Os Inocentes – Compacto (1968)

Digam aí, amiguinhos cultos e ocultos, o que acharam desta nossa grande mostra de discos de sete polegadas? Hoje damos por encerrada a apresentação exclusiva de compactos, mas eles sempre voltam, sozinhos ou em bloco, ok? 
Aqui temos mais uma raridade para fechar de vez a mostra. Em meio a tantos disquinhos fui escolher este compacto simples, lançado em 1968 pela CBS, através de seu selo Epic. Trata-se de um grupo vocal da era Jovem Guarda, Os Inocentes. Eis aí um nome de conjunto que tem tudo a ver com aquela época e por outra, parece que muitos grupos adotaram esse nome já desde essa época dos anos 60 e aí, se a gente não tem a informação correta, corre o risco de gerar mais confusão para quem busca um pouco da história. O fato é que não foi fácil descobrir quem era mesmo esses Inocentes, mas acabei chegando a conclusão que este era mesmo um quarteto vocal vindo do interior de São Paulo, descobertos por Carlos Imperial com quem gravaram o primeiro compacto e posteriormente caíram nas graças de Rossini Pinto, passado para a RCA Victor onde gravaram outro compacto. O grupo se apresentou em shows e programas de televisão, fizeram um relativo sucesso local. E ao que parece, gravaram apenas mais um disquinho, que é este que aqui publicamos. Confiram essa raridade no GTM…
 
meu maior problema
o bamba
 
 
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Silvio Santos – Compacto (1969)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Como hoje é domingo, Silvio Santos vem aí… Reservei essa curiosidade para hoje, afinal os domingos sempre foram dele na televisão. Fala sobre Silvio Santos é chover no molhado, figura bastante popular nesse nosso Brasil já há décadas. Um homem que soube enriquecer explorando o povão com seu Baú da Felicidade, apoiado sempre pelos governos militares (e vice-versa), conseguiu se dar bem, se tornando um homem poderoso da televisão. Nada como ser conivente com qualquer tipo de governo, seja de direita, militar ou de esquerda. Silvio Santos sempre soube como lidar e tirar proveito dos momentos e é por isso que ele ainda está por aí, mumificado, mas ainda se arrastando… Admiro o sujeito pela sua inteligência e sagacidade. Popular e populista, Silvio Santos é mais que um simples apresentador de programas dominicais. Um tipo que chegou a ser cotado para Presidente de República, mas experto como é, prefere ser ‘eminência oculta’, comendo pelas beiradas. Uma prova de que os meios ‘televisivos’ deram e ainda dão aos seus donos todo o poder e riqueza. Mas deixemos esse lado as canalhices e politicagens, vamos focar na diversão. E neste sentido, SS foi um mestre, como apresentador de programas, comunicador, encantou milhares de brasileiros, se tornou também uma celebridade, que eventualmente gostava de cantar, participar da festa… Certamente, não podemos considerá-lo como um bom cantor, mas este soube também usar da voz para vida a coisas como essa… Aqui temos dele, em produção independente, um compacto que se não me engano foi lançado em 1969. Um disquinho curioso e raro hoje em dia no qual ele aparece cantando um samba feito para (provavelmente seu time) o Corinthians e do outro lado recitando apaixonadamente uma poesia, que por certo deve ser sua. Musicalmente, o que salva o compacto é a presença do maestro Francisco Moraes, responsável pelos arranjos e orquestração. Uma curiosidade que, por certo, a torcida do Corinthians conhece bem. Confiram no GTM…
 
samba do corinthians
eu queria esquecer
 
 
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Jards Macalé – Só Morto (Burning Night) (1970)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Nada como ser independente, não estar atrelado a regras e poder seguir livremente fazendo as coisas do jeito que a gente quer. Me refiro, por certo, ao próprio blog Toque Musical, esse ‘arremedo informativo fonomusical’ que está na ativa já há quase quinze anos. Sabemos o quanto somos menosprezados pela turma dos expertise da música, gente graduada que escreve em jornais e revistas, publicam livros e coisa e tal, mas torcem o nariz para o nosso blog. Eu até entendo, principalmente por conta de uma certa vaidade e orgulho, ter seu nome associado ao TM pode  por em descrédito o profissionalismo. E isso se dá pelo fato de não termos normas, por ser um blog que compartilha no assunto da música o fundamental, a própria música. Ainda hoje somos associados a pirataria, como se tivéssemos mesmo interessados em fazer dinheiro. Estamos há 15 anos por aqui e ao contrário do que possa parecer, nunca ganhamos nada além da satisfação de apresentar diariamente uma produção fonográfica, coisa que, modéstia a parte nós, os blogs musicais, ajudamos a resgatar. Sinceramente, acho mesmo até bom que não tenhamos nos vinculado a parceiros robustos. Por certo, numa dessas já teríamos fechado as portas, como fizeram tantos outros blogs, seja pela pretensão ou pela falta mesmo de estímulos (melhor um incompetente animado do que um competente limitado). É ótimo trabalhar assim, sem amarras, sem uma ordem que nos imponha limite. É bom contar com parceiros que se unem ao TM apenas pelo prazer em cooperar. E se ainda estamos no jogo, isso se deve ao fato de somos exatamente isso o que queremos ser, um blog de caráter pessoal, que posta e compartilha em seu grupo privado, o GTM, o conteúdo de suas publicações. Alguns, por certo, irão questionar o fato de pedirmos doação, coisa que fazemos somente e mediante a solicitação para postagens antigas cujo os links já tenham caducado. Consideramos isso como uma contrapartida, um valor simbólico que nos ajuda a manter a hospedagem da versão WordPress e sua manutenção, nada a mais. Nosso ganho é apenas o prazer de fazermos novas amizades e nesse sentido, temos os melhores amigos cultos e ocultos do mundo, que são vocês…
Mas, deixemos esse assunto para um próximo momento, vamos dando sequencia às nossas postagens que hoje está trazendo o genial Jards Macalé. Já o apresentamos aqui em outros trabalhos, mas como estamos na onda dos discos de sete polegadas, vamos aproveitar a oportunidade para postarmos dele este disquinho que foi seu filho primogênito, um compacto duplo lançado pela RGE, em 1970. “Só morto (burning night)” foi um trabalho produzido pelo próprio Macalé e por Carlos Eduardo Machado, contou com a participação de um time de primeira linha, como se pode ver na ficha da contracapa. Trazia o grupo de rock carioca Soma, Zé Rodrix no piano e orgão e Naná Vasconcelos na percussão. As quatro músicas que compõe o compacto são todas de Macalé em parcerias, sendo uma com Capinan e as outras três com Duda (Carlos Eduardo Machado). Nas quatro faixas Macalé é o responsável pelos arranjos e é quem toca o violão. Neste primeiro disco temos, por exemplo, a música “Sem essa”, que voltaria a ser regravada por ele em seu disco de 1977. Embora seja uma joinha, o disquinho tem uma qualidade de som que ficou a desejar e foi nesse desejo que décadas depois ele mereceu uma segunda edição, feita com maestria pela Discobertas, transformando aquele compacto duplo em um lp/cd e no qual trazia mais dez faixas bônus que são gravações também antigas, feitas ao vivo. Esta versão vocês ainda encontram com facilidade para comprar. Já o compacto original, esse já virou artigo de especulação no Mercado Livre e Discogs. Confiram no GTM…
 
soluços
o crime
só morto (burning night)
sem essa
 
 
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Dick Farney E Sua Orquestra – Compacto (1963)

Boa hora a todos, amigos cultos e ocultos! Um artista que sempre gostamos de ver (e ouvir) no Toque Musical é o Dick Farney. E aqui está ele novamente, marcando presença com sua orquestra, neste disquinho de 7 polegadas, lançado em 1963 pelo selo RGE. Como podemos ver logo na contracapa, aqui temos uma seleção de ouro para este compacto duplo, com quatro sambas clássicos, a ver e ouvir com prazer…
 
ser ou não ser
ninguém na rua
teresa da praia
meditação
 
 
 
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UIta Nunes Machado – Página Da Poetisa (1967)

Olá, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais uma curiosidade fonográfica extraída por debaixo da poeira do tempo. Mais um disquinho obscuro que teria passado batido, não tivesse antes caído em nossa graça. Como todos já devem saber, o Toque Musical se destaca pela variedade. Aqui cabe música, mas também cabe qualquer coisa produzida para ser um fonograma, de textos narrativos, poesias e histórias a documentos sonoros, jingles e até mesmo toques, barulhos e efeitos sonoros. Afinal, para um bom ouvido, tudo pode ser música, inclusive poesia. E sobre poesia que nos encontramos agora. Eis aqui este obscuro disquinho de sete polegadas, uma produção independente de 1967, coisa feita aqui mesmo na capital da ‘Geraes’. Um disco de sete polegadas que cumpre aqui o seu papel de compacto, mas compacto não de um lp, mas de um livro. Sim, aqui temos uma amostra com quatro poemas da poetisa Ulta Nunes Machado, um nome o qual eu não encontrei nenhuma referência na enciclopédia Google. Por certo, esta será a primeira menção a esta poetisa e também a esse disquinho raro. Suas poesias são interpretadas pelo moço, galã da foto e quase meu xará, Antonio Augusto, que conta ainda com um fundo musical feito pelo violonista José Eugênio. Ao que se entende, este compacto foi uma prévia do livro de poesias de Ulta Nunes Machado que estava par ser lançado. 
 
jornada
resignação
advertência
meus versos
 
 
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Edson Da Paz – Vem Cantar Comigo (1981) 

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós, mais uma vez, ouvindo discos com outros olhos… Eis que me cai às mãos este disquinho, um compacto com uma capa que me chamou a atenção. Edson da Paz, quem seria? Pela capa, logo pensei se tratar de um samba-rock. O nosso artista aqui é bem estiloso, de cabelo ‘blackpower’, óculos tipo ray-ban e uma guitarra nas mãos. Estava eu com os ouvidos bem abertos achando que viria alguma coisa swingada… qual o quê… Não foi de todo uma decepção, até porque quem vê capa não ouve a canção. E lá estava eu descobrindo o Edson da Paz. O compacto foi lançado em 1981, mas tem aquele ranço de 10 anos trás, aquela pegada meio brega, meio pós jovem guarda, aquela influência ‘robertocaliana’ até mesmo nos timbres vocais deste cantor. É mesmo curioso e disso eu gosto bem e acho que cabe aqui como uma luva, afinal, adoramos as obscuridades ‘fonomusicais’, não é mesmo? Pois bem, mas eis que numa pesquisa rápida pelo Google, descubro que Edson da Paz continua em atividade. É conhecido como o “Cantor Especial”, um artista com deficiências, ele é cadeirante. Segundo informações, ele é um cantor palestrante, que se dedica a levar mensagem positivas e de esperanças ao seu público. Também se apresenta em praças, principalmente na cidade de Aparecida do Norte (SP). Gravou vários discos, vinil e cds e também foi candidato a deputado federal, pelo PT. É um autêntico artista popular, alagoano que fez sua fama em São Paulo. Confiram este disquinho…
 
vem cantar comigo
e foi assim
 
 
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Carlos Pinto (1974)

Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mês de janeiro dedicado ao disco de 7 polegadas, hoje temos aqui este raro disquinho lançado pela Continental, em 1974. Trata-se de um compacto duplo do cantor e compositor pernambucano Carlos Pinto. Um artista que sempre esteve ligado as artes cênicas, desde a adolescência e através dessa veio também a música que, o levou para as capitais, os grandes centros e a conhecer e se envolver com outros artistas também saídos da região nordeste. Quando foi morar na Bahia conheceu a turma dos Novos Baianos e chegou até a tocar com eles no show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio universal”. Mas ele só viria para o Rio de Janeiro em 1970 onde se integraria a uma turma de amigos como, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos, Torquato Neto e outros. E foi com Torquato Neto que Carlos Pinto começa uma parceria musical, depois vem Waly Salomão e por aí vai… Gravou apenas dois compactos pela Continental, um primeiro simples e na sequência este duplo no qual aparecem seus dois grandes sucessos, “Luz do sol”, gravado por Gal Costa e “Todo dia é dia d”, gravado por Gilberto Gil. Carlos Pinto seguiu se apresentando em show e com outros parceiros, mas acabou voltando para o seu nordeste nos anos 90, onde se tornaria um produtor cultural, desenvolvendo vários projetos e programas na áreas das artes e cultura de sua região. Também se tornaria compositor de hinos e marchas de carnaval. Sempre muito atuante também como membro de ONGs. Segundo informações colhidas em outros sites, Carlo Pinto faleceu em 2019, vitimado por um AVC.
 
história de um compositor solitário
luz do sol
depois daquele beijo
todo dia é dia d
 
 
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Apollus Band (1984)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Me lembro ainda de uma viagem que fiz a São Paulo nos anos 80. Fiquei em um hotel no centro e por acaso fiquei conhecendo um rapaz que era do interior paulista. Estava na capital para assistir a apresentação de um conjunto musical de sua cidade que iria se apresentar num programa de televisão. Estive com ele em dois momentos, no café da manhã do hotel, onde conversamos e foi justamente no segundo dia que ele me mostrou este disquinho, da banda do primo. Creio que ele havia comprado ou ganhado na noite anterior, mas por infelicidade, acabou esquecendo o compacto na cadeira. Tomamos café e ele se foi. Meia hora depois alguém do hotel veio me trazer o disco, eu informei que não era meu, mas nessa altura o dono já estava voltando para a sua cidade. Sabendo eu da felicidade do cara, por conta do disquinho, achei por bem enviar a ele pelo Correios e foi o que fiz, peguei o endereço no hotel e ainda pela manhã enviei o disco para ele. Duas semanas depois recebi uma carta dele super agradecido. Coincidentemente, mais de trinta anos depois volto a encontrar esse disquinho e não poderia dessa vez deixar passar em branco, fui ouvir… 
A Apollus Band era um conjunto de baile que se apresentava em cidades do interior paulista. Acredito que eram da cidade de Apucarana. Gravaram este disquinho, com produção de Osmar Zan, músico, filho do lendário Mario Zan, que também é o autor das versões para as duas músicas deste compacto. Os arranjos e regências são de Hélio Santisteban, do conjunto Pholhas. Achei bem interessante, perfeito para o nosso ‘hall de curiosidades fonomusicais’. Confiram no GTM…
 
abre-me a porta (abreme la puerta)
o campeão (confusion)
 
 
 
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Extra 4 Músicas do VI FIC (1971)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos. Segue nesta postagem um compacto do VI Festival Internacional da Canção, de 1971 e conforme já se vê pela capinha, foi um festival com participação de cantores/músicas de outros países, realizado no Maracanãzinho e patrocinado pela Rede Globo, com promoção da Secretaria de Turismo da (então) Guanabara. A capa do compacto sugere com estampa uma folha de telex (telegrama), onde constam as informações, porém sem apresentar a lista das quatro faixas que fazem parte deste compacto. Aqui estão reunidas, segundo a Polydor, as quatro músicas favoritas do festival…
 
love is on my mind – rocky sharan (paquistão)
kiriê – silvia maria (brasil)
y despues del amor – lucho gatica (mexico)
piango perchi – fausto leali (itália)
 
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Carinhoso – Temas Musicais Da Novela (1973)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Definitivamente, eu não estou conseguindo manter nossas postagens diárias, mas também não quero deixá-las espaçadas, considerando apenas os dias em que realmente faço as publicações. Por isso elas seguem, embora com atrasos, sempre na sequencia dos dias.
Hoje tenho para vocês este disquinho lançado pela RGE/Fermata, em 1973. Nele temos quatro temas que fizeram parte da novela “Carinhoso”, da Rede Globo. Nesta época, embora a Globo já tivesse seu editorial para trilhas e o selo Som Livre, era muito comum se pegar carona no sucesso deles e aqui temos um bom exemplo disso. A RGE. aproveitando desse sucesso, produziu um disco com temas musicais da novela, no caso, versões geradas certamente por músicos de estúdio da gravadora que aqui aparecem como grupos: Thad Sunshine, Nuvens e Clouds. A direção artística é de Toninho Paladinho e os arranjos e solos de sintetizador é do mestre Renato Mendes, que dá uma outra roupagem as músicas. Disquinho curioso, que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…
 
music and me
carinhoso
amar sofrer e sonhar
manhattan
 
 
 
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Severino Araújo E Sua Orquestra Tabajara – A Tabajara No Frevo (1956)

Boa hora, meus caros amigos cultos e ocultos! Boa hora para se ouvir frevo e ao som de uma das mais tradicionais e importantes orquestra, a queridíssima Orquestra Tabajara e seu grande maestro Severino Araújo. Há tempos não postamos nada dele por aqui. Então esta é uma boa hora mesmo 😉
Aqui temos uma seleção de oito frevos, hoje em dia todos clássicos, em lp de dez polegadas, lançado pela Continental em 1956. Vamos conferir essa joinha?
 
zé pereira
último dia
tudo dança
a tabajara no frevo
vassourinhas
relembrando o norte
assim é espeto
zé carioca no frevo