Os Incríveis – Trabalho Em Paz (1976)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos. De 1964 a 1985 vivemos no Brasil o período da ditadura militar. Tempos sombrios que só não chocou mais a nação porque essa, parece, sempre viveu uma relação de amor e ódio com as Forças Armadas. Infelizmente tem muita gente que acredita que militar é salvação, que a disciplina militar é o remédio e que o Brasil deve ser mesmo um quartel. O que essa parcela de gente não consegue enxergar é que não é a farda que faz um homem, não é a farda que faz uma pessoa honesta. Militar também erra e por sinal erra muito. Se você acredita que não existe corrupção nas Forças Armadas é por ser muito ingênuo. Até mesmo nas Igrejas essa praga mora, nas Evangélicas então, nem se fala… Enfim, isso é coisa de Brasil. O brasileiro é sua essência é um canalha e isso se evidencia  mais na classe média. Não é por acaso que boa parte desse povo votou num canalha e militar. E está aí, a boa merda que ele está fazendo e ainda com apoio da pior classe de brasileiros.
É dentro desse cenário, de ditadura e ufanismo que nosso lendário grupo de rock, Os Incríveis, viveu e sobreviveu até perceber que não dava mais para ficar passando pano para milicos. Esse conjunto de musiquinhas ufanistas patrocinado pelo governo militar fez mesmo muito sucesso. Aprendemos essas músicas num processo quase de osmose, quando isso era obrigatório em todas as rádios. Tocavam essas músicas para fazer o povo acreditar que estávamos crescendo, que o Brasil era um país maravilhoso… Sim, o Brasil é maravilhoso, o que fode são as pessoas que vivem nele.
Bom, enfim, o que temos aqui são quatro odiosos hinos da ditadura, pelo menos para mim. E daí, vocês me perguntam, qual a razão de eu estar postando isso então? Oras, convenhamos, se eu publicasse aqui apenas oque eu gosto este blog não seria assim. A proposta do Toque Musical é trazer a tona a produção fonomusical brasileira e nosso lema é escutar com outros olhos. Daí, cabe tudo em nosso espaço. E até porque, não desgosto dos Incríveis, não gosto é dessa ‘fase vexaminosa’, mas reconheço o talento dos rapazes 🙂 Vamos lá, vamos conferir… ditadura também é cultura (ou não?)
 
marcas do que se foi
pindorama
este é o meu brasil
este é um país que vai pra frente
 
.

Feliz Natal – Vários (1978)

Na sequência, aqui vai mais um para encher o saco do bom velhinho, hehehe… Desta vez temos um álbum lançado em 1978 pelo selo Phonodisc. Uma coletânea de fonogramas natalinos com diferentes artistas da Continental. São, naturalmente, os sempre mesmos temas clássicos de Natal. Porém, vale a pena ouvir diferentes versões e interpretações, não é mesmo?

Confiram aí, porque eu aqui já vou dormir 🙂
feliz natal – waldomiro lemcke e walter forster
jingle bells – poly
o velhinho – papi galan
noites silenciosas – poly
boas festas – poly
natal das crianças – papi galan
sonho de natal – josé leão
natal de minha terra – francisco petronio
pinheirinho agreste – poly
adeste fidelis – papi galan
trenéo de papai noel – poly
jingle bells – os incríveis
sinos de amor – the bells
fim de ano – papi galan

Os Incríveis – Compacto (1971)

Olás! Embora eu ontem não tenha comentado, já estava em ritmo de Independência, com Dom Pedro I, compositor no ensaio, já se preparando para o Grito do Ipiranga, hehehe… Pois é, foi mesmo uma feliz coincidência e hoje, aqui vamos cumprir o nosso dever cívico, cantando com Os Incríveis, o Hino Nacional e o Hino da Independência. Este compacto saiu no auge da ditadura. Muitos diziam que a banda era ‘vendida’, à serviço da propaganda do Governo Militar, devido ao fato de terem gravado “Eu te amo, meu Brasil”, de Dom e Ravel, que por sinal foram outros injustiçados, usados e abusados pelos militares e super discriminados pelos artistas de esquerda. O mesmo, de uma certa forma, ocorreu com Os Incríveis, que gravaram essa música apenas de sarro. Quando em 1971 eles saíram com esse compacto, cantando os hinos Nacional e da Independência, num disco patrocionado pelo sabão em pó Rinso, muita gente caiu de pau neles. A verdade é que Os Incríveis era uma banda de rock’n’roll. Bom, pelo menos essa era a proposta inicial. Por certo, aquela turma não estava preocupada com política, o que eles queriam era fazer música, rock. Nesse sentido, pessoalmente, acho que a banda só tinha um defeito, eram péssimos na escolha de repertório. Quem via os caras pela estampa, ou pelo arsenal de instrumentos musicais, no final dos anos 60, achava que era uma super banda de rock. E eram, só que estavam mais para uma super banda da Jovem Guarda. Músicos talentosos que viriam a me fazer pagar língua quando surgiram com seus “Casa das Máquinas”, do Netinho e “Som Nosso de Cada Dia”, do Manito (essa última então, mora no meu coração e ‘Favoritos’). Não sei o que realmente motivou os rapazes a gravarem este compacto, contudo o fizeram muito bem. A gente até passa a ouvir esses hinos com outros olhos. Quem sabe assim, através de uma versão moderninha, as pessoas passem a simpatizar mais com a música e principalmente cantar direito a letra (a gente escuta cada uma…)
É isso aí, moçada culta e oculta! Põe para tocar, levantem, mão no peito e podem cantar. Não se esqueçam da Bandeira Nacional, põe do lado e deixa o santo do patriotismo baixar…

hino nacional brasileiro
hino da independência

Mexicoração – Copa 86 (1986)

Vamos que vamos, Brasil!!! Hoje tem a estréia da Seleção Brasileira e tá todo mundo ligado na mesma emoção, com diz a música. Eu, obviamente, não poderia deixar de dar um toque de celebração à festa que está apenas começando. Como brasileiro e torcedor, desejo boa sorte para esse time do Dunga. Vamos lá, vamos trazer a Copa de novo para o Brasil.
Para ajudar na comemoração e também para embalar as festas após o jogo, aqui vai este disco recheado com aquelas canções que todo mundo conhece, as trilhas e os temas de diversas Copas do Mundo. Uma seleção musical que é só alegria. Viva o Brasil!!!

mexe coração – turma da seleção
pra frente brasil – coral do caneco
povo feliz – junior
bola pra frente – santa cruz
eu acredito nesse time – gool 86
corrente 78 (o hino da copa) – coral de joab
70 neles – gal costa
a taça do mundo é nossa – coral do caneco
meu canarinho – luiz ayrão
gôôôô-ôôl! brasil! – os incríveis
sou tri campeão – golden boys
mexe coração – instrumental para karaokê

Os Incríveis Mingo, Nene e Risonho (1973)

Este não é exatamente um álbum dos Incríveis. Trata-se apenas de um disco lançado por três do seus membros – Mingo, Nenê e Risonho. Numa jogada esperta, o nome Os Incríveis aparece em destaque. Como se precisasse. Este disco não fica muito longe do que a banda veio produzindo naqueles anos. Vale a pena conferir pelo repertório que inclui “Estrada do Sol” de Jobim e Duran.

1 Estrada do sol (Dolores Duran – Tom Jobim)
2 Ogum (Hélio Matheus – Nenê)
3 Gabriela (Fred Jorge – Mingo)
4 Estou a perigo (Nenê)
5 Everything’s gonna be all right (Mingo)
6 Uma rosa pra Dita (Nenê)
7 Kriola (Hélio Matheus)
8 Adeus tristeza (Adios tristezas)(Arbex)
9 O magnário (Risonho)
10 Teu pai tua mãe num qué (Nenê)
11 Carry on (Kalk)
12 Eu sou humilde (Nenê)

Os Incríveis (1970)

Na mesma seqüencia e sintonia, segue agora o álbum de 70, outro grande disco. Embora muito mal falado por muitos, devido a emblemática música de Dom e Ravel “Eu te amo meu Brasil”, que foi de imediato associada à propaganda a favor do governo militar e a ditadura. Acho que foi em razão disso que eles pararam. Acho também que esta parada foi fatal, minando todas as outras tentativas de retorno. Uma pena… Sei que alguns dos integrantes se reuniram e lançaram em 2001 um disco ao vivo. Eu bem que gostaria de ouvir, ainda não tive a oportunidade de achá-lo. Se alguém souber e puder me dar uma dica de onde baixá-lo, ficarei grato. 🙂

01 Adeus amigo vagabundo ( Tributo a Jimmy Hendrix )
02 Vou pra beira do mar esperar o sol
03 Eu te amo meu Brasil
04 Você pensa que é a tal
05 Mundo de amor
06 Eu preciso me livrar de você
07 Question
08 Sem destino (Vagabondo)
09 You keep me hangin’ on
10 Hi-de-ho

Os Incríveis (1969)

Não sei se ja deu para perceber, mas sou fan dos Incríveis, principalmente nesta fase que vai de 1968 a 72. Este disco de 69 é tudo de bom e por essa e outras que não pode faltar no Toque Musical. Este álbum foi relançado em cd juntamente com o de 70, na Série 2 em 1 como um presente. Dois dos melhores discos da banda que eu não irei poupar um toque.

01 Vendedor de bananas
02 Renascerá
03 O vagabundo (Giramondo)
04 Quando vejo o sol
05 See saw
06 Você não foi aquilo que pensei
07 Que coisa linda
08 Vendi os bois
09 Embora
10 Jurema
11 Pra onde é que eu vou

Os Incriveis – Nesse Mundo Louco (1967)

Vou postando mais um disco dos Incríveis para embalar a festa. Embora seja uma figurinha repetida, fácil de achar em outros blogs, faço questão de também tê-los aqui. Esse toque eu também quero dar. Adoro essa fase da banda…

01 The girl like you
02 Renascerá
03 Hi-Lili Hi-lo
04 Hold tight
05 La fisarmonica
06 My mummy put sugar on me ( Mamãe passou açúcar em mim )
07 Piangi com me
08 Giulieta
09 Feliz foi Adão
10 Don Pepe Legal
11 Que será será ( Whatever will be, will be )
12 Um sorriso champagne

Os Incriveis – Para Os Jovens Que Amam Os Beatles E Os Rolling Stones (1967)

Depois do Manito, achei que seria uma boa trazer alguma coisa dos Incríveis. Este foi, sem dúvida, um dos mais importantes grupos de rock brasileiro. Me lembro, ainda menino, de ouvir direto este disco na casa de meus primos. Essa capa, com motivos pscoldélicos, nunca saiu da minha cabeça, assim como as músicas deste disco. Quem nunca cantou, pelo menos o refrão, de “Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones” ou nunca ouviu o instrumental “O Milionário”? Apesar de versões, como era comum naquela época, Os Incríveis foi bem mais que um simples grupinho da Jovem Guarda. Eles tem uma história própria. São merecidamente os incríveis do rock nacional. Tem que ouvir direito. Tem que ouvir este toque…

1 Minha oração (My prayer)
(Boulanger – Kennedy)
2 Vai, meu bem (Hideaway)
(Blaikley)
3 Nosso trato (Sei giá d’un altro)
(Pantros – Wilson)
4 Era um garoto que como eu amava os Beatles e Rolling Stones (C’era un ragazzo che come me amava I Beatles I Rolling Stones)
(Migliacci – Lusini)
5 O homem do braço de ouro (Delilah Jones)
(Fine – Bernstein)
6 O milionário (The millionaire)
(MaxField)
7 Molambo
(Jayme Florence – Augusto Mesquita)
8 You know what I want
(Blaikley)
9 Czardas
(Monti)
10 Perdi você
(José A. Diogo – Carlos Mendes)
11 Nosso abraço aos Beatles e Rolling Stones: Twist and shout
(Russell – Medley)
12 Satisfaction
(Jagger – Richard)
13 Não resta nem ilusão
(Natal Maleski)