Marku Ribas – Mente & Coração (1980)

Boa noite, amigos caros cultos, ocultos e associados. Hoje eu estou aqui apenas por honra da firma. Tô que não me agüento em pé. Parece que eu levei uma surra. Não sei se é gripe ou dengue (vixiii…)

Lá vou eu recorrer aos ‘discos de gaveta’. Vou trazendo para vocês, “Mente & Corção”, quinto álbum lançado pelo cantor e compositor mineiro, Marku Ribas, em 1980, através selo Philips. Disco super inspirado, com praticamente quase todas as músicas de sua autoria. Na banda tocam com ele Helvius Villela, Arthur Maia, Téo Lima e Renato Piau. Para completar tem também os convidados que engrossam mais o caldo, como é o caso de Ed Maciel e João Donato. Quem ainda não conhece, eu dou o toque, vale conferir… 😉

mente & coração

choro verde

será bem melhor

quem pede, pede

as vozes não mentem

nunca vi!!!

só você

olha a brecha

novo dia

limites naturais

Jair Rodrigues – Jair De Todos Os Sambas (1969)

Boa noite amigos cultos, ocultos e associados! Hoje, 7 de Setembro, eu deveria estar apresentando aqui algum disco relacionado ao tema da Independência, ou algo assim. Mas, confesso que não tive muito ânimo e nem nada pronto em meus ‘discos de gaveta’. Por outra, achei aqui este disco do Jair Rodrigues. Gosto muito dessa fase (anos 60) do Jair, não apenas por um repertório de qualidade, mas também pelos arranjos, que até então eram feitos com muito zelo e por gente competente. “Jair de todos os sambas” é um título que já diz tudo. Aqui encontraremos uma seleção de sambas de sucesso, muitos deles nascidos na voz do próprio artista. Um bom disco, que mesmo já bem divulgado em outros blogs, merece o nosso toque. 🙂

bahia de todos os deuses

bloco do sujo

levanta a cabeça

avenida iluminada

enxuga a tristeza do olhar

em nome da lua, da mulata e do samba

casa de bamba

vê que luar

pra que dinheiro

o conde

na brincadeira do mundo

feiticeira

olelê, cheguei agora

quem entra na roda é rei

leva meu samba

Márcia – Vol. II (1969)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Eu estava hoje para postar um disco da Joyce, gosto muito do trabalho dela. Mas para contradizer a intenção, descobri que o álbum foi relançado em cd há alguns anos atrás. Certamente ainda podemos encontrar para venda. Assim sendo, melhor deixarmos a moça do violão vendendo no Japão 🙂

Vamos com outra, vamos com a cantora Márcia. Esta fez muito sucesso nas décadas de 60 e 70. Paulista, começou a carreira com pouco mais de 15 anos. Cantou em diversas rádios, boates, emissoras de tv e em festivais. Entre os seus maiores sucessos podemos destacar “Ronda”, de Paulo Vanzolini e “Eu e a brisa”, de Johnny Alf. Nos anos 70 ela integrou o memorável show, “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, ao lado de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro, que originou o disco. Aliás, os discos, pois o show renderia ainda mais um lp, um ano depois.

Neste lp, o seu segundo disco, vamos encontrar um repertório de gemas finas, com destaque para umas cinco músicas de Johnny Alf.. Mas não fica só nisso, tem também Dorival Caymmi em parceria com Paulo Tapajós e Eduardo Souto; Milton Nascimento, Baden Powell; Walter Santos; Edu Lobo e Vinicius… e mais… Belíssimo disco, produzido por Armando Pittigliani e com direção musical e arranjos do maestro José Briamonte.

 

ilusão à toa

sorriso antigo

canto pra dizer-te adeus

boêmio do samba

tarde

elegia

pra você

viu

o tempo e o vento

aperto de mão

canto livre

não tem solução

se eu te disser

O Máximo De Sucesso Da Música Popular Brasileira (1968)

Boa noite, prezados! Ufa! Finalmente em casa e em tempo de postagem! Nem no fim de semana eu estou tendo folga. Também, quem mandou eu querer fazer deste blog um diário? Agora aguenta…
Para o nosso sábado de coletânea eu tenho aqui este álbum lançado pela Philips em 1968, trazendo alguns de seus artistas de destaque, nomes consagrados que fazem desta uma seleção de primeira qualidade. Nem é preciso falar muito, vem estampado no encarte o que vamos encontrar. Alguns desses fonogramas a gente pode até considerar como raridades. É o caso de Tuca interpretando “Verde”, de Mário de Castro e Antonio Carlos Ducan, ou “Madrugada (Caranval acabou)”, de Arthur Verocai e Paulinho Tapajós, na voz de Magda. Taí uma coletânea que a pena pedir e ouvir 😉

lapinha (da bienal de são paulo) – elis regina
frevo rasgado – gilberto gil
januária – claudette soares
quem dera (da bienal de são paulo) – mpb-4
até segunda feira – jair rodrigues
e nada mais – agora 4
viola enluarada – jari rodrigues
eu e a brisa – márcia
madrugada (carnaval acabou) – magda
verde – tuca
retrato em branco em preto – quarteto em cy
samba da benção – elis regina 

Jair Rodrigues – Os Melhores Sambas Enredos De 1974 (1974)

Boa noite amigos cultos e ocultos! Como é, estão gostando das atrações? Pois é, apensar dos pesares o Toque Musical vai em frente. Como disse um dos nossos amigos, para quê ligar para dez quando se tem mil. Tem nêgo aí achando que o blog morreu. Morreu sim, morreu pra ele e mais meia dúzia de bossais (não confundir com quem gosta de bossa). Vão ficar agora lambendo a vitrine, esperando que outro blog replique o arquivo ou se fazendo de bonzinhos, com outra máscara, para conseguirem um convite para o Grupo do Toque Musical. É, tem que ser assim mesmo 😉 O grande problema por aqui eu sei que sou eu mesmo. Sei que tem muita gente que não gosta de mim, pelo que eu falo e também pelo que eu deixo de falar. A verdade é que se trata de uma antipatia gratúita e isso tem a ver com a forma diferenciada que toco esse blog. No fundo, eu me divirto muito com tudo isso. Chego a achar engraçado o preconceito de alguns que vêem na minha pessoa, realmente, um baixinho mameluco, metido a ‘blackpower’, pretenciosamente falando de coisas que não condiz com esta figura.

Bom, agora falando para aqueles que merecem, segue aqui o meu grito final de carnaval. Apenas para fecharmos a ‘festança’, aqui vai mais uma postagem. Trago para vocês o Jair Rodrigues neste compacto, onde temos quatro dos melhores sambas enredos do ano de 1974. Acredito eu que essas músicas só saíram em compacto. Não me lembro de um disco do Jair com esses temas.
Conhecem? Querem conferir? Então, olhe para o lado direito do monitor, na tela do blog vocês verão uma caixinha do Googles Grupos. É nela que quem quiser, poderá solicitar a participação no GTM e receber diariamente os toques musicais. Quem não quiser, que espere até que outro blog lhe faça o favor, ou ainda, vão ouvir lá na HWR. Continuarei fornecendo à turma da rádio com prazer. Não é por conta de um bando de bossais que irei ofuscar minha boa relação com quem criou a rádio. A caravana continua… (saí fora, lôbo bôbo!)
o mundo melhor de pixinguinha
rei de frança na ilha da ssombração
festa do divino
dona santa, rainha do maracatú

Jadir De Castro / Escola De Samba Da Cidade – Batucada Nº 2 (1965)

Olha o Carnaval chegando aí, gente!!! Para esquentar os nossos tamborins e também o esqueleto, aqui vai um disco incrível, batucada autêntica, o ritmo verdadeiro do samba. Temos aqui o percussionista Jadir de Castro & “Seus Poliglotas Rítmicos” e também a Escola de Samba da Cidade, dando uma verdadeira aula de batucada. Coisa igual eu só ouvi nos discos “Batucada Fantástica”, do Luciano Perrone. “Batucada Nº2” é uma maravilha que encanta e mexe com a gente. Não preciso nem dizer a razão que me levou a começar pelo número 2. O primeiro eu ainda não tenho, mas ele ainda aparece, talvez fique para o próximo carnaval, quem sabe. Estou antecipando a minha justificativa porque eu tenho certeza que vai ter gente aqui pedindo para postar também o nº 1. O certo é que temos aqui muita lenha ainda para queimar.
Nesta semana, eu quero ficar mais tranquilo, pegando de leve para não ‘bodar’. “Tô me guardando pra quando o carnaval chegar…”

Jadir de Castro e Seus Poliglotas Rítmicos
apresentação
tem berimbau no samba
timbales na batucada
a cuíca
macumba
bossas & bossas
Escola de Samba da Cidade
sua excelência, a batucada
tam tam tam tam tam
ensaio em hi fi
fervendo

Moacyr Peixoto – Pra Balançar (1964)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! Depois de uma semana longe de postagens e principalmente de computador, minha caixa de e-mails está lotada. São tantos os e-mails e mensagens que se acumularam, nem sei por onde começar. Peço a todos que tenham paciência e aguardem…

Melhor mesmo é ir curtindo as novas postagens, essas não podem parar (só uma semana, claro).
Tenho para hoje este belíssimo trabalho do pianista Moacyr Peixoto, irmão de Cauby. Álbum raro, pura bossa, mais um que eu nunca vi postado em nenhum outro blog, nem mesmo no finado Loronix. Moacyr nos traz um repertório de sambas, verdadeiros representantes da Bossa Nova, em arranjos maravilhosos, com uma boa pitada de jazz. Album nota 10! E pensar que eu comprei este disco por apenas 1 real (juro) em um sebo em Ipanema. Aliás, este e muitos outros, hehehe… Irei aos poucos apresentado eles para vocês. Continuem aguardando 😉
amor e paz
o amor que acabou
cravo vermelho
batida diferente
samba novo
garota de ipanema
feio não é bonito
louca de saudade
olhou pra mim
samba em prelúdio
noa noa
você não sabe amar

Astor Silva E Oswaldo Borba – Metais Em Brasa No Samba (1962)

Olá amigos cultos e ocultos! Demorei, mas cheguei… Cheguei mas já estou saindo. Vim apenas bater o ponto e correr para um outro. Estou trazendo para a nossa postagem um disco bem bacana, que agrada logo de primeira. “Metais em Brasa no Samba” foi uma produção da Companhia Brasileira de Discos, através de seu recém inaugurado selo Philips. A gravadora lançou este disco se aproveitando do ‘gancho’ de sucesso de uma série internacional, lançada originalmente pela orquestra do americano Henry Jerome. Segundo informações que colhi em uma comunidade no Orkut, Henry Jerome realmente existiu. (E eu que pensava que fosse esse mais uma criação da indústria fonográfica ou um pseudônimo para álbuns de orquestras que tocavam temas populares de sucesso). Henry Jerome, com sua orquestra de metais fez história, pelo menos em discos. Lançou diversos álbuns mundo a fora, intitulados “Metais em Brasa”. O sucesso da fórmula foi tamanho que chegou a ser copiado, utilizando inclusive no termo.

Foi pegando essa carona que a CBD/Philips lançou o seu “Metais em Brasa no Samba”, uma produção que contou com a orquestra de Oswaldo Borba e arranjos de Astor Silva. Aqui encontraremos um repertório de sambas clássicos, como por exemplo os de Dorival Caymmi e também o, então samba novo, que surgia através de Antonio Carlos Jobim e outros da turma da Bossa Nova. O disco fez muito sucesso com certeza, a ponto da gravadora no ano seguinte lançar outro, o “Metais em Brasa na Bossa Nova“, álbum, este, já postado aqui. Não deixem de conferir!
samba de uma nota só
brasiliana nº1
chega de saudade
arrasta a sandália
chora tua tristeza
o que que a baiana tem
samba da minha terra
palhaçada
minha palhoça
a felicidade
menina moça
maracangalha

Quincas Berro Dágua – Trilha Sonora Original (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Acordei já meio no atraso. Segunda feira é barra… e eu não aprendo a deixar alguma coisa pronta no fim de semana. Acabo tendo que recorrer aos meus essenciais ‘discos de gaveta’. Esses sim, estão sempre prontos para uma emergência.

Como hoje é dia de trilhas, aqui vai um disquinho raro que me foi enviando há algum tempo atrás e eu já nem me lembro que foi o colaborador (são tantas emoções). O fato é que eu não cheguei a postar esse disco antes porque ainda faltavam os selos. Deixei-o na gaveta dos incompletos, mas mais incompleto está o meu tempo de ficar aqui digitalizando algo novo. Vai ser mesmo esse disco, sem os selos infelizmente.
O que temos aqui é um compacto duplo, de cinco faixas, lançado pela Philips. Trata-se da trilha sonora de uma peça teatral de João Augusto, adaptada do livro “Morte e a morte de Quincas Berro D’Agua” de Jorge Amado, publicado originalmente em 1959. A peça “Quincas Berro D’Agua” estreou no Teatro Vila Velha, de Salvador, em 1972 e trazia uma trilha original, composta exclusivamente para o trabalho. Temos aqui composições de Dorival Caymmi, Fernando Lona, Edil Pacheco e João Augusto, Gereba e Patinhas. Músicas interpretadas pelo MPB-4, Nara Leão, Fernando Lona, Edil Pacheco e Gereba. Os arranjos são de Luiz Claudio e Magro Waghabi. A direção musical foi de Roberto Menescal, Mazola e Paulo Tapajós. Com podemos ver, um grande trabalho, embora resumido a um compacto. Capinha bacana também, vocês não acham? 🙂 Confiram aí…
canto de nanã – mpb-4
beira mágoa – nara leão
baião de quincas – gereba
ensinaça – edil pacheco
venha – fernando lona

Verão Vermelho – Trilha Original Da Novela (1970)

Olá amigos cultos e ocultos! Com o feriadão de terça feira, acabei conseguindo ganhar a segunda feira também. Que felicidade! Agora terei tempo de atender aos que ainda estavam na pendência. Vamos ver se consigo colocar em dia as velhas postagens, ou pelo menos aquelas que me foram solicitadas.

Para hoje, dia de trilhas, vamos com a da novela global e setentona, “Verão Vermelho”. Escrita por Dias Gomes, esta novela traz uma trilha totalmente original, feita de encomenda para a trama. Como sempre, em se tratando de boas produções musicais, temos o Nelson Motta, que como poucos, soube escolher bem os temas e artistas que fazem parte do disco. Esta é uma das trilhas de novela, cujo o disco se tornou uma raridade. Se não me engano, acho que ela nunca chegou a ser relançada em formato cd, como aconteceu com tantas outras trilhas de novelas da Rede Globo. Vale uma conferida, muito boa!
verão vermelho – elis regina
vitória, vitória, vitória (tema de raul) – nonato buzar
ela (tema de patrícia) – regininha
jornada (tema de selma) – wilson das neves
onde você mora? (tema de flávio) – luiz eça
baião do sol (tema de geralda) – nelson angelo
the time of noon (tema de amor) – erlon chaves
ela (tema de patrícia) – antonio adolfo
vitória, vitória, vitória (tema de raul) – erlon chaves
assim é a bahia – roberto menescal
onde você mora? (tema de flavio) – ruy felipe
verão vermelho – luiz eça

Vera Lúcia – Leva-me Contigo (1960)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Para um domingo bonito e de sol como o de hoje, eu trago mais uma vez ao Toque Musical a cantora Vera Lúcia. Há pouco mais de um mês eu havia postado aqui o álbum “Confidências…” desta cantora, lançado pela Sinter em 1959. No ano seguinte ela voltaria em disco, desta vez através da Companhia Brasileira de Discos, que se transformava naqueles anos na gravadora Philips. O álbum foi muito bem produzido, afirmando a qualidade da nova gravadora. Vera Lúcia não entrou nessa por acaso, foi sim uma escolha bem pensada, assim como o repertório, músicos e direção musical (regência e orquestração) que ficou a cargo do Maestro Carlos Monteiro de Souza. Mais uma vez Vera Lúcia se supera, fazendo um disco perfeito, segundo o cronista Ary Vasconcelos no texto de contracapa. Pessoalmente, ainda fico com o primeiro, mas isso é questão de gosto. Independente disso, temos aqui mais um belo trabalho desta, hoje, esquecida cantora. Quem ainda não o ouviu por outras fontes, aproveita agora. “Quem sabe faz a hora, não espera aconteder…”

dói, dói, dói…
só deus
chora tua tristeza
canção de sorrir, de chorar
quando a esperança vai embora
esquecendo você
discussão
leva-me contigo
pela rua
sou feliz
meditação
se eu pudesse ir embora

Véu De Noiva – Trilha Original Da Novela (1969)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Entre tantos temas e trilhas postados aqui no Toque Musical, um disco que eu sempre pensei em postar foi este da trilha da novela da Rede Globo, “Véu de Noiva”. Da novela eu não me lembro, mas a sua trilha é inesquecível. Isso, para mim, se deve ao fato de que naqueles tempos as trilhas eram feitas exclusivamente para as novelas. Era um trabalho dedicado e primoroso, de identificação imediata com seus personagens ou ação. Para compor temas com esse conceito, só mesmo recrutando artistas e compositores talentosos. Embora eu não assista à novela, sei que as de hoje em dia, somente os temas de abertura são realmente valorizados, as vezes oficiais. As demais, acabam entrando na trilha por conveniência, jabás, oportuni$mo e outras incompetências, típicas das novas gerências, que de música não entendem nada.

Em “Véu de Noiva”, novela de Janet Clair, encontraremos um excelente exemplo de trilha sonora. Músicas perfeitas, valorizando os temas instrumentais. As músicas cantadas foram escolhidas a dedo, dentro de uma sintonia com o drama. Também, nessa época, quem estava por trás da produção era gente competente, era o Nelson Motta. Podemos encontrar aqui pérolas como “Teletema”, de Tibério Gaspar e Antonio Adolfo; “Tema de Luciano”, de Cesar Camargo Mariano (interpretada aqui por Luiz Eça); a belíssima “Azimuth”, de Marcos Valle e Novelli… Putz, só musicão! Segue a baixo a relação de todas elas. Quem ainda não ouviu essa trilha, não sabe o que está perdendo. Taí mais uma chance…
tema de luciano – luiz eça
tele tema (tema de amor) – regininha
azimuth (mil milhas) – apolo IV
gente humilde – márcia
depois da queda (tema de flor) – roberto menescal
irene – elis regina
andréa – joyce
azimuth (tema de marcelo) – apolo IV
teletema (tema de amor) – regininha e laércio
irene – wilson das neves
abertura – the youngsters
teletema (tema de amor) – claudio roditi

Ninho da Serpente – Trilha Original Da Novela (1982)

Boa noite! Antes que o horário de verão leve o resto do dia, deixa eu fazer aqui a postagem de hoje. Ainda naquela preguiça , vou ser breve…
Temos aqui a trilha sonora da novela da Band, “Ninho da Serpente”. Alguém aí assistiu? Provavelmente muito poucos. Lembrar então, nem se fala… Mas a trilha, essa sim, todo mundo sabe. Composta, em sua maioria, por gravações de sucesso pinçadas dos arquivos da Polygram. Nada muito original, mas vale a pena ouvir (de novo) Chico Buarque, Gal Costa, Elis, Fafá de Belém… e por aí a fora.
Pronto, cumprida a tarefa! Não muito boa, não muito ruim… perfeita para uma segunda feira ‘lombada’.

atrás da porta – elis riegina
outra vez – emilio santiago
vida – chico buarque
baby – gal costa
como é grande o meu amor por você – claudette soares
tudo mudou – chico da silva
bilhete – fafá de belém
as rosas não falam – emilio santiago
chuvas de verão – caetano veloso
pra não dizer que não falei de flores – jair rodrigues
as aparências enganam – tunai
maior desejo – wando

Wilson Simonal – Se Dependesse De Mim (1972) REPOST

Olá a todos! Ontem, meio que de bobeira, eu acabei esquecendo de publicar a postagem. O dia foi corrido, quase não parei. Somente hoje é que me dei conta desta falha. Felizmente ninguém percebeu, não vi nenhum comentário.
Muito bem, aqui temos mais um disco do Wilson Simonal. Este álbum passou meio que despercebido entre os blogueiros e até mesmo entre o público em geral. Lançado em 1972, o lp veio recheado de músicas da melhor qualidade, pode-se dizer, escolhidas à dedo. Gosto, em especial, de “Mexirico da Candinha” de Roberto e Erasmo Carlos, versão super ‘swingada’ com uma sonoridade que não caí de moda. O encarte também é muito bonito, inspirado nas capas dos discos americanos de ‘black music”. Fino! Contudo, este disco não emplacou, talvez pelo malfadado momento, onde ele foi acusado injustamente de ser informante do Dops – aquele orgão repressor policial dos tempos da ditadura (argh!). Acho que foi isso… ninguém se ligou no som do Simonal. Confiram, pois este lp também é muito bom!

se dependesse de mim
quarto de tereza
irmãos de sol
mexerico da candinha
maria
saravá
feitio de oração
glória e paz nas alturas
ninguém tasca (o gavião)
expresso 2222
a quem interessar possa
noves fora
não me deixe sozinho

Alcione – Morte De Um Poeta (1976) REPOST

Bom, se vocês pensaram que hoje nós ficaríamos apenas na coleção Nova História da MPB, se enganaram 🙂 Ainda tem espaço neste diário e muita bala na agulha. Ou melhor, muitos discos!
Trago agora, pela segunda vez no Toque Musical, a expressiva Alcione. Uma cantora e sambista que pouco vemos pelos blogs de música. Com certeza não é por falta de talento. Confesso a vocês que eu, até pouco tempo atrás não conhecia direito a arte da ‘Marron’. Na verdade eu tinha uma certa antipatia dela, sei lá… Algo parecido eu também sentia pelo Wilson Simonal. Mas foi ouvindo, sem conceitos ou preconceitos, que agora posso afirmar que tal situação se reverteu totalmente.
“Morte de um poeta” foi o segundo álbum de Alcione e é tão bom quanto o primeiro. Sua interpretação ainda é comedida e eu gosto disso. Tem uma faixa, a qual eu colocaria como destaque principal, “Cajueiro velho” (linda!), de autoria de seu pai, João Carlos Dias Nazareth – que foi mestre de banda em São Luiz do Maranhão. Outras faixas também bacana são “Jesuino, galo doido” de Antonio Carlos e Jocafi, música que fez parte da trilha do filme “Pastores da Noite” e a divertida “Tatú, engenheiro do metrô”, de Antonio Carlos da Conceição e Bidu. Muito bom… Toque djá!

morte de um poeta
agolona
retalhos
cajueiro velho
tatú, engenheiro do metrô
é melhor dizer adeus
canto do mar
lá vem você
lua menina
traje de princesa
tiê
jesuino galo doido

Wilson Simonal – Compactos Do Toque Musical (2009) REPOST

Como disse o amigo culto, Simonal nunca é demais. Sem dúvida não é mesmo. Embora a postagem de ontem tenha sido um ‘repeteco’ do que já foi postado na blogosfera, percebo que muita gente ainda quer ouvir. Está dando o maior ‘ibope’. E eu pensando que não foi uma boa, acabei preparando outro Simonal para compensar. Acredito, diante aos resultados, que esta produção exclusiva do Toque Musical será mais do que um simples complemento.

Temos aqui uma seleção de cinco compactos lançados por Wilson Simonal durante mais de uma década, no período que vai de 1965 a 78. Obviamente, esta coletânea não corresponde ao melhor do artista. Seria difícil criar um álbum simples com o melhor de Simonal. O cara tem bagagem, num ‘the best,’ para mais do que um álbum tripo. Por outro lado, em minha seleção, procurei reunir os disquinhos que abrangem vários momentos, criando assim um álbum conceito, exclusivo para os amigos cultos e ocultos. Este fica sendo mais um presentinho de natal, daqueles que chegam depois. Uma agradável surpresa 🙂
juca bobão (1965)
garota moderna (1965)
mangangá (1966)
se você gostou (1966)
o apito no samba (1967)
o milagre (1967)
viva em paz (1973)
homem de verdade (1973)
nós somos filhos do mesmo deus (1978)
quando ele dormir (1978)
macumbancheiro (1978)
vamos vencer (1978)

Tamba Trio (1968) REPOST

Olás! Ontem eu curti tanto ouvir o Tamba Trio com o Quarteto Em Cy, que hoje não pude resistir a mais uma dose com eles. Estou trazendo para vocês este disco promocional, em dez faixas, com alguns dos melhores momentos até 68. Uma ótima pedida para esta terça-feira.
Desculpem, mas o meu tempo é curto e o bicho tá pegando…

só danço samba
garota de ipanema
água de beber
o samba na minha terra
reza
o morro não tem vez
berimbau
corcovado
desafinado
consola

Elis Regina E Jair Rodrigues – 2 Na Bossa (1965) REPOST

Olá amigos! O dia hoje foi quente, em todos os sentidos desagradáveis. Além do calor, do trabalho e do meu cansaço, estou com problemas de doença na família. Isso desestrutura qualquer qualquer um. Contudo, não faz parte dos nossos assuntos musicais. É uma questão particular e aqui ela não vem ao caso. Espero apenas que esses problemas não venha a afetar nossa rotina diária de postagens. Estou comentando isso apenas para que vocês não fiquem no ar, caso aconteça o inesperado e eu tenha que me ausentar por alguns dias. Como hoje eu não tive muito tempo, fui obrigado a recorrer aos meus ‘álbuns de gaveta’, aqueles que estão sempre prontos para as emergências.

Vamos assim com este delicioso disco de Elis Regina e Jair Rodrigues. Um álbum clássico dos anos 60. Um encontro ao vivo de dois importantes intérpretes da música popular brasileira. Este lp é o resultado de um show promovido por Walter Silva no lendário Teatro Paramount nos dias 9, 10 e 11 de abril de 1965. Nele se apresentaram juntos Elis Regina, Jair Rodrigues e acompanhando, o Jongo Trio, formado por Cido Bianchi no piano, Sabá no contrabaixo e Toninho Pinheiro na bateria. O projeto inicial era a apresentação de Elis junto com o Wilson Simonal e o Zimbo Trio. Mas por questões contratuais e agendas eles acabaram não podendo participar. Outro que também foi chamado mas também não pode fazer parte do show era Baden Powell, que preferiu ir para a Alemanha. Após assistir uma apresentação de Jair Rodrigues, que na época fazia sucesso com a música “Deixe isso prá lá”, Elis não teve dúvidas de que seria ele o seu companheiro no show. Como é notório, as apresentações foram um grande sucesso e renderam aos artistas um contrato com a TV Record para um programa semanal e ao vivo, o famoso “O Fino da Bossa”, onde grandes nomes em início de carreira se apresentavam. Sucesso leva a mais sucesso. “2 na Bossa” valeu ainda para mais dois volumes nos anos seguintes. Falar de repertório nessa altura do campeonato é bobagem. Todo mundo já conhece. Melhor mesmo é ouvir 😉
pot pourri de sambas
preciso aprender a ser só
ziguezague
terra de ninguém
arrastão
reza
tá engrossando
deus com a família
menino das laranjas

Ary Toledo, Geraldo Vandré, Ana Lúcia, Os Cariocas, Paulinho Da Viola & Zé Kéti – Compactos REPOST

Para o nosso domingo ser mais feliz, passamos de quatro para seis compactos. O bom de colocar assim é que podemos ter uma maior variedade, agradando ‘gregos e troianos’. No caso da postagem de hoje, quero primeiramente agradar a mim mesmo – estes moram no meu repertório de assobios e cantaroladas. Isto também para não dizerem que por aqui só rola coisas estranhas. Na verdade a única coisa estranha aqui sou eu, hehehe… Muito estranho… vou da água ao vinho, da sopa ao mingau. “O importante é que a nossa emoção sobreviva!”

Então, temos na postagem do dia, seis compactos super bacana: Ary Toledo, nos tempos em que ele cantava mais do que fazia piadas. O quarteto Os Cariocas, sempre com muita bossa. Geraldo Vandré num compacto simples com duas músicas que fizeram parte da trilha sonora do filme “A hora e a vez de Augusto Matraga”. Segue outro Vandré ao lado da cantora Ana Lúcia numa gravação e compacto que é raridade total. Temos também o Paulinho da Viola num compacto duplo com quatro pérolas de sua autoria. E para finalizar, temos o Zé Kéti num compacto simples da Rosenblit. Este último disquinho traz a faixa “Acender as velas”, música esta que não consta no seu lp da mesma gravadora. Acho até que amanhã irei postar o álbum, assim a semana começa ‘nos trinques’. Podem aguardar… 😉
Ary Toledo
maria clara
o que será que as outras tem que a linda não tem
+
Geraldo Vandré
cantiga brava
modinha
+
Geraldo Vandré & Ana Lúcia
samba em prelúdio
você que não vem
+
Os Cariocas
minha namorada
nem o mar sabia
+
Paulinho da Viola
foi um rio que passou em minha vida
nada de novo
ruas que sonhei
sinal fechado
+
Zé Kéti
máscara negra
acender as velas

Os Cariocas – A Bossa Dos Cariocas (1963) REPOST

Eis aqui um disquinho o qual eu sempre quis tê-lo na lista de postagens do Toque Musical. Só não o fiz antes devido às diversas fontes espalhadas na blogosfera. Mas de uns tempos para cá eu tenho deixado de lado essa preocupação, bem porque, também não tenho tido tempo para ficar verificando se já foi ou não postado por alguém. O importante, na verdade, é que coisas boas continuem circulando acessesíveis para todos.
Segue então “A Bossa dos Cariocas”, um disco emblemático, fundamental em qualquer discoteca que se preze, seja ela em vinil, cd ou arquivo digital. Este foi o primeiro álbum do quarteto com uma nova formação. Podemos dizer que foi a fase de renovação do grupo estreando em um álbum inteiramente dedicado à Bossa Nova. Um disco, segundo o próprio Severino Filho, sem o mínimo de concessão comercial. Feito ao gosto do grupo, sem interferências da gravadora. Geralmente é assim mesmo, quando o artista tem qualidades natas e o deixam se manifestar, sempre teremos um bom trabalho. Taí um álbum que merece ser sempre lembrado. Já ouviu?

prá que chorar
rio
garota de ipanema
anjinho bossa nova
samba de uma nota só
devagar com a louça
amanhecendo
samba do avião
menina certinha
o amor em paz
desafinado
só danço samba

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Nara Leão – Nara Pede Passagem (1966) REPOST

Olás! Para não deixar de chover no molhado, aqui venho eu com mais um clássico disco dos anos 60. Escolhi para hoje este lp por duas razões, a primeira é porque se trata de um disco da Nara dos que eu mais gosto. Tenho ele na lembrança de bons momentos. Me recordo que, ainda na infância (pré adolescência, melhor dizendo), costumávamos brincar, falando e rindo da foto da capa. A gente dizia que a Nara era a irmã do Spock, aquele personagem de orelhas pontudas do seriado de ficção científica, “Jornada nas estrelas”. Sempre me lembro disso e dou boas risadas. Ela está realmente parecendo uma vulcaniana. Mas longe de tudo isso, havia também o lado musical, as músicas de Chico Buarque, que nessa altura já era o artista mais popular lá em casa. Foi muito graças à Nara Leão que passei a conhecer e gostar mais de samba, dos verdadeiros sambistas dos morros cariocas. Sem dúvida, este disco é uma jóia. Além do Chico tem também a estréia de Sidney Miller com a música que dá nome ao disco. Tem Noel, Vinícius e Baden, Jards Macalé, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho e seu parceiro Guilherme de Brito. Como se lê e todos já sabem, Nara vem muito bem apoiada. O texto de contracapa é do poeta Ferreira Gullar. O álbum é produzido por Dori Caymmi e a regência é do maestro Gaya.
A segunda razão, agora que cheguei até aqui, já não é mais motivo. Seria apenas para justificar a minha pressa. Eu não pensava em me estender tanto…

pede passagem
olê olá
amei tanto
palmares
recado
amo tanto
pedro pedreiro
quatro crioulos
pranto de poeta
madalena foi pro mar
pecadora
deus me perdoe

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Caetano Veloso – Jóia (1975) REPOST

Para finalizar o toque musical, especial de homenagens, deste sábado, vamos agora com o Caetano Veloso. Ele hoje completa 68 anos. Que bacana, o cara parece ter uns 40 e a cabeça de um gênio de 20. Parabéns para ele. Aliás, parabéns também para outro baiano que por descuido eu deixei de homenagear no mês passado, outro gênio, Gilberto Gil.
Mas a razão que leva uma coisa a outra é eu ter à mão algo interessante, curioso ou raro que coincidentemente justifique um postagem. Não quero e nem posso ficar nesse esquema de postar homenagens. No caso do Caetano Veloso temos o polêmico álbum “Jóia”, lançado em 1975 pela Philips. Após o lançamento, não demorou muito para que a censura cortasse o barato do disco, a fotografia na contracapa onde Caetano, Dedé e Moreno aparecem nús. Acredito que por essa razão Caetano, chateado, resolveu também mudar o seu desenho na capa, deixou apenas os passarinhos. Só tempos depois, na edição em cd é que a capa voltou com a arte original, mas sem a foto. Por essa razão o álbum tornou-se um objeto de procura por muitos colecionadores.
Quanto ao conteúdo musical, bom, não preciso falar nada que vocês já não saibam. “Jóia” é um álbum de boa safra, lançado simultâneamente com “Qualquer coisa”, outra preciosidade. Vamos relembrar? Salve Caetano!

minha mulher
gua
pelos olhos
asa, asa
lua, lua, lua, lua
canto do povo de um lugar
pipoca moderna
jóia
help
gravidade
tudo tudo tudo
na asa do vento
escapulário

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Cyro Monteiro E Dilermando Pinheiro – Telecoteco, Opus Nº 1 (1966)

Boa tarde, prezados amigos cultos e ocultos! O disco de hoje nasceu de um contra ataque. Estava eu tranquilamente curtido a paz matinal do domingo, quando as ‘trombetas de jericocó” começaram a soar, seguindo pelo dia adentro. Haja domingo! Explico. É que está acontecendo aqui perto uma festa, promovida pela igreja católica local. Fico impressionado de ver como os católicos estão ficando iguais aos protestantes em matéria de barulho. Fervorosos de dar no saco. Será que eles acham que Deus é surdo?
Pois é, de contra ataque, não deu outra, puxei logo meu arsenal e mandei de samba no volume máximo. Foi Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e até o “Batucada Fantástica” do Luciano Perrone. Entre esses e outros, rolou também “Telecoteco Opus Nº 1”, disco bacana do Cyro Monteiro com o Dilermando Pinheiro. Acho que nem preciso entrar muito em detalhes (que naturalmente já vem no pacote), pois este disco já foi bem divulgado em outras praças.
“Este disco é uma síntese do show Teleco-teco Opus nº 1, com Cyro  Monteiro e Dilermando Pinheiro, apresentado pelo Grupo Opinião em seu teatro no Shopping Center de Copacabana. O disco reúne os melhores momentos do espetáculo, cheio de humor e ternura, durante o qual a antiga ‘dupla onze’ interpreta seus antigos sucessos e lança outros.
Telecoteco, opus nº 1, insere-se  na mesma linha de ‘Opinião’, que o Grupo Opinião lançou nos palcos do Brasil com êxito integral e que também foik editado em disco: valorizaçãoo da música popular brasileira em suas  expressões mais significativas, vendo-a como um todo que evolui, absorve influências e as incorpora. Isto, sem  trair o fundamental: o espírito do povo que se exprime através de seus artistas e cantores.”
Por se tratar de um show, no disco não há separação por faixas. Ou melhor dizendo, não há faixas separadas para cada música. A gente escuta é numa sentada só. O que, aliás, a gente nem percebe, de tão envolvidos que ficamos ao ouvirmos esses dois grandes mestres bambas do samba.

minha palhoça
alô, joão
para me livrar do mal
a mulher que eu gosto
volta pra casa, emilia
deus me perdoe
levava jurado
lulu de madame
se acaso você chegasse
escurinho
a lalá e a lelé
madalena
amei tanto
eu queria
ai, que saudades da amélia
emília
dora
marina
maria rosa
florisbela
conceição
clelia
aurora
eva querida
isabel
julieta
odete
isaura 
rosa morena
menina fricote
nos braços de isabel
formosa
até amanhã

Eu, Bahia – Edinho Marundelê E Onias Comenda (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos. Como tenho andado numa correria danada, acabo muitas vezes dando a parecer que não estou atento aos comentários, e-mails e outras mensagens. Mas podem ter certeza, estou de olhos e ouvidos abertos. Como já disse, na medida do possível, vamos resolvendo tudo. É só uma questão de paciência.
Segue neste domingo um disco que agrada muito ao pessoal da Caopeira e também da Umbanda. Aliás, agrada a todo aquele que, na música, valoriza o ritmo e percussão. Eis aqui um lp raro, gravado no início dos anos 70, prestigiando dois dos principais instrumentos musicais que mais caracterizam a Bahia. Não é atoa que o nome do disco é “Eu, Bahia”. Um título que expressa bem a proposta musical de Onias Comenda e Edinho Marundelê, dois importantes nomes da Umbanda e da Capoeira.
“Eu, Bahia” é um álbum para dois. De um lado temos Edinho Marundelê, que canta e toca no atabaque vários pontos de Umbanda. Do outro lado temos Onias Comenda, mostrando no berimbau diversos toques de capoeira. É interessante observar deste lado do disco a presença da viola, que numa das faixas é tocada ao lado do berimbau, numa autêntica peleja, no “Desafio da viola com o berimbau”.
Não deixem de conferir, pois vale mesmo a pena ouvir oquê que a Bahia tinha…

Edinho Marundelê:
sêquecê (oração aos orixás, ritual angola)
ouiumba ouiumba é de mê (pergunta, ritual angola)
ereum malê (saudação à oxum, ritual gegy)
yêyê ô (saudação à oxum, ritual gegy)
yada baô – saudação à oxum, ritual gegy)
minha oraê (saída de caboclo)
têtêtê da cabocla kissanga (ritual caboclo)
oridê deô (saudação à oxum, ritual kêtu)
cambinda queuaraquara (pedido de licença para entrar no terreiro de angola, ritual angola)
dilanumatambangola (despedida de nanã, ritual angola)
Onias Comenda:
toques tradicionais (angola, são bento grande, santa maria e idalina)
cantigos da capoeira
trio de berimbaus (gunga, viola e viola centro)
desafio da viola com o berimbau
berimbau (improvisação)
ê tava lá em casa

Feliz Aniversário (1961)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Hoje, dia 30 de junho estamos completando 4 anos de atividades. Como disse, não esperava chegar até aqui. Mas quando se conquista milhões de amigos, sejam eles cultos ou ocultos, não há como voltar atrás. Nos tornamos cativos, não só da ‘cachaça’, mas principalmente das pessoas a quem conquistamos. Como diz o Roberto Carlos, “são tantas as emoções”, hehehe… Felizmente estamos aqui e se o Toque Musical ainda existe é graças ao público que tem. Agradeço imensamente a todos e em especial àqueles que muito colaboraram para manter nosso estoque musical sempre em dia. Muito obrigado pela paciência, pela força e também os comentários. Esses, nunca devem faltar, pois é a melhor maneira de eu saber se não estou ou não no caminho certo.
De ontem para hoje eu acabei fazendo uma grande confusão com as postagens, daí, o dia de ontem ficou como se não tivesse tido postagem. Foi mais um vacilão meu. Cheguei tarde e cansado. Mas vamos colocando a casa em ordem. Os visitantes, convidados ou não, são sempre bem vindos. Vamos juntos soprar as quatro velinhas 😉
Para comemorar eu estou trazendo este disco, lançado pela Philips em 1961 (por coincidência, o ano em que eu nasci). Este álbum, por sinal, muito interessante, é um daqueles discos que antigamente se fazia específicamente para ser um presente de aniversário. Uma boa coletânea, com músicas temáticas, feito mesmo para marcar um momento. Temos nesta seleção musical apresentada por Aloysio de Oliveira, artistas (obviamente) do ‘cast’ da gravadora, figuras ilustres que todos nós, pelo menos por aqui, já conhecemos. A direção musical é do maestro Monteiro de Souza.
Se não me falha a memória, este álbum já foi usado também pelo Loronix em um de seus aniversários. Como a vela é de boa procedência, merece novamente ser acesa e soprada por todos nós. Vamos conferir?

happy birthday to you – aloysio de oliveira
festa de luz – lúcio alves
joãozinho e mariazinha – sônia delfino
coração só faz bater – doris monteiro
praia do janga – jackson do pandeiro
el relicario – rosita gonzales
a estrela da minha vida – francisco josé
trá lá lá lá lá – sylvia telles
sim e não – sasha distel
teu nome – eleonora diva
calla calla – os vocalistas modernos
happy birthday to you (final)) – aloysio de oliveira

Morte E Vida Severina (1966)

Muito boa noite, amigos cultos e ocultos! Vez por outra eu trombo com a postagem do disco “Morte e Vida Severina”, com a mesma estampa que vemos logo acima. Vocês, por certo, também já devem tê-la visto e até mesmo baixado, como eu fiz muitas vezes. Acontece que até hoje ninguém postou de verdade o tal disco. O que encontramos, além da capinha, é uma outra gravação, a trilha do filme de Zelito Viana, que não corresponde ao proposto. Cansado de levar gato por lebre, eu vou aqui postar o verdadeiro álbum da peça, lançado originalmente em 1966.

“Morte e Vida Severina – Auto de Natal Pernambucano” é um poema cênico, escrito por João Cabral de Melo Neto em 1956, a pedido de Maria Clara Machado, para o Grupo Tablado encenar no natal, mas que não chegou a acontecer ( ou foi?). Em 1965 ele voltou adaptado, musicado pelo então jovem compositor, Chico Buarque de Holanda. A peça foi levada ao palco através do Teatro da Universidade Católica de São Paulo, o ‘Tuca”, no dia de sua inauguração. No auge da ditadura, pelo cunho social, logo na estreia o grupo teve problemas com os milicos. A polícia militar e toda má sorte de repressores baixaram no local. Houve prisões e tumulto. Este álbum foi gravado (supostamente) nesse dia. Ao contrário do disco dar trilha do filme, neste temos editado o áudio de toda a encenação, ou seja, a poesia interpretada ao vivo. A gravação histórica foi lançada pela Companhia Brasileira de Discos, com selo Philips, em 1966. No mesmo ano saiu também um compacto duplo, gravado em estúdio e lançado pelo selo Caritas com o mesmo grupo do Tuca.
Me lembro deste disquinho, eu ainda menino, não parava de ouvi-lo na radiola Philco, na casa da minha tia. Acho que ainda sei de cor toda a faixa “Mulher na janela”. Eu cantava direto esse trecho, brincando com os amigos. Como eu não gosto de ‘café pequeno’, tô incluindo no pacote o compacto também. Espero que vocês gostem.

Marília Medalha (1968)

Olá amigos cultos e ocultos! Eu ainda não tive tempo de preparar o resto do material que adquiri do tal catador de papel. Hoje mesmo peguei em alguns discos e me deu uma vontande danada de colocá-los logo no blog. Mas como já entrei no embalo das cantoras, vamos pelo menos até o fim de semana, ok? Eu não posso ficar demorando muito com um disco na mão e já pronto, pois ele acaba caindo na gaveta e daí só saí numa emergência. Ainda bem que a gaveta está lotada, assim não tem como segurar por muito tempo. Tem disco aqui fugindo pelo ladrão, hehehe… mas vamos em frente com nossas cantoras.
Embora tenha gravado poucos discos, Marilia Medalha é uma das mais importantes cantoras brasileiras. O auge de sua carreira foi nos anos 60 quando esteve mais atuante, com a grande intérprete de festivais. O álbum que temos aqui é o seu segundo disco, gravado em 68 pelo selo Philips. Pessoalmente, considero este álbum como sendo o melhor feito por Marília. Tanto na escolha do repertório como também pelos arranjos (muito bons!), que são de Oscar Castro Neves. Fica, para mim, até difícil destacar uma ou outra música do disco, pois são todas maravilhosas. Adoro este álbum e tenho certeza que por aqui também fará muito sucesso, mesmo apesar de já ter sido publicado em diversos outros blogs. Não deixem de conferir essa jóia 😉

camisa listada
frevo rasgado
o bem do mar
pau de arara
luto
maria moita
marina
trevo de quatro folhas
coração vagabundo
a banca do distinto
pra dizer adeus
a lua girou

Compactos De Festivais (1968, 70, 72)

Compactos de Festivais ou festival de compactos? É, pelo jeito teremos que prolongar por mais uma semana as postagens de compactos. Está ‘bombando’, como diz o outro… Acho que vou fazer o seguinte, na próxima semana, colocarei intercalado às postagens tradicionais, os disquinhos, ou então irei revezando. Vamos ver…

Hoje temos aqui três compactos de três diferentes festivais de música. Como podemos ver logo acima (ou logo a baixo), temos: o III Festival Internacional da Canção Popular de 1968 trazendo Cynara & Cybele cantando “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, música vencedora, que levou o primeiro lugar da festa. Do outro lado temos o terceiro lugar, “Andança”, de Danilo Caymmi, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto, aqui cantanda por Danilo e Vânia (Santos Leal de Carvalho, irmã de Beth Carvalho). Segue com o III Festival Universitário da Música Brasileira, de 1970. Neste temos o MPB 4 com o samba, “Amigo é pra essas coisas” de Aldir Blanc e Sílvio da Silva Jr. Do outro lado segue o Gonzaguinha com sua música “Parada obrigatória para pensar”. No terceiro compacto vamos ter o VII Festival Internacional da Canção, de 1972, aqui representados por Jorge Ben e seu “Fio Maravilha” e o MPB 4 com “Viva Zapátria”, dos mineiros Sirlan e Murilo Antunes. Os disquinhos desta série não chegam a ser totalmente raridades, considerando que praticamente tudo dos antigos festivais pode ser encontrados na blogosfera, mas não deixam de ser uma boa e interessante opção. Vamos conferir? 😉
andança – danilo caymmi e vânia
sabiá – cynara e cybele
+
amigos é pra essas coisas – mpb 4
parada obrigatória para pensar – luiz gonzaga jr
+
fio maravilha – jorge ben
viva zapátria – mpb 4

Francisco José – Outra Vez Cantando As Mais Lindas Canções (1962)

Estou chegando agora da Feira de Vinil. Hoje foi osso! Literalmente suei a camisa para ganhar uns trocados. Foi pouco, mas eu me diverti bastante. Pelo menos desta vez eu foi quem ficou por conta do som. Fui o DJ, mas porincrívell que pareça, não toquei vinil. Fiz apenas a seleção e mandei bala do IPod. Uma verdadeira salada mista, modestia a parte, regada com um fino repertório onde não faltou rock, pop, mpb, jazz e blues. Acho que todos gostaram.
Além da pouca grana que lucrei ainda peguei uma gripe. Sei disso pelos sintomas – garganta ardendo e corpo doendo.Inevitavelmentee nos próximos dias estarei dodói. Eu já me conheço e sei bem o que vem por aí. Mas estou me cuidando para amenizar os efeitos. Vamos ver…
Hoje iremos com Francisco José. Para os que não o conhece, ele foi um cantor português que aportou por aqui nos anos 50. Atuava para a comunidade lusitana até o início dos anos 60, quando passa então a gravar também compositores brasileiros. Com sua boa aceitação de púbico e crítica, acaba por se estabelecer de vez no Brasil. Regressou definitivamente à Portugal no inicio dos anos 80, falencendo antes do final desta década.
O LP que apresento foi seu segundo álbum de sucesso no país. Um disco romântico, recheado de versões que marcaram época, canções que aqui ganharam uma nova interpretação e foi sucesso aqui e lá “na terrinha”, como já dizia o Manoel, um português dono da mercearia aqui perto de casa 🙂

que queres tu de mim
lua nova (luna rossa)
arco íris (over the rainbow)
copacabana
doce amargura (more)
fado hilário
rancho da praça onze
é tão sublime o amor (love is a many splendored thing)
noite de ronda (noche de ronda)
creio em ti (i believe)
beija-me muito (besame mucho)
folhas de outono (les feuilles mortes)

Jair Rodrigues – 10 Anos Depois (1974)

Olha aí… mais um disquinho que vocês não encontram em qualquer lugar. Como ontem eu havia postado um Simonal, achei que cairia bem este lp de Jair Rodrigues. Um álbum com o mesmo clima, para contrabalanciar os toques.
Comemorando dez anos de gravações em 1974, Jair resolve lançar este disco fazendo um apanhado do que foi sua carreira até aquela data. Não se trata de uma simples coletânea, podemos considerar como mais um disco de carreira. Um lp de capa dupla, muito bem produzido e com um repertório que inclui até um tango de Gardel. Sem dúvida, o destaque vai para um de seus maiores sucessos, “Deixa isso pra lá” de Alberto Paz e Edson Menezes. Esta música é considerada uma das precursoras do rap no Brasil, chegou inclusive a ser regravada por um grupo desses a um tempo atrás, me parece até que com a participação do próprio Jair Rodrigues. Confiram, pois é um discão!
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deixa isso pra lá
eu e a viola
o conde
o sol nascerá
tristezas
as lavadeiras da favela
casa de bamba
pra que dinheiro
bloco da solidão
vem chegando a madrugada
depois do carnaval
disparada
mangueira em tempo de folclore
a festa do divino
o mundo melhor de pixinguinha
rei da frança na ilha da assombração
perfil de são paulo
por una cabeza
castigo
cadeira vazia
molambo
dó-ré-mi