Paulinho Da Viola E O Conjunto A Voz Do Morro (1973)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Hoje eu passei o dia dando uma geral aqui no Toque Musical. Olhando para trás, vejo quanta coisa já fizemos. Mas, o que mais me chamou a atenção foram os meus textos de resenha e por consequência os comentários. Meu Deus, quanto amadorismo! Quanta coisa errada eu escrevi, tanto erros bobos de ortografia quanto erros de abordagem e descrição nas resenhas. É certo que no início eu vivia numa corrida contra o tempo, tudo para manter as postagens diárias e no capricho. E para quem não estava muito acostumado com resenhas, principalmente diárias, falhas e erros foi o que não faltou. E os comentaristas, amigos cultos e ocultos, não perdoavam em suas críticas. E estavam certos. Quer escrever, escreve direito, essa é a verdade. E a gente aprende, podem acreditar…
Então, hoje tempos uma boa pedida musical, Paulinho da Viola e o Conjunto A Voz do Morro. Eu tinha, para mim, que este disco já havia sido postado aqui no Toque Musical. Porém, hoje percebi que não e assim sendo, chegou a sua hora. Por certo, não se trata de uma raridade ou novidade no mundo dos blogs. Muitos já o postaram e talvez tenha sido por isso mesmo que eu o deixei de lado. Mas como deixar de lado um disco tão bacana? Este lp foi lançado originalmente em 1965, mas em 73 ele voltou a ser relançado com essa nova capa. Aqui temos o grande Paulinho da Viola juntamente com o conjunto A Voz do Morro foi um grupo organizado por Zé Kéti, conforme nos conta a lenda, a pedido da gravadora Musidisc. Ele reuniu um time de sambistas da pesada com alguns integrantes do musical Rosa de Ouro. O conjunto era formado por Anescarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros
Jair do Cavaquino, Nelson Sargento, Oscar Bigode, José da Cruz, o próprio Zé Kéti e o jovem Paulinho da Viola. O lp é recheado de uma das melhores safras do samba carioca. O disco saiu, originalmente pelo selo Musidisc, em 65, mas em 73 ele foi relançado, desta vez pelo selo RCA, quando então Paulinho da Viola já tinha se tornado uma grande estrela da MPB. E por conta dessas e de outras, apareceu com uma nova capa e o nome de Paulinho em destaque. Creio que não há muito o que se falar deste trabalho, pois todo mundo já o conhece bem. E assim sendo, só me cabe mesmo a postagem. Um lp da melhor qualidade que você não pode perder. Confira no nosso GTM.

peço licença
intriga
mascarada
coração vulgar
conversa de malandro
pecadora
vai saudade
jurar com lágrimas
maria
coração de outro
não sou feliz
injúria
sonho triste
meu viver



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Som Brasileiro Vol. 2 (1976)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o Toque Musical apresenta mais uma coletânea de MPB da melhor qualidade. É o segundo volume de “Som brasileiro”, lançado em 1976 pela EMI-Odeon (depois EMI e hoje Universal Music), na mesma linha do primeiro, que o TM já nos ofereceu. Em suas onze faixas, iremos encontrar muita coisa boa. Para começar, temos o dueto de Mílton Nascimento com Beto Guedes em “Nada será como antes”, extraído do álbum duplo “Clube da Esquina”, lançado em março de 1972. Dele também é a faixa “Trem azul”, com Lô Borges. Edu Lobo aqui comparece com “Vento bravo”, faixa de seu LP de 1973, oficialmente sem título mas conhecido como “Missa breve”. O inesquecível Zé Rodrix vem com sua versão do clássico “Casa no campo”, que fez com Tavito, gravada em 1976 para o álbum “Soy latino-americano”. Talentosa cantora e compositora, Sueli Costa vem com “Vamos dançar”, gravação de 1975. O grupo Som Imaginário, conhecido por acompanhar Mílton Nascimento em discos e shows, apresenta aqui  uma composição de seu tecladista Wagner Tiso, “Armina”, gravação de 1973 pinçada do álbum “Matança do porco”. Dorival Caymmi, o poeta seresteiro da Bahia, interpreta aqui “Dona Chica (Francisca Santa das Flores)”, gravação de 1972. Gonzaguinha, o eterno aprendiz, mostra aqui “Mundo novo, vida nova”, música com a qual concorreu no II Festival Universitário de MPB, da TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1969, defendida por Claudette Soares, mas que ele próprio só viria a gravar em 1972. Compositor, cantor e pianista ainda hoje em atividade, João Donato aqui comparece com “Terremoto”, parceria com Paulo César Pinheiro e faixa do álbum “Quem é quem”, de 1973. Músico completo, Egberto Gismonti aqui nos mostra “Janela de ouro (A traição das esmeraldas)”, faixa extraída do álbum “Água e vinho”, de 1972. E, para encerrar com chave de ouro, “Sinal fechado”, de e com Paulinho da Viola, música com a qual ele venceu o quinto (e último) festival de MPB da antiga TV Record de São Paulo, em 1969. Enfim, um disco primoroso e repleto de bons momentos de nossa música popular. Confiram.

nada será como antes – milton nascimento e beto guedes

vento bravo – edu lobo

casa no campo – zé rodrix

vamos dançar – sueli costa

armina – som imaginário

dona chica – dorival caymmi

trem azul – lô borges

mundo novo vida nova – gonzaguinha

terremoto – joão donato

a janela de ouro – egberto gismonti

sinal fechado – paulinho da viola



*Texto de Samuel Machado Filho

Pixinguinha – Vida E Obra (1978)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Estou novamente respostando este disco, pois só agora me dei conta de que havia postando ele parcialmente. Prometi o segundo disco, mas acho que acabei me esquecendo. Não fosse o amigo Denys, este disco teria ficado mesmo pela metade. Por outro lado, por duas vezes eu repus aqui o link para o álbum e completo, só não havia me atinado para isso. Inclusive, os arquivos que circulam pelos ‘torrents’, vieram desta lavra aqui. Então, mais uma vez, temos o álbum Pixinguinha – Vida e Obra, lançado pelo selo Som Livre, em 1978. Este álbum, como foi dito, foi lançado pela gravadora como brinde de fim de ano da Rede Globo de Televisão. Trata-se, portanto de uma edição exclusiva e limitada, que até onde eu sei nunca chegou a ser lançada comercialmente. Uma seleção com vários artistas e também com fonogramas pouco conhecidos. Daí o preciosismo e raridade deste disco que hoje poucos o tem. O álbum duplo ainda traz um encarte/livreto com muitas informações importantes sobre Pixinguinha (vida e obra) em texto do jornalista Sérgio Cabral, este por sinal, também responsável pela produção e seleção musical.
Desta vez, segue completo para a alegria de todos. Confiram no GTM!

carinhoso – pixinguinha
urubu – os oito batutas
os cinco companheiros – paulinho da viola
rosa – orlando silva
patrão prenda seu gado – almirante
1×0 – pixinguinha e benedito lacerda
vou vivendo – dilermando reis
os oito batutas – conjunto época de ouro
benguelê – conjunto época de ouro
ingênuo – jacob do bandolim
lamento – jacob do bandolim
o gato e o canário – pixinguinha e benedito lacerda
já te digo – pixinguinha
yaô – joão da baiana, clementina e pixinguinha
sofre porque queres – conjunto época de ouro
carinhoso – orlando silva
estou voltando – conjunto galo preto
que perigo – pixinguinha e velha guarda
naquele tempo – dilermando reis
a vida é um buraco – pixinguinha
marreco quer agua – pixinguinha

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O Show Dos Shows (1975)

O Toque Musicall oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos uma coletânea cheia de bons momentos. É “O show dos shows”, lançada em 1975 pela Odeon. Produzido pelo mestre Hermínio Bello de Carvalho, com montagem de Nivaldo Duarte, o álbum reúne trechos de vários shows antológicos, tais como “Brasileiro, profissão esperança”, “Mudando de conversa”, “Te pego pela palavra”, “Sarau” e “Gemini V”. E tudo na interpretação de grandes nomes de música popular, como Simone, Mílton Nascimento, Marlene, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Pixinguinha e Cyro Monteiro. O Formigão aqui apresenta um delicioso pot-pourri de sambas de Geraldo Pereira, “Escurinho”, “Falsa baiana” e “Que samba bom”, ele que foi um dos melhores intérpretes desse autor. Clementina de Jesus vem com “A morte de Chico Preto”, música com a qual ganhou prêmio de melhor intérprete no festival Abertura, da TV Globo, e ainda canta, em dupla com Paulinho da Viola, “Mulato calado”. O próprio Paulinho ainda comparece com “Pra que mentir?”e “Doce veneno”. Maria Bethânia recorda “Carinhoso” e “Se todos fossem iguais a você”, em trecho do recital que fez na Boate Barroco. Abrindo o disco, Mílton Nascimento revive “Chove lá fora”, maior hit do recém-falecido Tito Madi. E ainda participa, com Simone, da faixa “Gota d’água”. Marlene, devidamente acompanhada por Sivuca, nos traz “Cabaré”, de João Bosco e Aldir Blanc. Pixinguinha vem com “Um a zero”, acompanhando outros músicos ao saxofone. A eterna guerreira Clara Nunes revive “Suas mãos”, de Antônio Maria e Pernambuco. Para encerrar, Leny Andrade, Pery Ribeiro e o Bossa Três em um pot-pourri em homenagem ao Rio de Janeiro, incluindo até mesmo “Garota de Ipanema”. Tudo isso reunido em um conjunto que vale a pena ser ouvido, de fato um verdadeiro “Show dos shows”!  É só baixar e conferir…

chove lá fora – milton nascimento
gota d’agua – simone
pra que mentir – suas mãos – paulinho da viola e clara nunes
neste mesmo lugar – nora ney
bar da noite – nora ney
cabaré – marlene
a morte do chico preto – clementina de jesus
doce veneno – paulinho da viola
mulato calado – clementina de jesus
escurinho – falsa baiana – samba bom – cyro monteiro
carinhoso – maria bethania
1×0 – pixinguinha
pot pourri – gemini 5

*Texto de Samuel Machado Filho

Noitada De Samba (1978)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês uma ‘Noitada de Samba’. Vamos hoje com um disco que certamente passou batido  para muita gente. Coisa fina, coisa rara…
Em 1971 nascia a ideia da Noitada de Samba, um projeto musical criado por Jorge Coutinho e Leonides Bayer. Um encontro de grandes artistas da música popular brasileira que aconteceu no Teatro Opinião por mais de uma década! A Noitada de Samba surgiu em plena ditadura, sendo um foco de resistência, onde os artistas buscavam através de suas músicas expressar seus sentimentos de oposição ao regime militar. O Teatro Opinião foi palco de um espetáculo musical de samba, do artista popular, compositor e intérprete carioca. Um espetáculo que acontecia todas as segundas feiras. Pela noitada passaram dezenas de artistas, grandes nomes do samba como Adelzon Alvea, Ademildes Fonseca, Alcione, Aluisio Machado, Arlindo Cruz, Baianinho, Beth Carvalho, Carlos Lyra, Dona Ivone lara, Leci Brandão, Roberto Ribeiro, Monarco, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, João Nogueira, Martinho da Vila e tantos outros que nem dá para listar. Não somente os sambistas, mas artistas em geral, tinham no Teatro Opinião im dos poucos espaços de expressão. Foram 617 espetáculos ao longo de 13 anos. A Noitada de Samba durou até 1984, Recentemente virou um documentário, dirigido por Cely Leal, (preciso assistir!).
Este disco, um álbum histórico, reúne um pouco do que do que foi a Noitada de Samba, trazendo registros de Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Odete Amaral, Xangô da Mangueira e muitos outros. É uma pena que seja um disco simples. Considerando o tempo que esse projeto durou, a centena de artistas que participaram e certamente as infinitas horas de gravação, poderiam ter gerado, no mínimo um álbum duplo. Mas é compreensível, tem sempre aquela questão dos direitos autorais, contratos de exclusividade e tantos outros obstáculos nesse grande negócio que foi o mundo da música.

seca do nordeste – clara nunes
tom maior – conjunto nosso samba
em cada canto uma esperança – dona ivone lara
tempos idos – odete amaral e cartola
ao amanhecer – cartola
estrela de madureira – roberto ribeiro
folhas caídas – odete amaral
eu e as flores – nelson cavaquinho
jurar com lágrimas – paulinho da viola
moro na roça – clementina de jesus
meu canto de paz – joão nogueira
verdade aparente – gisa nogueira
ah, se ela voltasse – baianinho
isso não são horas – xangô de mangueira
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Vários – Mário Lago – Nada Além (1991)

Bom dia, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aproveitando que estou digitalizando alguns discos para um amigo, seperei este aqui para a postagem de hoje. Trata-se de um encontro com uma dezena de artistas homenageando o compositor, ator e radialista Mário Lago. Estão reunidas aqui algumas de suas mais marcantes composições e parcerias. O disco é bem interessante, pois nos traz uma boa variedade de artistas e interpretações exclusivas. Eu bem que podia ter deixado para fazer esta postagem na semana que vem, especialmente no dia 26, data de aniversário do artista. Se estivesse vivo estaria completando 102 anos! Mas eu como sou muito esquecido, iria acabar nem lembrando. Assim, me adianto nesta homenagem. Fica aqui a nossa lembrança.

quem chegou já tá
a onda
salve a preguiça, meu pai
atire a primeira pedra
ai, que saudade da amélia
aurora
nada além
ficarás
fracasso
faz de conta
faz como eu
dá-me tuas mãos
número um
caluda, tamborins
rua sem sol
fazer um céu
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Paulinho Da Viola – Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Verificando minha coleção de compactos, percebi que há muitos que eu ainda não apresentei aqui no Toque Musical. Acho que vou voltar a postá-los com mais frenquencia e desta vez não mais em blocos como antes. Teremos agora semanalmente um compacto publicado juntamente com a postagem do dia. Não haverá dia certo, vale qualquer um. Mas sempre teremos ‘a surpresinha’, ok?

Nossa postagem de hoje é dedicada ao Paulinho da Viola. Um nome que dispensa maiores apresentações. Um artista genial que merece estar aqui mais vezes, nos brindando com seus sambas e também com os de outros bambas. “Foi um rio que passou em minha vida” é um clássico. Eu me refiro tanto ao álbum quanto à música. É, sem dúvida, um de seus melhores trabalhos e dos mais inspirados. Sendo um clássico, este nunca sai de catálogo. Suas músicas continuam tocando nas rádios e os relançamentos, sempre vendendo. Isso para não falar do quanto ele também já foi compartilhado na rede. Porém, eu não resisti. Este disco, aqui eu faço questão! Toquei e disse!

para não contrariar você

o meu pecado

estou marcado

lamentação

mesmo sem alegria

foi um rio que passou em minha vida

tudo se transformou

nada de novo

jurar com lágrimas

papo furado

não quero você assim

 

 

Paulinho Da Viola – A Dança Da Solidão (1972) REPOST

Para começarmos bem o ano e ainda no ritmo do samba, aqui vai “A Dança da Solidão”, álbum de 72 do genial Paulinho da Viola. Sei que este disco já está mais rodado entre os blogs que pneu careca, mas mesmo assim eu insisto, por duas únicas razões. Uma, é que se trata de um excelente disco e que eu adoro. Outra, é que aqui o serviço é (ou tenta ser) completo: 320 kpbs capa, contracapa, selos e ainda vai incluso um vale para as próximas postagens (he, he, he…).
Falar de Paulinho da Viola é o mesmo que chover no molhado. Neste disco, que eu considero ser um dos seus melhores trabalhos, temos alguns dos sambas que se tornaram clássicos ao lado de outros dos imortais Cartola, Nelson Cavaquinho, Wilson Batista, Monarco e Nelson Sargento. Um disco verdadeiramente bonito, confiram…

guardei minha viola
meu mundo é hoje (eu sou assim)
papelão
duas horas da manhã
ironia
no pagode do vav´
dança da solidão
acontece
coração imprudente
orgulho
falso moralista
passado de glória

Ary Toledo, Geraldo Vandré, Ana Lúcia, Os Cariocas, Paulinho Da Viola & Zé Kéti – Compactos REPOST

Para o nosso domingo ser mais feliz, passamos de quatro para seis compactos. O bom de colocar assim é que podemos ter uma maior variedade, agradando ‘gregos e troianos’. No caso da postagem de hoje, quero primeiramente agradar a mim mesmo – estes moram no meu repertório de assobios e cantaroladas. Isto também para não dizerem que por aqui só rola coisas estranhas. Na verdade a única coisa estranha aqui sou eu, hehehe… Muito estranho… vou da água ao vinho, da sopa ao mingau. “O importante é que a nossa emoção sobreviva!”

Então, temos na postagem do dia, seis compactos super bacana: Ary Toledo, nos tempos em que ele cantava mais do que fazia piadas. O quarteto Os Cariocas, sempre com muita bossa. Geraldo Vandré num compacto simples com duas músicas que fizeram parte da trilha sonora do filme “A hora e a vez de Augusto Matraga”. Segue outro Vandré ao lado da cantora Ana Lúcia numa gravação e compacto que é raridade total. Temos também o Paulinho da Viola num compacto duplo com quatro pérolas de sua autoria. E para finalizar, temos o Zé Kéti num compacto simples da Rosenblit. Este último disquinho traz a faixa “Acender as velas”, música esta que não consta no seu lp da mesma gravadora. Acho até que amanhã irei postar o álbum, assim a semana começa ‘nos trinques’. Podem aguardar… 😉
Ary Toledo
maria clara
o que será que as outras tem que a linda não tem
+
Geraldo Vandré
cantiga brava
modinha
+
Geraldo Vandré & Ana Lúcia
samba em prelúdio
você que não vem
+
Os Cariocas
minha namorada
nem o mar sabia
+
Paulinho da Viola
foi um rio que passou em minha vida
nada de novo
ruas que sonhei
sinal fechado
+
Zé Kéti
máscara negra
acender as velas

Paulinho Da Viola (1975) REPOST

Estamos levando a semana no samba e para mim, samba sem Paulinho da Viola é como comer arroz sem feijão, não dá… Assim sendo e também para manter o bom nível musical enquanto eu dou uma pausa, aqui vai mais um belo disco desse grande artista. Lançado em 1975, o álbum traz entre outras, “E a vida continua”, “Argumento” e “Amor a natureza”. Embora discos de medalhões, como é o caso do Paulinho, nunca saiam de catálogo, há sempre uma certa dificuldade em encontrá-los. Por essa e por outras é que ele está aqui 😉 abrilhantando nosso toque musical.

e a vida continua
argumento vida
nova alegria
amor a natureza
jaqueira da portela
mensagem de adeus
cavaco emprestado
chuva
nada se perdeu
deixa rolar

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Brazilian Music Now (1977)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Mais uma vez eu estou chegando no fim do dia, aproveitando a brecha, ou talvez os poucos minutos livres que antecedem ao sono. Escolhi este disco para ser a estampa da próxima semana. Quero dizer, VOU DAR UMA PAUSA por alguns dias. Preciso descansar minha cabeça e me afastar de alguns problemas. Portanto, já fiquem os amigos avisados da minha ausência na próxima semana, ok? Espero voltar antes do Natal, vamos ver…
Segue assim mais um exemplar da série, promocional criada pela Funart para o então Departamento de Cooperação Cultural, Científica e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, a partir de 1978. A ideia era a de propagar a diversidade musical brasileira pelos cinco continentes, em vários países, dando a esses a oportunidade de conhecer melhor o variado leque musical produzido originalmente em nosso país. Ao que tudo indica, esse trabalho teve bons resultados, o que acabou gerando uma segunda versão, a qual passou-se a chamar “Projeto Ary Barroso” e sendo coordenado por Hermínio Bello de Carvalho.
Neste álbum, o número 3, iremos encontrar uma excente e variada coletânea com alguns de nossos melhores artistas, contratados da EMI – Odeon desde a década de 50. As músicas interpretadadas por eles foram sucesso que é muito bom relembrar. Confiram…

marinheiro só – clementina de jesus
foi um rio que passou em minha vida – paulinho da viola
canto de areia – clara nunes
mineira – noão nogueira
estrela madureira – roberto ribeiro
ponto de caboclo desengano – joão de aquino
quadras de roda – ivan lins
gota d’agua – simone
moleque – luiz gonzaga jr
dentro de mim mora um anjo – sueli costa
das rosas – dorival caymmi
1×0 – pixinguinha

Brasil Instrumental (1985)

Olás! Ontem eu cheguei em casa tão cansado que acabei não deixando um compacto de fim de noite para vocês. Contrariando as expectativas, achei de postar um texto do Luis Fernando Veríssimo sobre o disco de vinil e seus adoradores. E pensar que nenhum outro suporte para a música foi tão durável e charmoso quanto o disco de vinil. Realmente é uma experiência deliciosa manusear, colecionar, tocar e ouvir uma bolacha, seja ela 78, 45, 33 ou 16 rpm. Isso, para não falarmos das capas… só mesmo quem viveu os tempo áureos dos discos de vinil saberá entender essa emoção. Talvez seja por isso mesmo que ele ainda hoje continua dando sinais de vida.
Hoje para a nossa sexta independente eu estou trazendo um álbum duplo promocional. Temos aqui, como bem se pode ver pela capa, um álbum instrumental com um time da pesada, produzido pela extinta Karup para a CAEMI (Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração), como brinde aos seus clientes e associados. Trata-se, obviamente, de um disco não comercial, de tiragem limitada. O álbum duplo se divide em dois momentos. O primeiro à cargo de Paulo Moura que reúne saxofone, violão, violoncelo e trombone numa aparente insólita mistura instrumental, ao lado de Jaques Morelembaum, Rafael Rabello e Zé da Velha. Eles tocam um repertório variado e essencialmente instrumental, música para músicos. Tem aqui Severino Araújo, Alcyr Pires Vermelho, Toninho Horta, Tom Jobim e outros… Já o segundo disco é dedicado ao trabalho instrumental de Paulinho da Viola, tendo a frente o violonista João Pedro Borges, acompanhado pelo próprio Paulinho e seu pai, Cesar Faria. Neste segundo volume, ao contrário do que se possa imaginar, não é um disco de samba instrumental. Aqui é mostrado a faceta, principalmente, de chorão de Paulinho da Viola. Talvez, pela fama de compositor de samba, muitos desconhecem a riqueza criativa musical desse artista, que também sempre se dedicou ao chorinho, tendo belíssimas peças no gênero. Não é por acaso ou qualquer semelhança que Paulinho da Viola também faz choro. Seu pai, Cesar Faria, foi um entusiasta do samba e choro. Paulinho cresceu em meio às rodas de choro promovidas pelo pai. No disco temos como intérpretes os três: João Pedro Borges, Paulinho e Cesar Faria. Taí um álbum que merece o nosso toque musical 😉

sandoval em bonsucesso
isso é brasil
corata jaca
modinha
bons amigos
saxofone porque choras?
lamento
urubu malandro
tarde de chuva
bronses e cristais
espinha de bacalhau
valsachorando
relembrando pernambuco
tango triste
romanceando
itanhangá
salvador
abraçando chico soares
valsa da vida
evocativo
lila

Noites Cariocas – Ao Vivo No Municipal (1988)

É, pelo jeito os nossos conhecedores de música popular brasileira andam mais que ocultos, estão mesmo sumidos. Até agora ninguém se manifestou em relação às duas últimas postagens. Tanto os Hamornipops quanto Aimé Vereck não foram identificados pelos nossos pesquisadores de plantão. Será que não há ninguém por aqui que saiba nos dar mais informações sobre os dois últimos discos postados? Estaria faltando mais interação entre nós ou realmente ninguém sabe mesmo? Continuamos na obscuridade…
Mas para não ficarmos totalmente no escuro, vamos mudar o rumo. Vamos para as Noites Cariocas, onde pelo menos as estrelas brilham, tanto no céu quanto no palco do Teatro Municipal. Para quebrar um pouco a monotonia, o álbum do dia (ou da noite?) é dedicado ao chorinho. Temos aqui este belíssimo álbum editado pela extinta Kuarup, “Noites Cariocas”. Um registro ao vivo de um ‘big’ sarau realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro nos anos de 1987 e 88. Como podemos ver logo pela capa do disco, participam como figuras principais: Altamiro Carrilho, Zé da Velha, Paulo Sérgio Santos, Chiquinho do Acordeon, Paulo Moura, Paulinho da Viola e Joel Nascimento. Pois é, noites cariocas não são apenas para o samba. O choro também, sempre teve seu lugar garantido na Cidade Maravilhosa.

noites cariocas
carinhoso
aleluia
chorando baixinho
chiquinha gonzaga
espinha de bacalhau
doce de côco
ingênuo
inesquecivel
sarau para radamés
remexendo
um a zero
urubu malandro

Paulinho da Viola (1971)

Novamente eu volto a insistir neste grandioso artista. No disco de 1971, Paulinho desfila suas composições ao lado do parceiro Elton Medeiros. Este por sua vez nos mostra que além de compositor é um excepcional ritmista. Escute a performace do cara marcando o ritmo na caixinha de fósforo em “Para ver as meninas”. Genial! O disco também tem Candeia e Nelson Sargento. Nota10!

Paulinho da Viola & Elton Medeiros – Samba Na Madrugada (1968)

“Samba na madrugada” é outro clássico que eu não poderia deixar de postar. Já foi bem divulgado em outros blogs e agora é a minha vez. O disco traz pérolas como “Minhas madrugadas”, “14 anos”, “O sol nascerá”… O álbum foi produzido por Ermilio Bello de Carvalho que já havia trabalhado com eles no show Rosa de Ouro. Tem participação de Dinho Sete-Cordas, Canhoto, Copinha e Raul de Barros. Precisa dizer mais alguma coisa? Melhor ouvir.