Salinas – Sangue Guarani (1957)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Começando outubro seguindo no esquema do 10-12 polegadas, ou seja, cada dia alternando entre um disco de 10 e outro de 12 polegadas. Assim, começamos o mês com este lp do pianista Daniel Salinas, lançado em 1957 pelo selo Columbia. Já tivemos aqui a oportunidade de conhecer o trabalho de Salinas em outro disco, em uma outra fase, nos anos 70. Há tempos não se fala mais dele além de referencias por conta desses seus poucos discos. Ele foi também um maestro, arranjador, músico de estúdio, tendo atuado muito nos anos 60 e 70. Trabalhou com diversos artistas, principalmente da fase da Jovem Guarda. Agora temos aqui este disquinho que ele gravou, creio eu, o seu primeiro 33 rpm, com temas essencialmente paraguaios, que na época faziam por aqui muito sucesso. Vamos conferir?
 
meu primeiro amor
recuerdos de ipacarai
mi delirio
india
anahi
que será de ti
sangue guarany
noches del paraguay
 
 
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Salinas – Alice Street Gang (1976)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Eu, como sempre inicio justificando as pausas e falhas de postagem em nosso Toque Musical. Vocês já sabem, é falta de tempo! Não foi a toa que eu resolvi incluir outros textos do amigo Samuel Machado Filho, além dos habituais em nossa coleção Grand Record Brazil. Se dependesse apenas dele, nossas postagens continuariam diárias e sem furo. Já tenho aqui uma dezenas de textos prontos para os diferentes discos que enviei para ele. Falta agora, tão somente, eu publicar, mas nem para isso eu tenho tido tempo. Hoje, por acaso, a manhã tá livre, daí eu me divirto mais e tomo a direção e apresentação.
Trago para este sábado um disquinho curioso. Comprei este lp há alguns anos atrás. Achei a capa interessante, pensei até se tratar de uma banda de rock, daquelas obscuras dos anos 70. Levei o disco sem olhar muito, afinal haviam outros na compra e como estava barato, foi na leva. Só alguns dias depois foi que eu vim a conhecê-lo realmente. De saída fui logo percebendo que não se tratava de rock e sim de algo no gênero ‘disco music’. E para a minha surpresa o tal Alice Street Band era conduzido por Daniel Salinas. Quer dizer, trata-se de um trabalho do eclético maestro Daniel Alberto Salinas, produzido, arranjado e tocado por ele. Eu já cheguei a postar aqui outro disco dele, o “Paz, Amor e… Samba”, de 1972. Salinas foi um maestro e arranjador muito atuante nos anos 60 e 70, trabalhando com artistas da Jovem Guarda e tantos outros dos mais variados gêneros nas décadas seguintes. Agora voltamos com este, da era ‘discoteca’. Naquele estilo inconfundível da música americana da segunda metade dos anos 70, quando a ‘disco music’ tomou conta do pedaço. Lembram aquelas músicas de aberturas em seriados tipo ‘As Panteras’, ‘Casal 20’, ‘Chips’… é por aí… Lembra também, inevitavelmente, o Eumir Deodato, principalmente na música de abertura, ‘Also Sprach Zarathustra’ em fusão com ‘Bahia’, clássico de Ary Barroso. Salinas mostra em seus arranjos que não fica por menos, apresentando um trabalho de primeira linha. Tenho certeza de que se algum desavisado ouvir este álbum é capaz de dizer que é coisa de gringo, estrangeiro. E tem tudo a ver, não só pela qualidade dos arranjos e execução. Um trabalho bacana, digno de muitos toques musicais. Pessoalmente, nunca fui muito fã do estilo, mas hoje, sou capaz de ouvir e dizer, realmente foi um trabalho bem feito. Fiquei pensando de onde foi que o Salinas tirou esse nome de ‘Alice Street Gang’. Desconfio que trata-se do endereço do estúdio da Amazon Records, na Rua Alice, do bairro das Laranjeiras, Rio de Janeiro, onde a gang tocou. Tá no selo… 🙂

alson sprach zarathustra – bahia
it’s now or never (o sole mio)
copacabana
flamengo
medley jorge ben:
chove chuva – mas que nada
i’llnever fall in love again
white wings
brasilian hustle
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Nostalgia Eletrônica Orquestra (1975)

Bom tarde, amigos cultos, ocultos e associados! Vamos aos poucos nos adaptando à nova casa. Eu, principalmente, tenho ainda muito a aprender com essas novas ferramentas da plataforma WordPress. Felizmente, estou bem assessorado e isso me encoraja a tocar o barco. Hoje eu estou trazendo o disco que havia programado para ontem, mas acabei ficando sem condições para faze-lo. Como já havia postado uma dose de humor, deixei essa reinar mais um pouco.

Vamos assim com a “Nostalgia Eletrônica Orquestra”, um albinho curioso que logo que vi me chamou a atenção. Inicialmente eu pensei que se tratasse de um disco de música eletrônica, não essa ‘eletrônica pop ecstasyada’, mas aquela experimental onde se usava teclados moogs, sintetizadores e até teremins, muito comuns nos anos 60 e 70. Bom, na verdade não é nem um, nem outro, mas continua sendo curioso, um disco bem diferente.

Temos aqui o maestro, arranjador e produtor paulista, Daniel Salinas à frente desta orquestra, que é na verdade um conjunto no qual estão inseridos outros grandes músicos, mais conhecidos em trabalhos de estúdio. Salinas, além dos arranjos e direção, pilota diferentes tipos de teclados eletrônicos e o piano. Acredito que a escolha do nome Nostalgia Eletrônica Orquestra se deu por conta de um repertório de músicas antigas, principalmente chorinhos e serestas, frente a uma roupagem instrumental moderna para a época, com destaque para os teclados eletrônicos com poder de orquestra e em arranjos desconcertantes. Para quem conhece um pouco o trabalho do Daniel Salinas sabe o quanto o cara é eclético. Já trabalhou com o pessoal da Jovem Guarda e até com bandas de rock, como o Made In Brazil. Eu conheço uns três ou quatro discos dele e o que me atrai é justamente essa sua capacidade de misturar as coisas. Vai do jazz a dance music, do samba ao rock, do brega ao clássico e por aí… tudo sempre de maneira competente. Vale a pena conferir este elepê que é um bom exemplo da variações musicais de Salinas e a sua Nostalgia Eletrônica Orquestra.

jura

luar do sertão

mestiça

tico tico no fubá

rapaziada do brás

casinha da colina

aquarela brasileira

casinha pequenina

andré de sapato novo

club XV

odeon

 

A Fábrica – Trilha Original Da Novela (1971)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Ainda na estrada, sem saber direito a que horas eu estarei de volta, vou aproveitar enquanto tomo o café para fazer esta postagem. Hoje iremos com outra trilha de novela, a única que eu tinha à mão, ou melhor, no meu computador.

Vamos com a trilha de “A Fábrica”, novela levada ao ar em 1971. Escrita e dirigida por Geraldo Vietri, teve uma trilha preparada especialmente para o drama e contou para isso com a Grande Orquestra Copacabana e alguns de seus regentes/arranjadores. A trilha é totalmente orquestral com alguns temas criados a partir da música erudita, clássica e outras em arranjos criados pelos maestros Portinho, Leo Peracchi, Renato de Oliveira, Edmundo Vilani, Salinas e Moacyr Portes. Para quem gosta de orquestra, taí um prato cheio. Vão conferindo aí, porque eu aqui já estou de saída.
canção da alegria (baseado no último movimento da 9ª sinfonia, de beethoven
tema da sinfonia nº 40 em sol menor, de mozart
concert for a lover’s ending
cinismo
tema de izabel
nosso primeiro amor
opus nº 3
opus nº 4
a força do amor
or-nan
a canção anti tóxico

Salinas – Paz, Amor e… Samba (1972)

Este álbum foi ‘um achado’. Ou melhor, um enviado, raro e desconhecido. Uma colaboração do meu amigo Paulo, dono de um pequeno, mas precioso sebo de discos. Fiquei surpreso com este trabalho e o grupo que eu até então não conhecia. Fiz uma pesquisa rápida na rede para ver se encontrava alguma informação. Até onde fui, não havia nada de esclarecedor além do fato de que Salinas é o sobrenome do arranjador Daniel Salinas (seria o mesmo Daniel Salinas arranjador dos discos do Made In Brazil?). Na capa, segundo o meu amigo, também não há muito o que contar. Gravado pela Copacabana em 1972, o álbum é magnífico. Lembra muito o Walter Wanderley, o Trio Mocotó e umas pitadas de Lalo Schifrin. Uma fusão rítmica de batucada e orgão bem ao estilo dos anos 60. Quem tiver alguma informação complementar, por favor, não se faça de rogado, comentem! Vale a pena apostar neste toque.

01-Tenha fé que amanhã um lindo dia vai nascer (Jorge Ben)]
02 – Segrêdo (H. Martins – Marino Pinto)
03 – A morte do amor (A. Carlos – Jocafi – Alberto S. Pinheiro)
04 – Tengo tengo (Zuzuca)
05 – Jangada (H. Cordovil – V. Leporace)
06 – Ilê-ayê (Cabana – Norival Reis)
07 – Deus me perdoe (L. Maria – H. Teixeira)
08 – Cabelos brancos (M. Pinto – H. Martins)
09 – A moça branca da favela (Jorge Costa)
10 – Implorar (K. Pepe – G. Augusto – Gaspar)
11 – A saudade mata a gente (J. de Barro – A. Almeida)
12 – Martim Cererê (Zé Catimba – Gibi)