Arquivo da categoria: Trilhas
Senhora – Trilha Sonora Da Novela (1975)
Juventude E Ternura – TSO (1968)
E aí, amiguinhos cultos e ocultos, tudo bem? Ainda nas ondas da Jovem Guarda eu hoje trago para vocês uma trilha rara. Trilha de filme, é bom dizer. Extraída do baú do amigo Chico e seu saudoso blog Sintonia Musikal e com os toques e retoques do outro amigo, o Denys, que andou refazendo as artes da capa e também o conteúdo sonoro. Agora encaminha para nós e eu vou logo postando aqui para o deleite de todos. Obrigado, Chico! E obrigado Denys!
Segue então a trilha sonora do filme “Juventude e Ternura”, estreado em 1968, tendo a cantora Wanderléa e o ator Anselmo Duarte como os protagonistas dessa história. O conteúdo musical gira em torno da própria cantora, mas também tem Ed Lincoln, Erlon Chaves, Caetano Veloso, Miriam Makeba e Os Vandecos. Se vocês ainda não tiveram a oportunidade de conhecer, eis aqui a versão definitiva e completa. Confiram no GTM…
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Rock Horror Show (1975)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical oferece hoje o álbum com a trilha sonora do musical “Rock Horror Show”, com o elenco da montagem levada no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1975, sob a produção de Guilherme Araújo. É um espetáculo de origem britânica, com canções e enredo de Richard O’Brien, homenagem bem-humorada aos filmes B de ficção-científica e de terror do final da década de 1940 até o início dos anos 1970. Na história, um casal recém-noivado pego em uma tempestade busca refúgio na casa de um cientista maluco travesti no dia da inauguração de sua nova criação: uma espécie de Frankenstein na forma de um homem musculoso artificialmente fabricado, totalmente crescido, fisicamente perfeito, chamado Rock Horror, “com cabelo loiro e bronzeado”. O elenco brasileiro do espetáculo contou com nomes do porte de Zé Rodrix, Kao Rossman (também responsáveis por sua tradução, ao lado de Jorge Mautner e Antônio Bivar), Wolf Maia e Lucélia Santos, esta última em início de carreira, antes de se consagrar como a escrava Isaura na TV. Zé Rodrix e Guilherme Araújo também assinam a produção deste disco, que certamente é mais uma relíquia que o TM coloca à nossa disposição.
*Texto de Samuel Machado Filho
Edu Lobo & Chico Buarque – Álbum De Teatro (1997)
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje temos mais uma raridade da era do CD. Trata-se do “Álbum de teatro”, lançado em 1997 pela RCA/BMG (hoje Sony Music), reunindo temas dos três balés que Edu Lobo e Chico Buarque compuseram juntos na década de 1980: “O grande circo místico”, “A dança da meia-lua” e “O corsário do rei”, alternando gravações originais e regravações, com outros intérpretes além dos autores. Edu e Chico interpretam juntos “Na carreira”, Leila Pinheiro canta “A história de Lily Braun” (originalmente gravada por Gal Costa), Edu interpreta solo “Na ilha de Lia, no barco de Rosa” e “Choro bandido”, Mílton Nascimento canta “Beatriz”, Zizi Possi interpreta “O circo místico”, e Gilberto Gil canta “Sobre todas as coisas”, seguido por um dueto de Chico Buarque e Gal Costa em “A mulher de cada porto”. Djavan interpreta “Meia-noite”, Ney Matogrosso, “A bela e a fera” (cuja gravação original é de Tim Maia), o grupo Garganta Profunda vem com “A permuta dos santos”, Ed Motta interpreta “Bancarrota blues” (originalmente gravada por Nana Caymmi), Chico canta solo “Valsa brasileira”, Ivan Lins interpreta “Acalanto”, Danilo Caymmi canta “Tororó”, Zé Renato e Cláudio Nucci interpretam “Salmo” e, encerrando o disco, temos a instrumental “Oremus”. Em suma, um belo álbum, produzido e remasterizado por Edu Lobo, que o TM nos oferece hoje, apresentando música da mais alta qualidade. Não deixem de conferir no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
Esse Rio Que Eu Amo (1961)
Olá, amigos cultos e ocultos! O Toque Musical apresenta hoje mais um álbum relacionado ao cinema. É a trilha sonora do filme “Esse Rio que eu amo”, produção de 1961 dirigida por Carlos Hugo Christensen (Santiago del Estero, Argentina, 15/12/1914-Rio de Janeiro, 30/11/1999), com roteiro de Millôr Fernandes. Tendo como pano de fundo o carnaval carioca, o filme adapta quatro contos da literatura brasileira: “Balbino, o homem do mar” e “Milhar seco”, ambos de Orígenes Lessa, “A morte da porta-estandarte”, de Aníbal Machado, e “Noite de Almirante”, de Machado de Assis. No elenco, grandes artistas da época: Jardel Filho, Odete Lara, Tônia Carrero, Diana Morel, Wilson Grey e Francisco Dantas, entre outros. No lado A, temos uma regravação da “Sinfonia do Rio de Janeiro”, de Tom Jobim e Billy Blanco, na interpretação de Lana Bittencourt e Haroldo de Almeida, com orquestração e direção de Lírio Panicalli. Tem ainda o samba “Ele é engraxate”, grande sucesso na época, interpretado por coro infantil, e o samba-canção “Dentro da noite”, de Normando e Édison Borges, na voz do próprio Normando. Por último, no lado B, uma seleção de sambas carnavalescos, tipo “Levanta Mangueira”, “Madureira chorou” e “Quero morrer no carnaval”. Em suma, este é mais um disco que merece a postagem do nosso TM, com toda a justiça. Confiram no GTM.
*Texto de Samuel Machado Filho
Eu – Trilha Sonora Do Filme (1987)
Olá amigos cultos e ocultos! Nossa semana está sendo montada em postagens de trilhas e assim segue mais uma das mais interessantes. Temos aqui a trilha do filme “Eu”, do cineasta Walter Hugo Khoury, realizado nos anos 80. O disco com a trilha saiu em 1987. Buscando um apoio musical coerente com a história do filme (que eu não assisti), o diretor recruta o experiente maestro Júlio Medaglia, autor e responsável pela trilha original. Tem também diversos clássicos do jazz americano dos anos 30, 40 e 50. Para tanto o maestro conta com a participação fundamental da Traditional Jazz Band e do pianista e arranjador Amilson Godoy, além de outros músicos. Trata-se de uma trilha curiosa e muito interessante, onde passeamos por três décadas de jazz. Uma trilha sofisticada que vale um toque musical. Confiram no GTM!
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O Santo Sudário – TSO (1980)
O santo sudário é uma relíquia que, segundo alguns acreditam, foi o pano que envolveu Jesus Cristo quando ele morreu. Guardado em Turim, na Itália, o sudário tem a imagem de um corpo ensanguentado, com feridas parecidas com as de Jesus. Foi revelado no século XV e se tornou uma atração entre os fiéis cristãos. Algumas referências mais antigas sugerem que o sudário é mais antigo que isso ou que outros panos com imagens de Jesus já existiam. No entanto, não existe evidência sólida que foi o pano que envolveu o corpo de Jesus. O santo sudário foi tema de diversos documentários. Um deles foi feito em 1980, sob a direção de Paulino Brancato Jr., até então o único jornalista que teve permissão para entrar na Igreja de São João Batista, em Turim, e filmar o santo sudário. E é justamente a trilha sonora desse filme, com arranjos e regência de Eduardo Assad, que o Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. O lado A tem as músicas do filme acrescidas de narração, com atores interpretando Jesus Cristo, Maria, João Evangelista, Pôncio Pilatos e um jornalista e, no lado B, apenas a execução instrumental. Um trabalho interessante e curioso, que merece uma conferida.
*Texto de Samuel Machado Filho
Liverpool – Marcelo Zona Sul TSO (1970)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Dentro da nossa diversidade fonomusical, temos para hoje um compacto triplo, disco da trilha sonora do filme Marcelo Zona Sul, de Xavier de Oliveira. Este filme nacional estreou em 1970 e teve grande sucesso entre os jovens. Trazia, como protagonista da história os então jovens atores Stepan Nercessian e Francoise Forton. A trilha sonora é executada pelo conjunto Liverpool, ou Liverpool Sound, como está escrito nos créditos do filme. Este, por sinal e para nossa felicidade pode ser encontrado na íntegra, no Youtube. O disquinho, um compacto, virou hoje peça rara de colecionador. Vale a pena conferir, tanto o filme quanto as músicas da trilha.
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Evita – Trilha Sonora Original Nacional (1983)
Hoje, o Toque Musical oferece a seus amigos cultos e ocultos o álbum com a trilha sonora do musical “Evita”, com o elenco brasileiro do espetáculo, lançado pela Som Livre em 1983. O musical foi escrito pelos britânicos Andrew Lloyd Weber (música) e Tim Rice (texto), e foi inspirado na vida e morte de Maria Eva Duarte de Perón, a Evita (1919-1952) e sua influência na história argentina a partir da ascensão ao poder de seu marido Juan Perón, como presidente do país. “Evita” surgiu em 1976, como álbum conceitual de ópera-rock, e seu sucesso levou a produções em Londres, em 1978, ganhando o Prêmio Lawrence de melhor musical, e na Broadway, um ano mais tarde. Foi, inclusive, o primeiro musical britânico a receber o Prêmio Tony de melhor. Em 1998, “Evita” foi adaptado para o cinema, tendo a cantora norte-americana Madonna no papel-título, e a canção “You must love me” faturou o Oscar da categoria. Em 12 de janeiro de 1983, no Teatro João Caetano do Rio, estreou a primeira produção brasileira de “Evita”, sob a direção de Maurício Sherman, tendo no papel-título a cantora Cláudya, Mauro Mendonça como Perón, Carlos Augusto Strazzer como Che, Sílvia Massari como amante de Perón e Hildon Prado como Magaldi (considerado pela história como amante de Evita). O musical fez sucesso, aliás foi o grande momento da carreira de Cláudya, a ponto de ela ser considerada a melhor intérprete do mito político argentino entre todas as versões internacionais do espetáculo. Em 1986, “Evita” foi apresentado no Palace, em São Paulo. E com o mesmo elenco que fez sucesso no Rio de Janeiro, e que gravou o presente álbum com sua trilha sonora. É uma grande produção, caprichada, sob a direção musical de Edson Frederico, em que Cláudya está de fato em sua melhor forma como Evita. E seguramente é mais um produto de nível que o TM hoje nos oferece, com a satisfação e o orgulho de sempre. É ouvir e conferir.
réquiem
esta noite
buenos aires
boa noite e obrigado
ponho o mundo aos teus pés
outra maleta outro portão
nova argentina
o último amor de peron
balcão da casa rosada
já estão aos teus pés
talismã
a valsa
lamento
*Texto de Samuel Machado Filho
Missa Leiga (1972)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mantendo o nosso leque de variedades e surpresas, tenho para hoje um disco de teatro, ou melhor dizendo, a trilha musical da polêmica peça de Ademar Guerra, ‘Missa Leiga’, escrita pelo dramaturgo paulista Francisco de Assis Pereira, ou como era mais conhecido, Chico de Assis. Missa Negra foi uma peça de grande sucesso, com produção de Ruth Escobar. Estreou em 1972, sendo montada em uma velha fábrica abandonada depois de ter sido proibida a sua apresentação na Igreja da Consolação, local antes idealizado para o espetáculo. A peça foi uma super produção com música de Cláudio Petraglia, cenários e figurinos de Joel de Carvalho e um elenco com dezenas de atores, entres os quais estavam Armando Bógus e Buzza Ferraz. Segundo o ator Sérgio Britto, que participou da segunda montagem da peça, já no Rio de Janeiro, “Missa Leiga foi uma das mais importantes tentativas de furar a censura e falar o que acontecia no país naqueles malditos tempos.” A peça fez tamanho sucesso que chegou a ser apresentada também fora do país, em Portugal e também na África.
Este disco é um registro dos mais importantes, pois é a gravação ao vivo dessa primeira montagem, lançado no mesmo ano pela Sigla/Som Livre. Aqui, eu procurei não editar, ou seja, separar por faixas, pois entre as partes não há pausas. Daí, temos separação apenas dos lados, ok? 😉
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Braço De Ferro – Temas Nacionais Da Novela (1983)
Hoje o TM oferece a seus amigos cultos, ocultos e associados, dentro de seu ciclo dedicado às trilhas sonoras de telenovelas, mais uma autêntica relíquia. Trata-se de um álbum trazendo os temas musicais de “Braço de ferro”, novela para público infanto-juvenil escrita por Marcos Caruso, produzida pela Rede Bandeirantes sob a supervisão de Roberto Talma, dirigida por Sérgio Galvão (com um de seus capítulos dirigido pelo então estreante Jayme Monjardim), e exibida entre 9 de maio e 30 de julho de 1983. Na trama, um grupo de crianças funda um clube num casarão abandonado que fica em terreno desapropriado, onde conversa sobre seus problemas e busca soluções para cada um deles. Embora a novela tenha durado pouco (teve apenas 50 capítulos), a carreira de alguns de seus atores-mirins continuou por longo tempo, caso de Selton Mello (que interpretou Raimundo) e Marcos Roberto Quintela (o Luisão), que mais tarde seria cantor da “boyband” Dominó. Além das crianças (que constituíam 60% do elenco), havia também atores adultos que serviam de apoio: Jussara Freire (Odete), Régis Monteiro (Mílton), Walter Stuart (Márcio), Paulo Novaes (Ricardo), Elizabeth Hartmann, Geraldo del Rey, Mirian Mehler, etc. “Braço de ferro” tinha uma linguagem inocente e inteligente, que atraía os telespectadores-mirins da Band, além do ritmo de desenho animado. Porém, apesar da ideia inovadora e muito boa, a atração sofreu um pouco com a falta de recursos, em virtude do baixo orçamento oferecido pela emissora. A escassez de recursos também prejudicou a escolha do elenco e a qualidade das locações da novela, feitas na Vila Sônia, bairro proletário de São Paulo. Mas pode-se dizer que valeu a batalha… Pois então cá está a trilha sonora de “Braço de ferro”, para deleite dos amigos do TM. Nessa época, a gravadora Bandeirantes Discos, vinculada à emissora, já não existia mais, e eles passaram a trabalhar de forma diferenciada com relação às trilhas sonoras de suas novelas, entregando a co-produção e a distribuição das mesmas a outras companhias fonográficas, e identificando-as com a marca Discoban. No caso de “Braço de ferro”, a produção de sua trilha sonora foi responsabilidade da então poderosa RCA (depois BMG, SonyBMG e hoje Sony Music), ficando a cargo dos experientes Cayon Gadia, Romeu Giosa (estes representando a Band), Renato Figueiredo e João C. Montanaro. Nos arranjos e regências, os supercompetentes Sérgio Sá, Eduardo Assad, Laércio de Freitas e Júlio Caesar. Das onze faixas do disco, cinco são interpretadas pelo grupo Pipoca Voadora (formado, ao que parece, apenas para esses registros): as então inéditas “Cavalo selvagem” e “Aventureiro”, e regravações dos clássicos “O vira” (dos Secos & Molhados, lembram?), “O pato” (“Vinha cantando alegremente, quem, quem”…) e “O gênio” (lançada por Roberto Carlos no tempo da Jovem Guarda). O Projeto XK (outro grupo formado, ao que parece, apenas para participar deste disso) tem outras duas faixas, ambas compostas por Sérgio Sá: “Fórmula mágica”, e o tema-título e de abertura da novela, “Braço de ferro”. Mas o principal destaque fica por conta da sempre luminosa presença do inesquecível Wilson Simonal, interpretando a versão “Cê tem que ser um menino (Jereveviens um bebe)”. Enfim, a trilha de “Braço de ferro” constitui-se em mais um precioso documento histórico, digno de figurar nos acervos dos amigos do TM. A conferir, sem falta…
*Texto de Samuel Machado Filho
Rosa Baiana – Trilha Sonora Original Da Novela (1981)
No dia 13 de maio de 1967, era inaugurada em São Paulo a TV Bandeirantes, Canal 13, pertencente ao empresário João Jorge Saad, que seria convertida em rede nacional a partir de 1978, mais ou menos. Desde o início, a emissora investiu em esportes, filmes e jornalismo, tripé que a caracterizou durante anos. Já nos primeiros dias de funcionamento, a emissora, hoje conhecida pela corruptela Band, pôs no ar sua primeira novela: “Os miseráveis”, adaptação do romance homônimo do escritor francês Victor Hugo, feita por Walther Negrão e Chico de Assis, com uma inovação: capítulos com 45 minutos de duração. Nesse período, a Bandeirantes fez outras novelas, tais como “Era preciso voltar” e “O bolha”. Em 1970, um ano após o desastroso incêndio que destruiu as instalações da Bandeirantes, encerrava-se o primeiro período de produção teledramatúrgica da emissora do Morumbi. Em 1979, já convertida em rede nacional, a Band retomou a produção de novelas, com “Cara a cara”. Seguiram-se outros títulos, tais como “Cavalo amarelo”, “Ninho da serpente”, “O meu pé de laranja-lima” (remake de uma produção da extinta Tupi, que a Band refaria novamente em 1998), “Maçã do amor”, “Sabor de mel”, “Os imigrantes” (talvez a novela de maior sucesso da emissora, e a que mais capítulos teve, 459), “Os adolescentes”, “Campeão” etc. Isso até meados da década de 1980. Por volta de 1995, inicia-se o terceiro e último período de produção novelesca da Band, com títulos como “A idade da loba”, “Serras azuis”, “Água na boca” e as infanto-juvenis “Floribela” e “Dance, dance, dance”. Em 2008, a Band desistiu definitivamente da teledramaturgia de produção própria, e exibiu por algum tempo títulos produzidos na Turquia, tais como “Fatmagul – A força do amor”, “Mil e uma noites” e “Sila, prisioneira do amor”. Pois hoje o TM oferece a seus amigos cultos e associados o álbum com a trilha sonora de uma novela pertencente à segunda fase teledramatúrgica da Bandeirantes. Trata-se de “Rosa baiana”, escrita por Lauro César Muniz (recém-saído da Globo, onde escrevera“Os gigantes”). Dirigida pelos experientes Waldemar de Moraes, Antonino Seabra e Sérgio Galvão, que substituíram David José, a novela estreou em 9 de fevereiro de 1981, substituindo a tumultuada “Um homem muito especial”, e ficou em cartaz até 30 de julho do mesmo ano, com um total de 141 capítulos (90 deles totalmente gravados em locações). A trama tinha como pano de fundo os campos de petróleo da Bahia, e teve até mesmo o patrocínio da Petrobras! Lá, vive a personagem-título, interpretada por Nancy Wanderley, primeira esposa do comediante Chico Anysio, com os problemas de seus sete filhos: Agenor (Gianfrancesco Guarnieri), Ivan (Edgard Franco), Orestes (Walter Prado), Walter (Raimundo de Souza), Edinho (Taumaturgo Ferreira), Bráulio (Maurício do Valle) e Cláudia (Wanda Stefânia). Rosa espera que, um dia, Edmundo Lua Nova (Rafael de Carvalho), seu companheiro e pai de seus filhos, retorne novamente para casa. Ainda no elenco estavam Maria Luiza Castelli(Neide), João Signorelli (Roberto), Jofre Soares (Frei Damião) e Ana Maria Magalhães (Natália), entre outros. Em meio às gravações da novela, no dia 3 de maio de 1981. Rafael de Carvalho, o Edmundo Lua Nova, morreu de infarto. Porém, Lauro César Muniz descartou a hipótese de matar o personagem ou substituír o ator. Assim sendo, ele fez Edmundo abandonar sua família, deixando a trama, retornando ao final em um show de circo, gravado antes do falecimento de Rafael (e com a presença dele, é lógico). Pois cá está a trilha sonora de “Rosa baiana”, devidamente editada pela Bandeirantes Discos, sob o selo Clack. Com sonoplastia do “cobra” Salatiel Coelho, e sob a coordenação de produção de Renato Viola, é um trabalho bem cuidado até mesmo graficamente, com uma capa dupla que mostra uma bela vista aérea do litoral soteropolitano. No disco, encontramos preciosidades como “Zanzibar (As cores)”, com A Cor do Som, que até fez sucesso na época, “A vendinha da feira”, com Zé do Baião, “Hora de ser criança”, com Délcio Carvalho, “Estrela-guia”, com Joanna, “Litetratura de cordel”, com o Grupo Terra, e a faixa-título, “Rosa baiana”, interpretada por Xangai. Encerrando o álbum com chave de ouro, uma versão instrumental da imorredoura “Asa branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, pela Banda Bandeirantes. É mais um trabalho de qualidade a integrar, merecidamente, a retrospectiva músico-novelesca de nosso TM. É só conferir…
*Texto de Samuel Machado Filho
Nossa Filha Gabriela – Trilha Sonora Original (1972)
O Toque Musical prossegue seu ciclo dedicado às trilhas sonoras de telenovelas oferecendo mais uma raridade. O folhetim hoje posto em foco é “Nossa filha Gabriela”, da extinta TV Tupi, escrito por Ivany Ribeiro, dirigido por Carlos Zara (que também interpretou o personagem Tito) e levado ao ar, ainda em preto e branco, de primeiro de setembro de 1971 a 4 de março de 1972, totalizando 168 capítulos. E com um ótimo elenco, praticamente o mesmo da novela anterior de Ivany, “O meu pé de laranja lima” (adaptada de romance de José Mauro de Vasconcelos): Eva Wilma (então grande estrela da Tupi, no papel-título), Gianfrancesco Guarnieri (Giuliano), Ivan Mesquita (Candinho), Abrahão Farc (Romeu), Cláudio Corrêa e Castro (Napoleão), Lélia Abramo (Donana), Dênis Carvalho (Rodrigo), Geny Prado (ela mesma, a companheira de Mazzaropi no cinema, como Rosária), Bete Mendes (Rosana), etc. Na trama, Gabriela é a estrela de um teatro mambembe que chega a uma pacata cidade e muda o comportamento de seus habitantes. Três simpáticos velhinhos, Candinho, Romeu e Napoleão, disputam entre si a atenção de Gabriela. O que ela desconhece é que, no passado, os velhinhos haviam se casado com trigêmeas, uma delas era sua mãe e um deles, seu pai. Aí então, os três passam a disputar a paternidade de Gabriela, um mistério que permaneceria até o fim da trama. O resultado foi uma história simples e divertida, que, curiosamente, iria se chamar “A fazenda”! Sim, esse foi o primeiro título pensado para a novela, quando nem se imaginava que haveria um reality show com esse nome, tempos depois… Outra curiosidade é que Ivany Ribeiro escreveria, em 1986, um remake de “Nossa filha Gabriela”, produzido pela Globo, desta vez com o título de “Hipertensão”, e no qual o velhinho Napoleão foi interpretado pelo mesmo ator da versão original, Cláudio Corrêa e Castro. A trilha sonora de “Nossa filha Gabriela”, que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, foi composta e interpretada pela dupla Toquinho e Vinícius de Moraes, então fazendo enorme sucesso, e editada sob a chancela da Philips/Phonogram (selo Polydor). Quer dizer, garantia de música de qualidade e de felizes reminiscências para quem viveu essa época, e, por certo, agradável surpresa para a geração atual. Devidamente produzida por Cayon Gadia, e gravada em São Paulo nos Estúdios Reunidos, a trilha teve os arranjos e regências a cargo de outro “cobra”, José Briamonte. Abrindo o disco, a conhecidíssima “Sei lá, a vida tem sempre razão”, tema principal da novela, interpretada por coro feminino. Entre as quatro faixas que o Poetinha Vinícius interpreta solo, dois destaques imperdíveis: “A casa” e “O pato”, poemas infantis que Toquinho musicou, e que seriam mais tarde reaproveitados nos dois volumes da “Arca de Noé”, marcando gerações de crianças ao longo do tempo. Vinícius ainda canta “O céu é o meu chão” e a “Valsa para uma menininha”, além de interpretar “A casa” também em diálogo com Toquinho. Este se apresenta solo em “Modinha número 1” e “Amor em solidão”, e junto com uma certa Laís, canta “Ele e ela”. “O ceú é o meu chão” e “Modinha número 1” mereceram ainda versões instrumentais, também constantes deste disco. Completando o programa, outro tema exclusivamente instrumental, “Rosa desfolhada”. Tudo com o alto padrão técnico e artístico que sempre caracterizou as produções da Philips/Phonogram, fazendo da trilha sonora de “Nossa filha Gabriela” um produto simplesmente imperdível. É correr para o GTM, baixar e ouvir…
*Texto de Samuel Machado Filho
O Preço De Um Homem – Trilha Sonora Original (1972)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Dando sequencia a nossa mostra de trilhas de novelas, aqui temos mais uma das famosas da extinta TV Tupi, ‘O Preço de Um Homem’, exibida entre os anos de 1971 e 72. História baseada no romance ‘Senhora’, de José de Alencar, escrita por Ody Fraga. Trazia como protagonistas os atores Adriano Reis e Arlete Montenegro. A trilha sonora se divide entre músicas nacionais e internacionais. O lado A é o nacional e traz Cesar Costa Filho, Zimbo Trio e Silvia Maria. E no lado B vão os sucessos internacionais da época, com destaque para Shocking Blue e Derek And The Dominos. Um disquinho interessante, vale uma conferida… 😉
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Assim Na Terra Como No Céu – Trilha Sonora Original Da Novela(1970)
Dando prosseguimento a seu ciclo dedicado às trilhas sonoras de novelas, o TM orgulhosamente oferece hoje, a seus amigos cultos e ocultos, o álbum dedicado a mais um folhetim de sucesso da Rede Globo na era da TV em preto e branco: “Assim na terra como no céu”, escrita por Dias Gomes para a faixa das 22 horas (hoje extinta), e décima-terceira “novela das dez” produzida pela emissora. “Assim na terra” estreou em 20 de julho de 1970 e permaneceu em cartaz até 23 de março de 1971, perfazendo um total de 212 capítulos. No elenco, sob a direção de Walter Campos, verdadeiros astros e estrelas globais da época: Francisco Cuoco (padre Vítor Mariano), Dina Sfat (Heloísa, conhecida como Helô), Renata Sorrah (sim, ela mesma, a futura Nazaré Tedesco de “Senhora do destino”, aqui no papel de Nívea), Mário Lago (Oliveira Ramos), Jardel Filho (Renatão), Paulo José (Samuca, quase xará meu), Carlos Vereza (Ricardinho), Maria Cláudia (Suzy), Sandra Bréa (Babi), Carlos Vereza (Ricardinho), Arlete Salles (Jurema), Henriqueta Brieba (tia Coió), Herval Rossano (Otto), Djenane Machado (Verinha), Ary Fontoura (Rodolfo Augusto), Ruth de Souza (Isabel), Suzana Moraes (Joana) etc. Na trama, que se passa na Ipanema (então) contemporânea, o padre Vítor Mariano, vindo do interior de São Paulo, deixa a batina para se casar com a jovem Nívea, mas ela é misteriosamente assassinada (detalhe: Renata Sorrah, intérprete de Nívea, retornaria depois em outra novela global, “A próxima atração”, no papel de Madalena). Vítor decide então voltar a usar a batina, porém, ao tentar resolver o mistério do assassinato de Nívea, conhece Helô, filha de um milionário, e se apaixona por ela, deixando novamente de ser padre. Tudo isso embalado por uma trilha sonora, como então de hábito, muito bem produzida, aqui sob a responsabilidade dos “cobras” Nélson Motta e Roberto Menescal , com o lançamento ficando por conta da Philips, gravadora que na época tinha grandes astros da MPB como contratados, alguns deles, por sinal, batendo ponto aqui. Os arranjos são do próprio Menescal, José Roberto, Waltel Branco, Antônio Adolfo e Pachequinho (este, na verdade, é o maestro Diogo Pacheco). Sem dúvida, a faixa de maior sucesso desse disco foi “Quarentão simpático”, dos irmãos Valle, interpretada pelo grupo vocal feminino Umas & Outras e tema do personagem Renatão. Elas também interpretam aqui o “Tema de Suzy”(parceria de Roberto Menescal com Paulinho Tapajós) e “Trem noturno” (tema de meu quase xará Samuca, de Paulo Machado e Márcio Borges, que creio eu ser o irmão do Lô Borges). Maria Creuza, então em princípio de carreira, aqui nos oferece “Tomara”, uma das poucas composições do Poetinha Vinícius de Moraes na qual ele também assina a melodia, tema da personagem Joana. Temos ainda a presença luminosa de Claudette Soares em duas faixas: “Quem viu Helô?”, da dupla Antônio Adolfo-Tibério Gaspar, e “Amiga”, esta última em dueto com Ivan Lins, assinada pela dupla Roberto Menescal-Paulinho Tapajós, e tema do casal Vítor-Helô. Outro destaque fica por conta de Denise Emmer, filha de Dias Gomes, autor da novela, e Janete Clair, apresentando o “Tema verde”, dela própria em parceria com Guilherme. Enfim, mais uma grande produção músico-novelesca que o TM prazeirosamente nos oferece. E aguardem, ainda vai ter mais…
mon ami (abertura) – josé roberto
assim na terra como no céu – tim maia
quem viu helô – claudette soares
tema de suzi – umas e outras
tomara – maria creuza
amiga – claudette soares e ivan lins
sei lá – a tribo
quarentão simpático – umas e outras
tema da zorra – orquestra cbd
tema verde – denize emmer
que sonhos são os meus -milton santana
trem noturno – umas e outras
assim na terra com no céu – roberto menescal
*Texto de Samuel Machado Filho
Cavalo Amarelo – Fundos Musicais (1980)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Nossa série de trilhas de novelas ainda não terminou. Ainda teremos mais alguns títulos a apresentar ao longo dos dias. Os próximos, deixei a cargo do nosso colaborador assistente, o amigo Samuca, que sabe como ninguém enriquecer nossas postagens.
Hoje eu estou trazendo a trilha de uma novela Cavalo Amarelo, exibida na TV Bandeirantes no início dos anos 80. Diferente de tantas outras trilhas, esta procura se pautar na música orquestrada e instrumental de maneira bem apropriada ao gênero ‘fundo musical incidental’. Temos uma seleção de 12 músicas, quase todas internacionais assinadas por alguns dos maiores maestros do mundo Daniele Patucchi, Riz Ortolani, Armando Trovaioli, Stelvio Cipriani e outros… Um disco bem interessante, que vale uma conferida lá no GTM. 😉
A Patota – Trilha Sonora Original Da Novela (1972)
Prosseguindo seu ciclo dedicado às trilhas sonoras de telenovelas, o TM hoje oferece a seus amigos cultos e ocultos uma verdadeira raridade. O folhetim em questão é “A patota”, da TV Globo, única novela escrita pela dramaturga Maria Clara Machado (Belo Horizonte, MG, 3/4/1921-Rio de Janeiro, 30/4/2001), fundadora do Tablado, uma das maiores escolas de teatro do Brasil, e consagrada autora de peças teatrais para crianças, entre elas “O rapto das cebolinhas” (1954), “Pluft, o fantasminha” (1955, aliás verdadeira obra-prima no gênero), “A bruxinha que era boa” (1958), “O cavalinho azul’ (1960), “Maroquinhas Fru Fru” (1961) e “Tribobó City” (1971), só para citar algumas. Produzida em preto e branco, sob a direção de Reynaldo Boury, “A patota” foi exibida pela Globo entre 27 de novembro de 1972 e 29 de março de 1973, perfazendo um total de 101 capítulos, na faixa das 18 horas, tendo sido a terceira “novela das seis” da emissora (as anteriores foram “Meu pedacinho de chão” e “Bicho do mato”, que ganharam remakes muitos anos depois). Na trama, um grupo de crianças, do qual fazia parte a então estrelinha Rosana Garcia, de futuro bastante promissor, tem um grande sonho: viajar para a África (eles tinham visto um documentário sobre a vida dos animais selvagens no continente, e queriam ver os bichos de perto). Para ajudar na realização desse sonho, unem-se a professora de ciências Neli (Débora Duarte), seu namorado Jorge (Mário Gomes), e o dublê de professor e caçador de borboletas Adolfo Simões (Marco Nanini). No elenco ainda estavam, entre outros: Renata Fronzi (dona Cármen), Reynaldo Gonzaga (Mílton), que na novela tinha um romance com Regina (Lúcia Alves), Antônio Carlos Pires (no papel do maltrapilho Manoel Vira-Latas), Flora Geny (Dona Aurélia), e até mesmo Zezé Motta, no papel de Maria José, a Zezinha. Apesar de ter conquistado boa repercussão, “A patota” não teve novela substituta no horário, que passou a ser ocupado pelo seriado “Shazan, Xerife & Cia.”, protagonizado por Paulo José e Flávio Migliaccio (os personagens tinham vindo de outra novela global de sucesso, “O primeiro amor”), com histórias que duravam um mês, em média. Com o término do seriado, em 1974, a Globo passou a exibir enlatados estrangeiros na faixa das 18 horas, e as “novelas das seis” só voltariam à grade da emissora um ano mais tarde, para dela nunca mais saírem, alternando tramas de época e contemporâneas.
A trilha sonora de “A patota” foi também a primeira de uma ”novela das seis” global a ser lançada em LP, obviamente pela Som Livre, com produção musical de Eustáquio Sena e coordenação geral de João Araújo, sócio-fundador da gravadora . Em sua maior parte, as faixas do disco são executadas por uma competentíssima banda de estúdio, The Clowns, ao que parece formada apenas para a gravação desse álbum. Eles apresentam, além dos temas especialmente compostos para a novela (“Professor borboleta”, “A garotada”, “Valsa dos anjos”, “Anjo da manhã”, “Nick e o vita-lata” e a faixa-títuio e de abertura do folhetim, “A patota”), alguns hits internacionais da época: “The pushbike song”, “Ooh-wakka doo, wakka day”, “Meet me on the corner”, o clássico romântico “You are everything” e “Beautiful sunday” (aquela que virou “Domingo feliz”, com Ângelo Máximo, lembram?). E, como atrativo todo especial, três outros sucessos internacionais com os intérpretes que os consagraram: “Echo valley 2-6809” (Wayne Newton), “Silly wasn’t I” (Valerie Simpson) e um verdadeiro clássico dos Temptations, “Papa was a rollin’ stone”. Tudo isso fazendo da trilha sonora de “A patota” uma autêntica viagem no tempo, particularmente ao início dos anos 1970. É só ir para o GTM, fazer o download e pronto…
pushbike song – the clowns
a garotada – the clowns
echo valley – wayne newton
professor borboleta – the clowns
silly wasn’t i – valerie simpson
papa was a rollin stone – temptations
a patota – the clowns
anjo da manhã – the clowns
nick e o viralata – the clowns
ooh wakka doo wakka day – the clowns
valsa dos anjos – the clowns
beautful sunday – the clowns
you are everything – the clowns
meet me on the corner – the clowns
*Texto de Samuel Machado Filho
O Espigão – Trilha Sonora Original (1974)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu havia prometido postar aqui alguns temas de novelas da TV Tupi, mas verifiquei que alguns discos estavam bem ruins para uma digitalização. Assim, enquanto não aparecem discos mais conservados, vamos com outros temas e outras novelas…
Segue aqui uma trilha da melhor qualidade produzida para uma das boas novelas da Rede Globo, O Espigão, que foi ao ar em 1974. São treze faixas totalmente com músicas nacionais, trazendo um variado cast da gravadora Som Livre.
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O Homem Que Deve Morrer – Trilha Sonora Da Novela (1971)
Olha amiguíssimos cultos e ocultos. Ainda não achei um tempo para começarmos a incrementar nosso canal no Youtube. O tempo é sempre o meu grande vilão, a desculpa inevitável. Mas a gente ainda chega lá 🙂
Hoje eu vou mandando um disco de trilha que é impecável. Uma boa safra daquele início dos anos 70, quando as emissoras investiam fundo numa produção musical para seus programas. Indiscutivelmente, a Rede Globo foi a grande investidora, trazendo muitas vezes trilhas originais, ou seja, feitas com exclusividade para um determinado programa, ou no caso aqui, novela.
O Homem Que Deve Morrer foi uma novela exibida entre os anos de 1971 a 72, trazendo como protagonistas o casal Tarcísio Meira e Gloria Menezes. Foi uma novela de grande sucesso e se estendeu por quase um ano. Taí um disco de novela exemplar, que merece uma audição. Confira no GTM 😉
Um Dia O Amor – Trilha Sonora Original (1975)
O TM oferece hoje aos seus amigos cultos e ocultos mais um disco apresentando a trilha sonora de uma novela produzida pela finada TV Tupi, em um tempo em que a emissora ainda respirava. O folhetim em questão é “Um dia, o amor”, escrito por Teixeira Filho, o mesmo que fizera sucesso pouco antes com “Ídolo de pano”, protagonizada por Tony Ramos. Estreada em 22 de setembro de 1975, “Um dia, o amor” ficou em cartaz até 29 de maio de 1976, perfazendo um total de 212 capítulos. No elenco, estavam Carlos Zara (então o principal galã da emissora, no papel de Ricardo), Maria Estela (falecida neste 2017, no papel de Marília), Henrique Martins (Amadeu), Rodolfo Mayer (Dr. Maciel), Lélia Abramo (Lucinha), Glauce Graieb (Maria Leonor), Lisa Vieira (Maria Cecília), Nádia Lippi (Maria Isabel), Felipe Carone (Zanata), Flávio Galvão (Valter)… Enfim, o melhor que a Emissora Associada então possuía em seus quadros. Com direito até à entrada de Cleide Yaconis no decorrer da novela, fazendo o papel de Maria Eunice (Fausto Rocha, que era Leonardo, saiu no meio para fazer “Anjo mau”, na Globo). Tudo isso numa trama envolvendo um viúvo (Ricardo) com três filhas (Maria Leonor, Maria Cecília e Maria Isabel) que teve um grande amor no passado (Marília), mas que se casou com outro (Amadeu). Após residir durante algum tempo na Itália, onde Amadeu fora dirigir a filial da empresa da família, ele e Marília voltaram ao Brasil, e passaram a residir em frente à casa de Ricardo. Ambos redescobrem o amor da juventude e passam a se cortejar da sacada de suas mansões. A volta de Amadeu tinha um propósito: tirar seu velho pai, o dr. Maciel, do comando de suas empresas. Maciel, porém, distribuiu as ações com Ricardo, alto executivo da companhia (Maciel depois faleceria em acidente de carro, forjado pela esposa, Lucinha, causado por violação dos freios). Um enredo com direito até mesmo a uma filha ilegítima, que, ao final, descobre-se que é Maria Leonor, criada por Ricardo, e cujos pais eram Amadeu e Maria Eunice. “Um dia, o amor” teve duas trilhas sonoras em disco: a nacional e a internacional, ambas lançadas pela Continental com o selo Teletema. E é justamente o álbum com a trilha nacional desse folhetim que o TM hoje nos apresenta. Com supervisão musical de Cayon Gadia, direção de produção de Sidney Morais (integrante do Conjunto Farroupilha e, anos depois, dos Três Morais), Alberto Ferreira na coordenação de produção, e seleção musical do sonoplasta Pedro Jacinto, é um trabalho até muito bem concebido. Carlos Zara, o galã da novela, abre o disco interpretando “Tanto amor (Aurora)”, de Massimo Guantini em versão de Alexandre Cirus, em dueto com Maria Odette. Esta mesma música aparece também encerrando o álbum, na execução orquestral do sempre eficiente Luiz Arruda Paes, também presente na faixa “Tema triste”, exatamente o tema de Ricardo (Carlos Zara). Há músicas que, percebe-se, foram compostas para a novela: “Maria Isabel”, “Tema de Cecília”, “Leonor”. E também está aqui um grande sucesso da época: o samba “Nada na cuca”, composto e interpretado pelo paulistano Flávio Carvalho. Este, aliás, foi o único hit conhecido dele, que depois nada mais conseguiu emplacar, embora continuasse ligado aos meios musicais como produtor, inclusive do “Especial sertanejo”, que Marcelo Costa apresentou por bastante tempo na Record. Em suma, este álbum com a trilha de “Um dia, um amor” é uma relíquia que merece ser conhecida e guardada pelos amigos do TM, digna de merecer nossa postagem de hoje. É ir direto para o GTM e conferir…
tanto amor – maria odete e carlos zara
solo pleno de sogni – flavio carvalho
é sempre o mesmo amor – os 3 morais
maria isabel – cleston teixeira
te quero amor – marcio prado
tudo bem – antonio carlos de carvalho
nada na cuca – flávio carvalho
tema triste – luiz arruda paes
brinquei de querer você – angelo antonio
leonor – os 3 morais
aurora (tanto amor) – luiz arruda paes
*Texto de Samuel Machado Filho
Tempo De Viver – Trilha Sonora Da Novela (1972)
Foi a partir do final dos anos 1960 que as telenovelas passaram a ser um novo – e bem-sucedido – canal de divulgação para cantores e compositores de nossa música popular. Pioneira em praticamente tudo que se fez na telinha brazuca, a extinta TV Tupi também iniciou, em fins de 1968, uma nova fase na história da teledramaturgia brasileira, com “Beto Rockfeller”, que até hoje dita o padrão das novelas. Ao contrário dos dramalhões de época ao estilo cubano ou mexicano, então predominantes, “Beto Rockfeller”, escrita por Bráulio Pedroso, e estrelada por Luiz Gustavo, era uma história contemporânea, com diálogos mais coloquiais, e uma forma mais natural de representação dos atores. “Beto” foi, também, a primeira novela a usar, em sua trilha sonora, músicas que faziam sucesso na época, como por exemplo, as internacionais “Nobody but me” (The Human Beinz), “I started a joke” (Bee Gees), “Here, there and everywhere” (Beatles) e apenas uma nacional, “Sentado à beira do caminho”, com Erasmo Carlos. Nessa ocasião, a Rede Globo, rival da Tupi, e a caminho da liderança absoluta de audiência, abandonou os tais dramalhões de época e passou a produzir tramas mais contemporâneas, ao modo de vida dos brasileiros. A primeira novela global dessa nova fase foi “Véu de noiva” (1969), de Janete Clair (“a novela verdade, uma novela onde tudo acontece como na vida real”), estrelada por Regina Duarte. “Véu de noiva” foi também a primeira novela global a ter sua trilha sonora lançada em LP, pela Philips, por sinal já oferecida a vocês pelo TM. E a multinacional holandesa continuou a lançar em disco as trilhas sonoras das novelas da Globo até 1971, quando a emissora criou sua própria gravadora, a Som Livre, em atividade até os dias de hoje, Evidentemente, a Tupi não quis ficar atrás, e passou a lançar também em disco as trilhas de seus folhetins. Chegou até a possuir uma gravadora, a GTA (Gravações Tupi Associadas), que acabou falindo junto com a emissora, em 1980. Pois hoje o TM oferece a seus amigos cultos e ocultos um raríssimo álbum apresentando a trilha sonora de uma novela da pioneira Tupi, lançada em 1972 pela mesma Philips/Phonogram que até o ano anterior editava as trilhas globais, com o selo Intersong (que designava uma das editoras musicais do grupo holandês). A novela em questão é “Tempo de viver”, produzida pela Tupi do Rio de Janeiro e ali exibida entre 7 de agosto e 9 de dezembro de 1972. A Tupi de São Paulo boicotou “Tempo de viver” porque, em 1964/65, a co-irmã carioca não quis exibir o clássico “O direito de nascer”, feito na matriz paulistana (que, no Rio de Janeiro, passou na extinta TV Rio). Como resultado dessa briga toda, “Tempo de viver” acabou sendo exibida em São Paulo, a partir de novembro de 1972, pela TV Gazeta, emissora regional que existe até hoje. O folhetim contava a história de Juca (Reginaldo Faria), um porteiro que trabalhava na Zona Norte do Rio. Ele dividia seu tempo entre a amiga fiel Lúcia (Adriana Prieto) e a noiva Helena (Myriam Pérsia), e vivia sempre sendo seguido por um homem chamado Anjo (Jece Valadão, também diretor do folhetim junto com Marlos Andreucci). Produzido por Roberto Menescal, verdadeiro craque da MPB, este disco vem com treze faixas, três delas clássicos inesquecíveis: “Pérola Negra”, com a qual Gal Costa revelou para o Brasil seu autor, o recém-falecido Luiz Melodia, “Expresso 2222”, de e com Gilberto Gil, faixa-título do álbum que ele lançou após mais de dois anos de exílio em Londres, e “Vida de bailarina”, samba-canção de Chocolate e Américo Seixas, aqui em interpretação “arrasa-quarteirão” da não menos inesquecível Elis Regina. Destaque também para a faixa-título, instrumental, composta por Edu Lobo (então de volta ao Brasil após longo período nos EUA), “Um dia no circo”, com a sempre notável Claudette Soares, “Revendo amigos (Volto pra curtir)”, de Jards Macalé e Waly Salomão, com Lena (mais tarde regravada por outros intérpretes, inclusive o próprio Macalé), “A velha casa”, de Roberto Menescal e Paulinho Tapajós, aqui em gravação instrumental regida pelo próprio Menescal, “Badalação (Bahia volume 2)”, de Nonato Buzar e da dupla Tom e Dito, aqui com o MPB-4, e também gravada pelas cantoras Célia e Wanderléa, e “Pra valer”, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, com o próprio Baden. E ainda tem o grupo vocal feminino Umas & Outras, interpretando o “Tango de Maurício”, personagem que, na novela, era interpretado por Rubens de Falco. Enfim, um disco interessante, um documento de sua época, que vale a pena ter em acervo. Aproveitem…
*Texto de Samuel Machado Filho
Sol Amarelo – Músicas Da Novela TSO (1972)
Olá, amigos cultos e ocultos! Conforme informei, nossas próximas postagens serão dedicadas as trilhas de novelas. Devo ter umas meia dúzia de discos aqui que ainda não postei. Então vamos a eles…
Hoje tem a trilha de Sol Amarelo, telenovela que foi ao ar nos meses entre 1971 e 72, exibida pela TV Record. A trilha sonora foi especialmente composta por Fernando Lona e Gianfrancesco Guarnieri. Contou também com a participação de Marilene e Vithal como cantores intérpretes em várias faixas. Esse último, creio eu, viria mais tarde a ser conhecido como Vital Farias. Sem dúvida, uma trilha muito interessante, bem melhor que a própria novela que pouco sucesso fez. Confiram no GTM 😉
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Salathiel Coelho Apresenta Temas De Novelas (1965)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Na trilha das novelas, aqui vamos nós com mais um raro exemplar: Temas de Novelas, apresentado por Salathiel Coelho, um dos pioneiros da televisão brasileira. Locutor, sonoplasta, produtor musical de rádio e televisão. Figura de um currículo extenso, tendo atuado inclusive em emissoras internacionais, sempre envolvido na produção musical de trilhas para novelas. Ninguém mais certo, por tanto, para apresentar neste disco de 1965 uma sequência de temas que serviram de trilhas para as primeiras tele novelas.
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A Moreninha – Trilha Sonora Da Peça Teatral (1969)
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês este compacto bem raro da trilha musical da peça teatral “A Moreninha”, que conforme podemos ver na capa teve a sua estréia em 29 de dezembro de 1968 no Teatro Achieta de São Paulo, trazendo um grande elenco e tendo como protagonistas os atores Perry Sales e Marília Pêra. Essa peça foi uma comédia musical escrita por Miroel Silveira e Cláudio Petraglia adaptada a partir do romance escrito por Joaquim Manuel de Macedo. As músicas são de autoria de Cláudio Petraglia, também produtor da peça e os arranjos e orquestração de Sandino Hohagen. Confiram já este compacto no GTM 😉
- Produção original do blog Sintonia Musikal, do amigo Chico.
Bravo – Trilha Sonora Original (1975)
Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Ao longo de todo este mês, sempre que possível, estarei aqui lembrando que estamos completando 10 anos de atividades. Acredito que o Toque Musical seja talvez o blog musical mais antigo ainda em atividade. e histórias são o que não faltam… muita água rolou e continua rolando. Não teremos nenhuma festa, nem faremos atividades extras comemorativas, mas dentro do possível vamos presenteando os amigos. Nos próximos dias estaremos apresentando aqui alguns discos que não são de brasileiros, mas sim, como já fizemos antes, uma semana dedicada à música latino-americana. Tenho aqui uma série de discos, presentes que ganhei do meu amigo Fáres e penso que o momento é esse… Deixo as resenhas para o amigo Samuca, que sempre nos brilha com muita informação.
Hoje, vamos com a trilha sonora da novela Bravo, realizada em 1975. Tempo bom para a música brasileira, tempo bom para as trilhas da Globo. Nessa época, música e artistas eram coisas de primeira, bem se vê pela seleção escalada para musicar a novela. Só artistas de primeira. Música boa para um tempo bom. Não deixem de conferir
Passa, Passa, Passará – TSO (1986)
Compositor, tecladista, arranjador e professor de música, Antônio Adolfo (Rio de Janeiro. 10/2/1947) fez, em parceria com Tibério Gaspar, sucessos que ainda hoje estão na memória de muitos, tais como “Sá Marina”, “BR-3”, “Juliana” e “Porque hoje é domingo”. É irmão de outro cantor-compositor bastante conhecido, Ruy Maurity, e pai da cantora Carol Saboya. Em 1971, no auge da ditadura militar, Antônio Adolfo resolveu sair do Brasil, indo para os EUA e Europa, a fim de realizar estudos de aperfeiçoamento musical, retornado anos mais tarde para atuar como músico de estúdio. Em 1977, resolveu criar seu próprio selo fonográfico, o Artezanal, passando a produzir ele mesmo seus discos. Nesse ano, lançou seu primeiro álbum nesse novo esquema, “Feito em casa”, que é considerado o primeiro LP independente na história fonográfica brasileira. E, evidentemente, viriam muitos outros. Desde 1985, ele se dedica à sua escola de música, o Centro Musical Antônio Adolfo, além de participar em eventos internacionais como músico e educador, sem deixar de lado a carreira de intérprete. Ganhou dois Prêmios Sharp de Música, pelos álbuns “Antônio Adolfo” (1995) e “Chiquinha com jazz” (1997), este último dedicado á obra de Chiquinha Gonzaga. Em 1986, o selo Artezanal produziu o álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados. É a trilha sonora do musical infantil de teatro “Passa passa passará”, com texto de Ana Luiza Job, mulher de Antônio Adolfo (suas filhas, Carol Saboya, então atuando no teatro infantil, e Luísa Maria, sempre adoraram o gênero), e para o qual, além dele, também produtor, arranjador e executante das faixas deste disco, Xico Chaves e Paulinho Tapajós colaboraram na elaboração das canções. A peça foi encenada com sucesso em teatros cariocas, e vez por outra ressurge em novas montagens. E, deste disco, participaram nomes de peso: Oswaldo Montenegro, Elza Maria, Zezé Gonzaga, Joyce (atualmente Joyce Moreno), Leci Brandão e, claro, o irmão de Antônio Adolfo, Ruy Maurity, e a filhota, Carol Saboya, esta integrando o coral do Passa Passa Passará, ao lado de Paulinho Tapajós e do maestro Ary Sperling, entre outros. Tudo produzido com elevado padrão técnico e artístico, com músicas bem elaboradas e cativantes. Enfim, mais um trabalho de primeiríssima qualidade que o TM oferece hoje, para o encanto e o deleite de crianças e adultos!
passa passa passará
cacarejando
o menino perdido
samba do macaco
natureza
blues da raposa
bola de cipó
abelhinha
fazendo bolo
caracol
* Texto de Samuel Machado Filho
O Sonho De Alice – Trilha Sonora Original (1982)
Olá. amigos cultos, ocultos e associados! Após o disco de “Chapeuzinho Amarelo”, baseado no livro infantil homônimo de Chico Buarque, até hoje best-seller, e que virou bem-sucedido musical teatral, o TM apresenta hoje mais um álbum para crianças de todas as idades, com a trilha sonora de outro grande sucesso do teatro infantil brasileiro no início dos anos 1980. Trata-se de “O sonho de Alice”, concebido por Fred Pinheiro e Thanah Corrêa, adaptando os dois livros do escritor britânico Lewis Carroll protagonizados pela famosa personagem-título, “Alice no País das Maravilhas” e “Alice através do espelho”. No enredo, a menina Alice acorda em um estranho reino e sai à procura da sua gatinha Diná. E é no País das Maravilhas que ela encontra personagens diferentes, como o coelho branco, o Gato Quem, a Lebre de Março, o Chapeleiro Maluco (em uma festa de “desaniversário”), Tocatim e Tocatum, que lhes ensinam noções de amizade, respeito e liberdade. Estrelado por Myrian Rios (que afastou-se da vida artística e hoje é membro da comunidade católica Canção Nova), e produzido por ela juntamente com seu então marido, o “rei” Roberto Carlos, “O sonho de Alice” alcançou grande repercussão, tanto que, segundo depoimento da própria Myrian, “tinha até cambista na porta do teatro, e isso é raro numa peça infantil”. O espetáculo foi apresentado no Teatro Villa-Lobos, do Rio, e, em São Paulo, no antigo Teatro Zaccaro, encantando crianças e adultos. E, vez por outra, “O sonho de Alice” é remontado, com outros elencos. Agora, o TM apresenta o álbum com a trilha sonora de “O sonho de Alice”, com seu elenco original, tendo, claro, Myrian Rios à frente, lançado em 1982 pela CBS, a mesma gravadora de seu então cônjuge, Roberto Carlos. Evidentemente, como co-produtor do espetáculo, ele também compôs a maior parte das músicas, tendo a colaboração de nomes como o eterno amigo e parceiro Erasmo Carlos, Paulo Sérgio Valle, e o maestro Eduardo Lages, então figura de proa nos shows e discos de Roberto. O disco reproduz a magia e o encanto da versão teatral, e o encarte dá-se ao trabalho de incluir um roteiro da história, junto com a reprodução das letras das canções. Enfim, uma orientação e tanto para se apreciar melhor este álbum que o TM hoje nos oferece. É ouvir e sonhar…
reino encantado
alice
as flores
marcha soldado
tocatum e tocatim
lagarta oriental
parabéns pelos 364 dias
a ciranda do mosquito
o gordinho
o gato que ri
tema da rainha
professor sabe tudo
a tartaruga
o cavaleiro
oitava casa
valsa real
no reino da felicidade
.*Texto de Samuel Machado Filho
Mulheres De Areia – Trilha da Novela (1973)
Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Em doses prá lá e homeopáticas, aqui vai saindo mais um toque musical, diretamente do prato do meu tocadiscos. Há tempos eu não posto uma trilha. Essa, presente do amigo Fares, veio bem a calhar.
Temos aqui a trilhada novela da Rede Tupi, de 1973, “Mulheres de Areia”, escrita por Ivani Ribeiro, direção de Carlos Zara e tendo como atriz principal, Eva Wilma. As músicas que compõem a trilha são temas nacionais e internacionais, sendo que boa parte dessas são músicas pertencem aos selos Philips e Polydor, cedidas gentilmente para compor o lp. Mas há também as produções da Sinter em parceria com a Tupi. O disco conta com a direção de estúdio de Arnaldo Saccomani que além de produzir alguns artistas e faixas, também compõe. Lp bem interessante e diversificado, como convém a uma coletânea de trilha sonora. Vale a pena ouvir...
Remo Usai E Sua Orquestra – 7 Homens Vivos Ou Mortos (1968)
Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês um disquinho de trilha de filme. Digo disquinho porque se trata de um compacto. Porém, é dos mais interessantes e por certo, merece o nosso toque. Temos aqui a trilha, ou melhor dizendo, o tema completo (parte 1 e 2) para o filme “7 Homens Vivos ou Mortos”. Um ‘thriller policial’ com participação de grandes nomes do cinema nacional nos anos 60, como se pode ver logo na capa. A trilha/tema e execução é do maestro Remo Usai, um nome estranho e certamente para uma maioria um ilustre desconhecido, mas foi um dos mais atuantes e bem preparado compositores brasileiros de trilhas para o cinema. No seu currículo há mais de cem filmes. Eis aí um personagem que merecia uma melhor apresentação, mas como aqui tudo é meio ‘a toque de caixa’, eu vou apenas repassar este link. Leiam o texto escrito pelo pesquisador Martin Eikmeier sobre Remo Usai. Eu, por outro lado, vou procurar outras trilhas que possivelmente tenham sido editadas em lps. Não me lembro de nenhuma, mesmo assim vale a caça. Taí um compositor que a gente precisa conhecer. Eu, adoro trilhas 🙂