Olá amigos! Pois é, as denúncias e perseguições continuam… Estou vendo a hora em que o tolo mata a galinha dos ovos de ouro só para ver o que tem dentro. Infelizmente é assim… Enquanto isso não acontece a gente vai se segurando, desviando das mordidas e tocando sempre.
Mais uma vez, para abrilhantar a nossa ‘terça erudita’ temos aqui outro volume da “Série Brasiliana – Música na Côrte Brasileira”, lançada nos anos de 65 e 66 pelo selo Angel, da Odeon. Na verdade, este é o quinto e último volume (pelo menos eu acho que é).
Neste álbum, como podemos ver, o destaque é a Ópera, na época do Império. O disco nos apresenta uma seleção (como nos volumes anteriores) de algumas das mais representativas e raras obras produzidas no período, principalmente de D. Pedro I, que por sinal e como vimos, também se destaca na música erudita. Bacana, não? Antes desta série, grande parte dessas obras musicais eram totalmente desconhecidas do público (e olha que eu me refiro ao público de música erudita, clássica).
Acredito que os amigos, ao longo das outras postagens já sabem o que os esperam. Um belíssimo trabalho da Orquestra Sinfonica Nacional da Rádio MEC, regida pelo Maestro Alceo Bocchino, pelos cantores Maria Helena Buzelin, soprano; Fernando Teixeira, barítono e Juan Thibault, tenor. A produção é de Milton Miranda e Maurício Quadrio, com direção musical de Lyrio Panicali e assistência de Marlos Nobre. Como se vê, um trabalho feito por mestres, da música e da indústria fonográfica.
Arquivo da categoria: Selo Angel
Música Na Côrte Brasileira Vol. 4 – Na Côrte De D. Pedro II (1965)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos nesta terça feira (de clássicos e eruditos) com mais um volume desta bela e rara coleção intitulada “Música na Côrte Brasileira”. Como eu já havia comentando, esta série é composta de cinco volumes, mostrando um panorama da música no período do Brasil Império. Quem, por desventura, não percebeu os outros volumes, pode voltar algumas páginas, as três últimas terças feiras, nas quais eles foram postados.
Neste quarto volume, como se pode ver na capa, encontraremos a música na Côrte de D. Pedro II, quando este ainda vivia a sua fase juvenil. Conforme o texto de contracapa de Andrade Muricy, “o período de incertezas e agitação política, em que transcorreram a menoridade do Imperador menino, D. Pedro II, filho de musicista, fez estudos musicais muito menos acurados do que os seus pais. Ainda assim criou condições para a formação de peronalidades como Carlos Gomes e Pedro Américo. Assistia aos espetáculos de ópera e aos concertos dos Clubes Mozart e Beethoven, que fazia questão de prestigiar.“
Temos assim, neste lp, obras do paulista Elias Álvares Lôbo (1834-1901) – autor da primeira ópera composta e representada no Brasil; do carioca Henrique Alves de Mesquita (1838-1906); dos portugueses Pedro Teixeira Seixas e Luiz Inácio Pereira; de Eleutério Feliciano de Senna e finalmente Louis Moreau Gottschalk (1829-1869), compositor americando que por aqui viveu, autor da belíssima “Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro”. Putz, estava me esquecendo… tem também o italiano Saverio Mercadante (1795-1870) com a sua “Exulta, Oh Brasil”.
Como nos outros volumes, temos à frente a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a batuta do Maestro Alceo Bocchino.
Música Na Corte Brasileira Vol. 3 – Na Corte De D. Pedro I (1965)
Muito bom dia aos amigos cultos e ocultos! O dia na verdade ainda nem nasceu, mas eu já estou aqui, desde as 2 da madruga. Dormir? Que bobagem! Não preciso, não mereço… sei lá… insônia… uma cabeça cheia de problemas e outros pensamentos, que só mesmo neste momento consegue relaxar, pensando em coisas leves como a música. Música, santo remédio! Se não fosse ela eu já tinha dado um tiro na cabeça. Se não fossem esses 15 minutos de distração… de fuga, sei lá… acho que já era… Desculpem, acho que comecei meio torto, irritado por conta da madrugada aceso. Logo eu estarei saindo para o trabalho e como sei que hoje o dia vai ser ‘punk’ e sonolento, vou logo postando aqui o disquinho da terça feira. Hoje é dia de música erudita 🙂
Vamos seguir com mais um volume dessa maravilhosa série “Música Na Corte Brasileira”. Vamos agora para o volume 3 onde encontraremos a música feita na Côrte do Príncipe Regente Dom Pedro I. Acredito que poucos devem saber que o nosso ilustríssimo Imperador era também um músico e compositor. Eu mesmo desconhecia essa faceta de Dom Pedro I. Segundo o relato no texto da contracapa, ele estudou teoria, harmonia, composição. Tocava diversos instrumentos musicais e ainda por cima, contam, tinha uma boa voz. Neste lp encontramos dele a “Abertura Independência”, originalmente chamada como “Sinfonia Para Grande Orquestra” e “Hino da Carta Constitucional”, que foi o Hino Nacional Português até a Revolução Republicana de 1910. Além de Dom Pedro compositor, encontraremos outras nomes, na verdade os mesmos que aparecem nos volumes anteriores, Padre José Maurício, Sigismond Neukomm e Marcos Portugal. Ah, eu ia me esquecendo de Bernardo José de Souza Queiroz, um músico português que também teve seus momentos de glória como mestre de música e compositor. Na contracapa do lp há mais informações, principalmente sobre as obras apresentadas no disco. Não deixem de conferir… 😉
Música Na Corte Brasileira Vol. 2 – Na Corte De D. João VI (1965)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Custei, mas cheguei! Hoje vamos com o segundo volume desta série rara, que, com toda certeza, desde o seu lançamento nunca mais foi ouvida. Vejam vocês, o que seria de discos como esses, de compositores, músicos e outros artistas do passado, se não houvessem aqueles, como eu, que resolveram fazer o que quem deveria não fez, ou não quer fazer? Quando, alguns dos amigos aqui, teriam a oportunidade de ouvir um disco como este? Sinceramente, não fosse essa ‘anarquia organizada’, muito do que já passou continuaria enterrado e esquecido. Putz, aqui estou eu batendo nas mesmas teclas, repetindo oque vocês já estão cansados de saber. Melhor é nós nos preocuparmos com o que temos aqui.
Neste segundo volume da “Música na Corte Brasileira”, encontraremos peças do Padre José Maurício, Marcos Portugal, Antonio José do Rêgo e Antonio Leite da Silva, nomes dos mais expressivos no cenário músical do Brasil Coroa. Como no volume anterior, temos a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a regência do Maestro Alceo Bocchino.
Música Na Corte Brasileira Vol. 1 – Rio De Janeiro – O Vice-Reinado (1965)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Finalmente vamos à postagem do dia. E hoje é dia de música erudita. Tenho alguns ‘discos de gaveta’, mas mesmo sem muito tempo, optei por algo que fosse especial. Me lembrei desta coleção raríssima que havia digitalizado há algum tempo atrás. Eis aqui um trabalho excepcional lançado pela Odeon, através de seu selo Angel. Trata-se da coleção “Música na Corte Brasileira”, um apanhado riquíssimo de obras que mesmo na época em que foram gravadas já eram raras. São cinco volumes ao todo. Penso em ir postando os próximos na sequência, todas as terças, dentro da programação semanal.
Neste primeiro volume encontramos peças musicais buscadas em arquivos da Europa e do Brasil. São obras de Joaquim Manuel, Marcos Portugal e José Maurício, nomes que só mesmo quem entende de música clássica e erudita sabe dar valor. Há também outras peças profanas e anônimas. A música que se ouvia no Rio de Janeiro do Vice-Reinado.
Olga Maria Schroeter, soprano e o Collegium Musicum da Rádio MEC, sob a direção do Maestro George Kiszely, executam o primeiro lado do disco. No segundo temos Associação de Canto Coral ao lado da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a regência do Maestro Alceo Bocchino.
Música erudita não é bem a minha praia, mas mesmo assim eu sei sentar na areia e apreciar o mar. Convido vocês para fazerem o mesmo 😉
Orquestra Sinfônica Brasileira – Carlos Gomes – Aberturas E Prelúdios (1969)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como informei, até o fim do ano ou enquanto durarem os estoques, farei a semana mais ‘setorizada’, incluíndo além da ‘sexta independente’ e do ‘sábado de coletâneas’, a ‘segunda da trilha’, a terça do erudito e até quem sabe um dia extra para o compacto. Vou tentar manter esse ritmo nos próximos meses. Vamos ver… (e ouvir, claro!)
Para começar a nossa terça mais ‘erudita’, vamos com este excelente lp da Orquestra Sinfônica Brasileira, gravado em 1969, pela Odeon, através de seu selo Angel, para música clássica. Temos aqui reunidos alguns dos famosos prelúdios e aberturas de óperas de um dos mais célebres compositores da música clássica brasileira, Carlos Gomes. Também como podemos ver logo pela capa, a OSB é regida pelo seu Maestro Eleazar de Carvalho. Na contracapa há um texto de apresentação de outro compositor, o maestro Marlos Nobre. Pelo pouco que sei de música clássica e erudita no Brasil e suas gravações, este é um registro fonográfico difícil de se encontrar hoje em dia. Se é difícil e raro, tá para nós, não é mesmo? Confiram…