Vinicius de Moraes – Nossa Filha Gabriela (1972)

Olá amigos cultos e ocultos! O tempo anda curto, mas o Toque Musical não pode parar. Ainda limpando a gaveta, tenho outro disco que sempre ficou esperando oportunidade. Temos aqui mais uma das boas trilhas de novela feita pela dupla Toquinho e Vinícius. “Nossa Filha Gabriela” foi uma novela da extinta TV Tupi, dirigida por Carlos Zara e que foi ao ar em 1971. Foi a primeira vez que uma telenovela recebeu um tratamento musical como este, com uma trilha exclusiva, como no cinema. Depois dessa experiência a dupla viria a fazer mais sucesso em novas músicas destinadas à teledramaturgia, como “O Bem Amado” e “Fogo Sobre a Terra”. Este disco tem também como destaque Vinicius cantando. Acho que depois das experiências em diversos shows e no Circuito Universitário, o poeta resolveu soltar um pouco mais a voz.

sei lá… a vida tem sempre razão
amor e solidão
ele e ela
modinha 1
o céu e o meu chão
la casa (diálogo)
la casa
valsa para uma menininha
a rosa desfolhada
o pato
modinha 1 (toquinho)
o céu e o meu chão

Morte E Vida Severina – Trilha Sonora Do Filme (1977)

Bom dia! Ontem pela, primeira vez, tive tempo e paciência para conhecer melhor os meus contadores de visita e estatísticas. Tenho três contadores no blog, sendo um deles oculto, o da Google. E justamente este, o mais completo, eu nunca havia investido, nem sabia como funciona. Mas quem tem amigo não morre pagão. Com uma pequena ajuda dos amigos, eu vou aos poucos ampliando meus conhecimentos sobre as ferramentas que disponho no blog. Que maravilha! Agora consigo localizar de onde vem os acessos e até já consigo ver os amigos ocultos. Mas o melhor foi saber de onde vem as pedras. Agora ficou mais claro… quem diria… Fico aqui pensando apenas numa coisa, como é estranha a natureza humana. Só isso…

Vamos agora falar do disco do dia. Hoje temos aqui a trilha sonora original do filme de Zelito Viana, “Morte e Vida Severino”, de 1977, baseado no livro de João Cabral de Melo Neto. Este texto/poema se tornaria um clássico a partir dos anos 60 quando foi levado para o palco. Chico Buarque de Holanda musicou alguns dos poemas do livro. Na versão cinematográfica, veio nos anos 70 este filme do diretor Zelito Viana. A trilha sonora é de Airton Barbosa, um dos integrantes do Quinteto Villa-Lobos. A música de Chico também está presente. Participam do álbum os mesmos intérpretes do filme, as cantoras-atrizes Elba Ramalho e Tânia Alves, os atores Jofre Soares, Stenio Garcia, José Dumont e o próprio diretor. Também estão presentes músicos como Geraldo Azevedo e Kátia de França, entre outros… O resultado em disco não podia melhor tendo ainda a direção artística de Marcus Vinicius e a produção de Marcus Pereira. Muito bom! Confiram aí…
de sua formosura
severino – o rio – notícias do sertão
mulher na janela
homens de pedra
todo o céu e a terra
encontro com o canavial
funeral de um lavrador
chegada ao recife
as ciganas
despedida do agreste
o outro recife
fala do mestre carpina

Coral De Joab – O Melhor Das Novelas (1972)

Olá amigos cultos e ocultos! Em janeiro deste ano eu postei um compacto com o tema da Copa do Mundo de 70, o famoso Prá frente Brasil”, um disquinho com a orquestra do maestro Guerra Peixe em conjunto com o Coral de Joab. Ficou desde então uma dúvida ou uma questão a ser esclarecida: quem era o Coral de Joab? Taí uma pergunta que eu não soube responder, embora tenha insistentemente procurado informações. Passado todo esse tempo, ainda continuo na mesma… Nem com meu faro de detetive Olho Vivo consegui chegar às vias de fato. O pouco que eu sei é que este coral foi muito atuante nos anos 60 e 70. Gravaram muitos jingles, trilhas, discos comemorativos e também atuaram como ‘pano de fundo’ para diversos artistas.

Eu não achei mais informações, mas encontrei um outro disco deles com temas de novelas. Eis aqui o álbum “O melhor das novelas”. São temas bastante conhecidos, principalmente para a turma que está acima dos 40. Um disco muito interessante. Vale uma conferida e se possível uma luz… um complemento informativo sobre o grupo. Estou aguardando… 😉
o bofe (tema de o bofe)
love’s whistle (tema de bandeira 2)
o primeiro amor (tema de o primeiro amor)
a música do meu caminho (tema de o preço de um homem)
candida (tema de sol amarelo)
rock and roll lullaby (tema de selva de pedra)
bel-ami (tema de bel-ami)
você não tá com nada (tema de bandeira 2)
na selva de pedra (tema de selva de pedra)
mariana (tema de o primeiro amor)
hippie (tema de o preço de um homem)
selva de pedra (tema deo primeiro amor)

Deus Lhe Pague – TSO (1976)

Bom dia, meus prezados amigos cultos e ocultos! Vamos nós começando a semana, trazendo sempre uma rara novidade ou uma grata lembrança, para alegar nossas vidas.

Começo a semana com um disco que pouca gente conhece e só recentemente veio a ser relançado em cd na coleção que reuniu toda a discografica de Vinícius de Moraes, intitulada “Como dizia o poeta”. “Deus lhe pague” foi uma super produção cênica-musical produzida por Mário Prioli, sob a direção de Bibi Ferreira e tendo Walmor Chagas e Marília Pera na frente do elenco. O texto é uma adaptação da peça de Joracy Camargo e as músicas de Edú Lobo e Vinicius de Moraes. Este, sem dúvida, foi um musical ao qual a imprensa na época parece não ter dado muita bola. E o espetáculo acabou não merecendo a devida repercussão. Podemos dizer que chegou mesmo a ser um fracasso. Obviamente, não foi pela qualidade da obra e dos artistas envolvidos. “Deus lhe pague” é um clássico do nosso teatro e já foi levada ao público por diversos grupos cênicos. O certo é que esta versão ficou um pouco apagada e talvez por isso mesmo o álbum nunca antes tenha sido relançado. Com tudo, ou apesar de tudo, o disco é muito bacana e vale mesmo uma conferida 😉 Quem ainda não conhece, tá na mão…
eu agradeço
o que é que tem sentido nesta vida
samblues do dinheiro
lamento do joão
labirinto
tá difícil
um novo dia
além do tempo
decididamente
pobre de mim
joão não tem de quê
cara de pau

Sergio Ricardo Lindolpho Gaya – Trilha Sonora Original Do Filme Esse Mundo É Meu (1964)

Para quem gosta de cinema e música de qualidade, eis aqui um álbum nota 10. A trilha original do filme de Sérgio Ricardo, “Esse mundo é meu”, de 1964. Não vou entrar em detalhes sobre esse longa, deixando a apresentação para o texto interno, do também cineasta Cacá Diegues. O álbum, em capa dupla, foi produzindo por Roberto Quartin para o selo Forma. A orquestração e os arranjos são do maestro Lindolfo Gaya e as composições de Sérgio Ricardo que, obviamente, participa também cantando e tocando. Um dos raros trabalhos fonográficos da época com ficha completa dos artistas e profissionais envolvidos. Assim é que eu gosto, tudo mastigadinho ;).

Este disco já foi apresentado em outros blogs e não poderia faltar aqui no Toque Musical, que também adora a arte de Sérgio Ricardo. Se você ainda não viu este rodando por aí, aproveita agora… 😉
cabocla jandira
sonho
chorinho da barbearia
nem fome nem eito
tempestade I
pregão
oxalá, meu pai
esse mundo é meu
tempestade II
cabocla jandira

Arena Conta Zumbi (1965)

Interessante… Em pouco mais de uma semana, três pessoas, em situações totalmente distintas, me perguntaram se eu teria no blog o disco Arena conta Zumbi. Eu tinha certo de que já o havia postado, não sei porque razão. Depois me lembrei de outras encarnações e tudo ficou claro. Realmente, eu ainda não o apresentei aqui no Toque Musical. Portanto, hoje vamos a ele 🙂
“Arena conta Zumbi” é uma peça teatral de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, com música composta por Edú Lôbo. O musical, um marco na trajetória do Teatro de Arena, estreou neste saudoso e emblemático teatro de São Paulo, no dia 1 de maio de 1965. A direção musical foi de Carlos Castilho que também participa tocando violão e a direção geral de Augusto Boal. No elenco, entre outros haviam o Guarnieri, Lima Duarte, Dina Sfat e Marília Medalha.
O texto da peça é baseado no romance de João Felício dos Santos e conta a história do Quilombo dos Palmares e da vinda de Zambi para o Brasil num barco negreiro. Porém, a adaptação de Boal e Guarnieri refletia a realidade do momento, o contexto social, cultural e principalmente político do país naqueles anos. Como exemplo, temos incluído um discurso do General Castelo Branco que na peça é fala do personagem, o governador Dom Ayres.
Esta peça teve várias montagens, não apenas no Brasil, mas também na Argentina, Uruguai, França e América.
Apesar de existir pausa entre falas e músicas no disco, eu achei por bem não separá-las, mantendo inteiros os lados A e B.

Aí Vem O Dilúvio (1981)

Hoje, para encerrar a mostra dos musicais, teremos um dilúvio. Calma! O dilúvio a que me refiro é apenas o nome deste musical que eu chamaria de infanto-juvenil, muito conhecido por aqui. Dos italianos Garinei e Giovannini, traduzida e adaptada por Brancato Jr., a peça conta de maneira bem humorada a passagem bíblica de Noé e sua arca. Me parece que já foi montado no Brasil pelo menos umas três vezes. Aqui temos em disco a montagem de 1981, que acredito ter sido a primeira. É estranho, a gente vai procurar informações sobre as montagens brasileiras no Google, mas o máximo que encontramos são currículos de atores relacionados à peça, algum sebo vendendo o vinil que já virou raridade ou pequenas notas em diários eletrônicos que nada acrescentam. Como eu não vi e nem conheço bem este musical, vou me limitar a dizer que a trilha que ouvi e achei muito interessante. Confiram vocês também!

um lugar na mesa
que pena que seja pecado
padres e sinos
bela noite sem sonho
isto é o amor
as formigas
san crispin
doce clementina
a pombinha
um lugar na mesa

Alô, Dolly! (1966)

Aqui, temos outro musical importante, que também não pode faltar nesta mostra, “Hello Dolly!” ou “Alô Dolly!”. Sucesso de bilheteria e mundialmente conhecido, aqui no Brasil não foi diferente, a ponto de render temporadas e até esse disquinho. A versão brasileira contava com Bibi Ferreira, Paulo Fortes e um grande elenco, como podemos ver na capa.
Eu já vi este disco postado por aí, em outros blogs, não é novidade. Mas aqui também temos a nossa versão. Desculpem, mas hoje o dia foi de amargar. Já estou até ‘variando’ de sono Zzzz…

abertura
ponho a mãozinha aqui
tem que ser aquela
ponha uma roupa de domingo
meu chapeu enfeitarei de fitas
marche, marche, marche
dançando
na marcha da vida a passar
elegancia
alô dolly!
apenas um momento
adeus, querida
final

Como Vencer Na Vida Sem Fazer Força (1964)

Como eu havia prometido, aqui está, o disco de “Como vencer na vida sem fazer força”.
Mais uma comédia musical americana famosa por aqui. Teve sua estréia em 1964, no Teatro Carlos Gomes, Rio. Seu elenco era composto por um time de atores dos mais brilhantes. Contam que até a Elis Regina fez o teste para participar da primeira montagem, mas perdeu para Marília Pera. A adaptação do texto original foi de Carlos Lacerda para os diálogos e Billy Blanco para as canções. Isso, sem dúvida, confere a este musical um interesse ainda maior. Até o Moacyr Franco se superou e chega mesmo a nos surpreender.

ouverture / como vencer – moacyr franco
feliz em espera-lo para o jantar – marília pêra
o cafezinho – paulo araujo, berta loran e côro
o jeito da companhia – moacyr franco, nestor montemar, paulo araujo e côro
a secretária não é brinquedo – francisco dantas e côro
foi um dia trabalhoso – moacyr franco, marília pêra e berta loran
os buldogues – moacyr franco e procópio ferreira
modelo de paris – marília pêra, berta loran e côro
rosemary – moacyr franco, marília pêra e paulo araujo
cinderela querida – berta lorane côro
coração de ouro – procópio ferreira e lilian fernandes
eu creio em você – moacyr franco e côro
confraria – moacyr franco, nestor montemar, geisa gama e côro
final – marília pêra e toda a companhia.

Minha Querida Lady – Bibi Ferreira E Paulo Autran (1962)

Mais um musical de grande sucesso em todo o mundo, “My Fair Lady”. Baseado na novela “Pygmalion” de Bernard Shaw, estreou na Broadway em 1956. Me parece que até hoje ela ainda continua em cartaz. Foi um tremendo sucesso e logo teve versões espalhadas por vários lugares, tendo inclusive sua versão ‘holliwoodiana’ para o cinema.
No Brasil sua estréia aconteceu em 1962 com Bibi Ferreira e Paulo Autran. Considerada uma das melhores versões, “Minha querida lady” foi sucesso também por aqui. A versão é de Henrique Pongetti para o texto e Victor Berbara as canções. A regência ficou por conta do maestro Alexandre Gnattali. No elenco ainda fazem parte Jayme Costa, Estellita Bell, Helio Paiva e Sérgio de Oliveira. Sem dúvida, esta versão foi mais uma que mereceu seu registro em disco. Muito bom, confiram este toque 😉

abertura
porque não podem os ingleses aprender?
tão felizes
bocadinho só
sou um homem bem comum
já verás, mestre higgins
o rei de roma ruma a madrid
eu dançaria assim
gavota de ascot
a rua onde ela mora
valsa da embaixada
vitória
vou me casar em matrimônio
sem você
ao seu olhar me acostumei
final

Jesus Cristo Super Star (1972)

Olá caríssimos (rapidinho), hoje é dia de espetáculo! E eu tenho a honra de trazer até vocês o consagrado musical dos anos 70, “Jesus Cristo Super Star”. Criado por Tim Rice e Andrew Lloyd Webber – autor de tantos outros trabalhos como “Cats”, “O Fantasma da Opera” e “Evita” – este musical foi sucesso imediato em todo o mundo, com montagens em vários países, inclusive no Brasil. Por aqui, a versão foi de Vinicius de Moraes e gerou este merecido lp. Gravado em estúdio, o disco contou com a participação de todo o elenco da peça. A regência é do nosso já conhecido, maestro Salinas.

céu na cuca
tudo está bem
sinédrio e hosanna
simão zelote
sonho
tenta não pensar
gethsemane
negação de pedro
vamos reperit
rei herodes
arrependimento de judas
condenação
superstar
PS.: temos duas versões para avaliação, uma editada e outra integral/ripagem bruta, sem tratamento. Mas em todos os dois casos o som está ótimo!

Antonio Maria – Trilha Sonora Original Da Novela (1968)

Muito bem, aqui vou eu finalizando as postagens dos disco de trilhas de novelas. Como quase ninguém comentou, imagino que não tenham gostado, embora o número de downlods tenha sido considerável. Seja como for, com esta postagem encerro a sessão novelas.
Posso dizer que fecho com a mesma chave de ouro que abri dias atrás, com “Nino, o italianinho”. Um belo e raro disco, agora celebrando a cultura portuguesa, com certeza!
Antonio Maria foi uma novela também da TV Tupi, apresentada em 1968, escrita e dirigida por Geraldo Vietri. Não tenho muita certeza, mas acho que foi por aí que começaram a aparecer os atores Tony Ramos, Aracy Balabanian e Denis Carvalho.
A trilha sonora deste disco é muito bacana. Temas portugueses, com certeza. Mas tendo à frente o Sergio Cardoso e Altamiro Carrilho e Sua Bandinha que praticamente tocam em quase todas as faixas. Muito bom, podem conferir…

tema de amor em forma de prelúdio – sergio cardoso
soneto – dp – sergio cardoso
só nós dois – tony de matos
coimbra – altamiro carrilho e sua bandinha
uma casa portuguesa – altmiro carrilho e sua bandinha
corridinho 1951 – altamiro carrilho e sua bandinha
canção do mar – sergio cardoso
cantico negro – sergio cardoso
lado a lado – tony de matos
bailinho da madeira – altamiro carrilho e sua bandinha
a rosinha dos limões – altamiro carrilho e sua bandinha
tiroliroliro – altamiro carrilho e sua bandinha

Um Sol Maior – TSO (1977)

Olá! Gostaria de informar que, muitas postagens antigas já estão com links novos. Pela minha checagem, faltam agora menos dez que ainda não foram renovados. Espero para breve estar com o blog todo em dia.
Dando sequência a mais um capítulo das nossas trilhas de novela, vamos com mais uma da Tupi. Esta novela eu nem me lembrava, por isso não sei nem qual era a estória. Mas gostei da trilha variada, com algumas coisas raras.

reencontro – luiz ayrão
the first time – the horizon orchestra
você – claudette soares
meiga presença – josé milton
descanso – cesar costa filho
flutuando no seu amor – maria tereza
ai quem me dera – clara nunes
foi um sonho só – gerson combo
tudo está mudado – benito di paula
rugas – luiz carlos clay
pare e pense – sidney quintela
uma chance – gerson combo

Simplesmente Maria – TSO (1970)

Opa! Quase ficamos sem a segunda dose do dia. Mas antes tarde do que nunca, não é mesmo? Desta vez temos “Simplesmente Maria”, novela que foi ao ar em 1970, escrita por Benedito Ruy Barbosa. É de chamar a atenção a beleza de Yoná Magalhães nesta foto que ilustra a capa do disco. Há ainda incluido no álbum, um poster de Yoná e o galã da época Carlos Alberto (nem me lembrava mais dele!). Interessante também de notar que este álbum, assim como o da trilha de “Nino o italianinho” são de capa dupla, um luxo para poucos.

A trilha é totalmente instrumental e fica por conta de Elcio Alvarez e Grande Orquestra, interpretando os seguintes trabalhos:
melodia no ar – omar fontana
1. concerto para maria – benito di paula
maria – silvio cesar
canção à maria – j garcia
a minha prece de amor – silvio cesar
sonata à maria – adpt. de elcio alvarez
simplesmente maria – paulinho da viola
sem amor – marcos roberto
a mesma maria – elcio alvarez
prá não dizer adeus – benito di paula
sonho e saudade – salatiel coelho
poema da maria – martinha

A Viagem – Trilha Sonora Original Da Novela (1976)

Olá noveleiros de plantão! Sábado também é dia de novela e não só por isso, aqui estamos nós num novo capítulo, com as trilhas musicais que marcaram época. Como deu para perceber, estou postando dois álbuns por dia. Pensei em apresentar apenas uma meia dúzia desses discos, mas quando fui ver já estava passando da conta. Daí optei por dois ao dia, para não prolongar por muito tempo nessa linha. Semana que vem vou estar postando o que deveria ter entrado nesta última. O importante é variar, mas sem perder o rumo de casa, né não?
Bom, temos para hoje, inicialmente, a trilha de “A Viagem”, a original e uma das últimas novelas da antiga TV Tupi. Escrita por Ivani Ribeiro, a estória foi baseada nos livros “E a Vida Continua” e “Nosso Lar” de Chico Xavier. Anos mais tarde Ivani reescreveria a novela para a Globo.
A trilha é bem variada como um drops sortido, trazendo entre suas faixas coisas raras e até inéditas. Confiram mais este capítulo…

moça criança – agepê
ganhar e perder – adriana
noche de ronda – gregório barrios
assim, tudo está bem – gilbert
tenho – wilson miranda
beco sem saída – silvio caldas
pecado – gregório barrios
carta de alforria – luiz américo
triste adeus – gilbert
se você vai – marcio prado
pulsars – kate lyra
tema r – aloisio silva

O Tempo E O Vento – TSO (1985)

Quando falo da tradição global em tele dramaturgia não é atoa. Aqui temos essa mini-série, que não é exatamente uma novela, mas possui um mesmo formato. Trata-se de uma super produção que foi ao ar em 1985, escrita por Érico Veríssimo e para melhorar ainda mais, a trilha é toda composta e interpretada por Tom Jobim. Realmente um trabalho primoroso, tanto a mini-série quanto o disco. Por essa razão não pude deixar passar este em branco. Tenho certeza que os amigos não vão se importar… Amanhã tem mais novelas para vocês relembrarem. Confiram agora este toque.

introdução
o tempo e o vento
chanson pour michelle
rodrigo meu capitão
um certo capitão rodrigo
minuano
o tempo e o vento
bangzalia
querência – boi barroso
senhora dona bibiana
o tempo e o vento

Gina – TSO (1978)

Quando se fala em novelas é difícil não lembrar da Globo. Ela tem sido a emissora que mais investiu neste gênero de entreterimento, se tornando comum falarmos em novela das oito, das sete ou das seis. Isso para não falar no “Vale a pena ver de novo”. Tem um bom tempo que não acompanho mais a programação de TV e já nem sei se essa tradição ainda continua. “Gina”, eu acho, foi uma novela da seis. Esta também é outra que tem uma trilha maravilhosa. É só Bossa Nova, confira a seleção…

eu preciso de você – sylvia telles
lua cheia – quarteto em cy
castigo – lucio alves
até quem sabe – joão donato
quero te assim – tito madi
diz que fui por aí – nara leão
você e eu – sylvia telles
você – dick farney e norma benguell
coração vagabundo – caetano e gal
o nosso olhar – sergio ricardo
desafinado – joão gilberto
pra dizer adeus – edu lobo e maria bethania
berimbau – baden powell
se todos fossem iguais a você – agostinho dos santos

Cuca Legal – TSO (1974)

Meus caros amigos, completando o dia de hoje, quero deixar para vocês mais um excelente disco de trilha. A novela “Cuca legal”, se não me falha a memória era uma das 19 horas. Horário que a Globo reserva às tramas mais leves e de humor. A seleção musical, como é comum às trilhas de novelas, é bem variada e bem composta como podemos checar logo a baixo. Foi nesta novela que a música “Linha do horizonte”, do Azimuth, se tornou um grande sucesso. Tem mais…
Desculpem, mas o sono já chegou e eu vou mais é cair nos braços de Morfeu. Confiram este toque que é muito bom 🙂 Até amanhã!

não pergunte mais – betinho
rei do mar – djavan
tiu ru ru – chico batera
retalhos e remendos – rick
pelas nuvens – waltel blanco e orquestra som livre
cuca legal – chico batera
linha do horizonte – azimuth
valsinha azul -o rquestra som livre
terceiro ato – antonio carlos e jocafi
adolescentes – orquestra som livre
lero lero social – carlos thiago
canção para um quase amor – pete dunaway e orquestra som livre
tanto amor, nunca mais – luciene franco

Fogo Sobre Terra – TSO (1974)

Bom dia! Aproveito que fui despertado e ainda tenho algum tempinho, para postar mais uma trilha de novela bacana. Começo com “Fogo sobre terra”, novela de 1974 da Rede Globo. Confesso que não me lembro bem da estória, mas a trilha ficou gravada na minha memória. Uma das melhores seleções musicais para novela que a Globo já fez, como se pode verificar logo a baixo na lista. Não sei se este disco chegou a ser relançado em cd naquela ‘leva’ da Som Livre, quando vários títulos do selo foram ressicitados. Pelo sim ou pelo não, aqui está uma amostra desta trilha sonora. Se foi lançado em cd e ainda está à venda, não deixe de comprar, porque vale a pena ter um original. Aqui, vocês sabem, né? O som é de vinil 😉

as cores de abril – toquinho e vinícus
a senha do lavrador – ruy maurity
uma rosa em minha mão – marília barbosa
calmaria e vendaval – djavan
pele de couro – ruy maurity
fogo sobre terra – coral som livre
com licença moço – ruy maurity
divinéia – eustáquia sena
planta baixa – betinho
ai quem me dera – instrumental
o verde é maravilha – ruy maurity
fogo sobre terra – mpb4 e quarteto em cy

Jerônimo – TSO (1972)

Para fecharmos o dia, aqui vai mais uma trilha bacana. Desta vez a novela é “Jerônimo, o herói do sertão”, do ano de 1972. Um bang bang sertanejo que conta as aventuras de Jerônimo (Francisco di Franco), o mocinho cowboy ao lado de sua noiva Aninha (Suzy Camacho) e o fiel escudeiro Moleque Saci (Canarinho). A estória foi criada nos anos 50 por Moyses Weltman para uma novela de rádio, mas ganhou popularidade ao virar revista em quadrinhos.
A trilha é muito boa com uma seleção de repertório bastante homogênia, como se pode verificar logo abaixo. Confiram mais este toque…

moleque saci – ronaldo golden boys
flores do mato – marisa fossa
joão corisco – sá rodrix e guarabyra
lembranças – orquestra odeon
coronel saturnino – golden boys
jerônimo, voltei pra ficar – orquestra odeon
canção de jerônimo – orquestra e côro odeon
do lado do coração – pery ribeiro
monjolo – luiz claudio
suazana – orquestra odeon
tema do caveira – orquestra odeon

Nino O Italianinho – TSO (1969)

Olá amigos! A partir de hoje estarei adotando novamente o Mediafire em nossas postagens. Apesar deste servidor ter prazos curtos e as vezes deletar links sem aviso prévio, ele tem a vantagem da velocidade, tanto para download como para upload. O RapidShare é muito bom, mas é melhor para os que tem conta Premium. Além do mais a sua interface e recursos não são tão aprimorados com no Mediafire. Vou experimentar mais uma vez, vamos ver…
Hoje também eu começo um novo tema, o das trilhas de telenovelas. Na verdade, irei postar alguns discos desse gênero que até hoje eu ainda não vi em outros blogs.
Começo com este lp de uma das mais famosas telenovelas apresentada entre 1969 e 70 – “Nino o italianinho” – pela antiga TV Tupi. Esta novela foi inovadora por trazer elementos que deram uma outra característica à tele-dramaturgia, como a criação dos personagens típicos que se destacam na trama. Esse modelo se tornaria formato para as novelas que vieram depois. Outro pioneirismo foi ter sido esta a primeira produção exportada para outros países. Mas indo direto ao que interessa (o conteúdo musical), temos uma trilha bem interessante, com a participação inclusive dos atores principais, Juca de Oliveira e Aracy Balabanian. Outro destaque é o Benito Di Paula antes de se transformar no cigano romântico que a gente conhece (ups!).
Confiram este repertório:

a última palavra – juca de oliveira
vivremo l’amore – gian carlo
os pensamentos teus – wilson fragoso
casaco marrom – olivia camargo
un bacio – uccio gaeta
canção para o nosso amor – benito di paula
nino – benito de paula
tema de branca – aracy balabanian
o dia que vai chegar – paulo figueiredo
a flor que o tempo guardou – sergio luiz
o sonho impossível – denis carvalho
ária de esperança – graça mello

Liberdade, liberdade… – Espetáculo Cénico-musical (1965)

Aproveitando a onda do “deixa que eu edito”, aqui vai mais um disco sem separação de faixas. Na verdade este é um álbum que não carece necessariamente de tal edição. Isto porque o espetáculo também não tem pausas. Assim, só faz sentido separar as faixas para facilitar a localização imediata de algum trecho. Este disco é o registro ao vivo do espetáculo cénico-musical, apresentado no Teatro de Arena de Copacabana em abril de 1965, com texto de Millôr Fernandes e direção de Flávio Rangel. O elenco era formado por Paulo Autran, Tereza Rachel, Nara Leão e Oduvaldo Vianna Filho, numa produção conjunta do Teatro Opinião e do Teatro de Arena de São Paulo. Em plena ditadura militar o musical, se é que podemos dizer assim, foi sucesso imediato, percorrendo várias cidades do país. No ano seguinte, diante a repercussão, os militares resolvem proibir sua apresentação.

“Muitos acharão que Liberdade, Liberdade é excessivamente circunstancial. O ato cultural muito submetido ao ato político. Para nós, essa é a sua principal qualidade. (…) Consciente de si, do seu mundo, [o artista brasileiro] marca a sua liberdade, inclusive, realizando obras que são necessárias só por um instante. E que, para serem boas, necessariamente terão que ser feitas para desaparecer; deixando na história não a obra, mas, a posição. (…) muitas vezes a circunstância é tão clara, tão imperiosa, que sobe à realidade (…). Afirmamos que nesse instante a realidade mais profunda é a própria circunstância – e nesse momento não ser circunstancial é não ser real”.
Trecho do manifesto do Grupo Opinião



Hair – Primeira Versão Brasileira (1968)

Este é sem dúvida, um blog pessoal. Mesmo com tantas visitas, mesmo com as portas sempre abertas. Mesmo com queixas e reclames. Talvez por isso mesmo, a coisa funcione assim, de forma tão pacional. Me incomoda, as vezes, o silêncio, a falta de retorno… Mas me incomoda mais o compromisso e a atenção que eu nem sempre posso dar. Fico num impasse, entro em conflito… passa um tempo, reflito… Volto ao mesmo ponto de partida, consertando passos e refazendo pegadas. De agora então, farei como os demais, apenas o básico…

Aquarius
Donna
Ás de espadas
Mancherter, Inglaterra
Sou preto, não tenho
Ar
Tenho vida
Hair
Minha convicção
Fácil dizer não
Pra onde eu vou
Hare Krishna
Frank Mills
Crioulos
Olhos abertos
Que obra de arte o homem é
Bom dia , estrela
Deixe o sol entrar

Espectrum – Geração Bendita (1971)

Este álbum é na verdade a trilha sonora de um filme, “Geração Bendita”, tão obscuro quanto o grupo que toca, o Espectrum. Foi considerado a um tempo atrás um dos discos de rock progressivo mais raros e cultuados do mundo, chegando a valer uma baba para colecionadores que corriam os quatro cantos do país (e também do mundo), por lojas e sebos, atrás da preciosa bolacha. Hoje eu não sei exatamente a quantas anda este disco no mercado, pois a um tempo atrás, com toda essa badalação, um dos criadores do grupo, José Luiz Caetano, resolveu investir em seu relançamento. Criou um site onde conta toda a história do grupo e do filme. Para quem quizer saber mais detalhes e adquirir o disquinho, vale a pena dar uma conferida no endereço http://www.spectrum.mus.br/. O toque tá dado…

01. Quiabo’s
02. Mother Nature
03. Trilha Antiga
04. Mary You Are
05. Maria Imaculada
06. Concerto do Pântano
07. Pingo é Letra
08. 15 Years Old
09. Tema de Amor
10. Thank You My God
11. On My Mind
12. A Paz, Amor, Você

Deus E O Diabo Na Terra Do Sol – TSO (1963)

Estou postando este disco que é a trilha sonora original do mais importante filme nacional dos anos 60. O filme de Glauber Rocha se tornou um clássico inesquecível e isto se deve muito à trilha sonora criada por Sérgio Ricardo (e letras de Glauber Rocha). Toda a obra de Glauber foi restaurada e relançada no mercado. Estão disponíveis inclusive as trilhas, como esta, em cd. O que me chamou a atenção e o interesse em postá-lo, foi a capa. Esta que apresento é a original. A primeira versão trazia este encarte, uma pintura que eu acredito ser de autoria do próprio Sérgio Ricardo. Me corrijam se eu estiver errado. Taí mais esse toque…

1 Abertura (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
2 Manuel e Rosa (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
3 Sebastião (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
4 Discurso de Sebastião (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
5 A mãe (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
6 Antônio das Mortes (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
7 Corisco (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
8 Lampião (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
9 São Jorge (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
10 Monólogo (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
11 A procura (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
12 Reza de Corisco (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
13 Perseguição (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)
14 Sertão vai virar mar (Glauber Rocha – Sergio Ricardo)

Os Pastores da Noite ou Otália da Bahia – Antonio Carlos e Jocafi (1977)

Direto do Trilha Sonora, uma cortesia para o nosso deleite e de nossos visitantes. Extraído do livro, de mesmo nome, do escritor baiano Jorge Amado, “Os Pastores da Noite” foi um filme dirigido pelo francês Marcel Camus. participaram do filme Grande Otelo, Antonio Pitanga, Zeni Pereira, Jofre Soares e Mira Fonseca. A trilha musical é composta pela dupla Antonio Carlos e Jocafi e tem a intrepretação da cantora Maria Creuza.
Sinopse: Inspirado na história homônima de Jorge Amado, o filme conta como a chegada de Otália (Mira Fonseca) à Bahia transformaria a vida de vários homens. Nessa famosa história da literatura brasileira, Marcel Camus, diretor do filme, mostra a aventura e o romance no mundo do candoblé, como fez com igual êxito no filme “Orfeu do Carnaval”. Posteriormente, o filme recebeu o título “Otália da Bahia”.

O Fino Da Música No Cinema Brasileiro (1970)

Nesta postagem eu quero dar dois toques musicais. O primeiro vai para este disco que traz 14 faixas com trilhas sonoras de diversos filmes brasileiros. Um trabalho muito interessante. O álbum foi montado nos estúdios do MIS – Museu da Imagem e do Som com gravações originais.
O segundo toque vai para o blog Trilha Sonora. Recém criado agora em agosto de 2007, o espaço é dedicado às trilhas para filmes, espetáculos musicais, jingles, seriados, novelas na TV e todo tipo de trilha e coisas do gênero. Gostei muito do blog e principalmente destedisco que é, sem dúvida, um álbum raro.