Escola De Samba Da Cidade E Paulinho E Sua Bateria – Batucada (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou trazendo aqui um disco que há muito eu venho querendo postar, porém, ao longo do tempo, percebi que o álbum já estava sendo compartilhado. Daí, achei melhor deixá-lo guardado para uma próxima ocasião. Agora, acho que já é hora de botá-lo novamente para rodar.
“Batucada” é um álbum clássico, lançado originalmente na década de 60, teve uma nova edição em 1982, na série “Reprise” do selo Fontana. É sem dúvida um disco excepcional, tão bom quanto o “Batucada Fantástica” do Luciano Perrone, disco esse já postado aqui. “Batucada” é apresentado pela Escola de Samba da Cidade e por Paulinho e Sua Bateria. Entre os diferentes tipos de batucada, temos aqui também o ‘sorongo’, ritmo criado pelo percurssionista Pedro Santos, também presente no disco. Vale a pena conferir este toque, eu recomendo 😉
estilo clássico
sorongo
bossa nova
cruzado e bossa nova
marcha e frevo
samba do morro
partido alto
baião rojão e maracatú
samba de rua
samba de carnaval
teleco teco
batuque em três andamentos
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Pedro Sorongo – Sorongando – Uma Coletânea Toque Musical (2012)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu atrasei, mas não vacilei. Ainda no último momento do dia, aqui estou trazendo sempre uma boa surpresa. Passei duas horas preparando esta coletânea especial e exclusiva em homenagem ao grande músico, o compositor e percussionista Pedro Santos, ou mais conhecido como Pedro ‘Sorongo’.

Ao ler uma mensagem postada hoje no blog pela Lys Araújo, filha de Pedro, acabei me empolgando e passando a tarde toda ouvindo diversos discos onde o artista deu lá a sua contribuição. Discos de diversos e diferentes artistas e também trabalhos seus. Não foi fácil selecionar apenas 35 gravações. Aliás, difícil foi reduzir a apenas esse número. O cara gravou muito e com muita gente. Separei aqui o que me pareceu mais interessante. Gosto pessoal, mas com toda certeza irá agradar a muita gente. Como são muitas músicas, podemos considerar este ‘webdisco’ um álbum duplo, ou triplo se fosse o caso de ser vinil. Para embrulhar o presente, fiz também a capa e contracapa. Como todos sabem, gosto de serviço completo. O bom de coletâneas como essa é que ela só seria possível nessas circunstâncias. Comercialmente isso nunca iria acontecer. Então, não percam tempo, vamos a mais “Uma Coletânea Toque Musical”. São tantas as músicas que eu fiquei com preguiça de lista-las como de costume. Mas vocês poderão checar na contracapa, ok? Vamos lá…

 

Maria Creuza – De Onde Vens (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje vamos ligeirinho… estou cheio de costura, como dizia a minha tia. Muito serviço e pouco tempo livre. Enquanto saí o café, vamos ao disco do dia 🙂
Hoje eu tenho para vocês a Maria Creuza, grande cantora baiana, em um álbum lançado originalmente na Argentina. Aliás, me parece (salvo o engano), a gravação também foi feita por lá, lançado através do selo Trova. A capa, inclusive, era outra (a da imagem pequena). No Brasil o disco saiu no mesmo ano de lançamento na Argentina, 1972, mas com outra capa. Me parece também que no seu relançamento em cd a capa já surge com o título “De onde vens”, coisa que não constava no vinil nacional. Um outro fato que reforça a minha suposição do disco ter sido mesmo gravado na Argentina é a participação especial de Sebastião Tapajós e Pedro (Sorongo) Santos, que naquela época também estavam por lá fazendo gravações e apresentações.

O álbum de Maria Creuza é belíssimo, bem produzido e trazendo um repertório refinado com músicas de Dorival Caymmi; Johnny Alf; Antonio Carlos e Jocafi; Dori Caymmi e Nelson Motta; Toquinho e Vinicius, Jobim e Newton Mendonça; Pixinguinha e Braguinha… Putz, só jóia rara! Quem ainda não ouviu este disco, eu recomendo…
de onde vens
você já foi à bahia?
eu e a brisa
queixas
joão valentão
mas que doidice
ossain
foi a noite
morena flor
carinhoso
insensatez
você abusou

Sebastião Tapajós & Pedro Dos Santos – Volumes 1 e 2 (1972)

Olá, amigos cultos e ocultos! Como tenho recebido vários pedidos de postagens de discos com o Pedro Santos, o Sorongo, decidi então postar alguns arquivos que recebi há tempos atrás. Eu só não o fiz antes porque vieram incompletos, sem encartes e imagens dos selos. Como vocês sabem, eu aqui no Toque Musical gosto de fazer a coisa no capricho, ou pelo menos procuro fazê-lo. Se tem uma coisa que me deixa chateado é baixar um arquivo de um disco que eu muito queria e ao abri-lo, vejo que está incompleto, sem encartes ou em baixissima resolução. É mesmo de amargar… Por outro lado, há coisas que não tem mesmo solução e se a gente quer mesmo postar tem que usar a imaginação, ou pelo menos aproximar do padrão. Nessas horas eu ponho o departamento de criação para funcionar e o resultado é o que vocês já conhecem.
No caso de hoje, o que eu fiz foi aproximar do padrão, ou seja, arrumei as capas e contracapas e dei uma tratada no som. Faltou os selos e uma melhor resolução para as imagens, mas tenho certeza que os prezados amigos saberão entender.
O que temos aqui são gravações feitas pelo violonista Sebastião Tapajós em parceria com o percussionista Pedro (Sorongo) Santos em temporada na Argentina, no início dos anos 70, para o selo Trova. Até onde eu sei, esses discos nunca chegaram a ser lançados no Brasil. Mesmo passados mais de 30 anos, eles ainda continuam meio que inéditos do grande público brasileiro. Hehehe… grande público brasileiro… parece piada… Será que o ‘grande público’ brasileiro já esteve algum dia interessado em música instrumental e mais exatamente em Sebastião Tapajós ou Pedro Sorongo? Pois na piada ou não, eu entendo que o que faltou foi a credibilidade por parte das gravadoras nacionais em relação à arte dos nossos artistas e instrumentistas. Faltou mais atenção, espaço e respeito ao público. ‘Liquidificaram’ a arte musical oferecendo ao público produtos de qualidade duvidosa ou mesmo ruim. Neste sentido, me refiro à música popular ‘maquiada’, seja ela direcionada ao rico ou ao pobre. Bom senso, qualidade e sensibilidade, felizmente, não dependem necessariamente do poder aquisitivo ou se restringe à uma única classe social. Daí que nem tudo caiu dentro desse liquidificador. Algumas coisas resistem, seja por convicção desses artistas e seu verdadeiro público, ou incompatibilidade, na visão míope da maioria dos produtores fonográficos (e porque não dizer, culturais!). Eis aqui um caso típico, Sebastião Tapajós e o redescoberto Pedro Santos. Gravaram, literalmente numa sentada o que rendeu dois belíssimos discos, os quais foram dirigidos e arranjados pelo compositor e produtor espanhol Mike Ribas, muito atuante na Argentina nos anos 70. Não posso afirmar com certeza, mas desconfio que o Danilo Caymmi também participa das gravações como flautista. O que faz esses dois volumes serem excepcionais é acima de tudo a sintonia entre os dois músicos, também excepcionais. Pedro Sorongo usa e abusa de seus recursos rítmicos e percussivos, tirando sons inusitados de deixar qualquer discípulo do Naná Vasconcelos de boca aberta. Sebastião Tapajós, por sua vez, harmoniza tudo isso num virtuosismo também espantoso. Os caras são mesmo feras. Não é atoa que são mais conhecidos lá fora do que aqui no Brasil. Conhecidos e respeitados, é bom dizer! Quem ainda não trombou com esses discos em outros blogs, não vai agora perder a chance e em dose dupla! Bom demais!

Vol. 1
estudo nº 1
despedida da mangueira
encontro marcado
cantico del agua
himalaya
santarem
sorongaio
solfeggeto
cajita de musica
munganga
primavera
solo de bambu
Vol. 2
ganga
dora saudade da bahia
catedral
feitiço da vila
laberinto
escola de samba
samba do avião
feitio do coração
emboscada
rio das ostras
tornei a caminhar
sambaden

Conjunto Época De Ouro – Clube Do Choro (1976)

Olá amiguinhos cultos e ocultos! Estão gostando das postagens da semana? A de hoje não foge à regra, podem acreditar…
Há pouco mais de uma semana, recebi um e-mail da filha do percussionista Pedro (Sorongo) Santos comentando sobre a postagem de “Krisnanda”, que fiz em abril de 2008 e também me informando de que ela, havia criado um blog dedicado ao seu pai. Achei a ideia ótima, o formato de blog é legal porque dá mais visibilidade, aproximação e interação com o público. E mais ainda, teremos acesso às informações numa perspectiva de um familiar, que conhece bem o artista (pelo menos um lado dele, claro). Coincidentemente, há alguns dias atrás vendi o álbum que eu tinha. Estava quebrado, mas ainda assim aguentava uma ‘meia sola’ e a capa estava muito boa. No blog do Pedro Sorongo, a filha Lys reuniu a discografia do artista. Pelo que tudo indica ele só teve um álbum solo e um compacto, mas participou em disco de vários artistas ou como integrante de algum grupo. Entre as diversas participações, há este magnífico álbum do antológico conjunto Época de Ouro, de Jacob do Bandolim. O conjunto havia parado após a morte de Jacob, mas voltaram à pedido de Paulinho da Viola para fazerem um show e daí resolveram retomar. Pelo grupo, desde então, passaram diversos nomes. No álbum Clube do Choro, lançado em 1976, temos a seguinte formação: Dinho no violão de 7 cordas; Damásio no violão de 6 cordas; Deo Rian no bandolim; Jonas Silva no cavaquinho; Jorginho no pandeiro; Luna e Pedro Sorongo na percussão. A produção do disco é de Reginaldo Bessa. Taí outro disco que faltava na blogosfera. Confiram o toque 😉

o boemio
lembranças de recife
choroso
de limoeiro a mossoró
evocação a jacob
tupinambá
visitando recife
paulista
dengoso
abelardo
dança do urso
relaxando

Pedro Santos – Krishnanda (1968)

Nas alternadas musicais, temos hoje um disco raro e conhecido por poucos. Eu mesmo, até pouco tempo atrás, nunca havia reparado na presença de Pedro Santos e seu “Krishnanda”. Um disco que vai cair bem com o clima Marcos Valle da semana. Este disco/arquivo me foi enviado por um colaborador, que como eu, pouco sabia sobre o álbum e seu artista. Por várias vezes pesquisei na rede sobre Pedro Santos, mas nunca consegui chegar além dos vagos comentários e ofertas nos ‘eBays’ da vida moderna. Em total obscuridade, este artista e o álbum tem tudo a ver com a letra da música “Um só”, terceira faixa do lp. “… aquele que na palavra entender, no nome não se prender, pode ver bem quem eu sou. Mas quem no pé da letra cair, do nome não vai sair, porque no nome não estou…” Realmente, não houve muito o que pudesse vir a luz simplesmente pelo nome. Depois de muito fuçar, acabei caindo no blog do Ed Motta. O cara é mesmo antenado… se liga em tudo, tem um ótimo faro musical e além do mais ainda tem um blog!. Aliás, diga-se de passagem o Ed é o ‘supra-sumo’ da sofisticação – cada dia mais apurado. Foi justamente através dele (pelo blog) que me interei mais a respeito do Pedro Santos. “Percussionista importante em vários discos no Brasil, um experimentalista por excelência, inventou vários instrumentos entre eles a Tamba, tocada por Helcio Milito no Tamba Trio, e que por essa ligação é o produtor desse raro disco de 1968, o Krishnanda lançado pela CBS.” Palavras de Mr. Ed, especialíssimo!

PS.: Vivendo e aprendendo… quero colocar aqui um complemento, quase 12 horas após a publicação deste post. Na minha total ignorância, não me passou pela cabeça uma coisa que nosso amigo, o Lindo107, em seu comentário me alertou. Pedro Santos é Pedro Sorongo. Depois, pesquisando novamente, descobri que o Pedro Santos Sorongo foi aquele pandeirista do grupo de Jacob do Bandolin, famoso por seu estilo e inovações. Ele foi um inventor de instrumentos percussivos e fez muita experimentação nesse campo. O Sorongo tocou em discos de uma ‘pá de gente’ e ao contrário do que achávamos sobre ser um artista esquecido, eu diria que na verdade ele foi pouco lembrado. Fica aqui então a nossa contribuição a memória deste percussionista. Valeu?

ritual negro
água viva
um só
sem sombra
savana
advertência
quem sou eu
flor de lotus
dentro da selva
desengano da visita
dual
aranbindu