La Joven Guardia Canta Roque Narvaja (1982)

Buenas noches, amigos cultos e ocultos! Como se vê, janeiro é mesmo sortido e hoje, mais uma vez, continuamos em nossa saga, trazendo música para se ouvir com outros olhos. Esta postagem vai, em especial, para o meu amigo culto Fáres, um fã incondicional da Jovem Guarda, Beatles e tudo que de bom rolou naqueles anos 60. Nosso encontro é com uma dos mais populares grupos de nossos hermanos argentinos, La Joven Guardia, um dos pioneiros grupos de rock surgidos por lá. Fizeram muito sucesso com músicas como  “El extraño del pelo largo” e “La extraña de las botas rosas”, além de outras tantas, músicas essas que estão reunidas nesta coletânea, lançada na Argentina, nos anos 80. A propósito, Roque Narvaja era a guitarra e a voz da banda e aqui neste lp se contempla exatamente o primeiro período de sua formação. La Joven Guardia esteve atuante de 1967 a 78 com diferentes formações. Pelo que sei, houve um reencontro em 2015, com direito a show na Flórida (EUA), onde um dos membros da formação original, o tecladista Félix Pando se radicou. Outra curiosidade vem do nome deste grupo. Eu sempre achei que fosse um nome influenciado pelo movimento da nossa Jovem Guarda, mas não tem nada a ver. O nome vem de um romance do escritor soviético Aleksandr Fadeyev. O La Joven Guardia, ao contrário de seus vizinhos brasileiros da Jovem Guarda era um grupo engajado com as questões políticas e chegaram a ter problemas por conta disso, mas provaram ser menos alienados que a turma de cá, que também fazia rock. Aliás, é bom que se diga, os argentinos tiveram mais liberdade para se expressar no rock do que os brasileiros. Basta ver a quantidade de bandas que dão de dez a zero nas daqui (exceto os Mutantes, que no caso é ‘hors-concurs’, hehehe…) Enfim, é isso aí… Vamos conferir esta coletânea no GTM 😉
 
el extraño del pelo largo
el comprador de amaneceres
motores de pastel
otoño
vuelvo a casa
pensar que no pensaba enamorame
la reina de la canción
la extraña de las botas rosas
despues de la tormenta
soy igual que los demas
profecia
la muerte del extraño
 
 
 
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Tamba Trio – Magnitudes (1975)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje e mais uma vez eu tenho a satisfação de trazer até vocês o genial Tamba Trio, formado por Luiz Eça, Helcio Milito e Bebeto Castillo, um dos mais importantes grupos instrumental/vocal brasileiro. E aqui temos eles num disco feito exclusivamente para o público argentino. Lançado em 1975 pela RCA, produzido em parceria com a antiga companhia aérea Varig. O lp foi lançado na Argentina, quando o Trio se apresentou por lá. Reúne doze músicas famosas de seu repertório. Os títulos estão todos em espanhol como convém a todo disco estrangeiro que são editados por lá. Confiram mais essa produção no nosso GTM. Vale a pena..

las tres de la manana
jugo de fruta
bola bolita
a orillas del mar
maestro bimba
chorino n.1
juego de la vida
sanguijuela
ventanas
contra el viento
no tiene perdon
llamada



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Show Days Saloon (1986)

Olá, amigos cultos e ocultos! Uma coisa que sempre gostei e me desperta curiosidade, são discos cujos artistas, para mim, são ilustres desconhecidos. Me chama mais a atenção quando a produção vem com a chancela de um grande selo. É o caso aqui deste lp, lançado pela gravadora RCA, nos anos 80. Temos aqui Show Days Saloon, um nome que só mesmo quem viveu em São Paulo nos anos 80 pode saber. Trata-se de uma casa de show que existiu na cidade nos anos 80. Um espaço temático, country, ao estilo de um ‘saloon’, do velho oeste americano. Uma casa movimenta, com muitos shows. Inicialmente voltada para a música country e jazz, mas ao longo de sua rica existência, acabou abraçando outros estilos como o rock, mpb e samba. Uma perfeita casa de show que ficava no shopping Eldorado, onde antes funcionou outra também famosa casa de espetáculos, a Resumo da Ópera. Na Show Days Saloon passaram muitos artistas e como disse, com diferentes estilos. Este lp é algo assim, um resumo do muito que passou por lá. Temos aqui um grupo de artistas de rock, pop e samba, numa seleção que ilustra bem o que poderíamos chamar de ‘cast’ da boate. Infelizmente, este lp ficou mesmo, apenas como um registro, uma vitrine que não atraiu e nem fez despontar ninguém. Mesmo assim é um registro que merece nosso toque musical, afinal, só aqui vocês poderiam encontrar coisas semelhantes. Não deixem de conferir…

voa canção – passaporte
usa e abusa – styloo
um mistério – a máquina
adeus frieza – tina e freeway
sol de verão – espaço livre
não vou mais falar de amor – perola negra
show man – tina e freeway
uma tarde no shopping – passaporte
meu papai – styloo
o jeito é viver – a máquina
margareth chiclete – espaço livre
mestre sala do amor – lita teles e grupo show days

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Achados & Perdidos (1974)

Boa tarde, meus prezados amigos cultos e ocultos! Felizmente, neste fim de ano, consegui entrar no recesso. Só volto ao trabalho em janeiro, que maravilha! Daí, aproveito para tentar colocar um pouco mais em dia as nossas postagens. Espero que daqui até o fim do ano a sequência de publicações seja diária. Tem um montão de discos aqui na fila e também nos meus ‘arquivos de gaveta’. Vamos logo pondo isso pra fora…
Na cola do sucesso do originalíssimo Secos & Molhados nascia, também lá pelos idos de 1973, um projeto musical chamado Achados & Perdidos. Um nome bem sugestivo para um trio, idealizado por Edson Mello e encarnado por membros do grupo Os Diagonais. A ideia era criar um grupo pop vocal na linha dos S&M, com os mesmo adereços, roupas espalhafatosas, cabelos coloridos e uma música com os mesmo ingredientes da turma do Ney Matogrosso. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Contudo, os diagonais Achados & Perdidos, conseguiram fazer um bom trabalho, lançando em 1974 pela RCA, este lp. O disco fez um relativo sucesso na época com músicas como, “Pinga colírio nessa paisagem”, “Eu e a Carolina”, “Festa dos bichos”e outras… Porém, diferente dos Secos & Molhados, ficaram apenas nesse único disco. O álbum original é hoje uma preciosidade para colecionadores e ostentadores. No Discogs este lp original está contado há quase 500 reais. No Mercado Livre tem maluco achando que é ouro e procurando um idiota que pague 1000 pratas. O disco é realmente muito bom, mas por esses preços, eu prefiro ficar no mp3. Para os que ainda não conhecem, eis aqui a oportunidade

festa dos bichos
pinga colírio nessa paisagem
nervoso demais
cabeça ôca
respeito muito o povo português
esperando o dia vir
cowboy do ceará
pés sujos, consciência limpa1818
eu e a carolina
memórias
no fundo do baú
último calango tango
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Waldick Soriano – Interpreta Bienvenido Granda (1981)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Há tempos atrás alguém me pediu para postar aqui alguns músicos cubanos. Infelizmente a fase em que andei postando artistas latino americanos já havia passado e eu acabei não voltando a explorar esse tema. Hoje, ao escolher um disco, me lembrei disso, logo que o Waldick Soriano caiu na minha mão. Eis aí a pepita da vez… Bienevenido Granda, famoso cantor cubano, na interpretação de nosso ícone do brega, Waldik Soriano. Ele nos traz, nesta produção de Osmar Zan, com arranjos e regências do maestro Portinho, 14 sucessos do ‘bigode que canta’, apelido de Bienvenido Granda, por conta de seu bigodão.

perfume de gardênia
soñando contigo
cala
teu preço
graças
por umcapricho
senhora
angústia
total
sinceridad
quando não estás
oração caribe
mil tragos
não toques este disco
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Carmen Silva E Los Bronces – Sabor Romântico (1981)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Como sempre na correria, sem tempo nem para um café descente, aqui vou logo cedo, dando o toque desta terça feira. Puxando dos meus ‘arquivos de gaveta’, no sorteio veio este para a alegria dos ultra românticos, apaixonados por boleros. Curioso… À medida em que a gente vai ficando mais velho, começa a gostar daquelas coisas que antes chegavamos até a criticar. Eu, pessoalmente nesse sentido, sou um cara muito bem resolvido, escuto tudo sempre com outros olhos. Daí, vem o ecletísmo musical nacional do Toque Musical (putz, deu até rima!), hehehe…
Olha aí, vamos hoje com este lançamento da RCA, trazendo a cantora Carmen Silva, acompanhada pelo trio Los Bronces, do produtor, maestro e compositor argentino, Pepe Avila. Neste álbum, por sinal muito bem produzido, temos uma seleção de boleros famosos, como uma interpretação impecável de Carmen. Eu confesso que pouca coisa conheço desta cantora, mas entre os discos dela que já ouvi, este foi o que me pareceu melhor. Nada como um bom produtor e uma boa gravadora para elevar um artista. É nesse momento que a gente vê a capacidade do artista. Bom, estou dizendo isso de uma produção fonográfica que existiu até a década de 80. Depois disso, tudo ficou mais fácil e ordinário (com raras exceções!)

o dia que me queiras
nunca jamas
vem perto de mim
sabor a mim
contigo na distância
estou perdendo a cabeça por você
contigo
contigo aprendi
sejas bem feliz
onde estás coração
angústia
uma aventura a mais

Rodger e Teti, Do Pessoal Do Ceará – Chão Sagrado (1975)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Eu, realmente não aprendo. Por conta da pressa acabo sempre escrevendo a postagem diretamente na página de edição e nem sempre tenho tempo de reler de imediato o que escrevi. Daí,  vem os erros (de toda espécie). Me falta mais atenção, eu sei. Tento mudar, mas acabo fazendo como agora, aproveitando a folguinha.
Hoje, pela manhã, havia feito a postagem, trazendo o disco da dupla Rodger e Teti, mas devido à alguns erros, muito bem apontados pelo amigo Geraldo Barbosa, procurei de imediato fazer as correções. Acontece que eu estava longe da ‘base’ e tive que recorrer a um computadorzinho muito capenga. Por descuido, acabei deletando todo o texto da postagem.
Mesmo assim, me lembro que iniciei comentando que estava admirado por ter encontrado este disco que eu não ouvia há mais de 20 anos e da  surpresa ao perceber que logo após ter digitalizado e dado ‘um trato’ no lp, percebi que ele já estava rolando nas fontes da blogsfera musical não era de hoje.
Estou vendo aqui agora que felizmente tenho uma cópia da postagem de hoje cedo. Pensei que tivesse perdido, mas veio uma cópia para o meu e-mail, assim como deve ter ido uma para todos que são seguidores do Toque Musical. Vamos a ela, com as devidas correções, evidentemente…
Então, temos aqui o casal Rodger e Teti, dupla que também fez parte daquele ‘Pessoal do Ceará’, um grupo de artistas que no início dos anos 70 veio para São Paulo e Rio tentar a sorte, mostrando sua música. Os primeiros a chegarem foi Belchior e Fagner. Depois veio o Ednardo e no vácuo vieram também Rodger e Teti. Todos os cinco e mais um número de outros artistas e intelectuais, que nem me lembrava o nome (Petrúcio Salvino Mesquita Maia, Iracema Melo, Olga Paiva, Nonato Freire, Renato Serra, Wilson Cirino, Cláudio Roberto de Abreu Pereira, Francisco Augusto Pontes, Sergio Costa, Mércia Pinto, Ângela e Chica, Antonio José Soares Brandão, Delberg Ponce de Leon, Fausto Nilo Costa Jr., João Braga de Lima, Aderbal Freire Filho – então assinando “Aderbal Jr.”, João Ramos, Augusto Borges, Neyde Maia, Dedé Evangelista, Gonzaga Vasconcelos, Paulo e Narcélio Lima Verde, Wilson Ibiapina, Mauro Coutinho, Audifax Rios, Polion Lemos, Amélia Colares e Ricardo Bezerra), faziam parte do coletivo “Pessoal do Ceará”, que foi uma espécie de movimento cultural da região. Após o Ednardo lançar pela RCA o seu “Pavão Misterioso”, considerado um dos melhores discos de 1974, a gravadora resolveu investir também em Rodger Rogério e sua companheira, a Teti. Daí nasceu “Chão Sagrado”, um disco com a mesma qualidade dos demais artistas cearenses que despontavam naquele momento. Com direção artística de Mário Zan, arranjos e regências do maestro Hareton Salvanini, participações como a de Manassés, a dupla nos traz doze composições, entre músicas próprias, parcerias e duas outras, “Siá Mariquiha”, de Luiz Assunção e Evanor Pontes e “Risada do Diabo”, de Petrúcio Maia
Se alguns de vocês estão como eu, perdidos num ‘tsunami’ de discos e ainda (também não haviam notado este lp ‘dando sopa’ na blogsfera, não deixem essa onda passar 😉

bye bye baião
chão sagrado
risada do diabo
beco da noite
rodoviária
fino fio
fox-lore
siá mariquinha
coroação
retrato marron
o lago
amália




Ciro Monteiro E Jorge Veiga – De Leve (1971)

Devido à minha total falta de tempo, fui obrigado a apelar para o ‘gavetão’ e sacar este disco bacana que me foi enviado há algum tempo atrás pelo Maurício (bicho-grilo). É o que melhor expressa este dia para mim. Sem comentários…

“Hoje não é dia primeiro de abril
Com essa cara, outra vez você mentiu
Não sou otário, nasci na Lapa
Você não pode me enganar
Mentira assim é de amargar
Eu não mereço tanta ingratidão assim
Parece até que você quer ver o meu fim
Não faça mais isso comigo
Senão eu lhe darei castigo
Quando me zango sou um perigo
Nunca há de aprender a me enganar
Coloque-se em seu lugar
E deixe de me envergonhar
Por favor não faça isso mais
Se outra vez você mentir
Eu sei do que serei capaz
Hoje não é primeiro de abril…”
*
Nelson Cavaquinho, Paulista e Noel Silva
*
samba é bom assim
pra seu governo
despedida de mangueira
falso amor
não tenho lágrimas
acorda escola de samba
cai cai
disseste
400 anos
poeira
tumba iê
bigú
se você jurar
izaura
maria sambou
não posso mais
rosa maria
agora é cinza
café soçaite
primeiro de abril
boi bumbá