Arquivo da categoria: Ivon Curi
Forró 78 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 138 (2015)
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Ivon Curi – O Talento (1973)
Ivon Curi, Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo E Francisco Carlos – Eles Cantam Assim (1957)
Boa tarde, meus prezados! Apesar da ressaca que ainda não me abandonou, vou logo trazendo a postagem do dia. Vai que depois eu fique ainda mais desanimado.
Segue aqui um dez polegadas da RCA Victor, lançado em 1957. Como podemos ver, trata-se de uma coletânea reunindo quatro dos principais cantores da gravadora. Cada um canta duas músicas. A RCA sempre soube vender o seu peixe e aqui é um bom exemplo, um disquinho para adoçar a boca. Nesta onda de reunir e mostrar seus cantores, a gravadora também lançou o “Elas cantam assim” e “Eles tocam assim”. Vou até procurar para ver se consigo esses outros dois discos para postar no nosso Toque Musical. Por hoje é só. Vou curar a minha ressaca assistindo a vitória do Galo, hehehe…
nasci para o samba – nelson gonçalves
romances de caymmi – ivon curi
cherie – carlos galhardo
hino ao samba – francisco carlos
domani – carlos galhardo
dolores sierra – nelson gonçalves
montanha russa – ivon curi
amor brasileiro em punta del leste – francisco carlos
Este É Do Papai (1959)
Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos, em especial aos papais que hoje comemoram a sua data.
Todo ano eu ensaio de postar este disco, mas acabo sempre me esquecendo dele na hora ‘h’. Desta vez eu procurei ficar atento e hoje ele está aqui. Taí um álbum muito bacana criado pela RCA Victor, nos tempos em que Dia dos Pais era mais que uma simples jogada comercial. Vejam vocês como é interessante… como a indústria fonográfica se preocupava em pautar essas datas, criando discos bem produzidos e música de qualidade.
Em “Este é do papai” a gravadora recrutou um belo elenco de intérpretes e músicos de seu ‘cast’ para criar um disco em homenagem ao “Dia dos Pais”. Todas as doze músicas do lp fazem referência direta ao papai, sempre enaltecendo a figura daquele bom homem, que era chamado de ‘chefe da família’. Os papais continuam existindo, muitos, inclusive, se mantém na típica caracterização, como nos inspira a foto da capa. Porém, vivemos hoje numa outra época, onde alguns valores e hábitos foram se modificando ou se perdendo. Para mim, o principal deles foi a emoção. Eis aí uma palavra (nesse sentido) que vem, como os velhos artistas e seus discos, se transformando ao longo dos tempos. Talvez, por isso mesmo, é que a gente fica procurando fazer esses ‘playbacks’ da vida. Independente de qualquer coisa, hoje é o Dia do Papai. Viva eu, viva você, viva todos nós que somos pais!
Ivon Curi – Eu Em Portugal Vol. 2 (1959)
Olá, amigos cultos e ocultos! O disco de hoje saiu no sorteio, escolhi de maneira aleatória para ficar mais fácil. Metendo a mão na gaveta, veio logo de primeira este álbum do Ivon Curi.
Lançado em 1959, o lp registra o retorno de Ivon Curi a Portugal. À convite de produtores de lá, devido ao grande sucesso que fez em sua primeira visita, ele volta se apresentando no Teatro São Luiz, em Lisboa. Assim como da outra vez, seus shows acabaram se transformando em discos, lançados pela RCA Victor, gravadora do artista. O álbum, obviamente é um resumo. O show de despedida durou mais de três horas! Temos aqui bons momentos, um Ivon Curi mais romântico e poético. O humor, que também não pode faltar, se manifesta de maneira moderada. Tudo muito bem dosado.
Ivon Curi – Um Espetáculo A Parte (1963)
Ivon Curi – Meus Melhores Momentos (1957)
Taí um artista que até pouco tempo atrás eu não nada muito valor. Isso devido a minha própria ignorância e preconceito. Confesso que nunca havia me interessado pela figura do Ivon Curi. Por incrível que possa parecer eu tinha uma certa antipatia com o nome Ivon, achava feio e inexpressivo. A gente às vezes tem isso. Para completar a minha implicância, tinha o fato dele usar peruca. Eu achava aquilo o fim da picada. Era para mim, um artista que a gente não leva a sério. Aliás, eu já havia comentando certa vez que (na minha visão) um artista que trabalha também com humor, muitas vezes acaba carregando mais a estigma de humorista do que de compositor. Vejam o exemplo do Juca Chaves, Arnaud Rodrigues, entre outros. São todos compositores maravilhosos, mas sempre me passaram essa sensação de incredibilidade musical. Mas isso tudo é uma grande bobagem minha. A gente às vezes tem esses preconceitos que são formulados pelo nosso próprio desconhecimento do artista e seu trabalho num todo. O Ivon Curi me surpreendeu em todos os sentidos. O cara tinha uma voz refinada e suas composições revelam um aguçado senso criativo. Era romântico sem ser piegas ou banal. O humor, é claro, existe, mas de maneira comedida, sem excessos. Algumas de suas composições tem um certo compasso ‘bossanovista’, não sei se vocês já repararam nisso. Além de cantor e compositor, Ivon foi também ator de cinema, tendo feito dezenas de filmes. Foi humorista, trabalhou na tv e também fez dublagens.
Neste disco, não tenho certeza, mas me parece que foi o único dedicado exclusivamente ás suas criações. Lançado em 1957 pela RCA Victor, o álbum apresenta além de temas românticos, xote, choro, samba e baião. Foi mais ou menos por essa época que ele começa a deixar um pouco de lado o romantismo dos primeiros tempos, se entregando a musica nordestina de teor humorístico. Também passa a atuar em shows, não apenas cantando, mas também contando piadas, brincando com o público. Um autentico ‘showman’. Devo admitir, o Ivon Curi era mesmo muito bom! (agora, aquela peruquinha…)