Altamiro Carrilho – Bem Brasil (1983)

Bom dia, meus bons amigos cultos e ocultos! Depois de quase 4 mil postagens/discos, ao longo de quase 15 anos e ainda, sendo assim, voado como eu, vez por outra tem acontecido de eu repetir coisas que já havia postado. Isso também se deve ao fato de que muitas publicações não foram devidamente indexada, daí acabam não aparecendo na pesquisa e eu fico achando que ainda não postei. Enfim, pequenas falhas que acabam sendo benéficas, principalmente para quem chegou depois…
Bom, como entrei na onda dos instrumentistas, aqui vai mais um… Aqui temos o grande Altamiro Carrilho em disco lançado em 1983, pelo selo Fontana. Aqui encontramos o flautista em sua melhor cozinha, ou seja o choro e também cabe maxixe e valsa. São treze músicas, todas de sua autoria. Confiram no GTM…
 
pau no burro
oriental
o flautista triste
patriótico
saudades dele
vivaldino
bem brasil
pra tia amélia
o imitador
luana
aeroporto do galeão
solfejando
cativo
 
 

Gaya E Sua Orquestra – O Grande Festival (1967)

Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! E segue a onda com mais um toque super musical. Desta vez temos um lp 1967 lançado a través do selo Fontana, aqui em um exemplar promocional, “O Grande Festival”. disco onde o destaque é na verdade o maestro Lindolpho Gaya, figura que faz parte da história da música brasileira. Foi um dos construtores de muitos arranjos famosos, um regente impecável não só nos estúdios mas também nos eventos musicais, como foram os festivais dos anos 60. Aqui temos ele, dono da bola, nos apresentando doze temas selecionados do I Festival Internacional da Canção Popular, de 1967, em novos arranjos para orquestra e coro. Um disco realmente surpreendente que vale a pena ouvir. Não deixem de conferir no GTM…
 
hino do festival
gina
saveiros
l’amour toujours l’amour
dias de rosas
watashi  dakeno anata
frag’ den wind
é preciso perdoar
un dia llegara
inaia
canção a medo
o cavaleiro
 
 
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Erlon Chaves – Banda Veneno – Vol. 1 (1971)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu passei a tarde ouvindo este disco do Erlon Chaves. E com a devida atenção pude perceber o quanto esse cara era fodão, um grande artista, músico de qualidades internacionais. Pianista, maestro, cantor e compositor. Um verdadeiro astro negro, polêmico e ousado. Vítima de um racismo, de uma sociedade que não suportava ver um homem negro talentoso, charmoso e rodeado por belas mulheres. Sua ousadia em beijar mulheres em público, em programas de televisão, geralmente loiras, custou-lhe caro. Chegou a ser preso e humilhado. Puta inveja daqueles que não podiam ter nos braços uma Vera Fischer, por exemplo, que foi sua namorada. Erlon Chaves era mesmo um talento. Ainda nos anos 50, com apenas 23 anos, era o regente da Orquestra da TV Tupi. Se tornou um dos maiores arranjadores nos anos 60. Com sua Banda Veneno influenciou a música brasileira com muito suingue. Participou ativamente da fase áurea dos festivais, fez também muitas trilhas sonoras. Infelizmente, morreu muito cedo, com apenas 41 anos de idade. Em 2018 foi lançado um filme documentário, “Erlon Chaves, O Maestro do Veneno”, que busca resgatar a trajetória desse grande personagem da nossa música popular. Vale a pena assistir e conhecer um pouco mais dessa figura.
Aqui temos uma reedição de 1978, de seu disco com a Banda Veneno, lançado originalmente em 1971. Neste lp, coisa fina, temos um repertório com muitas músicas conhecidas que nele aparece com uma roupagem marcada por muito suingue e pilantragem. Mas, para mim, há duas músicas autorais, “Drive-In” e “Fim de Baile”, essa última parceria com Arnoldo Medeiros, que já vale o disco. Tem que ouvir…

cosa nostra
shirley sexy / sexy appeal
oh happy day
fora de série
eu também quero mocotó
drive-in
pulo pulo
quem é?
madalena
jesus cristo
menina da ladeira
você abusou
fim de baile
 

Paul Mauriat – Erlon Chaves – As 10 Canções Medalha De Ouro (1982)

Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Antes de tudo, só uma coisinha: FIQUE EM CASA! Pelo amor de Deus, sejam responsáveis. Vamos baixar a curva dessa pandemia, pois só quem pode nos ajudar somos nós mesmos. Se formos depender desse (des)Governo Federal e do ‘imbecil maior’ que colocaram de fantoche de Presidente, nós estamos é no sal! Nunca pensei que chegaríamos a esse ponto, a regredirmos tanto como nação, sendo tomados por essa onda de ignorância. Lamentável… Desculpem o desabafo, mas caberia ainda muito mais, porém, vou parar por aqui…
Vamos falar de coisas boas, de música, tão importante para a sensibilidade humana. E a isso eu me refiro ao sentido maior da música que é o de transformar, melhorar o ser humano. Infelizmente, a música hoje parece ter apenas a função de distrair e para tanto ela tem que ser fácil, pasteurizada, deficiente em todo sentido cultural, música pra burros (e eles gostam). Mas, claro, a resistência sempre existirá e quem gosta de música de verdade sabe diferenciar o joio do trigo. Aqui a gente escuta de tudo, mas sempre com outros olhos. E para manter o padrão, vamos dar valor ao que tem valor.
Tenho para hoje este lp, com “As 10 Canções Medalha de Ouro”. Um disco originalmente lançado em 1972, saudando exatamente o que de melhor havia na música brasileira, na canção brasileira daquele ano. Bom, na verdade, houve nesse ano e nesse período uma riqueza musical que é difícil superar. Penso que as décadas de 60 e 70 a música popular brasileira esteve em seu melhor momento e isso se reflete até hoje, pois quando pensamos em uma seleção de dezena de músicas é inevitável que boa parte seja dessa época. E lá por 72 os críticos e entendidos do assunto também sabiam escolher o melhor. Embora o Flávio Cavalcanti, em seus programas de tv tenha quebrado muitos discos (e também  a cara), protagonizou aqui, juntamente como outros entendidos, como os produtores Mazola e Roberto Menescal, uma seleção das dez melhores canções no ano de 1972 para serem regidas e arranjadas em forma orquestral por dois grandes mestres, Erlon Chaves e o francês Paul Mauriat. O disco foi gravado aqui no Brasil e na França e tem dez músicas que realmente merecem medalha de ouro. Um trabalho bacana, orquestral e duplamente bem arranjado. Coisa que hoje dificilmente veríamos produzido. Vale a pena conferir…

casa no campo
amada amante
presepada
naquela mesa
viagem
dona chica
águas de março
como dois e dois
construção
testamento

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Mestre Pastinha E Sua Academia – Capoeira De Angola (1969)

O Toque Musical põe hoje em foco um dos principais mestres de capoeira da história: Vicente Ferreira Pastinha, o Mestre Pastinha, através de seu único LP, lançado pela Philips em 1969. Mestre Pastinha nasceu em 5 de abril de 1889 na Rua do Tijolo, em Salvador, Bahia, filho do comerciante espanhol José Señor Pastinha e da ex-escrava baiana Eugênia Maria de Carvalho. Foi apresentado à capoeira, segundo ele próprio, por pura sorte. Quando tinha em torno de dez anos, em consequência de uma arenga de garotos, da qual sempre saía perdendo, conheceu Benedito, preto africano que se tornaria seu mestre. Tornou-se discípulo de Benedito e passou a frequentar sua casa todos os dias. Além das técnicas de capoeira, aprendeu também a mandinga. Benedito lhe ensinou tudo que sabia. E foi no ensino da capoeira que Mestre Pastinha se distinguiu durante décadas. Foi o maior propagador da Capoeira Angola, modalidade “tradicional” do esporte no Brasil. Em 1902, Pastinha entrou para a escola de aprendizes marinheiros, onde passou oito anos de sua vida. Na Marinha, praticou esgrima e aprendeu a tocar violão. Ao mesmo tempo, ensinava capoeira a seus companheiros. Em 1910, Mestre Pastinha começou a ministrar aulas de capoeira às escondidas na sua própria casa, pois a prática havia sido proibida e quem contrariasse as regras poderia ir para a cadeia. Trabalhou ainda como pintor, pedreiro e entregador de jornais, entre muitas outras ocupações. Em 1941, fundou a segunda escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, em Salvador, onde hoje é um restaurante do Senac. Entre seus alunos estão mestres como João Grande, João Pequeno, Boca Rica, Curió e Bola Sete, entre muitos outros que ainda estão em plena atividade. Sua escola ganhou notoriedade com o tempo, frequentada por personalidades como Jorge Amado, Mário Cravo e Carybé, e cantada por Caetano Veloso em seu disco “Transa”, de 1972. Em 1966, integrou a comitiva brasileira do primeiro Festival de Arte Negra, no Senegal, onde foi um dos destaques do evento, tendo também recebido a Ordem do Mérito Cultural. Contra a violência, o Mestre Pastinha transformou a capoeira em arte. Apesar da fama, ele terminou seus dias esquecido. Expulso do Pelourinho pela prefeitura, em 1971, sofreu dois AVCs seguidos, que o deixaram cego e indefeso. Embora cego, não deixava de acompanhar seus alunos. O Mestre Pastinha faleceu em 13 de novembro de 1981, aos 92 anos, em sua Salvador natal, mas continua vivo nas cantigas, nas rodas e no jogo de capoeira. É o que comprova o disco que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos.

maior é deus
bahia, nossa bahia
ei, dona alice, não me pegue não
a manteiga derramou
a canoa virou, marinheiro
adeus… adeus
canarinho da alemanha
eu já vivo enjoado
quebra jereba
dona maria o que vem aí?
lapinha
b-a-bá do berimbau
ai, ai aidê
xô xô meu canarinho
la-lain-lai-lai
eu vou ler meu abc
vou me embora pra são paulo
valha-me deus, senhor são bento



*Texto de Samuel Machado Filho 

Dick Farney – As Duas Maneiras De Dick Farney (1972)

Um dos precursores da bossa nova, e, por tabela, integrado à mesma, Dick Farney (Farnésio Dutra e Silva, Rio de Janeiro, 14/11/1921-São Paulo, 4/8/1987) tem vários de seus álbuns postados aqui no TM, e já foi devidamente focalizado no Grand Record Brazil. É lembrado e cultuado até hoje, e com justiça, por todos que apreciam o importantíssimo legado que deixou como cantor e pianista, aplaudido tanto no Brasil quanto no exterior. Hoje, o TM apresenta a seus amigos cultos, ocultos e associados, mais um disco do notável Dick. Com o título “As duas maneiras de Dick Farney”, o álbum é uma coletânea organizada por Maurício Quadrio, e lançada em 1972 pela Philips/Phonogram, futura Universal Music, com o selo Fontana.  É dividido em duas partes distintas: na primeira, “Dick na Broadway”, são apresentadas as gravações que ele fez nos EUA com a orquestra do maestro Paul Baron, em 1954, perfazendo um total de oito faixas, que chegaram ao Brasil em discos de 78 rpm pela antiga Sinter. Os clássicos “Copacabana”, de Braguinha e Alberto Ribeiro, e “Marina”, de Dorival Caymmi, ganham aqui versões bilíngues, com letras em inglês de Jack Lawrence. No restante do programa, seis standards do repertório popular norte-americano, entre eles “How soon”, “For once in your life” e “Tenderly”(que ele próprio registrou pela primeira vez em 1946, lá mesmo nos EUA). A segunda parte deste álbum é denominada “Dick em Ipanema”, e engloba seis faixas que ele registrou em território brasileiro, todas pela Elenco, gravadora criada por Aloysio de Oliveira, cujos trabalhos fonográficos (lançou 60 LPs em quatro anos de atividades) eram extremamente bem produzidos, alguns deles tornando-se até clássicos. Três faixas são do álbum que Dick Farney gravou em 1964, sem título, entre elas um sucesso absoluto na época: “Você” (“Manhã de todo meu”), da vitoriosa parceria Roberto Menescal-Ronaldo Bôscoli, inesquecível dueto de Farney com Norma Bengell, atriz, cineasta e cantora e hoje, com justiça, um dos clássicos da bossa nova. Desse disco de 64 também são as faixas “Inútil paisagem”, e “One for my baby” . As três faixas restantes são de um outro LP, de 1966, denominado “Dick Farney: piano – Orquestra: Gaya”, e são apenas instrumentais, na qual Farney demonstra todo seu virtuosismo de pianista, acompanhado pela orquestra do já veterano maestro Lindolfo Gaya: “Fotografia”, “Valsa de uma cidade” e “And roses.. and roses”, que na verdade é “Das rosas”, de Dorival Caymmi, que ganhou esse título ao receber letra em inglês de Ray Gilbert, gravada por Andy Williams. Enfim, está é mais uma oportunidade que o TM oferece de apreciar um pouco do extraordinário trabalho do inesquecível Dick Farney. Para baixar e ouvir com todo o carinho…
*Texto de Samuel Machado Filho

Ricardo Silveira – Bom De Tocar (1984)

Violonista, guitarrista e compositor de primeira linha, aplaudido no Brasil e no exterior. Assim é Ricardo Rodrigues Parente Silveira, ou, como ficaria para a posteridade, Ricardo Silveira. Nascido no Rio de Janeiro, a 25 de outubro de 1956, Ricardo cresceu ouvindo bossa nova, samba e marchinhas carnavalescas.  Suas primeiras influências foram os violonistas Baden Powell e João Gilberto. Mais tarde, interessou-se por Jimi Hendrix, e recebeu influências de Wes Montgomery e George Benson. Terminado o segundo grau, Ricardo deixou o Brasil e foi para os EUA, onde estudou por dois anos na Berklee College of Music, de Boston. Após morar durante anos em Nova York, onde tocou com Herbie Mann, Ricardo voltou ao Brasil para se aprofundar na música instrumental, logo se tornando um dos mais requisitados músicos de estúdio no país. Gravou e fez shows acompanhando nomes de prestígio da MPB, como Elis Regina, Hermeto Paschoal, Gilberto Gil, Maria Bethânia, João Bosco, Ivan Lins, Nana Caymmi, Vinícius Cantuária e Mílton Nascimento.  Ele inclusive é o autor do arranjo da música “Portal da cor”, que fez em parceria com Mílton.  Assim Ricardo Silveira define seu trabalho: “Eu toco dentro do ponto de vista de um músico brasileiro. Há elementos de funk e jazz, mas não gosto de dizer que toco fusion.  Eu sou um músico que gosta de diferentes formas de música, e me sinto bem explorando esses diferentes mundos musicais”. A carreira internacional de Ricardo Silveira deslanchou nos EUA quando ele assinou contrato com o selo Verve Forecast, da Polygram, hoje Universal Music. Tem mais de dez álbuns em sua discografia, e, entre uma gravação e outra, excursiona com sua banda, nos EUA e no Brasil. Já formou trio com Alfonso Johnson (ex-Weather Report) eWalfredo Reyes Jr.  (ex-Santana) e participou da turnê “Brasil Project”, com o gaitista belga Toots Thielemans. Atualmente, faz parte do grupo Latin American All Stars, junto com o peruano Alex Acuña, o colombiano Jsto Almario e o mexicano Abraham Laboriel. E é justamente o começo de tudo isso, o pontapé inicial da longa e vitoriosa  carreira de Ricardo Silveira como guitarrista-solo, que o Toque Musical orgulhosamente apresenta a seus amigos cultos, ocultos e associados: “Bom de tocar”, seu primeiríssimo álbum-solo, editado pela Polygram (selo Fontana) no ano da graça de 1984. Produzido por ele próprio juntamente com Luiz Carlos, o Lelé, o disco traz nove faixas marcantes, inclusive a que lhe dá o título. E ele vem muito bem acompanhado, com gente do quilate de Jamil Joanes (baixo), Chacal (percussão), Léo Gandelmann (saxofone) e Márcio Montarroyos (mais conhecido como trompetista, aqui atuando nos teclados, juntamente com Serjão e Serginho Trombone). Tudo isso com o elevado padrão técnico que sempre caracterizou os trabalhos discográficos da antiga Polygram. Ouvindo este “Bom de tocar”, entende-se por que o álbum foi (e ainda é) considerado  um marco na história da música instrumental brasileira.

bom de tocar

pica-pau I

xamba

maricy17

dois irmãos

rock

espaços

55

raizes

*Texto de Samuel Machado Filho

Trio Elétrico Tapajós – Caetanave (1972)

Sem dúvida, o trio elétrico é um dos maiores fenômenos de massa no Brasil. Surgiu em 1950, na capital baiana, Salvador, evoluindo ao longo das décadas, a ponto de se tornar um dos maiores atrativos do carnaval da Bahia e outras festas do país, sempre apresentando um repertório bem “pra cima”, com samba, frevo e outros ritmos. De início montados sobre caminhões do tipo “truck” (sem articulação, com um eixo dianteiro e dois traseiros), os trios elétricos passaram, ao longo dos anos, a serem construídos sobre carretas (normalmente com três eixos), tracionadas por caminhões tipo “cavalo mecânico”. O que ampliou suas dimensões,   e aumentou também a capacidade sonora, além de proporcionar maior conforto e segurança para artistas e convidados. Até dois geradores passaram a garantir o fornecimento de energia para os trios elétricos, além da incorporação de grandes e confortáveis camarins artísticos, e dos indispensáveis banheiros… Foi Caetano Veloso, através de seu frevo “Atrás do trio elétrico”, hit do carnaval de 1969, quem revelou para todo o Brasil a tradição dos trios elétricos no carnaval da Bahia. E, nos anos 1970, a atividade começa a se profissionalizar, com a inovação de se trazer um cantor para os trios elétricos. Um deles, que se transformou em empresa, é justamente o que o TM põe hoje em foco: o Trio Elétrico Tapajós, que ainda nos anos 1960 foi contratado para se apresentar no carnaval do Recife, a capital pernambucana. Seu fundador, Orlando  Tapajós, tem a mesma importância de Dodô e Osmar para a história dos trios elétricos, e, em 2015, foi agraciado com a Medalha Tomé de Souza, pela Câmara Municipal de Salvador. Da discografia do Tapajós, abrangendo um total de sete álbuns, gravados entre 1969 e 1984, oferecemos a nossos amigos cultos, ocultos e associados o terceiro deles. Intitulado “Caetanave”, foi lançado pela Philips/Phonogram  em fins de 1972, e tem uma particularidade bastante interessante: foi todo gravado ao vivo nas ruas do Rio de Janeiro! Dá até pra imaginar o trabalho que a coisa deve ter dado aos técnicos que trabalharam no registro deste disco… De qualquer forma, é um esforço que valeu a pena, e muito. Neste álbum, com muita alegria e animação, são apresentados sucessos da ocasião em ritmo carnavalesco, tais como “Deixa sangrar”, “Summer holiday” (cujo autor e intérprete, Terry Winter, era na verdade brasileiro), “Cada macaco no seu galho (Chô chuá)”, “Chuva, suor e cerveja” (outro hit inesquecível de Caetano Veloso), “Cavaleio de Aruanda” e “O meu amor chorou”. Nessa ocasião, o Trio Elétrico Tapajós  vinha de três anos consecutivos de premiações no carnaval soteropolitano: melhor decoração, melhor instrumental, melhor figurino. A Caetanave do título, como explica a contracapa, é uma mistura de monstro pré-histórico e nave espacial do (então distante) ano 2000, e foi construída para homenagear Caetano Veloso quando este voltou de seu exílio em Londres. Todos esses atributos, inclusive de ordem técnica e artística, dão importância histórica ao álbum que o TM hoje nos oferece, trazendo “in loco” toda a alegria e a animação dos trios elétricos. Afinal de contas, como diz o frevo do Caetano, “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”…

frevança
caetanave
duduca
estamos aí
tapajós no rio
trampolim
summer holiday
deixa sangrar
martin cererê
maria vai com as outras
quizas, quizas, quizas
chuva suor e cerveja
vem me ajudar
cada macaco no seu galho
cavaleiro de aruanda
o meu amor chorou

*Texto de Samuel Machado Filho

Fagner – Manera Fru Fru Manera (1980)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Partido para os 10 anos, aqui vai o primeiro passo… Aliás, um passo muito especial. Hoje eu vou postar um dos discos que eu mais gosto. Embora já tenha prá lá de 40 anos, quando foi lançado, ainda hoje é um disco muito comercial. Na verdade um clássico que nunca deixou de ser sucesso. E muito por conta disso eu até então nunca pensei em postá-lo aqui. Por outro lado, trata-se de um lp bem manjado e que se pode encontrar em qualquer lugar. Mas, pensando agora aqui com os meus botões, acho que já está na hora dessa joinha’ figurar em nossa lista’. Assim, aqui temos “Manera Fru Fru Manera”, primeiro álbum do cantor, compositor e produtor cearense, Raimundo Fagner. O disco, originalmente, foi lançado em 1973. Produzido por Roberto Menescal, com coordenação de Paulinho Tapajós, arranjos de Ivan Lins e Luiz Cláudio e direção musical do próprio Fagner. Há participações especiais, de Nara Leão e Nana Vasconcellos. Na primeira edição o disco trazia a música “Canteiros”, que era na verdade um poema de Cecília Meirelles adaptado e musicado por Fagner e Belchior. Nesta edição não havia os créditos do parceiro e muito menos era citado o nome da poeta. Em 1976 o disco foi relançado e a música “Canteiros” se tornou um grande sucesso. Nesta segunda tiragem já constava o nome de Belchior e de Cecília Meirelles. Porém a família da poetisa entrou na justiça pedindo a exclusão da música, a qual foi substituída por “Cavalo ferro”, que ocupou o lugar da outra nesta edição de 1980. Para não ficarmos com a sensação de que está faltando alguma coisa, inclui no nosso arquivo a música original, “Canteiros”. Confiram lá no GTM, pois o tempo é limitado…

último pau de arara
nasci para sofrer
penas do tiê
sina
mucuripe
como se fosse
pé de sonhos
canteiros
cavalo ferro
moto I
tambores
serenou na madrugada
manera fru fru manera
.

Nicholas E Seu Conjunto – Sucessos (1967)

Olá amigos cultos e ocultos! A quem possa interessar eu tenho aqui este lp, lançado pela Companhia Brasileira de Discos, através do selo Fontana, em 1967. Trata-se de Nicholas, um organista ao estilo Lafayete. Sinceramente, eu nunca tinha ouvido falar deste músico e pelas minhas consultas no Google, como sempre nesses casos, a referência só me levou a Mercado Livre, onde se pode encontrar este disco a preços que vão de 15 a 150 reais. Não há muito o que dizer além do que temos de informação na contracapa, que por sua vez não esclarece muita coisa nesse sentido. Para facilitar a coisa, eu o classificaria como mais um disco instrumental na onda Jovem Guarda. Um repertório realmente de sucessos dos anos 60.

esqueça
pare o casamento
meu bem
les marionnettes
juanita banana
strangers in the night
o picapau
the more i see you
a banda
tema de lara
tijolinho
você me acende

Egberto Gismonti – Sonho 70 (1970)

Olá amigos cultos e ocultos! Na puxada de discos da minha gaveta, outro lp que veio a mão foi o “Sonho 70”, segundo álbum lançado por Egberto Gismonti, em 1970. Este é mais um daqueles discos que ficou na gaveta pelo fato de ter sido bastante divulgado, diversos outros blogs já o haviam postado. Daí não vi muito sentido postá-lo também. Porém, devido a minha total falta de tempo para o blog,tenho que acabar investindo  nos “discos de gaveta”. Este, talvez, tenha sido o último disco de Egberto antes de entrar de vez numa viagem experimental, voltando-se quase exclusivamente para as composições instrumentais e pesquisas com os mais diferentes instrumentos. “Sonho 70” foi lançado em 1970. Uma produção de Roberto Menescal, que deu ao artista toda a liberdade de criação. Egberto também é o responsável pelos arranjos e a orquestração. No álbum, ele também conta com a participação especial de Dulce Nunes, que na época já era sua esposa. A música de estaque é a que dá nome ao disco, “Sonho”, compoisção que concorreu ao III Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo em 69. Este disco teve uma reedição em 1976, saíndo pelo selo Fontana. O original saiu pelo Polydor.

janela de ouro
parque lage
ciclone
indi
sonho
o mercador de serpentes
lendas
pêndulo
lírica n. 1
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Garota De Ipanema – Trilha Original Do Fime (1967)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu hoje estava para postar uma homenagem ao Nonato Buzar, que veio a falecer neste domingo. Pensei em postar algum disco dele, mas pecebi que não tenho nenhum além dos arquivos de dois dos seus trabalhos. Só não postei porque não estava no padrão TM, quer dizer, sem capa e contracapa. Mas ainda farei, quem sabe, uma coletânea. Ele merece 🙂
Também perdemos o cineasta, num caso trágico, o cineasta Eduardo Coutinho. Fiquei pasmo com o caso. A vida imitando a ficção… loucura!
Acho que meio por conta do Cinema’ foi que hoje eu decidi então postar este disco, a trilha sonora do filme “Garota de Ipanema”, de Leon Hirszman. ‘Para me facilitar e também abrilhantar nossa postagem, vou pegando emprestado o texto escrito por Fernando Zamith em 2011 sobre o filme:

Uma raridade. “Garota de Ipanema” (1967), de Leon Hirszman (1937-1987), é um dos filmes brasileiros mais esquecidos da história. Que mistério cerca esse sumiço? É algo deliberado deixá-lo no limbo da memória?
Mesmo entre os defensores do cinema novo, há uma omissão velada. Parece até que apagaram os detalhes maiores da filmografia do cineasta de “Eles Não Usam Black-Tie” e “São Bernardo”. Quando muito aparece só o nome do filme e o ano (1967) e pronto.
Também pouca gente menciona que o co-roteirista do filme foi ninguém menos do que Glauber Rocha, ícone do movimento cinema novo. Glauber Rocha? Exatamente, mas em algumas fichas técnicas publicadas seu nome não aparece. Por que será?
O filme não existe em DVD e nem ganhou lançamento em fita VHS lá pelos anos 80. Inspirada na canção mais celebrada de Antonio Carlos Jobim e das mais gravadas no mundo, o filme surpreendeu, pois nada trazia dos versos famosos da letra de Vinicius de Moraes.
Nada a ver com a canção inspirada na garota adolescente da vida real (Helô Pinheiro). A garota do filme é um personagem fictício, a jovem Márcia, de 17 anos, papel da atriz então iniciante Márcia Rodrigues. O roteiro ainda tem um crédito para Vinicius de Moraes (que aparece na tela), ao lado de Eduardo Coutinho.
“Garota de Ipanema” – o filme é mais um retrato social de pais e filhos no Rio de Janeiro dos anos 60. Um elenco de nomes famosos em pequenos papéis. O jornalista João Saldanha, por exemplo, faz o pai da garota de Ipanema. Nas imagens do vídeo abaixo, você pode vê-lo entrando no Fusca estacionado numa rua do bairro.
No filme, quem também aparece é um jovenzinho Chico Buarque. E ele canta uma composição que ficou famosa: “Noite dos Mascarados”. Aliás, a trilha sonora é um achado. Há até um rock com letra de Vinicius de Moraes cantado por Ronnie Von. Eis o set-list da trilha original de “Garota de Ipanema”, com base no LP de vinil. Quem se lembra dos lados A e B?:
noite dos mascarados – elis regina e chico buarque
lamento do morro – nara leão
surf board – orquestra
ela é carioca – tamba trio
poema dos olhos da amada – vinícius de moraes
a queda – orquestra
tema de abertura (garota de ipanema) – orquestra
por você – ronnie von
chorinho – chico buarque
ária para morrer de amor – baden powell
rancho das namoradas – quarteto em cy e mpb-4
tema da desilusão (garota de ipanema) – orquestra
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Gereba – Bendengó (1973)

Boa (última) noite, amigos cultos e ocultos! Se tudo correr conforme as previsões de um bando de malucos, amanhã será o fim do mundo. Por certo vai ser mesmo para um determinado grupo de pessoas que irão morrer amanhã. E o mais irônico disso tudo é que os escolhidos podem ser qualquer um, inclusive eu ou algum de vocês. Como faço toda noite, deito a cabeça no travesseiro e espero, sem pressa e sem preocupação. Seja o que Deus quiser 🙂

Por não acreditar que o mundo acaba amanhã foi que eu não me preocupei em escolher aquela que seria a postagem final e derradeira. Teria que ser algo muito especial. Infelizmente eu não estou tendo tempo nem para morrer de maneira orgulhosa. Mesmo assim, escolhi para o dia de hoje um disco da melhor qualidade, que na pior das hipóteses irá representar bem o fim do mundo, aqui no Toque Musical. Temos então, o baiano Geraldo Barrero, mais conhecido como Gereba, em seu primeiro disco, gravado em 1973, pelo selo Fontana. Como podemos ver na capa, o álbum se chama “Bendengó”, possivelmente uma alusão ao meteorito encontrado na Bahia, próximo da cidade de Monte Santo, onde nasceu Gereba. Com este disco ele dava início a formação do grupo que viria a ser conhecido como Bendegó. Em sua formação inicial Gereba contava com Capenga, Zeca, Raimundinho e o mineiro baiano Djalma Corrêa. As músicas deste disco são todas de Gereba e Patinhas. Muita gente confunde, achando que Gereba é que é o nome do disco, ou mesmo que este tenha sido o primeiro disco do grupo. É interessante também observar que neste álbum se fala ‘Bendengó’, com o ‘N’ entre o E e o G. O Bendegó nasceu aí…

chorada

desaguou

princesa sertaneja

bendengó

abrolhos

o gole

algazarra de padre

bala de ouro

rio doloso

bonde

zesse feche zesse

caratacá

FM Stéreo – Disco 6 (1983)

Boa noite dia, amigos cultos e ocultos. Finalmente, a maioria de vocês agora terão uma fonte de água pura, onde todos poderão beber e matar a sede sem se preocupar com a chegada do lobo mau. Obviamente, eu estou me referindo à chegada ao Brasil do ITunes. Como no Brasil se reza a mesma cartilha dos americanos (embora não se coma, não beba e não se viva como eles), teremos em breve toda a música ‘relevante’ brasileira nas mãos dos gringos. Se antes eles já mantinham alguns direitos sobre muitas obras brasileiras, agora então é que eles vão nadar de braçada e, claro, cercar de todas as formas possíveis seus investimentos. Isso, em outras palavras quer dizer, “bye bye blogs de música!”, “saí fora Toque Musical!” Isso para mim, é evidente. É só uma questão de tempo, ou alguém aí ainda duvida? Prejudicada pela ação dos blogs, essa turma vai entrar de sola, calando a boca e os ouvidos de quem vai contra ela. Por certo que num primeiro momento o Toque Musical ainda resistirá, ou será pouco molestado, afinal, por aqui a gente ainda não postou a Ivete Sangalo, a irmã loira dela, Claudia Leite e toda essa turma que hoje representa a produção artística (?) brasileira. Outros ‘medalhões’ como Roberto Carlos, Caetano Veloso, Milton, Chico, Gil e por aí a fora, isso sem falar na ‘velha guarda’, aos poucos nos serão também tirados. Por essas e por outras, vamos aproveitar o último momento, enquanto podemos compartilhar nossas afinidades.

Aqui vai o último disco da caixa “FM Stéreo”, finalizando assim esta postagem estendida, ministrada em doses homeopáticas 🙂 Temos reunidos medalhinhas e medalhões, artistas e sucessos garantidos e que todos já conhecem e esperavam. Músicas extraídas dos discos Polygram, selo Fontana, ao longo de três décadas. Aproveitem a ocasião 😉
tudo transformou – caetano veloso
o bem do mar – marília medalha
agora – ivan lins
não quero ver você triste – claudette soares
serenata para dois – wilson simonal
menino bonito – rita lee
retiros espirituais – gilberto gil
canto triste – elis regina
preciso aprender a ser só – os cariocas
sua estupidez – gal costa
a hora do trem passar – raul seixas
resposta – maysa
a sombra de uma árvore – hyldon
chão de estrelas – jair rodrigues

FM Stéreo – Discos 4 e 5 (1983)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Dando continuidade às postagens da caixa do selo Fontana, “FM Stéreo”, aqui vão mais dois discos desta gostosa seleção. Fica faltando agora o número 6 para fecharmos tudo. Embora dezembro seja um mês imprevisível, vou procurar postá-lo no próximo sábado, ok? Nestes dois lps vamos continuar um encontro com os ‘medalhões’, artistas e músicas bem conhecidas por todos, o que para mim, é ótimo, pois me poupa o longo sacrifício de estar aqui de frente ao computador, quando eu poderia estar deitado, debaixo do cobertor, tentando acalmar esse meu resfriado. Putz, vocês não fazem ideia do bagaço em que eu estou.

Vão daí, que eu de cá já vou novamente me deitar…
Disco 4
gente humilde – chico buarque
hoje – claudette soares
dengo da bahia – dominguinhos
olhe o tempo passando – maria bethania
mucuripe – fagner
canção da volta – fafá de belém
as praias desertas – mpb-4
asa branca – quinteto violado
da cor do pecado – elis regina
só chor quando estou alegre – carlos lyra
luto – marília medalha
canção do amanhecer – edu lobo
pra machucar meu coração – márcia
lua cheia – quarteto em cy
Disco 5
ligia – chico buarque
com açucar e com afeto – nara leão
tetê – lúcio alves
dindi – sylvia telles
e daí – jards macalé
imagem – tamba trio
domingas – jorge ben
coração ateu – maria bethania
meu mar – erasmo carlos
você – dick farney e norma benguell
folha seca – sergio ricardo
segredo – quarteto em cy
a lua e eu / juventude transviada – emilio santiago
onde anda você – toquinho e vinícius

FM Stéreo – Disco 2 e 3 (1983)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Cá estamos neste sábado, retomando a sequência dos discos da série “FM Stéreo” do selo Fontana, da Polygram. Como na semana passada eu não postei o disco 2, segue ele agora aqui, juntamente como o terceiro. Uma seleção musical muito boa e bem conhecida de todos. Esta postagem veio mesmo a calhar… tô numa preguiça até de pensar (e ainda falta a relação das músicas e artistas… Meu rei, cansei…

Disco 1:
pai e mãe – gilberto gil
marina, marina – maria bethania
lugar comum – joão donato
teletema – regininha
última forma – mpb-4
carta ao tom 74 – toquinho e vinicius
olha maria – chico buarque
casa no campo – elis regina
how could i know – raul seixas
molambo – maysa
emy – ivan lins
meu mundo é você – sylvia telles
moça flor – tamba trio~
Disco 3:
atrás da porta – elis regina
josé – rita lee
candeias – mpb-4
canção que morre no ar – gal costa
parque lage – egberto gismonti
o que quer dizer – miucha
janela verdes – joão ricardo
esse cara – maria bethania
qualquer coisa – caetano veloso
bonita – maysa
a hora do trem passar – raul seixas
eu e a brisa – márcia
choro de nada – toquinho e vinícius
soneto – nara leão

FM Stéreo – Disco 1 (1983)

Boa noite, meus prezados! Hoje o meu sábado foi meio puxado, daí, só agora venho bater o ponto. Ou melhor dizendo, o toque musical do dia 🙂 E o dia de hoje é de coletânea!

Trago para vocês o ‘box’ promocional de Polygram com seis lp’s, lançado em 1983, reunindo os seus mais expressivos artistas, lançados em discos pelo selo Fontana. O grande barato desta coletânea, além do fato de serem seis discos, é mesmo o variado ‘cast’, que reúne grandes nomes da MPB. Ouvindo mais atentamente (ou não), algumas faixas parecem ser gravações diferentes das originais. Outro fato curioso é que a caixa não apresenta maiores informações além da capa (tampa) e um folheto com a relação das músicas. Me deu a impressão que esta caixa foi criada para ser vendida à empresas, que ofereciam lp’s como brinde no Natal.
Mas, resumindo (em todos os sentidos), irei postando esta caixa por etapas. Hoje vai apenas o primeiro disco, mas quem sabe no próximo sábado eu resolva ser mais camarada e postar tudo de uma só vez (hehehe…) É isso aí… É aguardar para ver 😉
até quem sabe – gal costa
preciso aprender a só ser – gilberto gil
ao amigo tom – claudette soares
também, quem mandou – os cariocas
por causa de você / ternura antiga – quarteto em cy
viola enluarada – jair rodrigues
a saudade mata a gente – nara leão
pra dizer adeus – edu lobo e maria bethania
a volta – márcia
medo – cesar costa filho
oh! meu imenso amor – regina duarte
ana luiza – tom jobim
mano caetano – jorge ben e maria bethania
tatuagem – chico buarque de hollanda

Rogério Duprat Orquestra E Côro – “Nhô Look” As Mais Belas Canções Sertanejas (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Finalmente achei um tempinho aqui para a postagem do dia. Tenho para vocês um álbum que ainda ontem eu não conhecia. Fiquei encantado quando o ouvi e ao mesmo tempo achei estranho um lp tão bacana ter ficado todo esse tempo esquecido. Se formos procurar no Google, pouca coisa iremos encontrar. Aliás, existem vários trabalhos do Maestro Rogério Duprat que são pouco conhecidos, inclusive em blogs musicais. “Nhô Look” é uma saudação à música caipira. Um trabalho de releitura de alguns clássicos da autêntica música sertaneja em arranjos refinados que dão a esse gênero musical uma outra roupagem.
Infelizmente, eu não tive tempo para dar um ‘trato’ no áudio, que vai aí secão mesmo, até segunda ordem… Confiram essa raridade…

vida marvada
de papo pro á
serenô
luar do sertão
boneca cobiçada
moda da mula preta
piracicaba
tristeza do jeca
maringá
casinha pequenina
beijinho doce

Elis Regina & Miele – No Teatro Da Praia Com Bôscoli E O Elis 5 (1970)

Devido a uma pequena viagem, estou fazendo a postagem em transito. Tive que recorrer ao gavetão e puxar de lá o que daria menos trabalho. Assim, vamos hoje com um disco já bastante divulgado, mas que em nada perde o seu encanto. Este disco é o registro de um show gravado no Teatro da Praia em 1970, produzido por Miele e Ronaldo Bôscoli. Temos a “pequena notável” acompanhada pelo então “Elis 5”, conjunto formado por Roberto Menescal, Jurandir, Zé Roberto, Wilson das Neves e Hermes. Pessoalmente, acho este disco um barato e com certeza seria ainda melhor se fosse um álbum duplo e não tivesse as intervenções do Miele. Com um time desses, merecia, né não?
Olha só… como este disco é um show e não há separações por faixas, preferi mantê-lo como está, mas em 320 kbps. Porém, para os desavisados, inclui as faixas separadas, mas em qualidade inferior.

Pout-Pourri:
Casa Forte (Edu Lobo)
Reza (Edu Lobo / Ruy Guerra)
Noite dos Mascarados (Chico Buarque)
Samba da Bênção (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
Makin’ Whoopee (W. Donaldson / G. Kahn)
Zazueira (Jorge Ben “Jorge Benjor”)
Minha (Francis Hime / Ruy Guerra)
Irene (Caetano Veloso)
Musical de Gala:
Eu e a Brisa (Johnny Alf)
Preciso Aprender a Ser Só (Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)
Carolina (Chico Buarque) — Nunca Mais (Dorival Caymmi)
Franqueza (Denis Brean / Osvaldo Guilherme)
Se Todos Fossem Iguais a Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
Aquele Abraço (Gilberto Gil)
Can’t Take My Eyes Of You (B. Crewe / B. Gaudio)
Se Você Pensa (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)