Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Hoje a noite vai ser quente, tirem as crianças da sala! Como já deu para notar, a coisa nesta quarta feira é “Erotíssima”! Estou trazendo um disco diferente, bem dentro do lema do nosso blog, música para se ouvir com outros olhos. O presente lp eu adquiri em um sebo, no Centro do Rio. Pela capa, pelo selo, desconfio que seja uma produção nacional. No mesmo ‘naipe’ e na mesma época foi também lançado pelo selo independente News Reocords, o lp “Super Erótica!”, que fez (por debaixo dos panos) um delicioso sucesso. Dizem que quem estava por trás de tudo isso era o grupo Os Carbonos, que eram mestres no ‘cover’ (não era atoa que se chamavam Os Carbonos). Em “Erotíssima”, eu desconfio que seja também o mesmo grupo, embora não tenha aqui nenhuma evidência além do fato de ser um disco lançado pela CID, através de seu selo Square, criado para lançamentos internacionais. Como naquela época estava muito em voga usar artistas nacionais ‘maqueados’, fazendo-se passar por estrangeiros, eu suponho que estamos aqui com uma produção ‘made in Brazil”. O repertório é da melhor qualidade, pautado no erotismo da música pop francesa de Serge Gainsbourg e outros ‘amantes calientes’, militantes do amor livre… Naquela época, longe da existência e do temor da Aids, a coisa comia solta :p~
Como disse, não posso afirmar que este disco seja mesmo uma produção nacional. Deixo essa questão em aberto para que outros comentem e até nos tirem a dúvida. O importante, no momento, é curtir a onda 😉 Vale ouvir a um, dois, três e quem mais quiser entrar na brincadeira… Eu disse brincadeira, mas calma lá! Estou falando de ouvir, ok gente?
Eu, por exemplo, quando escuto este disco, me sinto o verdadeiro Austin Power ‘in love’ com a Raquel Welch, hehehe…
erotíssima
love story (were do i begin)
le promenade
toi et moi
chanson d’amour
le cuple
je t’aime… moi non plus
le telefoneme
un homme et une femme
love is blue
les amants
PS.: E nos informa o Ayrton Mugnaini Jr: O album Erotissima é brasileiraço, um correspondente carioca aos paulistanos Magnetic Sounds/Carbonos. Consegui decifrar quase todas as pessoas brasileiras que aparecem nos créditos de composição sob pseudônimos. “C. Jack” é Celinho (José Celso Gonçalves Coelho), trompetista e compositor cujos parceiros incluem Ed Lincoln e Arnoldo Medeiros, “Arnold M.” é Arnoldo Medeiros, grande letrista parceiro de Celinho, Fred Falcão e Dom Salvador. “Granthom” é Valdir Granthom, também parceiro de Durval Ferreira. “Devel” é o produtor Durval Ferreira. Somente me falta identificar Claude Ferré. Imaginei que poderia ser Claudio Bertrami, pois ha a suposição de o Azymuth ter tocado no disco. O album Erotissima foi reeditado em 1974 com novo titulo (Super-Erotico), nova capa, crédito de produção a Durval Ferreira e algumas mudanças no repertorio. E todas as gravações foram reunidas num CD da mesma CID; com ainda outra capa.
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