Grupo Paranga – Chora Viola Canta Coração (1983)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês o Grupo Paranga, formado na segunda metade dos anos 70, em São Luiz do Paraitinga, SP. A primeira vez que vi este disco lembrei logo dos Novos Baianos, talvez pela capa, talvez até mesmo pela foto de um bando de cabeludos… por certo, um grupo de jovens nos anos 70. Mas o que eles tinham tem em comum, além do visual era também a valorização da música regional, de um legado deixado pelo compositor, instrumentista e maestro Elpídio dos Santos. O trabalho do Paranga permeia, ou tem como base a música deste compositor que ficou mais conhecido como autor de música caipira, sertaneja, nos anos 50. Mas ele se dedicou não somente à música de tradições rurais, também compôs sambas, marchas, choros e valsas. Muitos artistas gravaram Elpídio dos Santos. Mas foi o Paranga quem tomou sua obra como parte de um repertório que buscou valorizar a cultura e as tradições de sua terra. “Chora viola, canta coração” foi o primeiro disco, lançado em 1983 pelo selo Lira Paulistana. Este álbum, inclusive, voltaria a ser relançado, creio que em formato cd. O Paranga seguiria ainda lançando novos discos e ao que consta, ainda hoje continuam na ativa. Confiram no GTM….
 
arauto
canoa
dona do salão
festas fogos para-raio
fulia
cai sereno
você vai gostar
nho lambis
bobão
saudade danada
uma das bandas
arauto II
 
 
 
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Tiago Araripe – Cabelos De Sansão (1982)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Já não é de hoje que eu queria postar aqui este disco do cantor e compositor cearense Tiago Araripe. Me lembro como se fosse hoje o dia em que comprei este disco na Cotec, uma lojinha de discos que existia dentro da Escola de Engenharia da UFMG. Confesso que o que me atraiu inicialmente neste disco foi a capa, um trabalho gráfico muito bacana e até meio incomum para a época. Lembrava mais um disco de rock estrangeiro. Mas ao verificar o lp direito fui me dando conta de que era alguma coisa diferente. Infelizmente, nessa época não havia um som na loja para poder degustar o disco. Mas, embora ainda não conhecendo o artista, percebi que se tratava de um disco de qualidade, a começar pelo selo, Lira Paulistana, também novidade na época, mas que eu já tinha referência por conta de outros discos e artistas da cena musical paulista. Também, pela ficha técnica e no encarte, deu logo para perceber que era um disco que valia a pena levar. E eu comprei, levei e gostei. Creio que acabou caindo no meu esquecimento com o passar dos anos, talvez muito por conta do próprio artista que após gravar este disco, sumiu da praça. Há pouco mais de um ano redescobri o Tiago Araripe no Facebook e daí passei a segui-lo e descobri muita coisa sobre ele. Aliás, toda a sua trajetória eu vim a conhecer no momento em que falei com ele do meu desejo de postar aqui este seu disco “Cabelos de Sansão”. Sempre muito atencioso e prestativo, ele logo me passou a ficha completa, todo o seu percurso como artista.
Tiago Araripe é cearense da cidade de Crato, veio ainda jovem para São Paulo em busca do seu sonho musical. Segundo conta, veio para Sampa no intuito de estudar na escola de música do Tom Zé, mas chegou quando essa já não mais existia, mas a ideia valeu a ele a aproximação com o artista e uma boa amizade, que o colocou como parceiro de palco em diversas apresentações e também em disco, quando então chegaram a gravar um compacto (hoje raríssimo) pela Continental, com as músicas “Conto de fraudas”, de Tom Zé e “Teu coração bate, o meu apanha”, música de Tiago e letra do poeta Décio Pignatari, em 1974. Inclusive, neste mesmo ano Tiago também chegou a gravar outro (e raro) compacto simples pela Odeon, onde apresentava as composições “Sodoma e Gomora” e “Os três monges”. Participou do Festival Abertura, promovido pela Rede Globo, defendendo sua música “Drácula”, um tango moderno em parceria novamente com Décio Pignatari. Seguiria carreira, na sequencia, fazendo parte do grupo Papa Poluição e nele gravou três outros compactos até que no início dos anos 80 conseguiu finalmente gravar o seu primeiro lp, este que aqui apresentamos, o “Cabelos de Sansão”, lançado em 82, pelo selo Lira Paulistana. Por conta da necessidade, com mulher e filho pequeno, teve que buscar outras alternativas para se manter. Passou a trabalhar com publicidade, escrevendo e compondo jingles. Se afastou do palco por mais de 25 anos. Talvez tivesse até terminado sua carreira artística, não fosse o encontro com Zeca Baleiro que ressuscitou “Cabelos de Sansão” e o chamou de volta a ativa, produzindo um novo álbum (agora cd), o “Baião de nós”, de 2013. Daí pra frente Araripe retomou de vez a música, passando a produzir seus próprios trabalhos. Mudou-se para Portugal e continua cheio de projetos. O mais recente é a parceria com o violonista Nonato Luiz, com quem acaba de lançar a música “Seis Cordas”. Certamente, logo teremos um disco inteiro por aí.
Para quem não conhece ou deseja relembrar, basta chegar junto no nosso GTM. No arquivo, sempre completo, temos também incluídos resenha, biografia, discografia e até um manifesto escrito por Araripe quando então assina contrato com Lira Paulistana. Muito legal. Curiosidades que só se tem por aqui. Confiram… 😉

coração cometa
cabelos de sansão
cine cassino
fôlego de sete gatos
fios da light
estrela do mar
meg magia
redemoinho
asa linda (little wing)
quando a pororoca pegar fogo
 
 
 

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Grupo Alquimia – Alquimia (1983)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para não fugirmos do nosso drops misto, vamos hoje de música instrumental. Temos aqui um disco bacana, produção da gravadora Lira Paulistana no início da década de 80. Formado por um time de músicos de primeiríssima linha: André Dequech (piano), Robertinho Silva (bateria), Zeca Assumpção (contrabaixo) e Mauro Senise (sax e flauta). Em 1982 era lançado o Alquimia, um projeto de vanguarda que muito influenciou outros tantos e bons grupos de música instrumental brasileira. Gravado em apenas 3 dias, o disco seria lançado no ano seguinte. Como em tantos outros lançamentos da Lira Paulistana, Alquimia teve também uma única e pequena edição. O que quer dizer que se trata de um disco raro para colecionadores. Confiram esse belo trabalho no GTM.

ensaio n. 1
alquimia
pedra da lua
ensaio n. 2
alga
ensaio n. 3

 

Freelarmonica (1983)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Atendendo a pedidos (nesse sentido a gente ainda atende), estamos trazendo aqui o primeiro trabalho da banda instrumental ‘Freelarmonica’, lançado no início dos anos 80. A banda nasceu a partir de uma peça teatral, quando foram convidados a fazerem uma trilha musical. Músicos instrumentistas, de formação clássica, passaram ali a formatar uma nova proposta de grupo instrumental, se apresentando em vários teatros e casas de shows e parques da cidade de São Paulo. O projeto ganhou força ao lançarem o seu primeiro trabalho em disco pela produtora Lira Paulistana. Daí em diante, conquistaram seu espaço e respeito na excelência da música instrumental brasileira. Infelizmente, há poucas informações na rede sobre o grupo, inclusive ão encontrei referências de outros discos, mas ao que parece, a Freelarmonica ainda continua ativa, fazendo suas apresentações. Não deixem de conferir no GTM.

e um… tem aí?
primeira do lado b
o verdadeiro dom quixote
mr. malo
salada bem temperada
manhã
choro hermético
o velho sapato velho
tem



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