José Vasconcelos Conta Histórias De Bichos (1962)

Bom dia criançada culta e oculta! Com tantas manifestações relacionadas ao ao universo infantil e principalmente por conta de ser hoje o Dia das Crianças, aqui vamos nós com uma homenagem a altura e bem ao gosto do Toque Musical. Apesar de reduzir o fluxo de postagens, o TM não pára e continua mandando vê… e ouvir, claro!
Olha aí, que legal! Trago para vocês este raro e interesantíssimo lp do saudoso comediante José Vasconcellos, figura que foi muito popular, principalmente nos anos 60. Este álbum tem um quê de especial porque não se resume apenas a mais um disco do humorista. Trata-se de um disco voltado para o público infantil. As músicas são criações do maestro Lindolfo Gaya, com letras de Pascoal Longo. Eu mesmo, quando criança, ouvi este disco até acabar e sabia até cantar as músicas de introdução. Taí outro e importante valor agregado, a cada história contada pelo Zé, vem de abertura um trecho musical cantado por algumas estrelas do ‘cast’ da Odeon na época. Daí, já deu para perceber… Celly Campello, Moreira da Silva, Anísio Silva, Stellinha Egg, Elza Soares, Noriel Vilela, Trio Irakitan, Norma Bengell e até o João Gilberto. Curiosamente, tem por aí alguns fãs do João que nunca ouviram essa faceta, vão gostar. Ë nessa hora que eu fico pensando e me perguntando, quando que a indústria fonográfica conseguiria repetir algo parecido, ou, do mesmo nível. Ah, que bobinho sou eu… isso tudo já é coisa do passado. (acho que é por isso que eu sou tão saudosista)

o presunto do jacaré – celly campello
a roupa do leão – joão gilberto
o elefante tarzan – noriel vilela
vicente, o peru diferente – norma bengell
o rato cangaceiro – trio irakitan
rosa, a macaca formosa – anísio silva
a barata serafina – elza soares
panchito, o galo tenor – trio esperança
a pirraça da tartaruga – stellinha egg
o gato raulino – moreira da silva
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Anisio Silva (1970)

Puxando do fundo da gaveta e sem olhar, me saiu este álbum do cantor e compositor romântico, Anísio Silva. Este disco eu ensaiei várias vezes a postagem, mas sempre acaba ficando. Desta vez ele veio no acaso e por acaso, num momento bom. Pessoalmente, o que mais me chama atenção neste disco não são as músicas e sim a foto da capa. Bacana, não? Uma bela composição, que nos remete mais a algum disco de jazz. Contudo, o que temos aqui é a autêntica música popular, a música que o povo com seu ingrediente mais importante, o romantismo. Confiram…

meu tema é você
o home e a vida
botãozinho de flor
ficamos sós
tem pena de mim
meus desejos
se eu te perder
o que eu queria
o amor que não vivi
indiferente
você é saudade
você tem tudo para ser feliz
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Anisio Silva – Canta Para Você (1959)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Felizmente, nesta última semana do ano, eu estou de folga, graças à Deus! Quero aproveitar o momento para colocar a ‘casa’ em dia, atender às pendências e preparar tudo para 2012. Continuaremos firme, enquanto pudermos resistir!

Hoje e mais uma vez eu quero trazer aqui outro disco do Anisio Silva, com capa assinada pelo César Villela. Taí um disco que venderia só pela capa, um estilo inconfundível que fez do Villela o melhor artista de capas do Brasil (pelo menos, eu acho).
Uma curiosidade que me chamou a atenção foi perceber o quanto o Anisio Silva, nessa época e neste disco se parece com o guitarrista e compositor mineiro Affonsinho (tocou no Hanoi Hanoi). Reparem bem, tirando o bigodinho é uma a cara do outro, hehehe…
Agora, falando do disco, temos aqui o baiano em um dos seus melhores trabalhos pela Odeon. desta vez acompanhado pelas orquestras dos maestros Astor, Gaya e Arcy Barbosa. Disco lançado em 1959, traz as tradicionais doze faixas, onde predominam os boleros, alguns inclusive, de sua própria autoria, como o sucesso “Onde estás agora”. Não deixem de conferir!
Se mais tarde eu ainda estiver animado, darei outro toque com Anísio Silva (e César Villela, claro!).
pressentimento
desilusão
onde estás agora
destino
desencanto
incompreendida
quero beijar-te as mãos
vai
palavras cruéis
devolva-me
tu, somente tu
não digo o nome

Anisio Silva – Com Oswaldo Borba E Sua Orquestra (1960)

Boa tarde/noite, amigos cultos e ocultos! Com este horário de verão a gente as vezes fica meio perdido… E por falar nisso, em estar perdido, eu hoje estou meio assim. Resolvi então fazer uma graça e atender aos pedidos de uma meia dúzia, que já a algum tempo vem me pedindo os discos do Anisio Silva. Sinceramente, devo confessar, o Anisio Silva é um daqueles artistas que eu nunca dei muita bola. Do pouco que conheço, sempre achei meio brega e mais ainda, a voz dele, sempre me pareceu brejeira e oscilante. Posso estar aqui falando bobagem, mas é o que eu penso. Por outro lado, uma coisa que sempre me chamou a atenção, foram as capas dos seus discos, mais exatamente as da fase na Odeon. Tem cada uma ótima, tanto em beleza quanto em curiosidades. Vejamos, por exemplo esta do disco gravado por ele e acompanhamento da orquestra do maestro Oswaldo Borba. Vejam que bela composição fotográfica, que resultado final bacana no ‘lay-out’. Pois é, só podia ser mesmo coisa do César Villela. E a fotografia, que com certeza foi feita numa 6×6, é de um tal Pierre (seria o Verger?). Vemos aqui um trabalho de arte gráfica de primeira linha. Para um estrangeiro, ao deparar com essa capa e à primeira vista, há de pensar que se trata de um músico de jazz. A arte tem todas essas características e consequentemente, tudo a ver com o grande Villela.

Bom, mas falando também do recheio, o disco em si, temos aqui uma seleção musical onde predominam os boleros. O Anisio Silva era um mestre nesse assunto e como poucos, talvez o único cantor romântico popular a vender milhares de discos, numa época em que a música brasileira estava sendo reformulada pela Bossa Nova. Anisio foi sempre um artista de sucesso, mas na minha opinião, acho que como cantor ele era um ótimo compositor. Porém, contudo e todavia, não deixo de reconhecer o seu talento e muito do seu repertório. Olhando e ouvindo a coisa com outros olhos, percebo que meu ranço está mesmo em sua interpretação, que certamente agrada a unanimidade. Por isso, quem sou eu frente a todos, prefiro não provocar… Melhor ainda, vamos ouvir… escutem daí que eu vejo de cá, estamos combinados? hehehe…
tu has de voltar
o mal da gente
meu amanhã
porque voltei
abra a porta por favor
há na saudade um segredo
tente sorrir
amar
noite e dia
nasci para te adorar
ausência
quero estar contigo

Dalva De Oliveira & Anisio Silva – Para Você Mamãe (1960)

Domingo de sol, linda manhã para alegrar meu espírito um tanto melancólico. Hoje é o Dia das Mães e eu não poderia deixá-lo passar em branco. Mesmo sem tempo, fiz questão de roubar 15 minutos de trabalho. Embora seja domingo, eu estou trabalhando. Estou em Ouro Preto no alto do morro, mais próximo do céu e com certeza da minha mãe, que a pouco mais de dois anos partiu. Luizinha, minha mãe, tenho saudades de você!
A postagem de hoje, como não podia deixar de ser, é dedicada às mães e também aos filhos que como eu sabem a falta que ela faz. Viva a mamãe! Mesmo agora, estando apenas em nossos corações. Salve todas as mulheres, cujo o dom maternal fez nascer e crescer os seus frutos com amor incondicional. Feliz aquele que ainda tem a sua. Mãe é mãe…
Aqui temos então a mãe Dalva de Oliveira ao lado de Anísio Silva, neste compacto de 45 rpm com quatro faixas, lançado em 1960 pela Odeon. Na verdade, trata-se de um relançamento de dois discos de 78 rpm gravados no ano anterior. Destinados às festividades do Dia das Mães, temos as valsas “Minha mãe, minha estrela”, de Rubem Gomes e Luiz Dantas e em dueto com Anísio Silva, “Amor de mãe”, de Raul Sampaio e “Minha mãe”, de Lindolfo Gaya sobre poema de Casemiro de Abreu. Dois discos em um, raro e nunca mais revisto. Confira o toque… e um feliz Dia das Mães!

minha mãe
minha mãe, minha estrela
amor de mãe
canção da minha mãe

Carnaval De Ontem E De Hoje (1964)

Mais uma pérola resgatada que merece a maior atenção. Este disquinho foi lançado em 1964, como podemos ver pela capa, trazendo os “hits” do carnaval daquele ano juntamente com alguns outros sucessos do passado. O repertório é dos mais interessantes. A primeira faixa “Mag, Inês e Ana” já vale o disco e merecia estar presente no nosso próximo carnaval. Deveria ser adotada pelo governo na campanha de prevenção e conscientização no próximo carnaval. Tem tudo a ver, não é, presidente Lula?

mag, inês e ana – nuno roland
no balanço da cabrocha – nelson guimarães
cuidado matusquela – nelson guimarães
o futuro a deus pertence – helio cavalcanti
tudo pode acontecer – helio cavalcanti
falta tudo – kleber e o côro do clube do guri
não posso mais – nuno roland
a maria tá – walter levita
frevo n.1 dos vassourinhas – orquestra e côro do bloco dos vassourinhas
mané garrincha – côro do clube do guri
sem razão – anisio silva
cara boa – lucy rosana
um coração que chora – anisio silva
rei pelé – côro do clube do guri