Arquivo da categoria: Radamés Gnattali
Ritmos Da Panair – Sucessos Do Carnaval (1957)
Quarteto Oficial Da Escola Nacional De Música (1966)
Hoje, o TM oferece a seus amigos cultos e ocultos mais um trabalho de nível abrangendo a música erudita brasileira. Desta vez, apresentamos um álbum com o Quarteto Oficial da Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil, hoje também denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro, lançado em 1966 pela CBS, hoje Sony Music. O grupo era um dos melhores da época, graças à perfeição técnica e conhecimento musical de seus integrantes, com execuções impecáveis, tendo em seu currículo excursões e recitais em várias partes do mundo, especialmente na América do Norte, Ásia e Europa, difundindo obras de compositores eruditos nacionais e internacionais. E toda essa perfeição é encontrada justamente neste disco, apresentando obras de Radamés Gnattali (Porto Alegre, RS, 27/1/1906-Rio de Janeiro, 13/2/1988) e José Siqueira (Conceição, PB, 24/6/1907-Rio de Janeiro, 22/4/1985). No lado A do disco, são apresentados os “Quatro noturnos para quarteto de cordas e piano”, então obras recentes de Radamés Gnattali, cuja importância na história de nossa música popular e erudita, tanto como compositor, quanto como pianista, orquestrador e maestro, é inquestionável. Ele dedicou os noturnos ao próprio Quarteto de Cordas Oficial da Escola Nacional de Música, e ainda participa ao piano dos registros dessas obras, até então jamais levadas a disco. Já no lado B, o quarteto executa duas composições do maestro e acadêmico José de Lima Siqueira, o “Tríptico negro número 2” e “Toada”. Formado em Direito, composição e regência, tendo sido inclusive professor da Escola Nacional de Música, Siqueira foi reconhecido internacionalmente pelo papel de liderança que exerceu no meio musical de sua época e por sua participação na criação de várias entidades de classe (como a Ordem dos Músicos do Brasil, fundada em 1960, da qual foi o primeiro presidente) e culturais, ornando-se uma das grandes figuras da música erudita brasileira no século XX. Regeu orquestras nos EUA, Canadá e na Europa, tendo inclusive frequentado, em 1953, o curso de musicologia da Sorbonne. Fundou ainda a Orquestra Sinfônica Nacional, em 1961, e a Orquestra de Câmara do Brasil, em 1967. Em 1969, José Siqueira foi aposentado pela ditadura militar por defender o comunismo e, proibido de lecionar e exercer qualquer atividade artística no Brasil, encontrou abrigo na antiga União Soviética, onde regeu a Filarmônica de Moscou e participou como jurado de grandes concursos de música internacionais. Foi em Moscou, inclusive, que boa parte da obra de Siqueira foi editorada e preservada, incluindo óperas, cantatas, concertos, oratórios, sinfonias e obras para conjuntos de câmara. Publicou ainda livros didáticos, tais como “Canto dado em catorze lições”, “Música para a juventude” (quatro volumes) e “Curso de instrumentação”. Com a abertura política, em 1979, José Siqueira voltou a residir no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, onde faleceu. Como se pode perceber, este trabalho oferecido hoje pelo TM apresenta alto padrão técnico e artístico, e merece ser incluído entre os mais expressivos álbuns eruditos já gravados no Brasil. Simplesmente impecável!
quatro noturnos para quarteto de cordas e piano – radamés gnattali
triptico negro n. 2 – josé siqueira
toada – josé siqueira
*Texto de Samuel Machado Filho
Orquestra Brasileira De Espetáculos – Italia De Hoje (196…)
Olá amiguíssimos cultos e ocultos, como já deu para perceber, as resenhas de nossas postagens tem ficado a cargo do nosso amigo/colaborador Samuel Machado Filho. Mas, eventualmente eu também dou as caras por aqui…
Trago hoje para vocês um lp da Orquestra Brasileira de Espetáculos, da gravadora CBS, lançado certamente ainda na primeira metade da década de 60. A data, mesmo pesquisando eu não encontrei. O disco, como pode-se ver pelo título, “Itália de Hoje”, traz um repertório de músicas italianas, sucessos então do momento. Aliás, na década de 60 a música italiana esteve muito em voga, talvez por conta do cinema europeu que ajudou a projetar também a música. Mas o que nos chama mais a atenção aqui é o trabalho dessa magnífica orquestra de estúdio, sob a batuta do mestre Radamés Gnattali. É de dar inveja até às versões originais. Orquestra cristalina… 🙂
Radamés Gnatalli – Radamés E Sua Bossa Nova (1961)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Passado o Carnaval, vamos voltar a Bossa Nova, que como sempre dá muito ibope. Hoje eu trago para vocês um raro e quase obscuro disquinho de 7 polegadas, o famoso ‘compacto’. Um disco de 45 rpm (que o torna ainda mais raro) de bossa nova, do grande maestro e precursor do mais famoso gênero musical brasileiro. Esta pequena preciosidade me foi enviada pelo amigo Hélio Mauro, a quem eu muito agradeço a generosidade. Antes de postá-lo, procurei dar uma melhorada no som e no GTM vocês irão encontrar este compacto duplo com suas faixas replicadas, possibilitando assim a escolha entre duas versões de cada faixa.
Neste joinha, vamos encontrar, abrindo o lado A, “Cheiro de saudade”, de Djalma Ferreira e Luiz Antonio; “Chora tua tristeza”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini; “Samba de uma nota só”, de Tom Jobim e Newton Mendonça e fechando, “Pior pra você”, samba de Evaldo Gouveia e Almeida Rego.
Como eu disse, este é um compacto bem obscuro, entre a produção fonográfica de Radamés. Procurei pelos quatro cantos da internet informações sobre ele e nada… Em nenhum dos mais importantes sites sobre o músico, sobre seus discos ou sobre a Bossa Nova… nenhuma referência, exceto as músicas que podem ser acessadas no Youtube. Faltou apenas perguntar para a minha fonte onde foi que ele conseguiu o compacto. Assim sendo, até mesmo a data de lançamento é uma dúvida. Considerando alguns diversos fatores, eu deduzi que o disco seja do início dos anos 60. Coloquei 1961 por ser uma data memorável (pelo menos para mim, foi quando eu nasci) e até que me provem o contrário. De resto, oque ainda nos falta são as informações artísticas, a ficha da gravação confirmando a presença do Chiquinho do Acordeon, Luciano Perrone… Confiram já no Grupo Toque Musical 😉
Radamés Gnattali E Rafael Rabello – Tributo A Garoto (1982)
O TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados um disco que reúne dois grandes instrumentistas: o pianista e também maestro e compositor Radamés Gnattali (Porto Alegre, RS, 27/1/1906-Rio de Janeiro, 3/2/1988), e o violonista Rafael Rabello (Petrópolis, RJ, 31/10/1962-Rio de Janeiro, 27/4/1995). O álbum é um tributo-homenagem a outro grande instrumentista e compositor brasileiro, verdadeiro mago das cordas: Aníbal Augusto Sardinha, ou como ficou para a posteridade, Garoto (São Paulo, 28/6/1915-Rio de Janeiro, 3/5/1955). Produzido pela Funarte e gravado nos estúdios da Sonoviso, em 1982, o disco faz parte do Projeto Almirante, uma das inúmeras iniciativas da entidade, hoje vinculada ao Ministério da Cultura, objetivando divulgar e preservar nossa melhor música popular. Este trabalho teve a produção artística de um verdadeiro “craque” na matéria, Hermínio Bello de Carvalho, ficando a produção executiva a cargo de Cláudio Guimarães, e as transcrições das obras incluídas neste disco pelo mestre Radamés. Este trabalho, como vocês verão, é primoroso e muitíssimo bem cuidado, tanto técnica quanto artisticamente. Cuidado esse que também se verificou na parte gráfica, que inclui um encarte repleto de informações sobre o homenageado, os músicos-intérpretes, as músicas incluídas e até mesmo um bate-papo informal entre Radamés, Rafael e o mestre Tom Jobim. São seis faixas, cinco delas compostas por Garoto, incluindo dois clássicos, “Duas contas” e “Gente humilde” (esta só revelada ao público na década de 1970, ao receber letra de Vinícius de Moraes e Chico Buarque). Na sexta e última faixa, temos o “Concertino para violão e piano” (1953), de autoria do mestre Radamés, versão reduzida do “Concertino n.o 2 para piano e orquestra”, composto em 1948 especialmente para Garoto, que o apresentou cinco anos mais tarde no Teatro Municipal do Rio, ficando a regência da orquestra por conta do maestro Eleazar de Carvalho. Como bem afirma Cláudio Guimarães no encarte, “Garoto e Jacob do Bandolim, que tanto prestigiaram Radamés Gnattali, se orgulhariam ao conhecer o jovem Rafael Rabello”. Por uma triste coincidência, tanto Rafael quanto Garoto faleceram prematuramente. Mas este “Tributo a Garoto” ficou para a posteridade como um dos mais expressivos trabalhos discográficos de Rafael Rabello, notável violonista, contando com a honrosa companhia, ao piano, de outro grande mestre, Radamés Gnattali. É o que os amigos cultos, ocultos e associados do TM poderão constatar.
*Texto de Samuel Machado Filho
Elebra 6 – Memória – Solistas Brasileiros (1989)
O TM tem a grata satisfação de oferecer hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados o sexto volume da série “Memórias”, produzida sob encomenda da extinta Elebra pelo pesquisador João Carlos Botezelli, o Pelão, que, como vocês já viram anteriormente, tem a seu credito inúmeros trabalhos importantes da discografia tupiniquim, como o primeiro LP de Cartola e os dois primeiros de Adoniran Barbosa. Este sexto LP da série, editado em 1989 para distribuição gratuita aos clientes da extinta empresa de informática, com incentivo de lei governamental, tem o nome de “Solistas brasileiros”. Como escreveu na contracapa o próprio Pelão, “é mais uma homenagem da Elebra à sensibilidade, ao talento e à competência do músico brasileiro”. Vem, também, a ser uma justíssima homenagem ao pianista e maestro Radamés Gnattali (Porto Alegre, RS, 27/1/1906-Rio de Janeiro, 13/2/1988), com faixas executadas por ele mesmo e seus discípulos. Gravado em estúdios do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Recife e Porto Alegre, já se utilizando da tecnologia digital (o que garante a qualidade técnica), é mais um trabalho impecável de Pelão, reunindo clássicos inesquecíveis e até hoje relembrados. Abrindo o disco, o próprio Radamés sola ao piano o choro “Carinhoso”, do mestre Pixinguinha. Rafael Rabello, violonista prematuramente desaparecido, vem com o samba-canção “Molambo”, de Meira e Augusto Mesquita. Joel do Bandolim sola o antológico bolero “Dois pra lá, dois pra cá”, um dos primeiros hits da dupla João Bosco-Aldir Blanc. Chiquinho do Acordeom executa outro samba-canção célebre, “Balada triste”, de Dalton Vogeler e Esdras Silva. Em seguida uma curiosa interpretação para “Nossos momentos”, da parceria Haroldo Barbosa-Luiz Reis, a cargo do contrabaixista Toinho Alves, que também faz um interessante “vocalize”. “Pois é”, samba de Ataulfo Alves, é executado ao cavaquinho por um verdadeiro “cobra” do instrumento, Henrique Cazes. A viola caipira de Roberto Corrêa traz a nossos ouvidos a clássica toada “Tristeza do jeca”, de Angelino de Oliveira. O pianista Laércio de Freitas nos traz “Ceú e mar”, obra-prima de Johnny Alf. Zé Gomes, craque da rabeca, executa “Maria”, samba-canção de Ary Barroso e Luiz Peixoto. Rildo Hora sola, com sua gaita, “A noite do meu bem”, de Dolores Duran. O violonista Israel sola depois “Agora é cinza”, samba da parceria Bide-Marçal. Por fim, a não menos antológica “Canção de amor”, de Chocolate e Elano de Paula, nos floreados da flauta de Plauto Cruz. Tudo isso em um trabalho primoroso, antológico, verdadeiro tributo a Radamés Gnattali e seus discípulos. Simplesmente irresistível!
carinhoso – radamés gmattali
molambo – rafael rabelo
dois prá lá, dois prá cá – joel do bandolim
balada triste – chiquinho do acordeon
nossos momentos – antonio alves
pois é – henrique cazes
tristeza do jeca – roberto correa
céu e mar – laércio freitas
maria – zé gomes
a noite do meu bem – rildo hora
agora é cinza – bide e marçal
canção de amor – plauto cruz
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Antônio Carlos Jobim, Francisco Mignone, Dorival Caymmi e Radamés Gnattli – Prêmio Shell Para A Música Brasileira (1984)
Amigos cultos e ocultos, como disse anteriormente, nosso canal de comunicação já está aberto, através da seção de comentários da cada postagem. Agora não tem mais desculpas… Mas por favor, não me venham só com pedidos de reposição de links, pois como informamos no texto lateral do site, não há reposição de links. Esses podem até voltar, mas não me comprometo em fazê-lo de imediato. Quem tiver pressa pode pedir, mas mediante a uma contrapartida, fazendo uma doação ao Toque Musical. Em breve estarei colocando um link facilitador para as doações. Daí, pode ser que as coisas por aqui voltem a funcionar com regularidade.
Segue hoje este lp promocional, que foi lançado em edição limitada, em 1984, patrocinado pela multinacional Shell, em seu evento anual “Prêmio Shell da Música Brasileira”. Este evento foi criado em 1981 e inicialmente era um incentivo a música popular e erudita brasileira, depois se focou apenas na popular. Em 1983 a os promotores culturais desse projeto resolveram lançar este lp, comemorando os 70 anos da empresa no Brasil, trazendo quatro grandes nomes da música brasileira, Antônio Carlos Jobim, Francisco Mignone, Dorival Caymmi e Radamés Gnattli, os ganhadores do prêmio em 1982 e 83.
Cânticos De Natal (1955)
Olá amigos cultos e ocultos! Neste ano o Toque Musical andou meio devagar, não teve um espírito muito participativo e nem se manifestou em momentos como agora, o Natal… Em outras épocas o avatar do Augusto TM já estaria lá no cabeçalho, de gorrinho vermelho e por aqui diversos discos com temas natalinos. Pois é, este ano está sendo diferente. Os tempos são outros, infelizmente… Mesmo assim eu não vou negar aqui uma ou duas lembrancinhas. Afinal, é o Natal 🙂
Segue então este disquinho lançado pela Todamérica para o Natal de 1955. Obviamente se trata de um lp de 10 polegadas. “Cânticos de Natal” nos apresenta uma seleção bem montada. Temos de abertura, em todo a face A do disco a história infantil “Como nasceu Jesus”, extraído do poema de Antonio Almeida e Mário Faccini. Conta com a particpação de Mário Lago. O fundo musical é de Radamés Gnattali e o côro composto pelos artistas da gravadora. Na face B do disquinho iremos encontrar quatro temas tradicionais em interpretações de Scarambone e Trio Madrigal.
Vamos logo com esta postagem que já era para ter sido publicada. Não pode ser muito encima senão nem dá tempo de entrar naquela trilha musical que vocês estão preparando para a Noite Feliz.
Luiz Eça E Radamés Gnatalli – Os 6 Mais Numa Imagem Barroca (1968)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu marcando o ponto, que é para não perder o costume. Ultimamente eu tenho andado muito preguiçoso até mesmo para ir mantendo as postagens do Toque Musical com textos preparados pelo nosso amigo Samuca. Enviei para ele uma dúzia de discos para serem ‘resenhados’ e mais que de pressa já recebi tudo pronto. Só falta agora eu achar um tempinho e sair dessa ‘lomba’. Infelizmente, eu não tenho conseguido manter regular e diária as nossas postagens. Tá tardando… mas não falha 😉
Hoje eu resolvi `tomar o volante` e fazer a postagem deste sábado. Estou trazendo um lp que ganhei de presente do amigo Fáres. Aliás, foram vários discos que ele me deu, mas este, em especial, está valendo o dia. Trata-se de um lp lançado pela CBS em 1968. Uma produção de Helcio Milito para dois grande artistas, Luiz Eça e Radamés Gnattali. Este é mais um daqueles lps maravilhoso da CBS, que nasciam por acaso, como foi o disco “Krishnanda”, do Pedro (Sorongo) Santos, onde os artistas tiveram total liberdade de criação, aproveitando quem sabe os momentos de folga, ou horas que sobravam em fitas do estúdio. Essa descontração sempre faz gerar bons frutos. E o resultado é um disco surpreendente, pois traz a música de seis grandes compositores: Milton Nascimento, Sidney Miller, Dori Caymmi, Chico Buarque, Johnny Alf e o próprio Luiz Eça em uma faceta musical barroca. Quer dizer, são doze composições desses artistas arranjadas e interpretadas por Radamés e Luiz Eça, num clima de música barroca, caraterizada, principalmente, pelo cravo e a flauta. É bom lembrar que arranjos com esses, naqueles anos 60, estavam muito em voga. Basta lembrarmos do Lalo Schfrin que em vários de seus discos explorou essa sonoridade. Pela própria CBS teve o Roberto Carlos em “É por isso que eu estou aqui”, que tem essa mesma atmosfera ‘barroca’. E também naquela mesma década a gravadora lançou o álbum “Música Barroca Francesa” com o cravista Roberto de Régina. Os anos 60 foi bem sortido de música clássica e a barroca foi a que mais se destacou em popularidade. Lembram do conjunto Musikantiga? Acho que foi nessa onda que Radamés e Luiz Eça resolveram surfar e se deram muito bem. Boa música popular brasileira interpretada e arranjada por dois dos maiores músicos deste nosso Brasil. Um disco que agrada em cheio! Eu tô adorando 🙂
Dilermando Reis – Presença De Dilermando Reis (1962)
Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui vai um disco que certamente irá agradar aos garimpeiros de plantão. Temos para hoje este álbum do violonista Dilermando Reis, lançado em 1962, pela Continental. Nele encontraremos um repertório quase todo autoral. Diferente de outros discos do artista, neste ele vem acompanhado por Radamés Gnatalli e sua orquestra, que dá ao trabalho um caráter ainda mais amplo, deixando Dilermando mais como um solista da orquestra. Participa também o organista e compositor Steve Bernard, figura muito citada na Rede, mas eu mesmo não encontrei nada sobre ele. Me parece, pelo nome, que era um músico estrangeiro que teve passagem pelo Brasil, suponho eu. Confiram aí este lp e se alguém souber, esclarece aqui quem foi esse Steve Bernard. Fiquei curioso…
Radamés Gnattali – Retratos (1990)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Cheguei cansado, esgotado e sem o menor pique para sentar em frente ao computador. Porém, me lembrei que ainda não fiz a postagem do dia. O jeito foi recorrer aos ‘discos de gaveta’. O sorteado da noite foi o Radamés Gnattali e quem ganhou fomos todos nós. Afinal quem é que não aprecia o Radamés? Vejo, contudo, que o presente álbum parece já ter sido postado. Peraí…
Realmente, eu postei aqui há pouco tempo atrás um álbum promocional da Atlantic, “Radamés e a Música Popular”. Olhando assim por alto, parece ser o mesmo. Inclusive interpretado pelos mesmos mestres, Rafael Rabelo, Chiquinho do Acordeon, Dinho Sete Cordas e Orquestra de Cordas Brasileira. Mas apenas “Concerto para Acordeon, Tumbadoras e Cordas” é parte também do outro disco. O lado A temos a “Suite Retratos”, uma composição que Radamés fez em 1956 para Jacob do Bandolim. Uma composição multifacetada onde o compositor passeia por Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. Creio que este disco seja uma outra parte do que já vimos anteriormente. Confiram aí, porque eu daqui vou é tomar um banho e dormir. Té manhã!
Vários – Radamés Gnattali E A Música Popular (1990)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Para abrilhantar a nossa terça feira eu estou trazendo para vocês este belíssimo álbum dedicado à música do mestre Radamés Gnattali. Trata-se de um disco promocional para a Atlantic, do extinto selo Kuarup. Creio eu que, originalmente, este disco não foi lançado com a intenção de promover a tal bandeira de combustível. A Kuarup tinha por hábito associar seus títulos e lançamentos à brindes promocionais de empresas, os discos eram relançados com novas capas, ou algo assim…
O certo é que temos aqui um disco em homenagem ao maestro, compositor, arranjador e instrumentista Radamés Gnattali. Uma produção de Mário de Aratana e Henrique Cazes, músico o qual também participa como instrumentista no disco e dirige a Orquestra de Cordas Brasileiras, que praticamente dá corpo ao trabalho, ao lado do também genial Chiquinho do Acordeon, peça importante nessa produção. Está presente também o pianista João Carlos Assis Brasil, que segundo a ficha técnica na contracapa toca em duas das faixas (eu só percebi sua presença óbvia em “Maneirando”). Em resumo, temos aqui um excelente trabalho musical que Radamés, sem dúvida, deve ter aprovado lá de cima. Este álbum já teve seus dias em outras fontes e se não fossem elas e esta aqui (naturalmente), este momento estaria esquecido como tantos outros tem ficado. É por isso que o Toque Musical continua na ativa. Viva o compartilhamento musical! O resto são apenas produtos com seus prazos de validade vencidos 😉
Ovelha Negra – Trilha Original Da Novela (1975)
Banda Os Dragões Do Rei – Antigas Marchas Carnavalescas (1958)
Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! No pique do carnaval, abrimos a nossa segunda feira ao sons de antigas marchas carnavalescas. Hoje seria um dia dedicado ao GTM, com os sempre brilhantes textos do nosso amigo Samuel Machado Filho. Porém eu não tive tempo de preparar uma seleção de 78 rpm para o Samuca, além do mais, na sequência do GTM, o que teremos é a continuação da série Jacob do Bandolim. Fica assim prometido, ok?
Mas como eu dizia, nosso encontro hoje é com as antigas marchinhas de carnaval, apresentadas aqui pela gravadora Continental, através da banda “Os Dragões do Rei”, nome este dado a uma típica banda, que contou com três grandes regentes arranjadores: Radamés Gnattali, Guido de Morais e Severino Araújo. O disco foi lançado em 1958, trazendo em seu repertório velhas marchas carnavalescas, num estilo bem tradicional, procurando dessa forma relembrar e mostrar que mesmo diante às mudanças que aconteciam na música brasileira naquela época, a verve musical ainda era a mesma. Taí, um lp dos mais interessantes. Para se ouvir durante e depois do carnaval. 🙂
Radamés Gnattali – Suíte Popular Brasileira (1986)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Nessa onda de trazer de volta velhas bolachas, otimizando suas músicas em novos álbuns de coletânea, com capinhas e coisa e tal, achei de postar hoje autêntico álbum feito nessas condições. Quer dizer, um álbum montado a partir de antigas gravações. Este, no caso, uma produção oficial, da própria Continental.
Radamés Gnattali – Ao Vivo (1984)
José Tobias – Rapsódia Brasileira (1984)
Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Esse pessoal do Blogger tá de sacanagem com a gente, só pode… Sua ferramenta ‘anti spam’ só detecta os meus toques celestiais. De agora para frente vai ser assim, terei que verificar, horas depois, se o ‘toque musical’ permanece no comentários. Não adianta certificar isso na hora, só fico sabendo quando alguém dá o grito.
Continuando nosso sortimento musical da semana, vamos hoje com mais um pernambucano, o grande cantor José Tobias, acompanhado por Radamés Gnattali, Octeto Brasilis e a Camerata Carioca. Um disco com um time desses só podia mesmo ser uma produção de Hermínio Bello de Carvalho. Em sua apresentação, no texto da contracapa, ele nos conta que a ideia foi produzir num disco “uma rapsódia, despudoradamente ufanista e romântica”, a qual seria entregue a um grande cantor. Uma rapsódia em dois movimentos, reunindo algumas das mais conhecidas melodias do nosso cancioneiro, interligadas tematicamente (no disco, não há pausa entre uma música e outra). Hermínio então escalou José Tobias, “um cantor de mil cantorias”, Radamés Gnattali para os arranjos e regência, o Octeto Brasilis (formado por Radamés – piano; Aloisio de Vasconcelos – teclados; Rafael Rabello – violão 7; Helio Capucci – violão 6; Wanda Cristina Eichbauer – harpa; Braz Limonge Filho – oboé; Zeca Assumpção – contrabaixo e Wilson das Neves – bateria) e a Camerata Carioca (formada por Joel Nascimento – bandolim; Joaquim dos Santos Neto – violão; Maurício Carrilho – violão baixo; Luiz Otávio Braga – violão 7; Henrique leal Cazes – cavaquinho; Dazinho – flauta e Beto Cazes – percurssão). Com um time desses, não precisa nem ficar na dúvida, é ouvir e gostar. Não é um trabalho comercial, ou ainda, feito para tocar no rádio. Segundo Hermínio, “feito para tocar os corações”. Ele realmente conseguiu. Uma bela produção independente que teima em aparecer no TM antes da sexta feira. Confiram a pérola…
Radames Gnattali – Joias Brasileiras (1954)
Olá amigos cultos e ocultos! Estou de volta depois de uma semana de trabalho, necessariamente longe de computador, internet e outras tecnologias. Voltei meio preguiçoso, principalmente depois de ver o estado da minha caixa de e-mails. Mas hoje ainda farei uma triagem, as respostas virão pela semana, ok?
Para nossa retomada, escolhi um disquinho super bacana, um lp de 10 polegadas, lançado em 1954 pela Continental. Radamés Gnattali e Orquestra, interpretando oito verdadeiras ‘jóias musicais brasileiras’. Logo na primeira faixa, “Rancho fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo, Radamés nos prende pelo ouvido com um arranjo prá lá de genial. Quem escuta esta gravação pela primeira vez não diria que ela foi produzida no início dos anos 50, no Brasil. Aliás, ao ouvirmos o disco num todo percebemos como Radamés Gnattali estava bem a frente da maioria dos maestros arranjadores de sua época. O cara era mesmo incrível. Escutem também “Casinha pequenina”, “Linda flor” e “Carinhoso”. Hummm, muito bom! Eu acredito que essas gravações não foram feitas exclusivamente para este disco. Pela época, suponho que seja uma coletânea, músicas recolhidas de bolachas de 78 rpm. O nome de Radamés aparece apenas na contracapa, o que reforça essa minha ideia.
Vamos fazer o seguinte: vocês confirmem isso e depois comentem, ok? Enquanto eu vou desfazer a minha mala e acabar de chegar em casa. Amanhã tem mais…
Rio, Cidade Maravilhosa (1960)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vou eu me repetido no discurso e na saudação. Fica difícil ser diferente quando, mesmo sem querer, eu fui criando um formato tão pessoal para o meu blog. Isso se deve muito ao fato de que em um determinado momento eu precisei provar a todos que este espaço é estritamente amador, sem prentensões que vão além do meu desejo de trazer até vocês discos raros e que não se ouve mais. Não faz sentido para mim possuir ou ter acesso a riquezas fonográficas que eu não possa compartilhar. Amor como este não se faz sozinho. É preciso levá-lo a quem precisa ou àqueles que estão em mesma sintonia. Isso é diferente de querer sair na frente. De estar em busca de outros propósitos e objetivos. Isso aqui não é feito por jornalistas, estudantes de comunicação, ensaístas ou profissional do ramo de entretenimento pela web. Também não é o blog do ‘Gerson’, pois não penso em levar vantagem em nada. O Toque Musical é apenas um espaço amador e pessoal. Daí, cheio de falhas como deve caber a quem não é profissional. (putz! até rimou!)
Deixando de lado a polêmica (dizem que eu adoro!), vamos ao que interessa… Tenho aqui um álbum maravilhoso cujo o tema é uma cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Em 1954, o maestro Radamés Gnattali foi chamado para orquestrar a “Sinfonia Popular em Ritmo de Samba”, uma obra criada pelos então jovens compositores Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco. O disco, de 10 polegadas, saiu naquele ano contando com a participação de grandes nomes como Dick Farney, Elizete Cardoso, Lúcio Alves, Gilberto Milfont, Os Cariocas, Doris Monteiro, Emilinha Borba, Jorge Goulart e Nora Ney (será que eu esqueci alguém?). Em 1960, Radamés é novamente chamado para uma segunda versão, agora neste álbum de 12 polegadas intitulado, “Rio, Cidade Maravilhosa” que eu apresento a vocês. Diferente do primeiro, neste, também da Continental, temos uma homenagem à cidade carioca, onde desfilam algumas das mais famosas músicas feitas louvando a belíssima capital fluminense. O álbum se divide em dois momentos. No lado A temos a referida segunda versão da Sinfonia do Rio de Janeiro, tão boa ou melhor que a primeira. Pessoalmente gosto mais desta. Nela encontramos um novo grupo de estrelas, algumas até da versão anterior. São eles: Os Cariocas, Risadinha, Luely Figueiró, Albertinho Fortuna, Nelly Martins, Maysa, Jamelão e Ted Moreno. No lado B temos outras sete músicas interpretadas pelo Coral de Severino Filho, Maysa e Albertinho Fortuna. Maravilha total! Este disco voltou a ser relançado com outra capa no início dos anos 80 e até já foi postado no amigo Loronix (aliás, os dois!). Tomei a liberdade de incluir o disquinho de 54, postado pelo Zeca, juntamente com este que eu estou apresentando agora. Assim fica mais fácil entender e com certeza, com esta capa, vai encher a boca de muito colecionador. Taí, uma pura raridade…
Arthur Moreira Lima E Radamés Gnattali – A Grande Música De Noel Rosa – A Grande Música Do Brasil (1978)
Miguel Gustavo – MPM Propaganda (1972)
Em 1950 começou a compor jingles tendo se notabilizado nesta atividade com vários jingles de grande repercussão podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de Jesus, alegria dos homens de Johann Sebastian Bach. Sua primeira música gravada foi Primeiro amor, interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Mello em gravação Continental lançada em julho/agosto de 1946.
Em 23 de setembro de 1947, Ataulfo Alves gravou na Victor o samba O que é que eu vou dizer em casa, de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.
Em 1953 voltou a fazer sucesso com É sempre o papai, um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Sinter.
Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: O conto do pintor, O rei do gatilho, O último dos Moicanos, O sequestro de Ringo, O rei do cangaço e Morengueira contra 007.
Em 1963 compôs um jingle para o Leite Glória que até hoje é lembrado por muita gente pela forma moderna e criativa que a letra falava sobre as características do produto.
A música A dança da boneca, gravada pelo Chacrinha para o carnaval de 67 foi, depois, transformada no prefixo do Programa do Chacrinha com ligeiras modificações na letra e se popularizou pelo Brasil inteiro.
Para a Copa do Mundo de 1970, no México, ele criou o extraordinário Pra Frente Brasil ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos. O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira.
Umas das principais características dos jingles de Miguel Gustavo eram as introduções marcantes que muitas vezes se tornavam um prefixo do próprio jingle e podiam ser consideradas melodias independentes dentro da peça, de tão bem estruturadas e fortes.
*Fábio Dias com dados fornecidos pela collectors.com.br