Renato Tito E Seu Conjunto – Gingando Na Bossa (1961)

Boa noite, amigos cultos e ocultos. Aqui estou eu de volta, não sei se descansado ou estressado. Perplexo com os últimos acontecimentos… Não quero nem falar disso agora. Por hora eu quero apenas marcar o meu retorno, trazendo uma nova postagem, visto que alguns dos amigos já estão até pensando que eu pulei do barco. Nada disso, vamos em frente ‘enquanto Brás é tesoureiro’…

Para abrilhantar o retorno eu escolhi aqui um disco nota 10, um álbum para agradar gregos e troianos. Temos aqui este raro lp do clarinetista Renato Tito e seu conjunto. “Gingando na Bossa” foi um álbum lançado, acredito eu, em 1961 pelo selo Carroussell, aquele especializado em discos infantis, de historinhas, lembram? Consta no texto da contracapa que este foi o “primeiro microssulco dançante de longa duração” lançado pela etiqueta. Ou seja, foi o primeiro disco de 12 polegadas do selo voltado para um público adulto. Discos da Carroussell como este é coisa rara. O presente lp, com certeza, nunca foi postado em um blog. Temos assim a chance de conhecer um disco bacana, que felizmente eu tenho a honra de apresentar. Começando pela capa, uma belíssima ilustração que representa bem a proposta musical, tem também um repertório de sambas, choros e até a “Marcianita”, eternizada no rock de Sérgio Murilo, nas versões de Mutantes e Caetano Veloso, Leo Jaime, além de Gal Costa que também a gravou. Naquela época, o termo ‘bossa’ estava mesmo em alta e tudo o que queria ser moderno e tinha um batido legal era bossa. E neste disco a intenção é mesmo se aproximar o máximo possível da Bossa Nova. Taí, um álbum gostoso de ouvir. Confiram…
marcianita
rosas vermelhas
menina moça
q q c f
eu quero é sossego
são todas iguais
teleco-teco nº2
carinho e amor
raimundo nobre no choro
discotecando
no bar do padilha
marina

Renato Tito E Seu Conjunto Teleco Teco – Choros HI-FI (1959)

Na quinta-feira passada eu postei um disco do Maestro Carioca, onde sua orquestra interpreta alguns clássicos do chorinho (brasileiro!). Chamei a atenção para os arranjos que dão ao choro um aspecto mais dançante. Ouvindo aquele disco, com orquestra e seus metais, nós inevitavelmente nos transportamos para um ambiente diferente, um salão dançante ou uma gafieira. Eu chamaria este de um chorinho noturno, enquanto que o chorinho diurno seria aquele do violão, pandeiro, cavaquinho, bandolim, flauta e clarinete, tocado numa roda em um fundo de quintal ou mesmo na mesa de buteco. Pensando nessas questões, eu me lembrei deste disco do Renato Tito que um dia eu baixei no Loronix. Ele é ótimo e tem tuda a ver com essa coisa do choro para dançar e sua mistura com o samba. Na verdade aqui, nem tudo é choro, mas se transforma, no solo da clarinete de Renato Tito. Confiram o toque… e aguardem que hoje ainda pode ter mais… 😉

petite fleur
vivaldo no choro
eu e você
compromisso com a saudade
idealizando
pudim de maria
espinha de bacalhau
sai do bar
pezadinho
um choro diferente
louco por música
perigoso