roberto e Erasmo Carlos. Confiram…
Uma Noite No Bataclan (1975)
Olá amigos cultos e ocultos! Começando a semana, aqui vamos nós para mais uma jornada… As férias se foram e as obrigações se acumularam. Volto à minha rotina, sempre correndo, sempre com pouco tempo. Ontem nem tive como preparar algumas novidades (ou raridades?). Terei que recorrer à minha reserva de gaveta.
Cyro Aguiar – Proporções (1977)
“Proporções” é um álbum onde Cyro reforça seu amor ao samba, tentando apagar o fantasma do rock ‘n’ roll, ou mais exatamente o da jovem guarda. Neste disco temos a participação do malandro Moreira da Silva, muito a vontade ao lado do Cyro Aguiar no samba-homenagem “Super Morengueira”. Tem também mais duas músicas que foram sucesso e fazem até hoje o repertório do artista: “Asfalto Falcificado – do you like samba” e “Antes que a tristeza venha”. Nisso tudo só temos um pequeno inconveniente, o disco foi ripado sem tratamento de remasterização ou coisa parecida, apresentando alguns chiados que não chegam a comprometer, mas as vezes incomoda…
Gilberto Gil & Rita Lee – Refestança (1977)
Boa noite aos que se tocam e aos que precisam de um toque.
Estou trazendo nesta semana alguns álbuns que sempre estiveram na minha lista de postagens, mas que até o momento não haviam sido apresentados no TM. Sei que muitos já são ‘figurinhas repetidas’, mais rodados que nota de um real, postados exaustivamente em diversos blogs. Talvez nem sejam mais de interesse da maioria, mas mesmo assim faço questão postá-los. Isso porque, embora comuns, são diferentes na origem e também na apresentação. São meus e também quero tê-los no blog.
Vamos então nessa noite com um show que virou disco e que ao longo de seus trinta anos ainda continua atualíssimo.Um encontro de duas grandes figuras que dispensam apresentações, numa ‘refestança’ para ninguém botar defeito. Este é mais um caso típico de álbum que merecia ter sido lançado duplo (ou até triplo). Sempre achei que disco ao vivo, registro de shows, deveriam render mais que um simples disquinho. Será que a duração do espetáculo foi de apenas 40 minutos?
Seja como for, aqui vai mais um dos meus, que também são seus e também são nossos.
Tomo aquela frase de pára-choque de caminhão de forma readaptada:”Não tenho todos os discos que quero, mas quero no TM todos os discos que tenho.”
Grupo Agua – Transparência (1978)
02. Esperanzas.
03. Transparencia.
04. Juerga.
05. La luna llena.
06. El Guillatún.
07. La semilla.
08. Caldera.
09. Baioncito.
10. Volver a los 17.
11. Tarkeada.
Jorge Ben – A Banda Do Zé Pretinho (1978)
Alô, alô… como vai? Vai de Jorge Ben? Então vamos agora com A Banda do Zé Pretinho. Um disco que considero razoável entre tantas pérolas do Ben(jor). Este eu resolvi postar porque estava mais a mão e também porque o que vemos desse artista nos blogs de música são apenas as ‘pérolas’. Assim, deixa eu entrar com esta que, embora cultivada, também tem seu valor. O toque tá dado!
Carnaval 75 – Convocação Geral (1975)
Olha aí uma boa contribuição que acaba de chegar. Um albinho raro e especial com diversos artistas da mpb. Para agilizar a postagem, vou apenas transcrever o texto que está o lp. Diz lá: “Em julho de 74 as Organizações Globo lançaram a promoção “Carnaval 75 – Convocação Geral” com o objetivo de estimular a criatividade (e qualidade) das músicas de carnaval. Este álbum é o resultado final deste trabalho que, temos certeza, trata-se de uma contribuição à nossa cultura popular. Não devemos esquecer um nome – Lupincínio Rodrigues – que também foi convocado para o nosso “Carnaval 75″. Mas ele partiu, deixando saudades. Este álbum é uma homenagem a ele.”